Minha Vida Fora De Casa! escrita por Jade Potter


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, espero que gostem dessa história, e se divirtam com as maluquices dos meus personagens mais loucos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/341717/chapter/1

Eu estava olhando todo o meu quarto, centímetros por centímetros, eu não estava acreditando que eu ia me mudar que eu ia pra faculdade.

Minha mãe, Jane, entrou no meu quarto.

---E então, Bella? Já fez ás malas?

---Já, mesmo eu não querendo. Cadê o papai? ---falei, minha mãe era a pessoa mais legal que existe, na verdade ela é tão sincera que me assusta.

---Está lá embaixo, fazendo sei lá o quê. ---falou ela e me levou ate á sala, onde o meu tio Estevão e o meu pai, Derek estavam sentados no sofá assistindo ‘’ CASO 39’’

---Vocês não cansam de assisti filme de terror? ---falei do outro lado, e Estevão olhou pra mim.

---Minha querida, isso é tradição. ---falou ele.

---Nem queira saber, filha. ---falou meu pai.

Seline veio ate mim, ela estava desgastada e com certeza precisava de umas férias.

---Por que você não tira férias? ---falei com um sorriso gentil.

---Por que eles, não conseguem viver sem mim. É serio! Teve uma vez que eu tirei férias e eles tocaram fogo na casa. ---falou ela olhando para os três sentados no sofá. ---e eu cuidei muito de você, bem antes de você nascer eu já trabalhava aqui.

---Você foi uma ótima baba. ---falei e empurrei de leve o seu ombro, ela caiu no chão. ---ai meu deus! Desculpe. ---falei a pegando e a levantando.

---Eu estou velha, minha filha. Não faça mais isso, se não eu morro.

---Tudo bem. ---fiquei aliviada por ela não ter morrido agora.

Ela deu um beijo de leve em meu tio Estevão e então foi pra cozinha, ela e o meu tio estavam namorando á um tempo depois da minha festa de quatro anos, onde eu conheci pela primeira vez á minha avó e meu tio de parte de mãe. No começo ela não queria ficar com ele, mas depois acho que mudou de idéia.

Eu não acredito em amor verdadeiro, minhas amigas acham que eu sou antiquada, mas é o que eu acho, eu acho uma perda de tempo, um dia o casal vai se separar, com exceção dos meus pais. Mais mesmo assim, eu acho que apenas existem exceções.

Eu tenho 18 anos, vou fazer 19 e o único garoto que eu namorei me traiu.

É talvez seja por isso que eu sou tão chata á respeito do amor. Mais eu tinha certeza de que ele me amava, e na verdade foi uma grande mentira. Meus pensamentos foram se distanciando quando no filme apareceu um demônio, eu me assustei e olhei no meu relógio, já estava na hora de eu ir.

Eu pigarreei, pra ver se alguém me ouvia e então todos olharam pra mim. ai eu levantei minha mala indicando: ‘’eu tenho que ir, pessoal!’’

---Ai meu deus! Eu quase tinha me esquecido. ---falou minha mãe, vindo em minha direção e pegando minhas coisas. --- é que... E... Eu tenho que me acostumar, que você está partindo. ---e começou a chorar.

---Quê isso, mãe! Eu não estou morrendo, eu vou ver vocês sempre. ---falei meio que na defensiva, eu ia querer vê-los sempre, mas ia ser difícil.

---É, Jane! Você chora pra caramba! ---falou Estevão.

---Hei! Não ouse falar assim com á minha mãe. ---falei brincando apontando a meu dedo na cara dele.

---Que é pirralha! Vai querer caí na briga?

---Não. Por que eu estou com pena de você. ---falei provocando, todos fizeram um coro de ‘’HUUUUU’’

---Você é muito esperta. Puxou a mãe. ---falou. E meu pai jogou uma almofada na cara dele, eu ri.

---AIII!

---Desculpe, mas eu preciso realmente ir. ---falei pensando no meu avião, e na minha amiga que estava me esperando no aeroporto.

---É gente, deixa á menina! ---falou seline da cozinha.

---VOCÊ NÃO SABE COMO É SE DESPEDIR DE UMA FILHA! ---gritou minha mãe com ela, eu me assustei e pedi ajuda ao meu pai que parecia assustado também.

