Invisível-Side Story: O Amor Dos Pais escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 5
Os Primeiros Votos


Notas iniciais do capítulo

Er, oi? '-'

Bem, primeiramente, minhas sinceras desculpas por ter demorado um ano para postar o último capítulo, mas eu travei. E juro que não foi falta de tentar porque eu perdi a conta de quantas vezes eu abri o arquivo da side story e tentei escrever, mas sempre acabava apagando tudo.

Aí eu tive um momento de epifania após comer pavê de chocolate. E consegui escrever. Espero que meus poucos leitores ainda estejam por aí. T.T

Não ficou nada de extraordinário, mas eu sinceramente gostei do resultado final e espero que vocês também. Eu sei que muitos esperavam por um hentai, mas eu não achei que uma cena como essa fosse realmente algo importante para o final.

É isso, falo mais nas notas finais.

Boa Leitura e Perdões mais uma vez :]



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12th grade

Kushina e Minato viviam um relacionamento feliz. Eles saíam com frequência e ficavam muito juntos, às vezes até tinham que lembrar de dar atenção para os amigos, pois na cabeça dos dois, ter um ao outro já era suficiente. Estando quase na metade do último ano escolar, o Namikaze já fazia planos para a faculdade e decidia grandes partes do futuro. Ele era inteligente e dedicado, qualquer faculdade ficaria honrada em tê-lo como aluno, e como se não bastasse, o loiro havia começado a trabalhar logo após seu começo de namoro com Kushina, simplesmente para poder sair com ela e comprar presentes sem ter que depender do estimado tio. A Uzumaki se sentia a garota mais sortuda do mundo, mas também se sentia inferiorizada. Não importava o quanto estudava, suas notas nunca pareciam aumentar. Ela sabia que precisaria de um milagre para ser aceita em uma boa faculdade, além de não poder se dar ao luxo de escolher o curso que mais gostava. Por isso, a ruiva estava conformada em apenas trabalhar para viver, nada com muito glamour.

Porém, era visível que enquanto um estava extremamente animado e ansioso, a outra estava cada vez mais desanimada e quieta. E em uma pessoa com a personalidade da Kushina, desanimo nunca era um bom sinal. Minato havia percebido o estranho comportamento de sua namorada havia algumas semanas. Ele vinha tentando de todas as formas animá-la, fosse com presentes, doces ou piadas, contudo nada parecia surtir algum efeito, a garota continuava muito reclusa, sempre pelos cantos extremamente pensativa.

—Nosso aniversário de um ano de namoro já vai ser semana que vem, dá para acreditar? Passou tão rápido! — o loiro comentou com um sorriso, porém a Uzumaki apenas murmurou. Os dois estavam sentados no sofá vendo um filme, mas o olhar da garota era tão nebuloso que parecia atravessar a tela da televisão. — O que você quer fazer? Eu pensei em a gente ir jantar no seu restaurante preferido.

—Qualquer coisa que te fizer feliz. — ela comentou com um movimento mórbido de lábios, o que fez Minato se posicionar melhor e encará-la nos olhos, os quais para sua extrema surpresa estavam úmidos.

—O que está acontecendo com você, Kushina? Eu sei que gosta de seu espaço e gosta de contar as coisas quando está pronta, mas você está me deixando muito preocupado ao longo dessas últimas semanas... — o adolescente odiava ver sua amada sem o usual sorriso travesso nos lábios. Machucava seu coração ver a ruiva num estado que não fazia as piadinhas infames nem falava coisas sem sentido que sempre o fazia rir. Quando Kushina não parecia com ela mesma, tudo o que Minato podia desejar era oferecer todos seus esforços para fazê-la voltar ao seu normal.

—Não me olhe assim... Parece até que estou morrendo de câncer quando você me encara com esses olhos azuis desconsolados... — ela comentou acariciando a bochecha do loiro com ternura. —Eu estou bem, apenas cansada. As provas são fáceis para você que é inteligente, mas eu tenho que estudar muito e não tenho dormido direito. — era mentira. Os estudos haviam deixado de ser problema da Uzumaki há muito tempo, pois ela havia feito pazes com suas próprias limitações. Sua insônia era por causa de outro motivo, o qual ainda a apavorava demais para contar ao namorado.

