Os Jovens Mutantes escrita por Dafine Kerouac


Capítulo 14
O início da minha vida em alguns minutos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, eu dedico esse capítulo para o Vinícius(ak502) ele favoritou minha história ontem!



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Doutor K

Senti algo estranho, uma pontada em meu peito. 

Alice. Eu não sentia mas sua presença. Não. Mutante morto não tem poder... A quem eu queria enganar? Era bem mais que poder, Alice pra mim representava mais que isso, eu só não gostava de lembrar do que havia acontecido, do que ela era, do que eu fui... Eu precisava ajudá-la. Sentei na poltrona e tranquei a porta, eu não queria ser importunado, principalmente por Jeff.

Me concentrei e entrei na mente morta de Alice. Ela teria motivos suficientes para acordar.

 Alice

A dor estava cada vez pior, eu não conseguia mais me mexer, falar ou pensar, eu apenas ouvia tudo que estava ao meu redor, Levi estava chorando, eu queria muito ajudá-lo, se o motivo não fosse eu. Por algum tempo eu só ouvi a voz de Raul, mas depois ouvi a voz de uma mulher que não era Rogeslane, de repente Raul se alterou, eu ouvia de longe. Depois eu senti outros braços me colocando em uma maca eu acho. E quando dei por mim já haviam médicos tentando me salvar, mas nada estava ajudando, tudo que eles faziam só piorava o que eu estava sentindo, eu sabia que era meu fim, eu sofria, por Levi, Raul, Marcelo... Mas principalmente pela minha irmã, ela precisava de mim mais do que qualquer um. Eu tinha que reagir... Mas estava tudo fora do meu alcançe, até que por alguns segundos eu não senti mais nada... Era com se eu tivesse... morrido... Não! Não! Me deixem sair daqui! Eu achava que estava fazendo um escândalo, mas na verdade estava imóvel, agora eu não podia mais nem ouvir a voz de quem quer que fosse, a não a ser a da minha própria consciência.

Passei alguns segundos assim, sem saber o que seria dali pra frente, ou melhor, o que não seria, eu nunca tinha passado por isso antes, não sabia o pra onde as pessoas iam depois de morrer... 

Mas aí, uma voz me chamou, era um homem, que eu não conhecia, mas que parecia querer me ajudar a sair dali, não sei como consegui ouvi-lo, e então de repente estávamos em um lugar frio e cinzento, mas ele usou algum tipo de poder pra deixar tudo colorido e florido, estávamos em minha cabeça, o meu mundo interior, havia uma placa com meu nome.

- Alice Melodee.

- Sou eu, mas quem é você?

- Sem perguntas ok?- disse estendendo a mão pra mim

- Minha mãe me ensinou a não falar com estranhos.

 Ele me olhou com uma expressão de riso.

- Eu sei que ela não ensinou.

- Você a conhece?

- Melhor do que você pensa. Venha comigo. Eu quero te mostrar algo.

Ele pegou minha mão e nós atravessamos um espécie de portal. E então me vi em uma sala de hospital, alguém havia tido um bebê, haviam médicos demais ao seu redor, e no canto da sala havia um homem com cara de quem estava tramando alguma coisa. Alex... Era ele... E a bebê... Era eu. Corri pra perto da cama e olhei pra mulher, Keybe, minha mãe ela estava feliz com seu bebê, sorria sem parar pra ele, em um berço estava outro bebê, era minha  irmã.

- Já chega Keybe nos entregue  a cobaia.

- Mas ela nem mamou direito.

- Keybe já chega, entregue logo a nenêm.

- Vocês são uns monstros. 

Uma enfermeira entregou a outra bebê pra ela.

- Pode ficar com essa daí a vontade. 

- Deixem Melyssa em paz! Ela não tem culpa de nada.

- Cale a boca Keybe, nós temos um prazo pra entregar esse projeto.

Ela chorou muito. E a outra eu chorava muito nos braços dos médicos, fixei, os olhos neles, Dr.Alfredo e Dr.Alex. Havia um outro médico era o homem ao meu lado. De repente as lágrimas vieram aos meus olhos, ela me amava, eu não fui só mais um filho mutante... Ela me amava. 

- Me tire daqui- falei

- Como quiser.

Achei que tudo pararia naquele momento. Mas não. Fomos parar em outra parte da minha história. De um ângulo diferente eu vi o que realmente acontecera com minha irmã, ela foi abandonada em um orfanato.

- Não! Não! Alice!

- Façam o que quiserem dela!

 Meu sangue ferveu. Alex mentira pra mim, minha irmã estava bem perto, e eu não sabia... 

- Aquele idiota! Sorte dele que eu estou...

Eu ia dizer "morta", mas não tinha certeza sobre isso. Saímos de lá e eu vi Alex fugindo comigo de "Doutor K", não era ele, era minha mãe, que mesmo frágil e debilitada me queria de volta...

- Me tire daqui. Agora. 

- Você é quem manda.

Voltamos ao ponto do início. 

- Eu quero viver, pode me ajudar?

- Eu não posso fazer nada... Mas você pode. Use o poder do veto pra desfazer o que Lupi fez.

E ele sumiu, e eu voltei a sentir a dor de antes, só que agora eu sabia que podia vencê-la. Os médicos não entendiam o que havia acontecido. 

- Ela voltou a viver! Avisem aos seus familiares, seu pai estava tão aflito...

"Meu pai?!" Alex estava lá. Que ótimo... Fiz muita força e consegui colocar a mão esquerda em meu braço direito, o lugar ferido por Lupi. Ainda de olhos fechados.

- Ela está se mexendo!- um médico gritou.

Senti que algum poder saiu da minha mão, uma luz diferente saia de mim e sugava toda a dor que aquela ferida me causara. Quando eu já não sentia mais nada, abri os olhos, os médicos estavam pasmos vendo a minha auto recuperação.

- É um milagre! 

Dr. Alex entrou no quarto com a cara mais cínica do mundo.

- Minha filha.

- Ótimo, é com você mesmo que eu quero falar.

Os médicos saíram. Alex já tentou me convencer a fugir com ele. Mas não conseguiu.

- Ops, seu poder não funciona mais comigo. Que peninha não? Pra você.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, pq foi uma luta pra conseguir publicar esse capítulo, a internet resolveu não pegar, foi meia hora só pra conseguir publicar!



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