Tempos Da Vida escrita por Kurayamin


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

De umas dez histórias que tenho, entre originais e fanfics, resolvi postar essa... Me afeiçoei a ela. :3 Espero que gostem.

Boa leitura. Nos vemos nas notas finais!



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Cara! Vida de colegial é uma porcaria. São muitos estudos e muitas provas, além de ter um material gigantesco pra vencer. Foi pensando nisso que saí, através do portão, do Colégio Dion onde eu estudava. A parte boa de ter 17 anos era que eu tinha total liberdade de sair com os amigos e garotas.

Garotas era, modéstia a parte, o que não me faltava. Todas elas babavam por meus cabelos avermelhados, meus olhos ligeiramente acastanhados e meu corpo sarado. Rá! Não era a toa que eu ia na academia todo santo dia, né?

Estava saindo da aula hoje e trombei com um garoto, aparentemente mais novo, loiro, cabelo solto no olho, estilo meio emo. Já não gostei dele de cara. Ele ficou sem graça, pois com a trombada nós dois caímos e meu material, um caderno, um livro e caneta, haviam caído na grama do jardim frente à escola. Ele me ajudou a pegar e pediu desculpas.

― Desculpe, estava com pressa porque eu tenho que fazer inscrição para ver se consigo entrar no colegial do Dion.

― Colegial? Que ano?

― Eu estou no 3º ano do colegial de uma escola pública, como o ensino lá está ruim por causa dos alunos irreverentes e meu pai pode pagar este aqui, eu vou ver se passo no teste.

― 3º ano... Se você conseguir acho que seremos colegas de classe...

― Deidara.

― Ahn?

― Meu nome é Deidara. E o seu?

― Ahn! Desculpe-me. Meu nome é Sasori.

― Bem... – disse ele, sem jeito – Tenho que ir, se não acabo perdendo a oportunidade!

― Tudo bem! Boa sorte.

Ele saiu correndo, afinal a inscrição ia até o meio dia e já eram 11:50. Fiquei pensando... Se ele conseguisse entrar pro Dion, obviamente iria para a minha sala, pois lá é uma única turma para cada série. Seria isto bom ou ruim?

Logo esqueci o assunto, minha atual namorada, uma morenaça linda de matar, vinha vindo em minha direção. Arrumei o material nos braços, ajeitei o boné para trás, meio de lado, e sorri. Eu tinha tentado ficar com ela durante o 2º ano inteiro e ela só me dava gelo, mas agora ela é minha, só minha. Eu fico feliz com isso.

Apesar de nos amarmos loucamente nunca fizemos nada de mais, eu já expliquei para ela e, naturalmente, ela conseguiu compreender: eu só transaria com ela depois que fizesse 18 anos, ou seja, dali uns nove meses.

Ela chegou até mim e, com um sorriso malandro típico dela, perguntou:

― Vai ficar me olhando com essa cara de bobão mesmo? – e riu

― Me deixa em paz vai? Em vez de zoar com a minha cara, porque não me dá um beijo? – zoei, vigarista

― Isso vai fazer você ficar mais excitado, não acha? Hahaha...Brincadeirinha.

Demos um beijo cheio de desejo... E é em horas como essa que penso: Se um dia acabarmos, eu e ela, sozinhos em casa, nos beijando daquele jeito, etc... Eu conseguiria me segurar? Sem resposta para tal.

― Vamos subir? Não quero me atrasar para o almoço. – eu gostava de ser pontual

― Vamos.

Subimos para minha casa de mãos dadas, ela havia ligado para os pais avisando que iria almoçar em casa. Chegando lá, comida já estava na mesa. Lavamos as mãos e jogamos o material no meu escritório e fomos almoçar.

Após o almoço ela foi embora e eu fui estudar. Na verdade eu queria que o tempo passasse depressa, queria saber se o loiro conseguiria entrar para o Colégio.

Constatando no outro dia: Sim, ele havia passado.



Passaram – se dois longos meses de estudo intensivo. Deidara e eu não fazíamos mais nada sem um consultar o outro, viramos bons amigos. Para tudo éramos sempre nós: dupla em sala, para estudar para a prova, para sair com as garotas, para zoar... Quer dupla melhor?

Também outro acontecimento me deixou confuso: não sentia mais aquela atração por Yuki, minha namorada. A coisa esfriou e eu acabei por terminar com ela. Sofri muito, mas contei sempre com a ajuda do loiro.

Certa noite, na qual eu tinha combinado com Deidara de vermos filme em casa, meus pais resolveram sair e disseram que voltariam apenas dali uns dois ou três dias. Eles saíram de casa de tardezinha e o loiro chegou por volta das oito horas. Colocamos o DVD no drive e sentamos no sofá de dois lugares.

Mais ou menos na metade do filme senti ele se encostando em mim, já ia reclamar quando vi que ele estava dormindo. Deitei – o em meu colo e comecei passar as mãos em seu cabelo. De repente me dei conta do que estava acontecendo: a perda da atração por Yuki, tudo que eu fazia era sempre com ele, e agora... Eu estava alisando ele! O que estava acontecendo comigo?