—Se é isso você devia ter me falado. Eu posso te ajudar a estudar... Odeio quando me exclui dos seus problemas. Somos um casal no final das contas e, para mim, isso quer dizer que temos o direito de dividir tudo um com outro, desde as grandes tristezas até as maiores felicidades. — a frase conseguiu tirar um sorriso delicado de Kushina, quem pensou se os grandes problemas entravam nesse leque de coisas a serem divididas entre um casal.

—Você já trabalha e faz tantas outras coisas. Não é necessário perder tempo comigo. Até parece que algumas notas maiores vão mudar meu futuro em relação a uma faculdade. Eu já desperdicei todo meu tempo, Mina-chan. Não há mais razão... — Minato a interrompeu segurando forte suas mãos e olhando-a da maneira mais séria que já vira.

—Nunca é tarde demais. Você é uma pessoa extremamente forte, Kushina, apenas se esquece disso.

A ruiva conseguiu apenas envolver o namorado em um abraço muito mais necessitado do que parecia ser. Ela sussurrou um eu te amo tão sincero e de certa forma desesperado que o loiro não conseguiu evitar pensar se ela havia mesmo dito a verdade quanto ao que a preocupava. Contudo, resolveu que seria melhor deixar o assunto de molho por mais alguns dias, com o intuito de perguntar em um momento que Kushina estivesse mais vulnerável. Pois se havia entendido uma coisa sobre a garota, era sua habilidade em mentir e omitir.

[...]

O dia do aniversário de namoro havia chegado e Minato decidira levar a namorada para jantar mesmo. O restaurante em que iam não era nada luxuoso, mas para os padrões do dia a dia já era o suficiente para requisitar um figurino mais elegante. Nem que fosse o loiro vestir uma camisa e Kushina um vestido.

—Você está linda, Kushina. — disse o Namikaze ao ver a namorada entrar na sala. Ele não demorou em levantar e ir depositar um beijo na testa da ruiva. Jiraya, quem estava na sala conversando com o sobrinho, abriu um sorriso de orelha a orelha e foi dar um abraço de urso no casal, com direito a tirar os pés dos dois do chão. Os gemidos foram inevitáveis.

—Quem diria! Vocês dois são o casal mais lindo que já vi. — seus olhos se encheram de lágrimas e o homem acabou dando uma fungada um tanto cômica. — E Kushina, minha querida, você realmente desabrochou! Acho que virou a flor mais linda que já vi, depois da minha esposa, é claro. — todos riram e agarota acabou corando involuntariamente. — E ultimamente tem estado ainda mais bonita, acho que até mesmo seus seios parecem maiores... — Jiraya foi interrompido por um travesseiro acertando sua cabeça com força, jogado por sua esposa que chegara no cômodo bem na hora do comentário infame. O casal adolescente havia ficado tão encabulado que até paralisaram.

—Jiraya! Olha o que você fala para a namorada do seu sobrinho! Vê se controla essa língua, homem! Ou daqui a pouco vou ter que começar a te manter vendado! — os gritos de Tsunade descongelaram os jovens, que acabaram liberando risadas nervosas. Ela pegou o marido pela orelha e foi o arrastando para longe nem se importando com os gemidos de dor. Enquanto isso, silabou “bom jantar” para o casal, oferecendo uma piscadela.

—Bom, acho melhor irmos... — Minato comentou, guiando a namorada ao colocar uma mão nas costas dela.

Por sorte o restaurante não era longe da casa, pois assim eles conseguiam ir a pé e não incomodar Jiraya e Tsunade, já que não tinham carteira de motorista ainda. Era uma caminhada de dez minutos e o sol já começava a se pôr, tingindo o céu de laranja. A Uzumaki ainda parecia estar no mundo da lua, mas o namorado resolveu dedicar aquela noite somente a comemoração, numa forma de distrair a garota de qualquer que fosse o problema que a afligia de maneira tão intensa.

Eles caminharam a maior parte tempo em silêncio, as mãos entrelaçadas proporcionando uma agradável troca de calor. Era incrível como as mãos dos dois se acomodavam perfeitamente, Kushina pensava. Talvez ela não precisava ter medo, talvez eles fossem mesmo perfeitos um para o outro e nada poderia separá-los. Talvez ela não precisaria enfrentar a tempestade que estava por vir sozinha, afinal, Minato era a pessoa mais direita e de caráter que havia conhecido. Mas, e se ele ficasse muito assustado a ponto de deixá-la? Não aguentaria uma segunda rejeição. O loiro era seu mundo e não conseguiria se manter em pé se o perdesse do mesmo modo que perdera a mãe.