---Jane, por favor, nossa filha vai vim nos visitar sempre, não é? ---falou meu pai desgrudando minha mãe de mim. Eu me senti culpada. Primeiro: que eu não tinha certeza se eu poderia vir sempre, e segundo: que eu amava de mais á minha família pra deixá-los, mas eu tinha de ir pra faculdade, e então eu disse uma coisa que eu sabia que ia fazer efeito:

---Eu amo demais vocês. E só vou, por que tenho que ir pra faculdade. Eu amo muito, mais muito vocês. ---todos me olhavam com lagrimas nos olhos, e eu acho que isso só fez minha mãe chorar mais. ---mãe, eu vou perder o voou e vou ter que comprar outro.

Isso fez todos despertarem, e eu nem sei por quê.

---Tudo bem, pode ir. ---falou minha mãe. ---mas venha me visitar sempre. Ouviu? Sempre!

---Mas isso não vai gastar muito dinheiro? ---falou Estevão e minha mãe olhou pra ele de cara feia, eu ri.

---Não. Eu vou fazer um estagio. Não se preocupem. ---falei e peguei minhas malas indo para a porta, mas antes eu olhei pra trás e dei uma ultima olhada em todos os moveis que eu passei a minha vida toda, toda a minha família estava na minha frente, e eu estava seguindo o meu caminho, um caminho que pela primeira vez, eles não iam seguir comigo.

E então eu peguei o avião.

Na verdade foi um sufoco, eu fiquei na área de pobre. Eu não me sinto bem, sendo a única com roupas bonitas em um lugar. Eu ia pra Nova York. UAU!

Mais assim que o avião pousou, eu dei graças a deus. Enfim estava em terra firme.

***

Assim que eu entrei no aeroporto vi minha melhor amiga Alexandra sentada no banco a minha espera, eu nem estava acreditando que eu ia ficar na casa dela, pois a minha faculdade é lá em Nova York, enquanto EU moro em Londres.

Londres é um lugar incrível e se eu pudesse escolher com certeza eu não iria se mudar pra longe da minha família. Eu acenei pra ela e ela veio correndo na minha direção, Alexandra tinha cabelos ruivos e olhos bem azuis, os seus cachos estavam mais bonitos do que da ultima vez que eu á vi.

Nos abraçamos e ela falou ainda no abraço.

---Eu não acredito! Meu deus. Eu estou tão feliz.

---Eu também. ---falei quase gritando, estava muito barulho. Ela me olhou e falou:

---Amiga! ---gritou. ---me dá outro abraço.

E então veio outro abraço, quando enfim nos separamos, eu falei:

---Obrigado por me hospedar na sua casa. Sabe... Eu não sei o que dizer.

---Quê isso, menina! Você é bem vinda lá em casa, quando quiser. ---falou ela e me deu um pequeno abraço.

---Eu sei... É... E sua mãe? Ela... Vai aceitar? ---falei.

---Eu não te contei? ---falou ela. ---A minha mãe se casou com um muçulmano.

---Quê? ---falei surpresa, essa era a ultima coisa que eu esperaria de Vivian, a mãe de Alex.

---Pois é! Um choque. ---falou ela. ---quando o conheceu, disse que nunca amou mais alguém, em toda a sua vida. ---eu revirei os olhos. Sempre as pessoas falam isso. --- e depois se converteu e foi morar lá no Marrocos. A minha mãe tem sérios problemas.

---Ela se converteu? E se eles se separarem?

---Eu sei lá. Minha mãe ama tanto esse cara que é capaz de escalar o monte Everest. E ele nem é essas coca-cola toda. Tem uma barba que só Deus sabe aonde vai. Horrível.

---Eu acho uma perda de tempo. ---falei. ---se casar. E principalmente se converter. Eu não acredito que sua mãe fez isso. Quer dizer, mudar toda a sua vida por causa de um homem. Como eu disse: perda de tempo!

---Ah isso você acha, por que você é a Bella. ---falou dando de ombros.

---Isso eu acho, por que eu sou realista.

Ela parou e me olhou, já estávamos perto de sua casa.

---Você ainda não superou, não é? ---falou ela séria. Eu a olhei confusa. ---você sabe do que eu estou falando. Do Parker. Da trai...

---Não fale traição. ---falei. ---pronto agora fui eu que falei.

---Responda.

---Tudo bem. Eu não superei. Mais isso não tem nada ver. ---falei meio desconfortável. ---é o meu jeito.

---Não, Bella, esse não é o sei jeito. O seu jeito, pelo menos, antes de você conhecer Parker, você era sonhadora, e romântica. Você chegou a fugir de casa uma vez por causa dele.

