Meu Doce Irmãozinho escrita por Gemini Yaoi


Capítulo 1
Capítulo 1




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Saga tinha os olhos fechados. Kanon o tomava mais uma vez, e estava em um daqueles momentos em que parecia não ser dono de si. Gemia ardorosamente. Enlouquecia ao pensar que penetrava fundo aquele que tanto adorava. Sim, adorava: praticamente idolatrava, ou tavez mais.

- Ahn... Saga...

O mais velho, por sua vez, sequer gemia. Apenas de olhos fechados, respirando com um pouco mais de intensidade que o habitual, por causa do ato. O mais novo, porém, aturdia-se: considerava-se completamente entregue apenas ao que faziam. Seu coração mal se continha no peito. Repetia o nome do gêmeo mais velho sem parar.

Quando o clímax se acercou, então, parecia poder partir-se ao meio ou implodir, tamanha a energia que sentiu percorrê-lo. Gritou forte, adentrou com intensidade a cavidade mais uma vez, e se esvaiu em seiva branca. Em seguida, relaxando, sentiu sua noção de ser de Saga mais forte ainda. Suspirando mais algumas vezes, foi ao membro do irmão e o estimulou vezes seguidas. Saga contraiu o cenho, mordeu os lábios e enfim gemeu uma única vez, baixinho, quando enfim Kanon sentiu seus dedos fortes serem molhados com a essência do gozo do companheiro.

Deitou-se ao lado dele, beijando seu pescoço e ainda sussurrando coisas bonitas ao ouvido dele.

- Saga... eu te amo, Saga...

O primogênito continuou de olhos fechados e quieto, e Kanon interpretou isso como um cansaço em demasia. Mas era estranho... Saga andava muito quieto, mesmo. Bem, era certo que há cerca de uns seis meses antes, Saga estranhava também o fato de Kanon andar quieto demais.¹ Mas ele, Kanon, tinha um motivo: pensava no Mar, e não podia ainda revelar seus propósitos ao irmão, aquele fiel irmão, a cada dia mais sugado pelo serviço a Atena.

- Saga, vou tomar banho. Você quer vir comigo?

- Hum... vá lá que eu vou te encontrar.

- Por que não levanta agora?

- Cansado, Kanon. Estou vigiando Poseidon direto, e ainda encontro em casa um mancebo ávido, no auge de seus vinte anos, querendo todos os dias me devorar da forma mais intensa que sua mente pervertida pode conceber.

O mais novo sorriu, deliciado.

- Você também tem vinte anos. Também deveria querer "ser devorado" como eu, o "mancebo pervertido" aqui, quero com você. E eu também tenho lá as minhas obrigações como Cavaleiro de Atena.

- Sei. Mas sempre foi mais afobado pra essas coisas. Eu, por exemplo. Eu poderia ter ido dormir hoje... direto.

O caçula foi até o lóbulo da orelha direita do cansado gêmeo e a mordiscou de leve.

- Não gostou de hoje, Saga?

- Gostei, Kanon. Mas não "precisava". Tem vezes que faço mais pra satisfazer você mesmo. Mas tudo bem, valeu a pena, OK?

- OK... - foi até a bochecha direita de seu gêmeo e o beijou com ternura. Em seguida se levantou e foi à sala de banho. Pensando, como sempre.

"Apenas pra me satisfazer... que coisa! Sei que ele não é tão sexual quanto eu, mas é um jovem de vinte anos! Só pode estar com a mente preocupada com algum assunto sério, para querer dormir direto."

Logo chegou Saga na banheira. Kanon pensou que ele estaria estafado demais para um segundo "round", mas se surpreendeu ao olhar seu rosto. Estava desperto, a energia exalando intensamente de seu corpo jovem. Até um laivo de... malícia... pôde ser visto nos olhos de Saga. De Saga? Aquele Cavaleiro a quem diziam ser tão... puro?

- O que foi, Saga? Estava tão... exausto!

- Resolvi mudar de postura... o que acha?!

Sem esperar o gêmeo responder, Saga o tomou num beijo intenso e o deitou na parte mais grossa da banheira, entre a parede e a própria banheira, e o beijou mais e mais. Kanon se surpreendeu, mas pensou que finalmente o "fogo da juventude" havia aflorado no irmão e o feito despertar.

Após alguma estimulação, estavam de novo completamente excitados. O primogênito sentou-se à borda grossa e, com as pernas um pouco abertas, mostrando completamente a sua ereção, chamou Kanon a si com o olhar.

- Ué... - respondeu o mais moço, numa inocência fingida - mas você não queria "dormir direto"? Por que está assim?

- Fiquei com insônia de repente...

Tomando Kanon pelos cabelos, de maneira vigorosa, direcionou sua cabeça para o meio de suas pernas, demonstrando o que queria assim.

