ANGELS [AND DEVILS]

THE TRUTH

Ichigo voltou o mais rápido que pode. Ele correu até começar a arfar loucamente e suas pernas quase não aguentarem mais. Ele tinha que testar, ela podia ser um anjo, ou não. Ele não fazia ideia do que faria se ela fosse o anjo de que fala. Respirou fundo e disse devagar:

— Rukia...?

— Sim? — A voz o assustou e o fez pular.Ela tinha um tom de riso.

O garoto se virou assustado, ela estava em pé perto da janela ao lado da cama com uma das sobrancelhas arqueadas.

— O que foi? — Ela disse rindo, como se debochasse dele. — Parece que viu um fantasma.

— Você veio quando eu chamei? — Ele ignorou o deboche. — Veio mesmo?

— Estou aqui não estou? — Houve um minuto de silêncio. — Tudo bem com você? Aquele ônibus e tal... — Ele deu de ombros.

— Isso significa que o que você disse era verdade...

— Sempre foi. — Foi a vez de ela dar de ombros. Depois sorriu convidativa.

Ichigo se sentou na cama e suspirou.

—Pode me contar mais? — Era quase uma suplica, ele estava curioso.

A morena se sentou ao lado dele e mirou algo próximo ao seu rosto. Ela não o mirava nos olhos e isso o incomodava. Algum dia colocaria esse ponto em discussão.

— Acho que você pode entender o básico. — Ele resistiu ao impulso de grunhir pelo insulto — Existem anjos. — Ela apontou o próprio peito. — Consequentemente existem demônios. — Ichigo segurou a respiração.— Ambos podemos aparecer em duas formas: a básica, como eu ou uma "sombra" qualquer; — Ela desenhou as aspas com os dedos — E a complexa. Algo como a nossa forma real. Você não entenderia a menos que visse. Nós, digo, anjos e demônios não fazemos guerras sangrentas todos os dias... Nos ocupamos com eles quando causam problemas a nós, ou seja, se envolvam com vocês, ou os caçamos, em geral quando há um desequilíbrio. Quanto aos anjos... bem, sem entrar em maiores detalhe, eu sou apenas uma subordinada. É isso.

— Só isso? —Ele não tinha posto nenhum tom de ironia ou deboche, mas levou mesmo assim um soco na região das costelas. Ele rosnou para ela mas continuou, ele ainda tinha uma pergunta:

— E porque você fica comigo? Digo, me protege e tal.

Rukia parou por um segundo, ela engoliu em seco e ele quase pode ouvir. Ela tinha enrijecido, se tornado uma estátua de mármore, mais pálida do que o normal.

— Sou... — Ela hesitou — seu anjo da guarda. }Os subordinados como eu tem cargos. Eu cuido de você, é isso.

Quando Ichigo estava abrindo a boca pra mais uma pergunta ela se levantou.

— Você tem que tomar banho, jantar, fazer tarefa... não seja vagal. Eu tenho que ir. Até mais, Ichigo.

Incrédulo ele a viu caminhar até o sofázinho e num movimento fluido e violento pulou nele e fechou a cortina. No mesmo segundo um vento entrou forte pela janela, e com ele algo branco flutuando levemente. Ichigo agarrou com as mãos a pena. Um sorriso levantou suas bochechas.

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Ichigo saiu do banho quente com apenas a toalha branca presa abaixo da quebra de seu quadril [[obs: gente, não sei descrever o que é literalmente essa "quebra", mas vejam que é essa protuberância sexy pouco acima da toalha http://www.google.com.br/imgres?start=288&sa=X&biw=1093&bih=447&tbm=isch&tbnid=3LauPWGiFOoGwM:&imgrefurl=http://www.123rf.com/photo_11524606_man-with-towel-around-his-neck.html&docid=FA5rlUa9qemRzM&imgurl=http://us.123rf.com/400wm/400/400/inspirestock/inspirestock1112/inspirestock111224539/11524606-man-with-towel-around-his-neck.jpg&w=267&h=400&ei=G5ZhUpX1J4Ty9gSH0oCgAw&zoom=1&ved=1t:3588,r:93,s:200,i:283&iact=rc&page=18&tbnh=175&tbnw=116&ndsp=17&tx=33&ty=17, ou imaginem mais como o corpo que eu descrevi para o Ichigo http://www.google.com.br/imgres?biw=1093&bih=447&tbm=isch&tbnid=Zg--LxzjXXKYsM:&imgrefurl=http://www.flickr.com/photos/netfalls/5697665962/&docid=uAvZN3obMcQr4M&imgurl=http://farm6.staticflickr.com/5307/5697665962_5ef7cd4557_z.jpg&w=600&h=400&ei=Z5VhUr_WL4Xq8gSRz4C4Aw&zoom=1&ved=1t:3588,r:3,s:0,i:86&iact=rc&page=1&tbnh=176&tbnw=264&start=0&ndsp=14&tx=140&ty=44 u.ú]] com as mãos esfregava outra toalha no cabelo, bagunçando-o. Os olhos pousaram sobre a pena que ele havia deixado em cima da escrivaninha. Olhou pela janela e viu que gotas de chuva começavam a cair. Fechou a janela e se vestiu, colocou uma calça de moletom cinza e uma camiseta de algodão branca. Desceu as escadas até a cozinha, ainda bagunçando os cabelos alaranjados, a mãe provavelmente estaria lá com Yuzu, uma das irmãs. A outra, Karin, estaria assistindo TV e o pai só voltaria do trabalho ás sete.

A mãe estava de costas na pia. Ele a abraçou por trás fazendo-a rir. Ela se virou e resmungou um pouco sobre a altura dele. Ela ganhou alguns beijos no rosto, ele nunca se arrependeria de ser tão carinhoso com a mãe que ele quase perdeu quando era mais novo.

— O jantar vai demorar, vá fazer sua tarefa.

— Estou sem vontade... — Ele brincou.

A mulher se virou e quase grunhiu.

— Faça o que eu mandei, Kurosaki Ichigo.

Ele riu e beijou a mãe, subiu ao quarto para fazer a maldita tarefa. Persistiu mesmo com as altas trovoadas e as piscadas incessantes da luz, isso até esta apagar completamente. Bufou, não ia conseguir terminar.

Se levantou e quando o fez ouviu, como que por telepatia, a voz de Rukia em sua cabeça.

"Saia daí, Ichigo. Vá para algum lugar com luz! Aonde tenha gente!"

Ichigo pôs as mão como garras na cabeça e apertou, sentia pontadas fortes, apesar disso ele ainda tentou seguir o conselho dela, era tarde demais, algo bloqueava a porta.

Uma sombra negra com olhos azuis felinos sorriu maldoza pra ele, expondo os afiados caninos.