Sinto que estou jogando, não tenho minhas próprias opções.

Um jogo de achar diferenças me cerca.

Apenas sigo buscando aprovação.

O passado me persegue, quando eu estava aprovada e sofria com isso.

Naqueles momentos de uma sádica reprovação de si mesmo.

Uma melodia vermelha cantada pelos loucos.

Sorrindo, sem objetivos.

Eu era apenas uma criança, manipulável.

Uma mente iludida pela mídia, controlada pela massa.

Enquanto tentava formar um falso caráter.

Eu estava errando.

Tentando formar uma personalidade que não era minha, me punindo pelos erros em busca da aprovação da sociedade.

E aí você, caro leitor, me diga o que seria de uma jovem altamente influenciada pela sociedade, que usava lâminas para se ferir, e ferir os outros?

Uma melodia azul eu canto, contando a história do que estes olhos viram.

Libertei-me das correntes que a sociedade impõe.

Eu aceitei os xingamentos.

Eu aceitei, aceitei as decepções.

Para ver sorrisos falsos, coitados manipulados.

Pra ver a peste da ignorância se alastrar.

Eu vi o quanto o ser humano pode ser idiota, eu vi o quanto ele pode machucar.

Percebendo, o quanto é fácil manipular, para seu próprio bem.

Uma alma narcisista, corrompida, é o único que dirá a verdade sobre esses fracos corações.

Mas eu já ganhei esse jogo de aparências, mostrando cartas roubadas, eu lhe surpreendi.

Sua trapaça já foi descoberta, não adianta esconder suas cartas!

Não adianta desistir, vai jogar até o final desta rodada.

A carta especial diz:

-PUNIÇÃO!

Vou punir-te em teus próprios pecados, observando você ser engolido com o resto da massa iludida.