POV BELLA

Eu estava andando pela central de Londres, enquanto Lisa revelava as fotos que estava na câmera daquela noite em que eu não lembro de absolutamente nada.

Enfim eu sentei perto da fonte e fiquei olhando todo mundo. E então Lisa chegou com um envelope marrom. Fiquei meio assustada com a cara dela, parecia que ela estava em um conflito interno. Assim que ela chegou perto de mim, eu falei:

---Tudo bem com você?

Ela me olhou em duvida.

---Eu não sei o que tem aqui dentro e provavelmente não são coisas boas. ---falou ela.

---Podemos abrir?

---OK! ---ela falou e quando ela ia abrir, um adolescente chegou perto da gente e pegou o envelope da mão dela e saiu correndo. Eu olhei abismada pra ele, enquanto ele corria parecendo um demente. Fiquei olhando pra cara de Lisa, e ela olhou pra mim. Até que eu falei:

---Atrás dele! ---falei e saí correndo.

---PERAÍ, BELLS! AI MEU DEUS! ---e saiu correndo atrás de mim. Eu só via as pessoas olhando pra gente. Eu estou nem aí que esse cara pode ser um maluco psicopata, eu só quero as minhas fotos.

---VOLTA AQUI, SEU IDIOTA! ---gritei quase o alcançando. Ele olhou pra atrás assustado. Sorri.

Ele encontrou outro menino que estava correndo e o menino com as minhas fotos falou pra ele correndo ainda.

---ESSA MENINA É LOUCA, TA CORRENDO ATRAS DE GENTE! ---e então olhou pra mim fingindo ter cara de mal. ---A GENTE TA ARMADO, OUVIU!

Eu ainda correndo falei:

---EU TO NEM AÍ PRA SUA ARMA, IDIOTA! ---berrei irritada, e também sabia que ele não estava com arma nenhuma.

---ELA TA NEM AÍ PRA NOSSA ARMA, CARA! ---gritou o menino pro outro. Assim que o outro olhou pra mim, eu aproveitei pra correr mais rápido e então com um salto, agarrei as costa do garoto! ---AAAAAHHHHH!

Eu estava em cima do menino tentando pegar as fotos dele, e ele estava segurando pra longe de mim, enquanto o amigo dele estava vindo em minha direção, Lisa veio também afobada e tentou tirar da mão dele também. Com certeza quem estava passando por lá naquela hora, viu quatro pessoas se batendo no chão, tentando pegar um envelope.

---ME DEVOLVE AS FOTOS, IMBECIL! ---gritou Lisa dando um tapa na cara de um, enquanto eu puxava os cabelos do outro.

---Fotos? ---falou o cara que eu estava puxando o cabelo.

---Claro, né! ---eu falei. Aí a ficha caiu, eles pensavam que o envelope era outra coisa. ---O que vocês pensavam que fosse?

---Dinheiro! ---falou o que levou tapa. ---Que robada, cara! A gente deu o maior duro, pra isso? Toma!

E então me deu o envelope. Eu não estava acreditando.

Lisa saiu de cima do cara, e ele falou:

---A gente quer ter certeza mesmo assim!

E então abri o envelope, completamente repreensiva. Mostrei pra eles o bolão de fotos que tinha.

---Foi mal! ---falou o outro. ---A gente pensava que era dinheiro.

---Eu não vou perdoar vocês! Se fosse dinheiro, teria o mesmo valor. ---falei estressada.

---Deixa a gente ver o que tem aí. ---falou um.

---Claro que não. ---falei.

---O que é que tem de tão importante? ---falou o outro.

---Não é da conta de vocês! ---falei e quando fui ver as fotos, eram do pedido de casamento que o Harry fez pra mim, e também de mim cantando. AI MEU DEUS! Então é verdade... Eu realmente fui pedida e casamento... E pelo visto: Eu aceitei!

