As Aventuras Do Capitão Usopp. escrita por João Marques


Capítulo 1
Conquistando "Imponência".




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Lembro-me que foi em uma manhã de verão, que conheci Imponência, ela era linda, perfeita aos meus olhos piratas. Era o navio mais lindo que já tinha visto. Era um Navio de modelo Fluyt, era enorme, com capacidade para 200 homens, mais ou menos 28 canhões, mas não era tão rápido. O mais engraçado é que, não havia ninguém a bordo de Imponência, estava vazia, e, intrigado com a situação, fui até os mercadores próximos do porto e perguntei por qual motivo, um navio tão lindo não estava sendo ocupado. A resposta que eu tive foi surpreendente, segundo o mercador, a tripulação estava presa no pátio central da vila, onde seria executada pela marinha, foi então que notei um navio próximo a Imponência, UM navio da marinha, de modelo Clipper, com capacidade de até 55 homens, apenas 10 canhões, mas um navio muito veloz. E vi hasteada a bandeira da marinha. E chegando perto do navio da marinha, perguntei aos oficiais que guardavam o navio:

– Por favor, quem é o general desse navio?

– O General Fuzem, O Black Jack... Longa Partida! – disse um dos oficiais, e bateu continência a essa expressão.

“Longa Partida?!”, pensei eu, foi quando notei que em cada olho estava desenhado um naipe de baralho. Notei que o tripulante que eu havia conversado, estava próximo de seus olhos desenhado o símbolo de naipe Ouro, e nos outros o símbolo de naipe Espadas, e perguntei o motivo daquela diferença, e me informarão que é um estilo de patente criada pelo General Fuzem, e mais uma vez, “Longa Partida!”, pelo visto esses oficiais adoravam ao seu General... Mas não fugindo do assunto, acabei perguntando ao oficial:

– Só por curiosidade! Porque vocês vão aniquilar esses piratas?

– Apesar de não ser da sua conta... – disse o oficial – vou te dizer, para que você aprenda o que acontece com engraçadinhos que tentam enganar nosso General. O General Fuzem, O Black Jack, LONGA PARTIDA! – e mais uma vez a continência geral! – é um mestre nas cartas de baralho e principalmente no jogo Black Jack, vem daí o nome de “O Black Jack”. O capitão daquele navio pirata foi capturado pelo nosso general e, ao implorar por misericórdia, teve uma chance, se ganhasse no jogo Black Jack, contra nosso general, teria a liberdade concedida, dele e da sua tripulação, juntamente com todos os pertences e o navio intacto. Mas o capitão pirata quis trapacear, e nosso general percebeu e o matou. E por isso, toda tripulação foi indiciada a pena de morte...

– E que horas eles serão mortos? – perguntei imediatamente

– Hoje ao meio dia!

– Obrigado!

E sai em disparada, com medo que meu pai estivesse nesse bando. E quando cheguei ao pátio central, avistei que faltava pouco para o meio dia, e avia apenas alguns oficiais vigiando os tripulantes piratas. Sem muita dificuldade, consegui chegar até os piratas, postos de joelhos no meio do pátio, naquele sol escaldante de verão.

– Ei, Psiu! Porque vocês não fogem? – sussurrei aos tripulantes.

–Saia daqui garoto imbecil! Se os oficiais te avistarem, eles vão te colocar para ser morto também! – disse um dos tripulantes.

– Mas eles são só alguns, no máximo 50, e vocês uns 200! – disse – se rebelem, destruam esses tripulantes. E outra, o Yasopp está com vocês?

– Não... Não conhecemos nenhum Yasopp. E não podemos sair tão fácil, qualquer sinal dos oficiais, o general deles aparecerá e nos matará antes da hora. Por isso fuja logo, nós selamos nosso destino quando decidimos ser piratas! – dizendo isso, abaixou a cabeça e chorou.

– Vou fazer o possível para tirar vocês daí! – disse

– Por quê? Não fizemos nada para merecer misericórdia, só matamos, saqueamos e destruímos vidas. – disse aos prantos.

