Para todo sempre escrita por Any Dreamer


Capítulo 6
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

uhuuu! Finalmente capitulo novo, depois de quase um ano(???). Nem eu acredito que estou postando, vocês estão esperando a bastante tempo, e espero que tenham gostado de como esse ficou. A escola não está deixando tempo, mas prometo que não irei abandonar!



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Rodrigo.

Respirei fundo. Aquilo só poderia ser mesmo brincadeira. O cabelo de Marcelo estava do mesmo jeito que me lembrava. Os olhos claros ainda intensos, e com um toque maligno.

– Não vai me dizer oi não? - ele interrompeu meus pensamentos. Virei-me rapidamente para Leo, e ele assentiu de leve.

– Oi, João. - respondi. Caminhei sem animo até meu irmão, e lhe dei um rápido abraço.

– Cadê a namorada? - perguntou baixo, fazendo só com que eu escutasse. Me afastei em seguida dele, e o encarei rígido.

– Tire os olhos dela. - respondi no mesmo tom que ele.

– Rodrigo... - minha mãe nos salvou de uma futura discussão. - Vamos para a cozinha? O João precisa desarrumar a mala...

– Ele vai... - já ia protesta contra a presença dele, mas minha mãe me olhou sério. Abaixei a voz, e lhe acompanhei para o outro comodo. Leo foi atrás. - O que ele está fazendo aqui?

– Olha... Eu sei que vocês tiveram alguns problemas, mas ele é seu irmão! Tira essa cara emburrada, e tente ao menos mostrar que está feliz, ok? - ela deu um pequeno sermão.

– Tá... - resmunguei, sem entusiasmo. - Quanto tempo ele irá ficar? E você sabia disso?

– Não sei... Ele me disse em uma de nossas ligações pelo Skype que estava pensando em vir para cá. Mas nada era certo. Foi como uma surpresa. - explicou ela.

Fiquei em silêncio pensando nessa volta completamente inesperada do Marcelo, e pensando em como falaria isso para a Pri, e como isso influenciaria nossa viajem. Viajem.... Precisava falar isso com a minha mãe.

– Mãe? Lembra que tínhamos conversado sobre fazer uma viajem? Mais especificamente, Nova York? - perguntei e ela assentiu, começando a cozinhar alguma coisa. - Eu, o Leo, a Fani e Priscila estamos pensando em fazer. Você deixaria? Ou melhor, o que acha sobre isso?

– Quatro adolescentes em outro pais? - perguntou quase rindo. - Isso é loucura! Precisam de um responsável, além do mais, seu pai não iria bancar tudo...

– Temos dinheiro! Eu pagaria as compras, vocês só a hospedagem. - insisti. Era ruim quando eu mal tinha explicado, e já recebia um não. Senti meu celular vibrar, e o alcancei rapidamente.

Coisa está feia na casa da Fani. Estoua caminho da sua casa, ok?

Beijos, Pri.

Pensei em mostrar para o Leo, mas ele iria querer sair imediatamente, e no momento, eu precisava dele.

Gelei ao reler as palavras que diziam que ela viria para minha casa. Já estava indo para a discagem rápido, ligar para a Priscila e avisar para não vir. Mas ela é sempre insistente, e acabaria desconfiando de algo.

Comecei a pensar em alguma coisa, qualquer coisa, que fizesse minha mãe pelo menos pensar na hipótese de me deixar viajar.

– Isso é muito importante para mim, para nós, na verdade... - comecei calmamente. - Já me formei, passei em todas as provas com notas boas, o que te impede?

– Precisamos falar com seu pai. - ela cruzou os braços, e me encarou. - Mas é uma boa ideia. - sorriu fraco, eu fiz o mesmo.

– Isso ai! - Leo se manifestou finalmente, nos fazendo rir. Ele sentou-se na mesa, e começou a comer qualquer coisa que havia ali.

– Mãe, já que agora meu quarto virou escritório.... – a voz que eu menos gostava apareceu. – Eu vou precisar ficar no do Rodrigo. – ouvir aquilo me fez cerrar o punho, e encará-lo sério.

– Por que não fica no da Sarah? – sugeri tentando parecer normal.

– Por que você não deixa de ser egoísta? – provocou ele. Observei minha mãe como se pedisse para ela fazer algo ao meu favor.

– É a única opção mesmo. – deu de ombros, mas fez uma feição triste ao perceber minha reação decepcionada.

Bufei sem ter medo, e comecei a xingar mentalmente aquele rapaz ao meu lado que eu chamava de irmão.

– Rô, ninguém atendeu a porta então eu.... – Priscila apareceu alguns minutos depois, mas parou de dizer quando encontrou com ele. Desviei meus olhos dela para João, depois para Leo, e voltei para a Pri. – Marcelo? – não sei se foi impressão minha mas sua voz pareceu tremer.

Eu gelei. Minha namorada estava encarando meu irmão. E os dois já tinham tido algo, seja lá o que foi, e estavam se olhando, bem na minha frente. Parecia piada. João Marcelo sorriu de um jeito malicioso ao abaixar o olhar, e encarar o corpo da Priscila.

Fiquei ainda mais furioso, e alcancei o braço dela rapidamente. Entrelacei nossos dedos, mostrando quem podia olhar ela, quem podia tocá-la, e quem era o namorado dela. E ainda assim, fiz com que ela ficasse bem próxima de mim.

– O que está acontecendo? – perguntou Pri talvez por ele, e talvez pela minhas atitudes.

– Eu perdi muita coisa esse tempo todo, hum? – Marcelo resmungou ainda admirando-a. Juro que queria acertar um soco na cara dele.

– Escuta aqui... – já ia começar, mas fui interrompido.

– Rodrigo... – Priscila apertou seus dedos contra os meus, me acalmando. Não sei o que eu faria sem ela as vezes.

– Vocês estão planejando de viajar? – Marcelo virou-se para mim e para Leo. Ergue um folheto da agencia.

– Você mexeu nas minhas casas? – protestei perplexo. Quem ele pensava que era?

– Nova York... – me ignorou completamente. – Bem interessante. – sorriu enquanto lia o folheto. – Talvez vocês precisem de um responsável... Digo, sei que vocês tem dezoito anos, mas... Alguém mais velho.

Uma palpite de suas próximas palavras estava se formando na minha cabeça, e eu comecei a torcer para que não fosse isso ou nada parecido. Mas quando escutei, pareceu que toda a ideia de viagem para descansar a cabeça, e desligar do mundo real, ficando com pessoas bem legais foi embora.

– Eu posso acompanha-los. – Marcelo deu de ombros.


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Notas finais do capítulo

Entãooooo? O que acharam? Digam aqui nos comentários como foi depois de tando tempo, ver como essa história esta tomando rumo? Hehehehehe tenho tantas ideias agora! Até a próxima, amores. Capítulo novo em breve, prometo que não vai demorar tando



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