Sou Um Semideus? escrita por Matheus Giovanni


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Finalmente a chegada ao acampamento...



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Quando o táxi parou fez um barulho estridente. Estávamos em frente a uma colina, e no topo havia um grande pinheiro. A estrada era de terra e pelas marcas de pneu pouquíssimas pessoas passavam por ali.

–Onde nós estamos- pergunto- Não tem nada aqui.

Gabriel tirava as malas do táxi quando respondeu:

–O acampamento é logo depois da colina

Ajudo com as malas, e noto que Milena esta meio triste, eu chego bem perto de seu ouvido e sussurro:

–O que houve com aquela Milena animada que eu conheço?

Ela não me responde e começa a subir a colina, eu e Gabriel a seguimos. Quando chegamos ao topo olho para o vale em que é situado o acampamento... É lindo, existem mais de dezesseis chalés cada qual com suas próprias características, campos de morangos, quadras, e um pouco mais adiante existe uma casa de fazenda, pintada de azul. Continuo a olhar, admirado, e sei que ali é minha nova casa.

–Uau- Milena diz- isso é absolutamente...

–Lindo- completo- Gabriel, por que não me trouxe aqui antes?

–Por que não estava pronto- ele rebate. Pronto para o que? Começo a pensar...

E assim vamos descendo a colina até a casa de fazenda, na varanda, dois homens estão parados nos esperando, um deles esta em uma cadeira de rodas com um cobertor sobre suas pernas, sua barba estava por fazer, tinha uma expressão muito serena, como se nunca tivesse levantado o tom de sua voz para nenhuma pessoa. O outro cara era mais, não sei como descreve-lo, usava uma camisa roxa com a estampa de um tigre, shorts, tênis esportivo e bebia uma lata de Diet Coke.

–Sejam bem vindos- disse o cara da cadeira de rodas- meu nome é Quiron e...

–Espera ai, você é Quiron?- Interrompo- aquele das histórias?

–Sim, meu caro, eu treinei Hercules, Perseu e muitos outros heróis e...

–Mas, você não era um centauro?- Foi a vez de Milena interromper.

–Eu sou um centauro, minha querida, eu estou nessa forma para não assustar vocês... Por que você acha Gabriel nunca usa Bermudas? Por que ele é um sátiro.

Enquanto Quiron falava Gabriel tirava suas calças e seus tênis.

–Viram?- Gabriel pergunta.

Milena Berra, e em seguida desmaia.

–Gabriel, da cintura para baixo você é metade burro?

–Bééé... eu sou um bode da cintura para baixo.

Quando Milena começa a levantar noto que ela esta com uma roupa diferente e maquiada.

–Mas que porra é essa?- Começo a gritar- porque ela esta maquiada?

–Ela foi reclamada... Qual seu nome mesmo?- Quiron pergunta.

–Matheus, meu nome é Matheus- Tento ser educado, mas então penso em uma possibilidade- essa merda não vai acontecer comigo também, né?

–Depende de quem é seu pai ou mãe divino- Gabriel responde. A palavra “Divino” me pegou de surpresa, e bem... Até agora estou tentando aceitar isso tudo numa boa, mas dizer que meu desaparecido pai pode ser um deus já é demais.

–Eu acho que eu não sou um semideus, não tenho nenhum talento especial, além disso só vim para este acampamento por causa de minha mãe, acho que ela morreu no incêndio de nossa casa...

–Garoto... - é a primeira vez que ouço o outro cara falar- se passou pelo pinheiro no topo da colina, com certeza é um semideus.

–E quando vou ser reclamado? Quando?

–Nunca se sabe, se seu pai for rápido, hoje mesmo, mas se não pode demorar meses.

Assim que ele terminou de dizer a frase, uma marreta flamejante vermelha, apareceu sobre minha cabeça.

–Já sabemos onde deixar esse idiota- diz o homem olhando para mim- Leve a garota para o chalé de Afrodite, é o mais delicado, numero dez. E depois vá para seu próprio chalé, o chalé de Hefesto, numero nove.

Peguei Milena no colo, e carrego-a até o chalé de Afrodite. O chalé delicado pelo lado de fora. Feito de mármore branco com colunas coríntias na frente, e entalhadas na pedra desenhos de belos corações com uma fita delicada em volta, e uma flecha atravessando-os por completo. Nas paredes externas, há o desenho de delicadas e belas pombas, que são o animal-símbolo da deusa do amor.
Por dentro, as seis beliches estão encostadas do lado direito do chalé. No lado esquerdo, tudo parece um camarim de famosos, com espelhos grandes nas paredes, bancadas com produtos de beleza para as garotas e outras com coisas para o corpo para os meninos. No fundo um enorme guarda roupa branco é feito especialmente para as roupas e sapatos dos filhos e filhas de Afrodite. Bato na porta, mesmo ela estando aberta, e todas as meninas param o que estão fazendo e olham para mim.

–Nós somos novos campistas e ela desmaiou ao ver um sátiro sem calças- explico, o que me parece ser a coisa mais sensata a se fazer- Onde posso deixa-la?

Todas apontam para o mesmo beliche, a coloco delicadamente no beliche, e vou para meu chalé.


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Notas finais do capítulo

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