****

Eu estava tão nervosa que resolvi voltar pra minha casa. Lisa foi pra casa dela resolver umas coisas. Eu estava completamente perdida e com medo do que eu poderia descobrir depois. Tinha medo de ter aceitado e me casado com ele. O que eu espero que não seja verdade, por que se não eu estou completamente e eternamente ferrada. O meu pai nunca vai me perdoar se souber que eu me casei drogada com um estranho e ainda dormi com ele. Olhando assim parece que eu sou alguma sem vergonha, o que eu genuinamente não sou. Nunca tinha ido pra uma boate, e muito menos dormi com alguém na minha vida, até agora.

Entrei em casa, fechei a porta e vi que a casa estava um trapo. O que nós fizemos ontem a noite? Nem quero saber.

Depois de tomar um banho e de ter vestido o meu maravilhoso pijama das Superpoderosas, não me olhe assim, era o único que eu tinha disponível.

Abri o armário pra pegar meu sutiã, quando eu encontro um papel.

Assim que abri o papel vi que era DUAS CERTIDÃOS DE CASAMENTO!

Certidão de casamento? De quem?

Quando li toda a certidão, os nomes que apareceram no final da folha, me fizeram querer morrer, dizem que pesadelos não podem se realizar, Mas infelizmente pode. E o meu nome e o do Harry estavam estampados naquela folha, e ainda estava escrito em negrito...

MEU DEEEEEUUUUUSSSS! POR QUEEEEEE?

Eu não fazia a mínima ideia do que fazer. Teria que ir avisar ao Harry. Mas como? Como eu vou falar pro meu pai que estou casada com um estranho? E se eu mentir? Meu deus, eu não gosto de fazer isso, mas teria que fazer pelo menos até conseguir resolver a papelada do divorcio. Na verdade, eu não vou mentir, eu vou omitir. Ele nunca vai saber que eu estou casada com um estranho por que eu nunca vou contar. Aí tudo vai ficar bem. Eu não vou sofrer um enforcamento, e o meu pai não vai ter um derrame.

Agora eu só tenho que guardar isso, e então eu vou falar com o Harry a nossa situação. Amanha... Amanha...

Deitei na cama e me enrolei. Dormir eu consegui, o problema foi o que veio depois disso.

***

Meu coração estava dilacerado.

Faltava ar no meu pulmão.

Eu estava sentada na cama dormindo... Quando a porta se abre em um estrondo e o meu pai e a Lisa saem dela.

Eu olho pra eles sem saber o que falar. Eles sabiam.

---O que você tem na cabeça? Casar com um estranho? FICOU LOUCA. ELE PODE SER UM ESTUPRADOR.  ---gritou o meu pai. ---VOCÊ SÓ ME DÁ DECEPÇÃO. E AINDA DORME COM O CARA EM TEMPO DE PEGAR AIDS! DAQUI A POUCO VOCÊ TA CHEIA DE AIDS DENTRO DE VOCÊ!

---que cachorra! Viu o que eu estava falando, casar com um estranho é massa, mas você pode ta gravida e nem sabe! ---falou ela.

---SE VOCÊ ENGRAVIDAR EU MATO ESSE BEBE, DEPOIS TE MATO, EU JURO! JURO, JURO, JUROOOOOOO!

***

Eu acordei de manha em plenos pulmões.

Meu coração batia tão rápido que era impossível se quer contar.

Eu suava como alguém que correu mil quilômetros.

Eu tive um pesadelo! Apenas um pesadelo!

Ai meu Deus eu estou tão nervosa que tive um pesadelo.

Como iria contar pra Lisa? E se ela falasse a mesma coisa? Eu não estou pronta pra ter que ouvir essas coisas.

A única coisa que eu tenho que fazer agora é contar pro Harry que nós estamos casados. No papel. E na lei, obviamente.

Levantei da cama mesmo meio tonta, e vesti uma calça jeans e uma blusa branca, e desci, sem nem ao menos tomar café.

