Start? escrita por Sascha Nevermind


Capítulo 30
#EXTRA# O Sofá


Notas iniciais do capítulo

AOOOOO, o extra saiu rapidão =3
Então, extra dedicado a todas as vinte e oito maravilhosas pessoas que favoritaram Start? S2
Não posso falar o nome de todos vocês ~nem aparece aqui~ mas se sintam abraçados e amados ^u^

Música do capítulo:
~Nothing To Remember - Neko Case (http://www.kboing.com.br/neko-case/1-1113156/) Reza a lenda que é da soundtrack de Jogos Vorazes e-e

Até lá embaixo! o/



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O fim de semana da Tsubaki estava sendo uma loucura.

Ela não tinha nada planejado, a não ser ficar junto com Black*Star, fazendo qualquer coisa: os dois podiam comer algo, ou assistir filmes juntos, ou saírem para dar uma volta a dois. Tsubaki realmente não se importava com o que fosse, desde que estivesse com o namorado. Mas sua melhor amiga havia atrapalhado um pouquinho seus planos.

Maka ligou pouco depois do almoço, no horário que o Black estava dormindo e Tsubaki estava dando uma geral na casa, para depois ir comprar algo especial para o jantar. Seria o primeiro fim de semana deles como casal! No entanto, antes que acabasse a faxina, recebeu o telefonema da Maka.

A amiga estava com a voz meio rouca, e sem dúvida parecia triste. Contou que ela e Kid haviam brigado quando ele soube do beijo – algo que Tsubaki definitivamente não esperava – e pediu um tempo, mas a coisa foi tão feia que Maka não sabia se era um tempo definitivo ou não. E para completar, quando chegou em casa Soul deu a entender que investiria nela, que estava apavorada com a possibilidade. Pediu para passar o final de semana no apartamento do casal, e Tsubaki não foi capaz de negar. Maka era sua amiga a tempo demais para simplesmente deixa-la de lado.

Maka chegou menos de uma hora depois de telefonar, e a pedido da amiga, contou a história detalhadamente. Tsubaki também não sabia o que aconselhar. Por via das dúvidas, ficou do lado da amiga, e disse simplesmente para ela tentar se acalmar antes de fazer qualquer coisa.

E assim começou a saga de um dos fins de semana mais complicados da vida de Tsubaki.

Black não gostou muito de ter uma “intrusa” em casa. Reclamou um pouco na hora, já que a namorada não dormiu em casa no dia anterior por causa da Maka, mas não tocou no assunto na frente dela. Apenas se limitou a ficar com a cara meio fechada, e roubar beijos de Tsubaki a cada vez que a encontrava sozinha.

Já Maka foi mais complicada de lidar. Seu temperamento ficou oscilando perigosamente entre a raiva insana e a tristeza mórbida a sexta toda. Ás vezes Tsubaki a flagrava amaldiçoando baixinho qualquer coisa relacionada ao Kid, e ás vezes ela simplesmente começava a chorar, do nada. Havia deixado o celular em casa, para não receber ligações nem do Soul nem do Kid, e pediu para que não a deixasse chegar perto de nenhum. Mas a cada cinco minutos tentava pegar o de Tsubaki. Ela ficou mais calma no sábado, depois de saber que Kid ligou perguntando por ela, mas isso só piorou o problema do celular. E no domingo, por pouco ela não se trancou no banheiro para ligar de volta, usando o aparelho do Black*Star. Claro que negou até o fim, dizendo que só ia perguntar algo sobre um trabalho a Jacqueline.

Se Tsubaki não soubesse que não era a época, acharia que a amiga estava de TPM.

Mas agora já era domingo à noite, Maka estava dormindo e amanhã voltaria para casa. Tsubaki amava a amiga, mas estava ansiosa para ter um momento a sós com o namorado e, por mais envergonhada que ficasse em admitir, longe de tanto drama. Ela se sentia mal pelo que a amiga estava passando, mas não sabia como ajuda-la, de qualquer forma.

Era assustador não poder fazer nada, refletiu, enquanto sentava no sofá, no escuro, e ligava a TV para assistir seu programa favorito antes de ir dormir. A casa estava silenciosa, Tsubaki era a única acordada. Amanhã já era segunda, e aquilo a desanimava tanto! Stein a assustava, as aulas exigiam muito de sua concentração para conseguir entender, e Maka estava distraída demais ultimamente para ajudá-la com os deveres. Estudar costumava ser mais fácil antigamente.

– Boa noite, estrela.

A voz veio de algum ponto bem ao lado de Tsubaki, e a respiração quente que bateu em sua orelha a fez arrepiar. Antes que desse conta do que estava acontecendo, ela soltou um grito agudo, pulando do sofá. No entanto, não chegou a realmente sair do lugar: um par de braços fortes a envolveu pelos ombros, puxando-a contra si e pousando a boca em sua orelha novamente.

