P.O.V. Olliver

Acordo cedo, o brilho do sol já está por toda a casa, me estico na cama e abraço Florence.

– Bom dia, dormiu bem? - ela passa as mãos sobre as minhas costas.

– Bom dia, dormi e você, conseguiu descansar?

É tão bom ter minha mente tranquila, ao som dos pássaros de manhã. Daqui a pouco tenho que ir trabalhar na biblioteca, mas gostaria de ficar aqui abraçado com Florence.

–Sim. - ela me responde. – Vou preparar o chá-da-manhã.

Me preparei para ir à biblioteca, ao chegar na cozinha para tomar o chá-da-manhã, me lembro do ocorrido de ontem a noite. Preciso ir logo.

– Olliver, a Cat não dormiu em casa, estou preocupada com ela, será que alguma coisa aconteceu?

As palavras de Florence vagueiam pela minha mente, o que será que tenha ocorrido ontem afetou a Cat?

– Não sei, ela pode ter dormido no castelo. - dou um beijo em Florence. –Preciso ir, não fica preocupada, Catherine sabe se cuidar.

Ao sair de casa, vou caminhando em direção a biblioteca que fica ao pé do castelo, e é enorme. Estou bem atento para qualquer coisa estranha, ao olhar para a floresta percebo que algumas plantas estão inclinadas, chego um pouco perto, tem uma multidão de pessoas e na frente delas está o que menos se esperava, um trem.

P.O.V. Catherine

– Acorda. - ouço um tom suave na voz de Henry, ele está tão perto de mim, que me dá até arrepios.

–Bom dia. - digo a ele, e me sentando na cama.

– Hoje nós temos um... passeio. Tenho algumas coisas para contar, fique pronta o mais rápido, antes vamos até sua casa buscar Florence.

Demoro um pouco para minha mente processar tudo. Dormi no castelo e de noite um humano chegou aqui, Os Grandes Elfos estavam esperando-o.

Vejo Henry, sair do aposento onde estou. Então me levanto e começo a me arrumar.

Me dirijo para o aposento de Henry, ele está preparando uma sacola de pano.

–Estou pronta. - anuncio ao entrar.

– Que ótimo. - ele sorri para mim.

Nós saímos do castelo em direção ao vilarejo. Ao longe vejo uma multidão, fico curiosa para saber o que é. Henry me puxa para perto de si, então eu vejo, um trem. Olho assustada para ele Henry, que me olha com incerteza e diz:

–Ainda não, Cat.

Estou completamente confusa quando chegamos em minha casa.

P.O.V. Florence

– Até que fim você chegou! - digo em direção a Catherine – Fiquei preocupada.

Henry está passando dos limites fazendo Caherine ficar no castelo. Sei que são muito amigos, mas está ficando chato Cat não estar em casa.

– Me desculpe, Henry insistiu para que dormisse no castelo.

– Florence, sei que você está irritada, mas Cat é mais velha, e nós precisamos ir, tenho algo muito importante a dizer.

Fico meia tensa com o que ele tem a dizer, será que vai pedir Cat em casamento? Era só o que faltava, um elfo com uma humana, e eu não duvidaria disso.

– Tudo bem, vamos. - digo em direção a porta.

P.O.V. Henry

Guio as duas ao vale, bem ao alto de uma montanha, sei o quanto este lugar é seguro, é muito importante o que tenho, não dava pra ser no vilarejo, muito menos no castelo. Queria que Olliver estivesse aqui também.

– O que está acontecendo, Henry? Está me deixando preocupada. - Catherine suspira e olha para mim, Florence assente.

– Bem, sentem-se, é longa a conversa, prestem bastante atenção...

Tento começar da maneira mais vil.

– Há alguns tempos, os Elfos se alteraram. Estava um tanto normal, até que, os meus pais como Os Grandes Elfos se alteraram também, eles foram a uma viagem meses atrás, e a coisa está cada vez mais alarmada... - hesito por um instante e Florence faz sinal para que eu prossiga. – Essa semana que se passou, todos os Elfos estavam agindo muito diferentes, meus pais se ausentaram e começaram a falar em segredo e bem... ontem à noite apareceu um trem em nosso Reino, desde quando Reinos longínquos vem nos visitar se não for algo extremamente importante?

P.O.V. Catherine

Respiro fundo e encaro Henry, realmente tem algo acontecendo. Temos que ajudar ele a descobrir, é incrível como sinto que isso envolve nós quatro.

Florence hesita por um tempo e também percebe isso. Ela olha para nós dois.

– Vamos te ajudar, Henry, estamos todos juntos juntos e isso diz respeito à todos nós.

– Obrigado, eu pensei que vocês... não concordariam comigo. - ele olha para mim e o encaro.

– Não tem problema, estamos juntos, temos que avisar o Olliver também! - digo me lembrando.

– Florence, você pode contar para ele? O mais discreto e não no vilarejo se for possível, por favor?

–Tudo bem, Henry, eu aviso.

Partimos de volta ao vilarejo. Hoje eu que tenho que segurar nas mãos de Henry, ele precisa de mim e eu preciso ajudá-lo.