Queria tanto ligar pra Lisa e contar o que houve, mas estava com tanto medo do que ela poderia dizer, que não ia arriscar. Coloquei uma das certidões na minha bolsa e a outra eu deixei na gaveta.

Não tinha a menor ideia de como achar o Harry, por isso fui ao único hotel onde os turistas geralmente iam. O mais caro e o melhor hotel de Londres.

POV HARRY

Cristo!

Eu estava na lanchonete do hotel, depois de ter uma péssima noite de sono, apostando com o George.

Eram meio estranhas as apostas que nós fazíamos. Primeiro apostamos se o carinha perto da gente iria paquerar a mulher ou não. Eu ganhei, o cara paquerou a mulher. Depois nós apostamos se o cara ia conseguir convidar a mulher pra sair ou não. Ele ganhou, eu disse que ele não iria conseguir, e o George disse que sim. É incrível como as mulheres no desespero aceitam qualquer coisa que servem pra ela.

---Deus! Vamos ir lá e fazer ela não sair com o cara, se eu fizer a cabeça dela, você me dá, dez reais, e se você fizer a cabeça dela, eu te dou! ---falou George.

Fingi pensar um pouco e falei:

---Fechado!

Nós fomos até a mulher e o cara debiloide olhou pra gente que nem um... Debiloide.

Eu e o George sentamos na mesa, sem sermos convidados, e olhamos para ele.

---Eu vi ela primeiro! ---falou o debiloide. Eu e o George rimos. Mas eu aproveitei a chance.

---É com esse cara que você quer sair? Esse ser acha que você é um osso que foi vista primeiro por ele. ---falei. Ela me olhou sem entender.

---Ta me chamando de cachorro? ---falou o debiloide.

---É exatamente disso que eu estou te chamando. Você é mais inteligente do que eu pensava! ---falei.

---Olha, aqui seu idiota, ela quer sair comigo, então se você quer uma mulher, tem varias por essa lanchonete! ---falou o Debiloide.

---Virgem! Agora ele está querendo dizer que você é igual a todas as mulheres dessa lanchonete! ---falou George. Eu ri.

Ela olhou pro debiloide com raiva.

---Não é nada disso que eu queria dizer! Vocês estão distorcendo as minhas palavras. ---falou ele. ---Eu só queria que eles entendessem que você já tem dono.

---Não é você que escolhe... Eu acho que Jesus criou o livre-arbítrio por algum motivo, e que eu saiba ninguém é dono de ninguém, não é mesmo George? ---falei.

---Exatamente, Harry! E querida eu sugiro que você não saia com esse homem, ele é como qualquer outro! Desprezível e arrogante, Eu se fosse você não se daria o trabalho.

---Mas graças a Deus, você não é ele, por que se fosse estaria a prestes a levar um fora da mulher mais gata que eu já vi. ---falei com o meu melhor olhar.

A mulher olhou pra mim e sorriu, depois olhou pra o Debiloide e ficou séria.

---Eu acho que ele tem razão. Não posso sair com você. ---MEU DEUS! Que voz horrível! Era tão fina e desafinada, e parecia que ela estava com o nariz entupido. JESUS! O Debiloide olhou pra ela assustado e completamente boquiaberto. Eu comecei a rir; a mulher olhou pra mim e perguntou:

---Perdi alguma coisa? ---ri ainda mais.

---Senhor todo poderoso! ---exclamou o Debiloide, que é ainda mais debiloide por não ter ouvido a voz da mulher primeiro, antes de convidar pra sair.

George estava paralisado.

---Na realidade, eu acho que você devia sair com ele. ---falou George. ---Ele adorou a sua voz tanto que exclamou até do senhor.

Ela olhou pra gente.

---E vocês gostaram?

---Eu achei linda, mas eu acho que ele achou ainda mais. ---falei aos risos. O Debiloide estava estático de tão horrorizado.