– Não grite, amor. Não quero acordar a Maka.

Tsubaki se aquietou, apesar dos arrepios terem piorado, e sorriu quando o parceiro se jogou por cima do sofá, caindo deitado ao seu lado e se remexendo até a cabeça estar apoiada no colo da namorada. Tsubaki mexeu em seus cabelos, sussurrando-lhe:

– Você foi maravilhoso esse fim de semana.

Era impressão dela ou, mesmo na luminosidade fraca, dava para notar que ele estava corando?

– Do que você está falando? – Perguntou, sem graça. – Eu sou maravilhoso sempre!

– Ultimamente está mais que o normal. - Tsubaki insistiu. – Obrigado por ser tão compreensivo, querido.

Black*Star simplesmente deu de ombros, encarando a televisão com um sorrisinho satisfeito.

– Claro! Se isso acontecesse com você, eu iria querer que a Maka ficasse ao seu lado. E ela é gente boa. Apesar de ser uma empata foda. – Acrescentou, divertido.

Foi a vez da Tsubaki corar. Ela deu um tapinha na testa do namorado e murmurou, constrangida:

– Não fale desse jeito, Black*Star! É tão vulgar!

– Empata noite de amor? – Ele tentou de novo, rindo da reação dela.

– Você está falando alto demais. E... Não acha que é cedo para termos esse tipo de conversa?

Black se sentou, ficando colado a Tsubaki, e passou o braço pelos ombros dela antes de responder:

– Não acho. Mas se você pensa assim, não vou te forçar. Um cara grande como eu não faria isso.

Tsubaki sorriu, e os dois começaram a prestar atenção na série. Era algo meio sobrenatural-romântico, e Tsubaki achava fofo o modo como a humana acabava sendo protegida pelos não-humanos, e como só ela podia tocar o coração deles. Por algum motivo, lembrava sua relação com Black*Star.

Após algum tempo assistindo, Tsubaki se virou para checar se o namorado parecia estar gostando ou não. Para sua surpresa, ele não olhava a tela – olhava para ela. Quando seus olhos se encontraram, Black*Star sorriu de lado, passou a mão pela bochecha da garota numa suave carícia e inclinou a cabeça em direção a ela.

Tsubaki sorriu docemente, inclinando sua cabeça também e finalmente juntando seus lábios. O beijo foi suave, simples, só os lábios se acariciando no início. Mas a tranquilidade não durou muito: Black logo enjoou daquele jogo, e deu um jeito de aprofundar o beijo. Tsubaki suspirou quando suas línguas se tocaram, e puxou mais o namorado contra si, sem resistir à pressão suave que ele fazia em seus ombros.

Em pouco tempo, ela estava deitada no sofá, com ele por cima. Tsubaki gostava de ficar assim com ele, Black sabia o que fazer para atiça-la. O modo como apertava suas coxas, como desenhava o contorno de sua cintura com as mãos, como acariciava sua barriga e seu quadril. Tsubaki só conseguia puxá-lo de encontro a si, arranhando suavemente seus braços e suas costas, e arfar contra sua boca.

Black*Star não era suave. Ele tinha aquele fogo, aquela pegada que a enlouqueciam. Ele era quente, e ela adorava aquilo.

Quando suas bocas se separaram, ele sorriu sobre ela, satisfeito.

– Esperei o fim de semana todo para isso.

– Você me beijou. – Tsubaki lembrou-lhe, pensando nos beijos roubados, mas ele negou.

– Não foram a mesma coisa. Agora você parece mais minha.

Possessivo? Sim, bastante. Mas Tsubaki ainda assim amava quando ele dizia algo do tipo.

– Eu sempre sou. – Ela sussurrou-lhe.

O sorriso do namorado aumentou, e ele abaixou-se até seus lábios estarem colados, mas não a beijou.

– Vamos esticar um pouquinho esse fim de semana? – Sugeriu, contra sua boca.

Tsubaki hesitou por um momento apenas, lembrando que já era noite, e os dois estavam sozinhos na sala escura. Mas logo em seguida deixou esses pensamentos irem embora. Ele disse que não a forçaria a nada, e ela confiava em sua palavra.

– Vamos. – Concordou, com um sorriso travesso. – Faça o nosso primeiro fim de semana juntos ser inesquecível.

Quando seus lábios se juntaram de novo, foi mais lento, mas ainda assim intenso. Tsubaki se sentiu leve e pesada ao mesmo tempo. E enquanto se enroscava mais no namorado, se ajeitando sob ele e o tocando, Tsubaki percebeu uma coisa. Black*Star não precisava fazer mais nada. Aquele momento já era inesquecível.


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Notas finais do capítulo

Não é certo eu me divertir tanto fazendo um capítulo e-e
ENTÃO, ta aí ~o extra tem o extra de contar sobre a história principal hehehe~
Tá, espero que tenham gostado!
Até o próximo, babys o/