Os Jovens Mutantes escrita por Dafine Kerouac


Capítulo 5
Terrível possibilidade


Notas iniciais do capítulo

Eu dedico esse capitulo para a LeLeLe, que escreve uma história que eu adoro!!!



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O homem virou-se pra mim e estendeu sua mão, o cumprimentei, mas logo me arrependi, sua mão era fria o bastante para congelar quem passasse mais tempo com ele.

– Ai.

– Desculpe, essa é minha temperatura mais baixa. É... Bom... Conheço?

– Ham... Não, mas já deve ter ouvido falar, aliás todo mundo sabe do projeto A25...

– É você?

– Sim, sou eu.

– Há, que legal! Sente-se. Em que posso ajudá-la?

– Eu estou aqui, porque eu e meus amigos, os irmãos de Diana, estamos fugindo da guarda de Doutor K, ele está a nossa procura.

– A guarda de Doutor K, quer dizer o Jeff, Match, André e Andreias?

– Menos um, o tal Andreias, eu acho. Levi sugou o seu poder, mas foi um questão de sobrevivência.

– Entendo... E Diana? Por que ela não veio?

– É que Diana foi morta, por André, ela foi eletrocutada.

– O quê?! Mas por que ela não bloqueou o seu poder?

– Porque havia lá um outro bloqueador e ele bloqueou o bloqueio dela...

– Mas que droga!

Sua mão se transformou em gelo e ele socou a mesa várias vezes.

– Mas que droga! Droga! Alguém tem que deter esses caras! Eles não podem sair matando as pessoas desse jeito!

– Eu sei que não...

– Fora daqui. - ele disse me surpreendendo

– O quê? Mas...

– Mora daqui, ouça o que eu disse... Não quero acabar como Diana. Se entreguem e vivam sem poderes, mas eu não me meto nisso, por favor, vamos resolver isso de forma pacífica. Eu lamento muito.

– Eu também lamento, que Diana tenha achado que você poderia nos ajudar...

Sai da sala e fui para onde Raul estava.

– E então?

– E então nada, o tal do Marcelo, é um picareta covarde que mandou que nós entregássemos logo o nosso poder para Doutor K.

– Ele não muda mesmo. Mas por que você demorou tanto?

– É que eu ainda tive que lutar com uma tal de Multi, pra poder conversar com ele. E foi tudo uma perca de tempo.

– Vamos embora.

– Espera aí.

Senti que Marcelo estava vindo.

– O que foi?

– Ele está vindo.

3, 2, 1, Marcelo apareceu na porta da frente.

– Esperem! Eu não vou conseguir dormir tranquila se pensar que vocês não tem onde ficar.

– E não temos mesmo.

– Eu vou ajudá-los mas eu sei que vamos morrer.- disse como um tom quase cômico

– Nossa como você é otimista.

– Haha, eu tô falando sério... Carrão maneiro.

– É da guarda.

– Vocês só arrumam confusões hein?

– Acho que é nosso hobbie. - eu disse sorrindo.

– Entra logo no carro.- disse Raul

– Eu não vou perto da pequena aberração.

– De que você chamou meu irmão?!

– Agora sou eu que estou me irritando.

Raul ia projetar alguma ilusão mas eu segurei sua mão e a entrelacei na minha.

– Hum, qual é a de vocês? São namorados, ficantes...

– Amigos.- respondemos juntos

– Hum, sei. Tá, é sério passa pra trás gata que eu não encosto nesse cara, eu tenho amor a vida.

– Nossa como você é chato!

Passei pra trás. E então Raul saiu com o carro, alguns minutos depois, nós estávamos na cobertura de Marcelo, que era simplesmente demais! Levi dormia na única e espaçosa cama, Raul e eu comiamos sorvete com batata frita, pizza, e mais uma porção de coisas, estávamos com muita fome. Depois sentamos no sofá pra conversar.

– E então o que vocês pretendem fazer daqui pra frente?

– Eu quero vingar a morte de minha irmã.

– E eu quero encontrar a minha.

– E os dois caminhos chegam até o Doutor K, não é?

– Exatamente.

– Por que vocês não sossegam?

– Porque não. - respondemos juntos

– Mas primeiro nós temos que garantir a segurança de Levi.- eu disse

– Na verdade, eu acho que com o Levi vocês não precisam se preocupar, ele consegue sugar os poderes se duvidar vai ser é adotado pelo Doutor K...

Raul e eu ficamos sérios.

– Eu tô brincando, cadê o senso de humor de vocês hein?

Uma brincadeira muito sem graça.

– Tá, vamos mudar de assunto, e aí, como vocês se conheceram?

– Bom, eu encontrei com a Diana...

Passamos praticamente a noite toda conversando, estávamos tão assustados que o sono não chegava para nós.

– Vocês formam um belo casal.

– Nossa, você não cansa não?

– De quê?

– De falar besteira.

– Você é muito brava, que namorada que você foi arranjar hein Raul?

– Nós não somos namorados. E agora eu vou dormir, não aguento mais, quando Levi acordar me chamem.

– Eu também vou dormir.

Já eram dez da manhã.

Quando peguei no sono, comecei a ouvir uma voz, uma voz que havia tempos que eu não ouvia.

– Alice.

– Aline, querida Aline, por onde você andou?

Era minha irmã.

– Não importa, o importante é estarmos juntas.

– Como você chegou até aqui?

– Já disse que não importa, agora me dê seu poder pra mim Alice, me dê seu poder pra mim, eu preciso dele pra viver Alice, eu preciso.

– Não! Você não é minha irmã.

Aline se transformou em Doutor K, ou no que ele deveria ser, ela veio pra cima de mim, e eu então me desesperei, estava fraca, sem poderes e sem Aline.

– Não! - gritei tão alto que Raul e Marcelo vieram me ajudar, Levi chegou depois

– Você está bem?

– Não muito, estou pensando em uma coisa.

– Você está muito suada.

– Quer tomar um banho?

– Quero sim.

Fiquei pensando. Seis anos de sequestro, tempo mais que suficiente para Doutor K, perceber que Aline não tinha poder algum, e também para... Não, eu não queria nem imaginar essa terrível possibilidade...





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Notas finais do capítulo

Por hoje é só, espero que tenham gostado!



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