---Isso foi um deslize...

---Claro. ---ela me olhou e eu me senti mal.

---Vamos parar de falar nesse assunto? ---falei.

---Claro claro! ---falou ela. ---vamos...

***

Assim que chegamos na casa de Alex, eu não tive duvidas, eu estava mesmo em Nova York, não estava mais em meu lar.

---Gostou? ---falou ela animada. O apartamento era extremamente pequeno, devia ter só dois quarto e olhe lá. ---gostou? Fala menina...

---Ata. ---olhei pra ela. ---parece bem aconchegante. ---falei. Não ia mentir pra ela, o lugar era... A única palavra que existia pra isso era: pequeno.

---Eu sei! ---falou ela como se eu estivesse falado que o apartamento era o mais bonito de todos os tempos. --- e também sei que é extremamente pequeno, mais não é. Por que você ainda não viu os quartos... São ainda menores. Mais enfim... Tem três quartos, mais como você vai morar aqui, são quatro pessoas.

---Como assim? Tem mais?

---Tem o meu melhor amigo. E tem o amigo da minha mãe. ---falou ela e parou com a minha cara. ---não fique assim. Quer dizer... Vai caber todo mundo. Eu dou um jeito.

---Quer dizer que tem um homem adulto morando com vocês? ---falei indignada.

---Naahhh. Ele morava com a minha mãe, mas como ele não sabia cozinhar ele veio morar aqui depois que a minha mãe se mudou.

Eu continuei a encarando, ela não tinha respondido a pergunta principal.

---Ele não é mais velho. Ele tem 19 anos. ---falou ela e abriu um sorriso maroto. ---e é gay. Um gay muito insuportável se você quer saber. Só que a minha mãe disse que se eu não o hospedar, eu vou me mudar pro Marrocos, e virar muçulmana.

---Sua mãe te ameaçou? ---falei espantada.

---Na verdade sim. Mais ela tem direito, por que ate eu me formar, é minha mãe que paga o apartamento.

---Então já que é ela que paga, ela devia pagar um apartamento melhor. –falei.

---Concordo plenamente. ---falou ela e levou minhas malas ao meu quarto, eu estava boquiaberta, tudo estava acontecendo tão rápido.

Assim que eu terminei de arrumar minhas coisas, fui ate a cozinha onde na verdade era a sala, ah tanto faz! Mais enfim, eu estava comendo quando a porta da frente se abre em um estouro e um homem de cabelos ruivos e olhos verdes aparece todo ‘’cheguei’’

---OIIIIIIIIIIII1! Cambada de doido! ---gritou ele chegando, acho que ele ainda não me viu aqui, por que sinceramente isso é muito... Gay.

E então ele me notou...

---QUEM É VOCÊ FOFA? ---berrou ele, meu deus! Eu estava do lado dele!

---Eu sou Bella. E você deve ser o amigo da mãe da Alex.

---Que volta pra chegar no meu nome, minha filha! Meu nome é Victor, mas eu mudei pra Vitor. ---falou ele malicioso.

---Certo... E então, como vai?

---Eu vou ótimo, mas estou a fim de dormir, afinal... Amanha é Stanford! ---falou ele.

---Você também estuda em Stanford? Eu não acredito. ---falei indo pro lado dele. ---já tenho um amigo...

---Como assim UM amigo? ---falou Alex vindo de toalha ate mim. Eu ri. ---eu também estudo em Stanford.

 ---EU SEI! E estou tão feliz. ---falei.

---Essa menina é sufoco, viu? Vai dá trabalho. ---falou Vitor de mim.

---Sufoco é você, seu folgado. Vai aprender a cozinhar que é melhor. –falou Alex.

---Tá bom, né? ---falou ele irônico e entrou em seu quarto, eu ri. Ela me olhou.

---Desculpa essa criatura. ---falou ela. ---isso tudo pra não vira muçulmana. --- então saiu com a cara emburrada, indo pro seu quarto.

Eu agora estava sozinha, e então terminei de comer, mas aí caiu o prato todo no chão. NOSSA! Eu sou completamente desastrada. Me ajoelhei e comecei a catar os pedaços antes que Alex veja, que horror no meu primeiro dia na casa e já to fazendo bagunça.

