The Devil's Daughter escrita por Ninsa Stringfield


Capítulo 13
Capítulo 13




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Com até mesmo o cérebro pulsando, era muito difícil raciocinar, ou até mesmo pensar, mas ao se separarem, Katherine conseguiu empunhar sua faca e arremessa-la na direção do monstro que vinha entre pulos na direção dos dois.

Ela estremeceu quando percebeu que jogou a faca em seu pescoço, e viu o monstro se jogar no chão. Sangue escorria pela lateral de seu corpo, e quando ele finalmente parou de se debater, Katherine não conseguiu tirar os olhos vidrados dele. Ela o matara.

Seu corpo começou a tremer, até que uma mão segurou seu ombro e ela se virou para encarar Niah.

– O que você está fazendo? - ela viu o corpo morto do monstro e sorriu. - Muito bom!

Ela deu dois tapinhas em seu ombro e voltou correndo para a luta. Katherine olhou em volta. Todos os casais que estavam na pista de dança saíram correndo, e bem no momento que os Filhos do Diabo adentraram a pista, vários monstros começaram a surgir para contra atacá-los. Ela não conseguia se mexer, via vários corpos caindo no chão mas tinha certeza que a maioria pertencia a monstros. Quando caiam, a imagem deles tremeluzia e uma pessoa aparecia antes que seus corpos desaparecessem de vez.

Katherine se virou tarde demais. Um monstro a jogou longe, e ela bateu as costas em um dos postes antes de cair em cima de seu braço no chão. Se antes ela não conseguia se mexer, agora que precisava não conseguiria mesmo, mas o monstro não pareceu se importar, apenas se jogou na direção dela. Ela teve tempo de tirar as pernas do caminho antes que elas fossem esmagadas, mas não rápida o suficiente para impedi-lo de arranhá-las.

Ela começou a se arrastar para longe, tentando ir o mais rápido que podia tendo um braço distendido e as pernas envenenadas. Ela conseguia sentir o líquido áspero penetrando em seu sangue, não sabia mais quanto tempo tinha até que aquilo arrancasse suas pernas fora. O jeans ensanguentado grudava no resto de sua perna, e manchava o chão assim que ela passava, o monstro se levantou bem a tempo de segurar o pé da garota e puxá-la de volta para o poste, onde ela bateu com a cabeça.

Ela soltou um grito surdo e o mundo começou a girar de novo, seu cérebro pulsante agora desejava explodir, e se nenhum milagre acontecesse, era esse seu fim. O monstro levantou as garras novamente, planejando agora arranhar seu peito e ela levantou as mãos tentando se proteger.

Pare! - conseguiu gritar ela, e para sua surpresa, o monstro parou.

Ela começou a respirar descontroladamente e o encarou. Seus olhos não possuíam pupilas, e pareciam apenas dois espaços vazios naquele rosto feroz. Sua garra jazia confusa no ar, como se ele não estivesse muito acostumado com a própria atitude.

Ele abaixou o braço e encarou a garota, como se só agora visse quem ela realmente era. Ele esticou seu braço novamente, mas agora o movimentava divagar na direção do rosto de Katherine, como se pretendesse tocá-la. Mas algo o deteu.

O corpo dele foi jogado longe, e ela viu ele bater sua cabeça com força na mesa de comidas, que se partiu com o choque. Finn apareceu no lado dela antes mesmo que ela pudesse virar o rosto, ele se agachou rapidamente para olhá-la depois saiu correndo na direção do monstro, os olhos vermelhos brilhando de excitação, a espada em punho...

Katherine se levantou antes que se arrependesse, e arrastou os pés o mais rápido que pode em sua direção, ele estava a menos de um metro da criatura quando ela segurou seu braço e aproveitou a deixa de confusão dele para se pousar com os braços abertos em um gesto protetor na frente do monstro.

– Não faça isso!

O rosto dele escureceu.

O que você está me pedindo?

Não o mate - disse ela fraca, ela não conseguiria aguentar o próprio peso por muito tempo.

– E porque eu pouparia sua vida?

– Porque eu estou dizendo - disse ela. - E porque ele não merece morrer, e você não é Deus para decidir isso.

– Você está me dizendo agora que só Deus pode matar alguém?

– Eu estou te dizendo que você não deveria fazer isso! - gritou ela. - Não é seu trabalho.

– Ele quase te matou!

– Então o problema é meu, e quem decide se ele vai viver ou não sou eu.

Finn olhou para ela depois olhou para o monstro que permanecia imóvel no chão, seu olhar mostrava desprezo, mas ele recolheu a arma mesmo assim.

– Sabe qual é o problema da humanidade? - perguntou ríspido. - Se fosse eu ali, morrendo, você provavelmente estaria rindo, mas uma criatura nojenta é digna de sua misericórdia? Vocês pedem a Deus que acabem com a praga mas na hora querem mostrar piedade, só para Ele ver quão bom vocês são.

Ele se virou depois disso e foi embora, entrando na luta novamente, com um terço a mais de raiva do que antes. Katherine se virou para trás e viu o monstro encarando-a.

– Por que fez isso? - perguntou ele com uma voz aguda e estridente. - O que quer de mim?

– Você poupou minha vida, resolvi poupar a sua.

Eles se encararam por um bom tempo até que sua força finalmente ruiu e ela se jogou no chão, batendo o joelho no chão áspero e ralando-o.

Ótimo - reclamou ela.

Ela olhou para trás bem a tempo de ver Niah sendo arremessada para o lado e cair de joelhos no chão. Ela, diferentemente de Katherine, não se importou com a dor, apenas levantou como se nada tivesse acontecido e lançou sua espada de onde estava na direção do monstro que tentou matá-la. O corpo dele caiu para trás e a espada dela desapareceu, reaparecendo na mão de Finn ao seu lado.

Todos lutavam como se fizessem aquilo todos os dias, com uma habilidade que ela nunca conseguiria ter. Mais dois monstros caíram no chão antes que um barulho alto explodisse na pista. Vários outros monstros apareceram do casarão com pequenas bolinhas que explodiam quando se chocavam no chão. Chamas verdes dançavam pelo salão, e Katherine ficou tanto tempo encarando-as que não percebeu uma bolinha sendo arremessada em sua direção.

Ela arregalou os olhos sem conseguir se mexer, a bolinha estava ainda mais perto quando seu corpo foi protegido da explosão por uma massa escura e ela bateu a testa no chão, finalmente se entregando a dor e fechando os olhos. Ela via a escuridão, apenas a escuridão...


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