Ballare Tutta La Vita - Hiatus escrita por Anna


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hello estrelinhas, dessa vez eu nem demorei, né? Bom... Eu iria postar esse capítulo só amanhã, mas, isso foi antes de eu ver que a história tinha uma nova recomendação! Pois é a terceira - e bela - recomendação de Ballare Tutta La Vita que desta vez tenho que agradecer a minha mais nova leitora Little Directioner, muuuuuito obrigada gata, significa muito para mim! Dedico esse capítulo totalmente a você e desculpe por não ter ficado tão longo ou legal quanto eu queria :c

— Boa leitura, guys. Enjoy it!



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Não queria ver ninguém, não queria estar, conversar, ficar perto de alguém. Aquela inútil - pelo menos para mim - conversa com Andrew conseguiu me irritar profundamente! Era como se ele pudesse me tirar do sério - no bom e puro sentido, obviamente - com apenas um olhar... Ou... Isso tudo era uma grande bola de neve causada pela - a minha inimiga - TPM.

É isso! Não estou gostando do Oliver coisa nenhuma, apenas estou muito sensível ao ponto dele ter escolhido a Brook para beijar... Não que ela não seja legal ou bonita, ela é só que... Porque nenhum dos dois me avisou que rolava um "clima" entre eles? Ora bolas, pensava que ela gostava do Andrew!

E também eu não estava com raiva do Andrew - coitado do garoto ele não fez absolutamente nada com a minha pessoa e eu aqui, quase o xingando mentalmente - estava apenas impaciente, muito impaciente porque ele não percebeu que estava triste e queria conversar. Entretanto, ele não é minha mãe ou meu pai, ou então, um velho amigo para que percebesse isso, então... Isso também é culpa da TPM.

"Toda essa bola de neve cor de rosa pink é culpa da TPM e não se pensa mais nisso!" Pensei.

Estava cansada, irritada, cansada, com fome e irritada. Parece que a minha noite seria assim, nesta mistura estranha e chata de combinação. Sem querer pensar mais em nada – mas do mesmo jeito pensando em tudo – fui para o meu quarto.

A única coisa que esperava agora era que, Brook não estivesse lá. Acho que não teria consciência de ficar no mesmo local que ela, respirando o mesmo lugar, era muito mais do que provável que eu teria uma crise de claustrofobia.

Infelizmente, querer não é poder, e às vezes o nosso desejo – por menor que ele seja – não é atendido, realizado. Então é claro que aquele ser estava lá.

Brook estava esparramada na cama rindo e conversando com Sophie, Sophie por sua vez estava sentada no chão rindo também. Aquela cena poderia durar por mais incansáveis minutos, ou até mesmo, horas. Isso é claro, se eu não tivesse chego e cessado como em um passe de mágica, a conversa entre as duas.

- Oi Sophie! - Dei um sorriso em direção a Sophie. - Brook. - Disse apenas e me dirigi para o meu "canto do quarto".

Na hora que sentei em minha cama me arrependi de entrar no quarto. Estava me sentindo deslocado, e uma coisa que eu simplesmente odeio é me sentir deslocada. Todo lugar que ia tinha que trocar pelo menos uma palavra com alguém, mesmo sendo um pouco tímida, não conseguia ficar com a boca quieta.

E admito que também estou mal em relação à Brook. Mesmo que ela tenha feito o que fez ela não sabe que eu vi, embora, estamos assim em uma relação meio que fria desde a festa de despedida de Elliot. Mas, queria mudar isso o mais depressa possível, e ai poderia ser bem direta ao ponto do beijo e perguntar se ela estava gostando ou não do Oliver.

Era isso que eu iria fazer, mas, não iria fazer apenas porque queria saber algo, e sim, porque não gosto de ficar sem falar com alguém e sinto falta de conversar abertamente com Brook, admito.

No instante que eu iria falar, e pedir desculpas oficialmente a Brook, a mesma se levanta e diz com uma voz suave e ao mesmo tempo nervosa:

- Alguém vai querer comer alguma coisa? Estou indo agora para o refeitório.