Eu estava ainda ajoelhada quando a porta se abriu e eu olhei pelo canto da cozinha, vendo um homem de cabelos loiros e olhos azuis com uma maleta, AI MEU DEUS! É O MIGUEL! Aquele menino que ficava me abusando quando eu era menor, ele sempre foi amigo da Alex, por que por mais que eu estranhe, a família dele é mais amiga da dela do que a minha. E por isso sempre ficamos juntos, eu aposto que ele nem lembra de mim. Eu o conheci pela primeira vez no acampamento que eu fui quando eu tinha uns quatro anos e ele tinha uns 6 anos, ele agora devia ter uns vinte, já que eu tenho 18.

Alex apareceu junto com Vitor, que estava com um pijama rosa, (e eu ainda estava ajoelhada, olhando pelo canto) Miguel olhou pra Vitor e fez uma cara de nojo e desprezo, depois falou:

---O que ele ainda esta fazendo aqui? ---falou ele. ---Ele, hoje mesmo, não disse que ia se mudar?

---É eu disse, mas depois eu resolvi não sair. ---falou Vitor se remexendo todo.

---Ah ninguém merece! ---falou ele. ---eu cheguei tão feliz...

---Miguel, se eu tirar ele daqui, minha mãe vai fazer eu virar muçulmana. ---falou Alex.

---QUE HORROR! NINGUEM GOSTA DE MIM, NINGUEM ME QUER!  Eu vou me jogar no rio Nilo, e ser comido por jacarés. ---gritou ele saindo correndo pela sala.

---Oh meu deus! ---falou Miguel sarcasticamente.

Miguel olhou pra Alex com raiva.

---Eu acho que eu preciso comer alguma coisa... ---falou ele vindo em minha direção, eu fiquei em pânico, tentei levantar, mas acabei escorregando em uns pedaços de vidro e ficando quase de cabeça pra baixo. Ele tomou um susto e olhou pra mim de boca aberta, eu estava começando a me explicar ou me apresentar, quando ele começa a dar risada, eu fiquei pasma, que idiota!

Me levantei e ele ainda estava dando risada, Alex estava só vendo a cena, e Vitor sabe-se lá onde ele estava. Eu cruzei os braços, esperando o mal educado parar de gargalhar, ele olhou pra mim, e parou de rir, eu ergui as sobrancelhas e quando eu achei que ele fosse falar alguma coisa ele começou a rir de novo, aí eu me retei:

---Olha aqui, seu idiota, eu não sei que educação a sua mãe te deu, mas eu posso te dizer que ela NÃO te deu educação nenhuma. Então vê se cala a boca e para de gargalhar. ---falei estressada e ele parou de súbito e ficou com as sobrancelhas erguidas. ---bom... Qual é o seu problema? Você nem sabe quem eu sou.

Ele agora estava com um meio sorriso.

---É claro que eu sei quem você é. Você é Bella, á que eu gostava de puxar o saco. ---falou ele sorrindo. Eu fechei a cara.

---Que ótimo jeito de me fazer gostar de você. ---falei ironicamente. Ele só olhou pra mim e falou:

---Não gostava de eu puxar o seu saco? Você nunca reclamou. ---falou ele, eu o olhei irritada.

---É claro que não. Por que se você não se lembra, você ameaçava me jogar no lago. ---falei e depois percebe o quanto idiota foi isso, mas aí eu me lembrei que na época eu só tinha quatro anos.

---E você acreditou? Eu não te jogaria nem se fosse de uma cama elástica.

---MAIS SE VOCÊ NÃO SE LEMBRA EU SÓ TINHA QUATRO ANOS. ---berrei e ele olhou pra mim assustado.

---Serio? Eu não tinha a menor idéia. Você era tão grande que eu achei que você tivesse uns 30 anos. ---falou ele sarcasticamente, eu o olhei com raiva e falei:

---Claro, pra alguém que tinha seis anos, você poderia ser confundido normalmente com alguém de três. ---falei ironicamente, ele agora estava irritado, e quando ia revida, Alex se pronuncia:

---Gente, por favor, o que estar acontecendo aqui? ---falou ela. ---vocês estão atacados?

---É ELE!

---É ELA! ---falamos ao mesmo tempo, ele olhou pra mim e vi que ele estava realmente muito irritado, mas não mais do que o meu ódio por ele, sem dizer mais nenhuma palavra nós dois saímos e fomos pro nossos quartos, trancando a seguir. Assim que entrei não tinha ninguém, deitei na cama e tentei dormir, afinal... Amanha é Stanford!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, se gostarem, por favor! Até o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha Vida Fora De Casa!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.