Depois de pensar muito, muito mesmo, fiz uma coisa que acho que ninguém mais faria: resolvi deixar rolar.

Voltei a alisar o cabelo dele, que estava solto, bem calmamente. Quando o filme terminou dei um murro de leve na cabeça dele.

― Acorda, seu Baka! – e ri

Ele esfregou os olhos, se levantando do sofá.

― Eu dormi, é?

― Não! – disse ironicamente – você morreu, lesado.

― Vamos parar de graças heim, Sasori? Ahn... Eu estou com uma fome que só pela misericórdia, sem contar que não vi nada do filme.

― Quanto à sua exagerada fome, podemos dar um jeito de matar ela. Quanto ao filme... Af! Eu não vou ver de novo! Problema seu!

― Yataa! Ataque à geladeira!

― Menos, Deidara – Disse, morrendo de rir. Ele era muito animado.

Fomos pra cozinha e atacamos, literalmente, a geladeira. Como dois bons moços, lavamos a louça que sujamos e arrumamos a cozinha.

― Ei, Deidara! Por que você não posa aqui? Meus pais vão voltar só daqui uns três dias.

― Ih! Vou colocar um anúncio na escola: SASORI TEM MEDO DE DORMIR SOZINHO! Hahahaha!

― Af! Se vai me torrar a paciência pode ir embora!

― Foi mau, Danna! Você sabe que é brincadeira. Eu fico sim!

― Ok! É que realmente estou solitário... Desde quê terminei com a Yuki, ninguém mais veio posar aqui em casa.

― Uhn! Aposto que tem alguém neste recinto que não é mais VIR – GEM.

― Não. Eu sou virgem sim, e se não quiser acreditar não posso fazer nada.

― Tudo bem! Eu acredito. Mas quanto a você estar solitário... Eu já não sou o suficiente?

― Ih! O que é isso? Você é um moleque perverso, Dei.

― A é? Sou mesmo não é? – disse ele chegando a uma distância assustadoramente próxima.

Quando ele fechou a boca, a luz acabou. Ele fez um escândalo!

― Ih! Vou dar minha revanche! Vou falar pro Dion inteirinho que você tem medo do escuro, Baka!

― Cala boca, Danna! – falando isto senti – o perto de mim.

Ele pôs a mão no meu ombro e depois subiu – a para o meu pescoço, num movimento inesperado que me fez arrepiar.

― O que você está fazendo? – murmurei

― Já te disse pra calar a boca, Danna – e me beijou.

Foi um beijo violento que me pegou desprevenido. Apesar de não estar muito certo sobre o que eu estava fazendo correspondi aquele beijo. Senti que ele estava sorrindo maldosamente.

― Eu sei que você me quer do mesmo tanto que eu te quero, Danna.

Nossos beijos foram ficando cada vez mais cheios de desejo e quando me dei por mim, estávamos sem camisa. Enquanto eu virava para pressioná–lo contra a parede, bati a mão no interruptor para quê, caso a luz voltasse, ela não acendesse. A sensação esquisita, por eu estar beijando outro homem, foi aos poucos desaparecendo. Resolvi parar por ali mesmo. Estávamos nós dois meio chocados com os acontecimentos. Bem... Se ele não estava, eu estava!

― Dei... É melhor pararmos.

― Que foi? Vai dar uma de medroso agora, Danna?

― Não é isso! Eu... Antes que a gente faça alguma coisa a mais... Eu quero pensar. Eu nunca...

― Nunca ficou com um homem, ahn? – ele me cortou – Eu também nunca tinha ficado com um. Mas posso dizer que eu tenho certeza do que eu estou fazendo.

― Você tem certeza, Deidara! Eu não! – Fui curto e grosso.

― Tudo bem! Eu deixo você pensar. Ainda quer que eu fique aqui? – Ele ignorou a grosseria, sabendo que eu estava mais assustado do que com raiva.

― Claro que eu quero, baka!

― Yatá! Okay! Eu fico.

Rumei para meu quarto. Peguei dois colchões de solteiro e coloquei – os lado a lado, cobri os dois com um lençol de colchão de casal e chamei o loiro que estava, ainda, na cozinha.

― Meu! Já está tarde! Vamos dormir!

― Ok, senhor estressado!

Eu sentei no colchão e dobrei as pernas, esperando. Finalmente lá vem ele rastejando os pés. Com uns olhos de quem não entende nada do que vê.

― O que foi, Dei?

― A gente vai dormir junto? – perguntou incrédulo com os olhinhos brilhantes.

― Ué! Foi você que começou o rolo todo, vai me dizer que não quer?

― Ahn... Eu quero!

Ele se sentou. Ficamos conversando por um tempo até que o assunto foi parar em amor. Quando começamos o assunto já paramos, porque queira ou não, ainda era incômodo para nós dois falarmos do assunto.