– Estou dando a vocês, a chance de se redimirem pelas coisas más que fizeram! E serem meus tripulantes... Você acei...

Antes que eu pudesse terminar de falar, ouvi um apito, e vi uma sombra negra no céu, e caiu ao meu lado, era o General Fuzem. E gritou:

– O que está fazendo aqui seu pirralho? Não sabe que é uma área de condenação? Agora, se quiser se juntar a eles, seu desejo pode ser concedido!

O general era pequeno, de estatura mediana, muito dos seus oficiais era maiores que ele, tinha um cabelo esquisito, metade vermelha, metade preta. Nos seus olhos também estavam pintados, no esquerdo o naipe Copas e no direto o naipe Paus. Não era muito musculoso, mas segundo os seus oficiais da baia, muito poderoso.

– General Fuzem?! Desculpa, não queria te aborrecer, só estava de passagem! – disse eu, tremendo, e tentando ganhar tempo – Eu gostaria... – foi quando a ideia veio à tona – Gostaria de te desafiar para uma partida de Black Jack!

– AHA GHA GHA HÁ! Moleque insolente! Quem você pensa que é? – gargalhou o general.

– Sou Usopp, o maior jogador de Black Jack da ilha...

– Usopp, saia daí! – disse um dos moradores da vila, que até então estavam escondidos em suas residências, que veio correndo até mim e se ajoelhou aos pés do general implorando pela minha vida.

– Nada disso! Esse moleque ousou me desafiar, ninguém é tão tolo para fazer isso! – gritou o General Fuzem. – Certo pirralho! Vou considerar seu desejo. Mas se eu ganhar, você vai se juntar a esses piratas malditos...

– Mas se eu ganhar – disse eu, interrompendo o general – Você vai perdoar os piratas e deixar eles em paz! E a mim também!

– Ok! Trato feito! Como se houvesse a possibilidade disso acontecer! AHA GHA GHA HÁ! – riu o general – Vamos para minha tenda, que está logo a diante, e vamos jogar nossa partida “mortal”! AHA GHA GHA HÁ!

E fomos em direção à tenda do general. Ele andava e dava suas gargalhadas ridículas. E fui me recordando como se jogava aquele jogo. Lembro-me de ter visto muitos moradores da vila jogar em festas anuais. Estávamos sendo seguidos por uma multidão, feita de oficiais e de moradores da vila.

Chegando à tenda do general, havia uma mesa de planejamento, o general jogou tudo para o chão, mapas, anotações, tudo. E disse:

– Puxe uma cadeira pirralho! Vamos começar! Oh grande campeão da vila! E lembrando-se, nada de trapaças, senão... - E passou o dedo na garganta no sentido vertical, da esquerda para a direita, sinalizando que me mataria.

– Ok general! – disse eu – mas lembre-se de suas promessas! – eu estava despreocupado, pois estava tudo planejado, eu iria trapacear, pensei em espirrar, e as cartas iriam voar, no momento que estivéssemos recolhendo as cartas, eu pegaria as principais, um rei, ou rainha, e um Ás, e no momento que ele estivesse distraído com as cartas, já entregues a mesa, eu iria debruçar nas minhas cartas, fingindo a “dor” de uma perda, e trocaria as cartas, trapaceando. Era brilhante!

E na hora que o general estava distribuindo as cartas do Black Jack, ele disse:

– Duas para você! E duas para mim!

– É agora – pensei, e gritei – AAAAAAAAAAAAAAAHHH! – eu ia espirar.

Mas quando eu fui espirrar, ele gritou:

– Nem seja louco de espirrar nas minhas cartas! Esse é meu baralho da sorte. Se você fizer isso, aí sim eu te mato!

“PUUUUUUTA MERDA” – pensei – que bosta! Esse maldito ferrou meus planos! E agora? – entrei em desespero, comecei a suar, tremer, gaguejar.

– Pronto? – perguntou

– S...Si...Si...S...Si...Sim...Sim...! – eu estava nervoso!