---Então eu aceito sair com você. ---falou mulher. O Debiloide olhou pra cara da gente, e começou a sussurrar: ”Não... Pelo amor de Deus, me tirem daqui!”

---Desculpe, senhorita, mas ele está sussurrando aqui pra mim, e ele está pedindo pra você tirar ele daqui, e levar ele pra um lugar mais reservado, você sabe né?---falei sorrindo perverso. Ele olhou pra mim com medo, enquanto ela começava a falar levando ele pra dentro do Hotel. E eu só dava risada, vendo a cara do outro, enquanto ela falava.

Eu e o George sentamos de novo na cadeira da lanchonete, e já estava saindo lagrimas dos meus olhos.

---Que horror, cara! A gente não presta, quer dizer, primeiro a gente quis estragar a vida do cara, depois na verdade ajudamos ele, mas aí depois estragamos de novo! ---falou George.

---É o destino, cara! ---E assim que eu falei isso, vi uma garota loira de blusa branca olhando ao redor. Meu Deus! É a Bella! Fiquei confuso, o que ela estava fazendo aqui? ---Olha quem tá aqui!

George olhou pra trás e falou:

---É a Bella! O que ela está fazendo aqui? ---falou. Depois, com um olhar malicioso, completou: ---Será que ela quer repetir a dose de anteontem?

Fingi rir. Isso não tinha a menor graça. Eu não estava nenhum pouco interessado na Bella, se ela veio realmente com essa intenção, vai levar um grande fora.

---Eu acho que ela está perdida, cara! ---falou George. ---Vai lá!

Fiquei meio repreensivo, seria melhor deixar ela se perder e desistir. Vou me esconder, Assim ela não vai me ver.

---Eu vou me esconder embaixo da mesa, quando ela desistir você me chama! ---falei e fiquei embaixo da mesa completamente perdido.

---Você é horrível! ---falou George sorrindo. ---Mas eu não sou, por isso vou chama-la pra um café, que tal?

---Não ousa fazer isso! Não! ---sussurrei, mas já era tarde demais. Ele já estava andando em sua direção, pronto, agora eu vou literalmente ter um enfarte. Não era pra eu ter feito aquilo com o Debiloide.

POV BELLA

Cadê ele?

Meu Deus, eu não acredito que eu estou fazendo isso!

Tudo bem, Bella, você está fazendo para um bem maior, e esse bem maior é o fato de você está casada e precisar urgentemente se divorciar. E ainda sem meu pai saber, o que vai ser fácil, se ninguém contar, é claro!

 E então alguém extremamente conhecido veio ao meu encontro. O George?

Olhei pra ele tão abismada que fiquei em pânico. Depois da noite que nós todos tivemos eu tinha vergonha até de olhar pra mim mesma.

---Querida Bella! É um grande prazer revê-la. ---falou segurando a minha mão, sorri com o elogio, mas não fiquei convencida. Estava tão ansiosa pra falar com o Harry que quase não encarava o George, só olhava ao redor.

---Olá, George! Queria poder sentir o mesmo, mas preciso falar urgentemente com o Harry, ele está com você agora? ---falei olhando para os lados.

---Ele? ---falou George meio em duvida, não entendi. ---Ele... Eu acho que não. Mas não tenho certeza, ahm... Você quer tomar café comigo, enquanto ele não aparece?

---Eu não sei... Preciso realmente falar com ele! ---falei. Eu sei! Eu pareço desesperada, e pra alguém que não sabe o motivo desse desespero deve pensar que eu estou obcecada pelo Harry.

---Eu sei... Mas ele não vai demorar a chegar... Por favor, eu insisto! ---falou pegando a minha mão e me levando para mesa. Eu não queria tomar café nenhum, mas sentia que seria muita falta de educação recusar.

Assim que sentei na cadeira, e pedi um café com leite, o George começou a falar.

---Sabe... ---falou ele, eu o encarei. ---O Harry disse pra mim ontem, que a melhor noite da vida dele foi com você!

