Os Jovens Mutantes escrita por Dafine Kerouac


Capítulo 20
Uma família de mutantes


Notas iniciais do capítulo

Esse é o último esperem que vai ter segunda temporada!!!



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Marcelo

Foi difícil correr com duas pessoas que atravessavam as paredes, se eu me soltasse por um segundo que fosse iria dar de cara com a parede... Claro que essa não era minha maior preocupação, havia uma bomba prestes a explodir, e eu estava longe dos meus amigos, como saber se eles tinham conseguido alguma forma de se salvar? Eu observava os escombros da explosão. Nenhum sinal deles nem lá nem do lado de fora. Eu estava preocupada.

- Rogeslane, você pode procurar por eles lá?

- Claro Anderson vem me ajudar.

Os dois foram até lá e eu fiquei observando até que vi um volume maior na parte que deveria ser a sala de Doutor K. Eram eles, eu tinha certeza. Por isso meu coração disparou e eu corri até lá.

- Anderson! É seu nome é Anderson sim. Me ajuda aqui.

- Já vai.

Havia um brilho lá, e quando tiramos aqueles destroços do local, eu suspirei de alívio. No chão, eles estavam abraçados cobertos por um escudo magnético feito por Alice. Eu toquei no escudo e Alice o lançou pra trás me fazendo cair.

- Calma Alice, sou eu.

Ela desfez o escudo e eu a abracei, Alice estava exausta.

- Está tudo bem agora. Vou cuidar de vocês. – disse abraçando todos eles de uma vez só.

Raul

Eu nunca, nunca mesmo fiquei tão feliz por ver um homem na vida. O Marcelo significou a esperança pra mim. O pesadelo finalmente tinha acabado, estávamos juntos e vivos. Abracei mais Levi e a Alice, Marcelo nos envolvia em seus braços.

- Cara, dá espaço pra gente respirar.

Alice levantou estava tonta e ferida.

- Você precisa de um médico. – Marcelo falou

- Eu preciso é dormir, descansar, não tô muito a fim de ir pro médico.

Marcelo pegou Levi no braço, eu levantei e ajudei Jeff a levantar. Depois segurei a mão de Alice e a beijei.

- Salvou nossas vidas. – eu falei

- Minha irmã é demais!

- É sim, minha... É... Na... – me enrolei nas palavras.

- Pode dizer namorada. – Marcelo falou e depois continuou – Eu sabia desde o início, eu devia ter apostado, eu teria ganhado...

- Tá bom Marcelo. – Alice falou- Eu também já sabia. – ela disse sorrindo lindamente pra mim

Eu abracei Alice e a puxei pra mais perto e a beijei tranquilamente, eu estava feliz.

Alice

Quando Raul me beijou eu senti como se minha vida estivesse recomeçando, e estava, senti-lo perto de mim era a melhor coisa que eu podia sentir. Não queria me separar dele nunca mais, mas precisávamos comer algo, dormir, e relaxar, finalmente relaxar,

- Como vamos voltar pra casa? O carro foi pelos ares e táxi a essa hora... Sem chance.

- Vamos andando.

- Tá maluca?

- Sua casa é aqui do lado. – falei usando o meu poder pra sondar toda a área pra nos situarmos

- Sério?

- Cara você não sabe nem onde é sua própria casa? – Jeff brincou

- Eu nunca andei por aqui.

- Sua casa é a um cem metros daqui.

- Obrigado por me informar.

- Dinada, agora eu preciso de um pouco do seu frio, eu tô com muito calor.

- Claro.

Nós caminhamos até a casa de Marcelo e de lá Rogeslane e Anderson resolveram ir pra casa.

- Passem ao menos o resto da noite aqui. – Marcelo convidou

- Não, nós saímos escondidos de nosso pai, temos que voltar logo.

- Então tudo bem, muito obrigada por terem nos ajudado. Já se sente melhor Anderson? – eu perguntei

- Já sim, quando você entrou na sala e usou o poder do veto, desfez gradualmente tudo que havia sido feito ao seu redor, em menos de dez minutos tudo estaria normal como eu estou agora. O petrificador pararia de sentir frio, e o copiador sairia do transe de pesadelo e não seria mais pedra. E Doutor K voltaria a ter o poder de sugar.

- Quer dizer que ele cavou a própria cova? – Jeff perguntou

- Exatamente. – Anderson confirmou

- Graças a Deus que ele é burro. – Marcelo brincou- Quando o cara começou a ameaçar todo mundo eu gelei.

Não agüentamos caímos na risada. Mas por um momento eu pensei em uma possibilidade... Mas devia ser só paranóia minha.

- Nós vamos indo Alice. Tchau.

- Tchau. Cuidado, quando chegarem a casa ligue pra nós avisando.

- Tá legal.

Eles saíram e nós sentamos no sofá.

- Eu nem acredito que acabou. – Raul falou

- Eu nem acredito que Doutor K... Morreu. Ele era meu pai...

- Você sabia?

- Não, na verdade, depois que eu o vi uma série de lembranças perdidas encontraram o caminho de volta pro meu cérebro... Mas eu demorei um tempo pra processar tudo...

- Eu sei como é. – falei.

- E agora o que fazemos?

- Bom, eu... Acho que devemos dar um enterro digno a Diana... Ou vocês já fizeram isso? – Marcelo perguntou

- É... Você tem razão. – concordei

***

No dia seguinte, no cemitério, nós fizemos tudo que fazem nos enterros normais, mas na hora de ir embora Marcelo não queria sair do túmulo de Diana.

- Vamos Celo.

- Eu quero ficar um pouco com ela.

- Marcelo.

- Eu preciso ficar sozinho gente!

- Hã... Tudo bem, nós te esperamos no carro. – falei

Estávamos no carro, eu me conectei até onde Marcelo estava e ouvi o que ele "conversava" com ela.

- Diana... Eu admiro você, teve a coragem que eu não teria tido... É... De verdade, eu te amei, e quase pirei quando a Lice falou que você havia sido assassinada, você não devia ter feito isso, podiam ter lutado. Não perderiam. Eu vou sentir muita falta do seu cheiro, do seu beijo... Do seu jeito de mandona... Das noites que a gente ficava junto escondidos dos seus pais... – ele riu em meio ao choro depois ficou sério de novo – Então, eu prometo, e eu não quebro promessas, que eu vou cuidar dos seus irmãos e de Alice, aliás, eu não saberia mais viver sem eles. Os dois são muito legais. Você tinha razão... Sempre teve. É... Eu vou indo Diana, mas eu vou voltar sempre pra te visitar, e vou te trazer flores, as suas preferidas... As tulipas... Tchau, Diana. Eu... Te amo.

Quando Marcelo saiu de lá, eu me desconectei, estava emocionada, Raul me abraçou e eu puxei Levi pra mais perto, Jeff ficara na casa de Marcelo, não se sentira a vontade no enterro de Diana. Marcelo entrou no carro.

- Agora a gente vai cada um pro seu lado? – Raul perguntou

- Vamos pra minha casa, agora é nossa casa, na verdade. É isso, nós vamos para o nosso lar.

Levi sorriu. Todos rimos.

No fim, eu encontrei o que eu chamaria de "meu lugar no mundo" eu me sentia pertencente aquele "grupo". Minha família. Agora eu sabia que eu não estava mais só. Éramos uma família, uma família de mutantes.   


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