Kanon estranhou. Mesmo quando estava com vontade e tomava a iniciativa, Saga não era "direto" daquela maneira. Se bem que ele até estava gostando assim... pois tal "agarro" em seus cabelos não fora para machucar.

Succionou e lambeu o quanto pôde. Dessa vez Saga gemeu, sem reservas. Agora a loucura tomava conta era de si, já não sabendo mais quem era... e repentinamente tomou de novo os cabelos de Kanon, afastando a cabeça dele de seu membro. Olhou bem fundo em seus olhos e disse, quase em tom de comando:

- Agora vai, Kanon... mostre do que é capaz de fazer.

O caçula não esperou ser chamado uma segunda vez: sentou-se nas coxas de Saga e depois, vagarosamente, guiou o membro dele para dentro de si.

- É tudo, Kanon...! - disse Saga, impaciente, tomando os quadris do irmão com as mãos e enterrando o resto do menbro rapidamente dentro dele. Kanon gemeu.

- Ah, Saga... podia ter esperado mais um pouco... eu já ia colocar!

- Sem enrolação, Kanon. Faz logo!

O mais novo se surpreendeu, e iniciou os movimentos em cima dele, beijando-o no colo e no pescoço. Olhou seu rosto e viu que seus olhos ardiam num fogo intenso, forte, belo, aprazível. Totalmente o contrário do que era há apenas algum tempo atrás...

Ficaram ambos juntos, nesse ritmo, por mais um tempo; Kanon beijou a boca de Saga e o sentiu entrar firme e vigoroso em si. Os gêmeos seguiram um "ritmo solto" por bastante tempo. Apenas o que a vontade deles pedia e queria... e Kanon sentiu que era daquilo que Saga precisava... seguir sua própria vontade! Pois parecia tão reprimido...

Sem se segurar, Kanon beijou os ombros e o rosto corado e marcado de desejo do irmão. Amou-o como poucas vezes amaria. Adorou senti-lo cheio de vontade e principalmente tão "em sintonia" consigo próprio. No orgasmo que não demorou a vir, dada a intensidade do desejo de ambos, abraçaram-se intensamente e não saíram de tal enlace antes de dez minutos terem se passado.

Kanon riu de contentamento.

- Saga, isso foi fantástico! Nunca imaginei que depois daquela sua cara morna de há pouco, poderia se transformar em algo tão intenso, em tão pouco tempo!

O mais velho nada respondeu. Parecia ter voltado ao seu estado anterior. Ficou taciturno e cabisbaixo, de uma hora para outra.

Não querendo contrariá-lo, Kanon saiu de cima dele e foi se banhar. Saga ainda ficou um tempo no mesmo lugar, parado, sem reagir ou falar o que quer que fosse.

- O que você tem, irmãozinho? - perguntou o caçula, já começando a se preocupar.

- Ahn... nada.

- Se isto é nada... o que seria algo? Vamos Saga, tem algo de errado e não quer me contar. Justo pra mim?

O mais novo sentou-se ao lado do irmão na banheira, disposto a ficar ali até que Saga falasse. E mesmo assim o mais velho hesitou; afinal, aquilo era tão assustador, que não dizia nem a si próprio.

- Bem... Kanon... estou preocupado.

- Com o que?

- Sabe que o Grande Mestre quer escolher um sucessor a si, não é?

- É, sim. E eu tenho certeza de que será você.

- Mas eu não quero...

- Ah, quer sim, Saga!! Imagine, você mandando eu tudo isso aqui!! Ia ser maravilhoso, não?

- Não... Kanon, eu...

Interrompeu sua fala, sem pretensões de terminar o raciocínio. Teve medo. Algo que não imaginava poder ter.

- Não estou pronto, Kanon! É muita responsabilidade.

- Bah... até parece! Você cuida de toda a casa e de mim (a pior parte de todas, claro) desde os treze anos de idade. Além de suas responsabilidades de Cavaleiro, as quais não negligencia jamais (ao contrário do que faz comigo). Por que teme isto?

- Kanon... o poder do Grande Mestre não pode cair em mãos erradas.

- E a sua mão é a errada! A de Saga de Gêmeos, aquele que se dedica usualmente durante mais de quinze horas diárias às suas obrigações, e nas seguintes ainda come ou dorme pensando se falhou em algo! Ora, vamos!!

- Não é isso. Você jamais entenderia!

E como se sentindo contrariado, Saga levantou-se de um salto, banhou-se e saiu da banheira sem dizer mais nada. Sentia que havia algo de "diferente" em Kanon, o qual não queria lhe dizer, mas já ansiava pelo poder que o verde mar podia lhe dar. E Saga sentia isso; lia até em sua alma. Se ele contasse a Kanon, o irmão o tentaria a fazer algo pior...

E o mais novo sabia também. Sabia que, se Saga havia apresentado uma dualidade marcante e abrupta no momento sexual, apresentaria também uma dualidade maior ainda em todo o resto... até mesmo no zelo que sentia por Atena.

To be continued

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