― Eu não sei se uma pessoa falaria uma coisa assim, tão rapidamente para outra, mas... Eu te amo, Danna. Eu não sei porquê, ou quando isso começou... Mas simplesmente sei.

― Tudo bem, não precisa me explicar. Eu também não sei de nada... - Ele chegou perto de mim e me abraçou devagar. - Eu gosto mesmo de você Danna.

― Af! Você bem que podia ficar quieto, não?

― Mas Danna...

― Quietinho! – Beijei – o

O beijo foi crescendo, nossas mãos ágeis passeavam pelo corpo um do outro. De repente ele deu uma gingada e ficou por cima de mim no colchão. Começou a me beijar no pescoço, foi descendo para o peito e quando chegou no umbigo parou. Eu estava muito excitado com aquilo tudo.

― Não vale só você me dar prazer! – murmurei.

Fi-lo ficar por baixo e tentei tudo que estava ao meu alcance. Movimentos sexy’s vindo de nós dois estavam nos deixando muito excitados. Num ato totalmente inesperado ele passou a mão em mim por cima da calça. Empurrei – o.

― O que você está fazendo? – perguntei francamente assustado

― Gomen, acho que não foi uma boa idéia do Dei...

― Eu não sei... Vamos pensar bem sobre isso amanhã, ok? Por hora eu quero dormir junto com você. – sorri

― Okay!

Ele deu as costas pra mim, deitando – se. Abracei – o pelas costas. Mordi o lóbulo de sua orelha esquerda e ele riu e reclamou:

― Quem foi que disse que queria descansar heim? Acho que foi algum fantasma por ai...

― Hahaha...Mas você gosta, não?

― Gosto de dormir também, Danna.

Dormimos tranquilamente. Às seis horas da manhã meu celular despertou: hora do banho! Levantei, literalmente zonzo de sono, segurando no batente da porta para não cair. Peguei meu roupão e parti para o banheiro.



Deidara POV’S


O Danna saiu do banheiro incrivelmente mais sexy do que já era: cabelos meio espetados, meio caindo no rosto, água escorrendo pelo peitoral esculpido pela academia diária... Ele, acho que fez de propósito, esqueceu o roupão do lado de fora do banheiro e estava apenas com uma toalha cobrindo da cintura até um pouco antes dos joelhos.

― Dei! Já de pé? Eu ia te acordar...

― Ahn? – disse acordando daquela visão maravilhosa

― Nada não, esquece. Vai tomar o seu banho porque não podemos nos atrasar


Sasori pov’s


Realmente! Uma coisa que eu não gosto é chegar atrasado e esperar por longos minutos. Deidara saiu do banheiro com os cabelos já presos costumeiramente e o roupão posto de forma que deixasse o tórax todo aparecendo. Fiz de conta que ignorei, mas tenho certeza que fiquei vermelho.

― Anda logo, Dei! Vai colocar o uniforme, está no quarto. Corra! Estou te esperando para o café.

Nosso uniforme era um colete branco, uma gravata branca e vermelha e um terno vermelho. Era o mais bonito da cidade. Eu já estava vestido, faltava apenas colocar os sapatos e pentear os cabelos. Coloquei o café na mesa e gritei o loiro lerdo.

― Anda, Deidara! Faltam quinze para sete! E a gente tem que chegar à escola sete e dez!

Terminei de falar e lá vem ele, todo arrumado. Tomamos o café e enquanto ele tirava a mesa eu fui esquentar o carro: uma coisinha pouca que eu havia ganhado do meu pai. Modéstia à parte, minha família é muito rica, assim como a do Dei. Era um Mitsubishi Concept vermelho, zerinho. Após tudo estar pronto, pegamos nossos materiais e saímos.

― Escola! Aí vamos nós... De novo...

Saí a toda velocidade, tudo para zoar. Chegamos inteiros na escola e bem na hora que bateu o sinal. Entramos juntos, como sempre. As aulas transcorreram sem nenhum incidente até a hora do recreio. Estávamos sentados sozinhos em um canto conversando nossos assuntos particulares e eu me levantei para jogar o papel do meu lanche no lixo. Quando voltei havia um grandalhão do 2º Colegial implicando com o Deidara. O loiro, para brigas, era péssimo. Cheguei silenciosamente e frente a frente com o grandalhão desci–lhe o cacete na frente de toda a escola. Eu havia ficado POSSESSO. Alguém estava mexendo com o meu Deidara! Eu me decidi, finalmente, se tudo corresse bem, naquela noite ele posaria em casa de novo e faríamos todas as loucuras possíveis. Eu me entregaria para ele, se ele se entregasse pra mim!



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Notas finais do capítulo

Oneshot tamanho médio né? Espero que tenham curtido. :3

Gostou? Odiou? Achou que faltou algo? Deveria ter continuação? u_u Bora deixar review porque eu tou vendo um monte de leitores fantasmas!