- Eu já comi há tempos, então... Não, obrigada. – Respondeu Sophie.

- Alana? – Chamou Brook.

- Ah, não vou querer nada, obrigada. – Respondi simplesmente.

Sem muita cerimonia, Brook saiu do quarto sem dizer nada, olhar para nenhum lugar. Pude perceber que ela pouco estava ligando para o ar tenso que pairava em todo o quarto, muito ao contrário de mim e de Sophie, esta que estava tentando se distrair com algo existente ou inexistente.

- Então... – Ela começou. – O que exatamente, aconteceu entre vocês duas? – Foi direto ao ponto dando ênfase no exatamente. – Porque não sou tonta e vi que algo está errado, então desembucha. – Completou.

De primeira mão eu não disse nada. Estava muito abobalhada e surpresa com o talento que Sophie tinha de ler as emoções das pessoas. Conhecia poucas pessoas que conseguiam perceber e o melhor, se preocupavam com o bem estar das outras. Agora, Sophie era uma delas.

***

A minha conversa com Sophie me mostrou que eu realmente deveria falar com Brook, dizer a ela como eu estava me sentindo, me abrir. E talvez assim eu conseguisse a resposta do porque de ela estar beijando o Oliver, ou ele beijando ela, ou... Qualquer coisa relacionada a isso.

Eu sabia que tinha que falar com ela e iria, já que eu estava indo até o refeitório, foi quando uma vontade enorme, um desejo, na verdade, tomou conta de todo o meu ser. O desejo era dançar. Sim, dançar. Eu não sei por que, mas eu queria dançar. E agora eu estava me sentindo como aquelas pessoas do High School Musical que dançam e cantam sem motivo algum. Mas era aquilo que eu queria fazer e era aquilo que eu faria.

Fui até a sala de dança e procurei entre os cd’s algo que me agradece e me chamasse à atenção. Frustrada, por nada me interessar, decidi dançar sem música mesmo, afinal não tinha ninguém olhando.

Não sabia o que eu iria fazer então comecei a fazer uma série de plies, como se fossem uma fila. Olhando-me atentamente no espelho comecei a andar de pontinha de pé até ele, quando cheguei a quase dois metros junto, joguei o meu braço esquerdo para o lado e depois para o outro.

 Fiz isso mais duas vezes e voltei para o mesmo lugar onde estava. Parei por alguns segundos enquanto a melodia que Andrew estava tocando no porão me veio à mente.

Com aquilo comecei a fazer um “Demi seconde”, primeiro fiz o desenho meio que oval à frente de meu corpo, com as mãos curvadas a altura do estomago, com os ombros relaxados, é claro. Depois abri os braços, deixando-os na altura do ombro e também um tanto quanto curvados. Logo em seguida fiz a considerada “terceira posição”, que consistia em uma fusão entre a primeira e a segunda, ou seja, cada braço em uma posição, enquanto que meus pés continuavam em um plie inercio.

Ergui meus braços a cima de minha cabeça, não chegando a fazer uma forma oval, e deixando para lá as posições seguintes. Completei aquilo tudo com um rodopio perfeito.

Eu sabia que provavelmente estava parecendo uma maluca, provavelmente. Mas e dai? Quantas pessoas já desistiram de fazer o que gostam e o que querem só por vergonha ou medo? Eu, sinceramente, quero passar bem longe dessas pessoas.

Além do mais estar dançando sem música em uma sala vazia e problema meu, e só meu.

Como se estivesse me lembrando das coisas que eu tinha para fazer sai apressadamente da sala de aula vazia.

***

Torcia para que Brook ainda estivesse no refeitório e torcia para que Oliver ou Andrew atendessem os meus inúmeros telefonemas, ou então, respondessem algumas das minhas várias mensagens de texto.