Eu fiquei paralisada. Jesus! Que constrangedor.

Ele pulou da cadeira como se tivesse levado um susto.

---Sério? Interessante... ---falei bebendo praticamente todo o meu café. Pedi outro.

---E ainda falou que você é ainda mais linda nua! ---falou George. Eu me engasguei com o café e fiquei tossindo uns dez minutos.

Quando parei de tossir desesperadamente. Falei:

---Ele falou isso? Eu não acredito que ele... ---eu estava tão estressada e constrangida, que era sequer impossível falar.

---AI! ---gritou ele pro nada. Fiquei meio assustada. ---Desculpe é que ás vezes, eu tenho esses hisparmos...

---Tudo bem... ---falei ainda meio constrangida. O George era pior do que eu pensava.

---Sabe... Desculpe revelar mais uma coisa, mas Ele disse que quer se casar com você! ---falou George, eu fiquei em pânico, o pior é que já era tarde demais. Eu sentia que o George não estava contando a mais pura verdade.

---MEU DEUS! ---gritou alguém de algum lugar, fiquei repreensiva, pronto estou ouvindo coisas.

---O que foi isso?

---Ás vezes eu também grito...

---Eu acho que não foi você que gritou... Eu teria percebido. ---falei irritada, ele estava brincando comigo ou o quê?

E então eu ouvi bem baixinho, sons de xingamentos. Não sabia muito bem da onde vinha, mas tinha certeza que era de perto. Então cheguei mais perto da mesa e ouvi mais alto. Resolvi puxar o assunto com o George.

---Então... Mudando de assunto. Eu acho que o Harry não vai voltar! ---falei, já sabia muito bem onde ele estava.

---É claro que ele vai. Não seja pessimista. Logo ele estará aqui, prontinho pra você. ---Falou. Não entendi muito bem o que ele quis dizer com aquilo, mas não me importei. Cheguei logo no assunto:

---Eu sei que ele não vai voltar... Por que ele nunca Foi! Vocês mentiram pra mim. ---falei estressada.

---Como assim? ---falou George.

---Olha! ---falei e subi o pano que cobria a mesa. O Harry não estava lá, então quando eu fui olhar atrás, lá estava ele, tentando fugir. ---Eu não acredito que ainda tem a cara de pau de fugir bem na minha frente!

Ele olhou pra mim, fingindo surpresa e disse com cara de santo:

---Bella! Que coincidência. Eu não acredito que veio até aqui. Realmente eu não esperava. ---falou ele se levantando, sorrindo. ---Eu estava tirando os chicletes grudados embaixo da mesa, sou muito preservativo!

---Você é desprezível, isso sim! ---falei. ---Depois de tudo que aconteceu, você tem coragem de fugir? Me pediu em casamento e se esconde embaixo da mesa?

---Não sabia que você se importava com isso! ---falou ele. ---O que você quer que eu diga? Ahm... Foi muito bom, mas eu não estou afim!

---E quem disse que eu por acaso estou afim? Na realidade eu só vim por que fui forçada, se dependesse de mim não veria a sua cara nunca mais na minha vida! ---falei.

---Pegou pesado! ---falou George.

POV HARRY

Eu estava tão abismado e irritado. O que ela queria aqui, se não foi pra me paquerar?

Afinal, as mulheres são assim tão complicadas?

Olhei pra cara dela, querendo explicação.

---Então, o que veio fazer aqui? Espero que não tenha sido só pra me insultar!

---Eu não iria te insultar, se você não tivesse se escondido e agido como os homens em geral! ---falou ---Mas, não. Eu tenho mais o que fazer! --- e me puxou para a mesa. George estava olhando com tanto divertimento, o que me irritou.

---Claro. Claro! ---falei. Estava lembrando, de quando ela falou do pai dela. Realmente ela tem muito que fazer, em casa sem sair pra nenhum lugar a não ser pra loja de tricô. Ri sozinho.