E a vila inteira e os oficiais, naquela tenda olhando meu nervosismo! De repente:

– Aaaahhh... Os piratas fugiram! - E todos entraram em desespero!

– Cadê os guardas que estavam vigiando os piratas?

– gritou o general.

– Estamos aqui Capitão! – disse os cinco oficiais, já sabendo de sua punição.

– Malditos! Vocês deveriam estar vigiando eles. – gritou o capitão.

– Nos perdoe General Fuzem – gritaram os oficiais.

– CARTAS FLAMEJANTES! – gritou o general e cinco cartas que o general segurava nas mãos, incendiaram, e foram arremessadas em direção dos oficiais, que incendiaram ao entrar em contato com as cartas.


–Beleza! Menos cinco! – disse o pirata chorão, que eu tinha conversado no pátio. – Capitão Usopp, você está bem? Você disse que eles eram uns 50 né?! Agora são apenas 45...


– Capitão?! – indagou o general

– CAPITÃO? – gritei eu.

– Obrigado por “lutar” por nós! Aqueles que você nem conhece, que nem sabe o passado! Muito obrigado por querer nos ajudar! Sou Softys, o primeiro imediato! Prazer. – disse o pirata chorão

– Peguem eles! – Gritou o general

– Pra cima deles cambada! – gritou Softys.

E começou aquela guerra dentro da tenda. E eu, juntamente com os moradores, fugimos. Mas o general veio atrás de mim. E me pegou pelo pescoço, com as duas mãos, e gritou:

– Pirralho desgraçado. Por sua causa eles se rebelaram, eles iriam morrer, estavam desmotivados, sem capitão e sem coragem! E você deu a eles mais um motivo de se levantarem!

BANG... Foi apenas o que eu ouvi no momento. E cai no chão.

Quando vi o que tinha acontecido, entrei em choque. Os punhos, do general, foram perfurados por uma bala de arma de fogo. A bala parecia ter uns dois centímetros, fez um “buraco” gigantesco no general.

Ele caiu para traz e começou a gritar, amaldiçoando o pirata chorão.

– Está tudo bem Capitão? – perguntou Solftys.

– Seu louco! Você poderia ter me acertado! – grite eu, eu nem conseguia me levantar, de tanto que minhas pernas tremiam. – Eu quase morri!

– Calma! Não precisa ficar agitado Capitão! Nosso bando era conhecido como “Mira Certeira”.

Quando olhei ao redor, todos os tripulantes se reuniram ao meu redor, e olhando em volta via os oficiais da marinha desmaiados. Todos tripulantes sorriam, quando perguntei:

– E agora? O que faremos? Esse general vai nos caçar!

– Fique sossegado, Capitão! Vamos tampar esse machucado da mão dele para não infeccionar, e também para não perder mais sangue. – comentou o pirata chorão. - Ele vai ficar bem!

E, conforme me prometeram, ajudaram o general. E colocaram todos oficiais, junto com o general, em seu navio.

E eu via aquele navio modelo Clipper, sumindo, parecia que caia no fim do mundo, sumindo no horizonte. Juntamente com o por do sol.

E me convenceram a ser Capitão de Imponência, com o intuito de se aventurar. Não iremos atrás do One Piece, vamos atrás de aventuras, mistérios, mitos,... Aonde as ondas nos levarem, sem trajetória, sem rumo.

E partimos, cedinho, no dia seguinte. E me contaram que o antigo capitão de Imponência, se chamava Ceptus, O Trapaceiro. Não tinha poder, nem competência para ser um Capitão, mas tinha alma e coração forte, e senso de liderança inexorável. Todos os tripulantes adoravam o Capitão Ceptus, mas ele caiu em desgraça quando colocou os olhos em um tesouro, em uma pequena ilha, onde foi emboscado pelo General Fuzem. E, como sabem, morto.

E assim começa minhas aventuras, ao lado de minha tripulação e a bordo de Imponência.


Fim



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