Por um leve e despreocupado descuido, encontrei Brook, a mesma estava sentada em uma das enormes, fofas e coloridas poltronas da sala de jogos. Sem nem pensar fui até lá.

Andei por entre as cadeiras, pessoas sentadas nas cadeiras, poltronas, pufes, pessoas que riam e gritavam e meus pobres ouvidos, e por um grupo de garotos que estavam quase se matando por um motivo que eu não sei, e nem estou a fim de saber.

– Oi Brook! – Exclamei sentando ao seu lado na poltrona cor de verde limão.

– Oi Alana. – Disse ela com os olhos um tanto arregalados.

– Ok. Ahãm... Eu acho que precisamos conversar... – Disse em um tom vago, esperando sua resposta, mas, como não a obtive continuei: – Há um tempo que eu acho que as coisas estão andando um tanto... Estranhas em nossa convivência.

– Ainda bem que não sou a única que acha isso. – Murmurou ela soltando um suspiro logo depois.

Não sei se ela queria que eu ouvisse o seu murmuro, não sei se ela fez isso sem pensar, não sei se era para mim ao menos escutar. Só sei de uma coisa: fiz a coisa certa em vir aqui.

***

Não posso deixar de negar que fiquei bastante feliz quando fiz as pazes com Brook, odiava ficar de mal com as pessoas que tinha uma conversa corrente, era chato e sempre me sentia mal porque sentia que algo estava faltando ou então, que em algum momento certeiro faltaria.

Entretanto, agora ela estava me enchendo o saco para que eu falasse com o Oliver, e o pior: admitisse os meus sentimentos por ele.

Isso tudo porque contei a ela que vi o beijo entre eles e fiquei aliviada ao saber que não tinha sido “nada de mais” e o melhor: eles não sentiam nada e nem nenhuma atração um pelo o outro.

- Me desculpe, Alana. Se soubesse que você gosta dele nunca teria feito algo deste tamanho, não sou assim, mesmo que possa estar difícil acreditar em mim peço que acredite. Fiz isso por pura irritação, quando aquilo terminou, comecei a ficar desesperada e pedi desculpas a ele, ele me disse que tudo bem, mas me pediu para que nunca mais fizesse isso outra vez e disse também que já havia alguém em mente, porém, não iria me contar porque era amiga dela. – Foi a declaração que ela fez depois do fato aberto.

O lado ruim dessa coisa toda foi que agora ela quer que eu assuma os meus sentimentos para o Oliver, que eu fale com ele e “quem sabe eu não sou a garota que está na mente dele?”. O lado bom foi que com isso eu consegui um segredo dela – que quase não era nenhum segredo – ela estava apaixonada por Andrew desde o dia em que ela o conheceu, fora a velha história: “Amor à primeira vista”.

E é claro que eu estou torcendo por essa paixão dela. E é claro que também eu tive que tirar algum proveito disso, e o meu proveito era:

- Falo com o Oliver se você falar com o Andrew. E não vale isso de que eu fale com ele primeiro para só depois você falar com o Andrew. – Disse com um sorriso provocador em lábios.

Com um suspiro de derrota, Brook disse afirmando com a cabeça:

- Tudo bem. Então da próxima vez que eu o vê-lo eu falo, simples.

Foi ai que meu sorriso provocador foi trocado por um vitorioso, afinal eu tinha vencido. Era exatamente isso o que eu achava porque eu vi duas figuras se aproximando de nós: Oliver e Andrew. E eu sabia que estava ferrada, muito mais do que ferrada, extremamente ferrada.

Sei que nem eu mesma me desse conta comecei a andar em direção de Oliver, e quando tinha chegado o próximo o suficiente as palavras simplesmente pularam da minha boca:

- Preciso falar com você, é importante, muito, muito importante! – Exclamei com os olhos semi arregalados. 


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Notas finais do capítulo

Se encontrarem algum erro, por favor me avisem! Me digam o que estão achando e o que acham o que irá acontecer, preciso de opiniões sobre exatamente tudo! #comentem!