Caminhamos um longo tempo num corredor escuro.

Milliana não estava com a gente. Sara nos acompanhava, já sorrindo. Jane tremia de felicidade para ver o tal Elyos. Eyeless Jack e Ben conversavam com Sally no caminho. A única coisa que eu fazia era caminhar em silêncio. Chegamos numa sala com paredes cheias de quadros de pessoas sofrendo e o chão era vermelho. Uma cadeira virada se encontrava no fim da sala. Jane perguntou:

-- Elyos?

  A cadeira virou e mostrou algo que todos nós nos surpreendemos:

-- Yo, pessoal! Eu sou Elyos, acompanhei vocês o tempo todo! – disse Milliana do outro lado da cadeira.

-- Milliana?!

-- Ninguém suspeita de alguém fraca.

-- Você é Elyos?! Mas...mas...

-- Sem mas nem menos, eu sou Elyos sim senhor!

-- Você...Andava com a gente?!

-- Queria ver o desempenho de vocês, por isso Slender me protegia. Falando nisso, Slender ta liberado para se ‘’divertir’’ na floresta, vai.

   Meu pai se encontrava do lado da cadeira de Elyos. Ao ouvir isso, ele meio que ficou alegre e saiu pela janela.

-- Enfim, perguntem o que querem perguntar.

-- O que você faz?

-- Controlo as sombras, trevas, escuridão, enfim, tudo que é relacionado a preto.

--...

-- Sara controla a luz e etc, e 24601 controla a vida.

-- 24...oque?

-- 24601.

--...Nani?!

-- Ah, sim, Jeff, se você esta se perguntando do seu passado é simples: Eu roubei suas memórias.

   Depois dessa eu não me segurei. Saltei em direção de Elyos e segurei com força sua garganta.

-- Devolve!

   Ela não respondeu, mas sorria. Minutos depois, senti algo agarrar meu pescoço e me lançar para longe.

-- Nani?!

-- Já disse que controlo as sombras, garotinho.

-- Sombras, em?

-- Falando nisso, é hora da soneca. Bom dia.

    Assim, Elyos caminhou até uma porta, a abriu , entrou e depois fechou. Sara suspirou e disse:

-- Elyos dorme de dia. Seu ponto fraco.

-- ...

-- Nem pense.

-- Ok...

Sara espreguiçou-se. Jane ainda estava chocada com a noticia , Ben e Sally conversavam sobre jogos e Jack afiava as garras.

-- ...

-- Jane conhece a 24601.

-- Como assim?

-- É a Judy, a Ferreira ou Tecnomaga se preferir.

-- Ela parece completamente normal pra mim.

-- A Judy/24601 é literalmente gentil com qualquer um.

-- ...

-- Jeff, eu vou lhe mostrar uma coisinha.

Ela me puxou até outra (infelizmente) sala negra. Me pois numa cadeira e tocou minha testa, onde incrivelmente eu tive esse Flash Back:

Flash Back On:

-- Mãe? Pai?

 Jane caminhava desolada pela casa. Parecia com medo, triste. Olhou para um casal e lagrimas esparramaram de seus olhos.

-- Mãe?! Pai?!

Ela havia desmaiado ali mesmo. Por incrível que pareça, eu me vi segurando ela e a prendendo bem amarrado com cordas na parede. Quando ela acordou o meu ‘’eu’’ disse:

-- Enfim acordou, bela adormecida.

-- Jeff? O que você...

-- Isso? Seus pais e os meus estão sorrindo. Que problema tem em sorrir? Liu também está sorrindo no quarto lá em cima.

-- Seu monstro!

-- Está com inveja? Tudo bem, eu lhe farei bonita igual a mim, mas como não tem álcool ou bebida alcoólica, eu usarei água sanitária.

O meu ‘’ Eu’’ jogou a água nela e em seguida, jogou um isqueiro. Ela pegou fogo imediatamente. A cena mudou para o hospital. Jane estava com pele marrom, careca. Tinha flores e uma caixa na mão de um deles. Estava com tanta raiva, que jogou as flores no chão, junto de uma carta que estava em sua mão. Me aproximei e vi que a carta era minha, me desculpando dela. A visão toda parou. Descobri que era eu que havia feito Jane ficar assim, e ela tinha toda a razão de ter raiva de mim