---Posso saber o motivo da graça? ---perguntou ela.

---Não! ---Responde na lata.

Ela fingiu não ligar, mas eu vi que ela ficou ofendida. E então enfiou a mão na bolsa, e segurando um papel dourado, falou:

---Não se apavore! ---falou. E abrindo o papel passou ele pra mim. MEU DEUS! QUE NOMES ERAM AQUELES EMBAIXO DA CERTIDÃO? ERA O MEU? E O DELA? EU QUERO MORRER...

---O que é isso? Como isso foi acontecer? E por que isso aconteceu? ---falei tudo tão rapidamente que ela se assustou e o George falou:

---Se ferrou!

---Eu disse pra você não se apavorar!

---O quê? Como você quer que eu não me apavore! Eu me casei! Com uma pessoa que eu não conheço, mas o pior mesmo é que eu me casei! ---falei tão histérico que minha voz estava esquisita.

Ela estava começando a se assustar eu podia perceber.

---Eu sei que é muito...

---Assustador! ---completou George.

---Mas vamos resolver isso, por que sinceramente eu não quero ficar casada com você. ---falou ela meio nervosa.

---Vou fingir que não ouvi isso. ---falei. ---Como isso aconteceu? Eu pedi você em casamento e você aceitou, é isso?

---É! Eu não estava muito bem. Estávamos drogados, não é culpa de ninguém. ---falou ela.

---Culpa de ninguém! É tudo culpa de você e daquela sua amiga. Se vocês não tivessem ajudado agente...

---Provavelmente seriam roubados ou até mesmo mortos! ---falou ela me olhando calma. Como ela podia estar calma?

---Rapaz, ela ta certa! ---falou George.

---CALA A BOCA! ---gritei.

---tudo bem... Eu vou sair daqui, por que aqui o clima ta tenso! ---falou George saindo da mesa.

---Como você pode estar calma uma hora dessas? ---falei me apoiando pra frente ficando colado com seu rosto.

---Minha fase paranoica, já passou! Cheguei a ter um pesadelo ontem! ---falou ela. ---Amanha vamos resolver logo isso. E... Eu vou esquecer o fato de ter se escondido de mim.

---Obrigado! ---disse; ---E o seu pai... ---falei de repente me lembrando do que ela me falou quase a noite toda. ---Ele sabe?

---Graças a Deus não! E ele não pode saber. ---falou ela. ---Nós vamos nos separar, e ele vai continuar sem saber de nada.

---Se não ele te mata! ---falei sorrindo.

---É! Se não ele me mata, e se você acha que vai ficar de fora da lista, está muito enganado. ---falou sorrindo também.

---Pelo menos eu ajudei você a se desabafar, não acha?

---Eu devia está muito amargurada pra contar todas essas coisas pra um estranho! ---falou ela.

---Devia mesmo! ---Falei. Nós dois nos falávamos muito bem, apesar do mau entendido, e o fato de estarmos casados. Bella era uma pessoa amável, e que provavelmente me acha um idiota. Já eu, acho ela legal, mas sei que é mimada. Por causa do pai e tal.

Ela se levantou abruptamente. Me assustei e acabei levantando com ela.

---Tenho que ir! Provavelmente a minha babá deve estar lá agora! ---falou. Babá? ---Tudo bem, não leve a mal. Eu não tenho babá, mas é assim que eu chamo ela. Já que ela praticamente me vigia quando o meu pai viaja.

---Ok! Então até amanha. Vamos nos encontrar...

---Aqui? Eu acho que você não sabe aonde fica o Fórum, por isso vamos nos encontrar aqui, até você aprender! ---falou ela.

---Tudo bem! ---falei e quando eu ia dar um beijo em sua bochecha, ela desvia.

---Não estou preparada para ter contatos físicos com você, por isso, mantenha-se longe! ---falou ela e saiu com um tchau. Eu sorri. Ela era diferente das outras mulheres que eu conhecia.