—Eu estava pensando... Talvez nós devêssemos ir viajar no final do ano. Algo como uma vigem de formatura só nossa, o que acha? — o comentário animado do Namikaze retirou a ruiva de seus conflitos mentais. O sorriso do garoto estava esplêndido e era um sorriso que ele dedicava apenas a ela.

—Acho que você vai estar ocupado demais vendo faculdades para irmos viajar. Além disso, seus tios já vão ter que gastar dinheiro para pagar sua matrícula e mensalidades... — Kushina suspirou. O namorado tinha o futuro todo pela frente e era um futuro brilhante. Um futuro cheio de viagens, diversões e sucesso. Com certeza ele a largaria.

—Mas eu queria fazer algo com você. Ter uma memória maravilhosa em um lugar extraordinário.

—Você sonha muito longe, Mina-chan.

O tom da ruiva foi tão triste que o silêncio retornou e continuou até que os pratos de comida deles chegassem. O restaurante não estava muito cheio, por isso eles haviam conseguido uma mesa bem reservada e do lado da janela, de modo que era possível observar a avenida com seus carros e luzes tão diversos.

—Acho que eu já vou dar seu presente. — a fala do loiro fez a namorada arregalar os olhos e encará-lo com incredulidade enquanto ele tirava uma caixinha do bolso da calça.

—Pensei que a gente tinha combinado em não se dar presentes.

—Mas é um ano. Eu não podia deixar passar sem te dar alguma coisa. — ele riu, fazendo Kushina corar por não ter se dado nem ao trabalho de comprar algo. — Aqui, espero que você goste. — a adolescente demorou a pegar a caixa que o namorado estendia, mas por fim, com um suspiro, aceitou o presente. Ao retirar a tampa, deparou-se com um ingresso para o show da sua banda favorita em três meses. Ela havia tentado comprar o ingresso, porém haviam esgotado em questão de segundos por ser o último show do grupo antes dos integrantes seguirem por caminhos diferentes. Ia ser um concerto épico, no qual ela estaria presente graças a Minato. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela quase perdeu o ar ao ler, escrito em letras de forma negritadas, a palavra VIP.

—É um ingresso vip? Minato, você conseguiu comprar um ingresso vip? — sua voz transmitia total descrença. O Namikaze sorria, divertindo-se com a reação da adolescente.

—Eu achei que gostaria de conhecê-los pessoalmente, já que a banda vai se desfazer.

Então Kushina não conteve o choro. Todas as horas extras de trabalho que Minato havia feito nos últimos meses haviam sido explicadas. Toda a animação dele nas últimas semanas havia sido explicada. Como ela conseguia ser tão sortuda? Como conseguia ser amada por alguém que se esforçava tanto apenas para vê-la feliz? Como podia estar com alguém que fazia tanto por ela, enquanto tudo o que sabia fazer eram besteiras? Porque ela não havia conseguido ser só mais um pouco responsável? Ela não tinha nenhuma das respostas. O loiro acariciou o rosto da Uzumaki, limpando as lágrimas dela. Ele ria dela por chorar somente por causa de um ingresso. Para ele, algo como aquilo era sua obrigação como namorado.

—Eu nem mesmo comprei nada pra você... — Kushina murmurou.

—Eu não preciso de nada. Meu presente é você. — as palavras que Minato esperava causarem felicidade na namorada, tiveram o efeito oposto, de modo que o sorriso do garoto se desfez e uma grande preocupação cresceu em seu peito. — O que foi? Qual é o problema?

—Eu trocaria esse presente, Minato, apenas pela certeza de que você nunca vai me abandonar...

—Do que você está falando, eu não... — foi interrompido.

—Eu estou grávida. — o olhar da ruiva era sério, mas também carregado de medo. O Namikaze ficou sem ação, preso em uma espiral de pensamentos que tentava achar uma explicação para aquela notícia. — Eu descobri há duas semanas. Já estou de um mês. Eu fui irresponsável. Eu esqueci de tomar a pílula durante três dias. Eu achei que não era nada de mais, mas... Desculpa. Você não merecia isso. — a feição de Kushina se contorceu de tristeza, mas o loiro pegou suas mãos nas dele e a olhou com um brilho verdadeiramente feliz nos olhos. Um brilho tão genuíno que fez a namorada vacilar.

—Do que você está falando? Nós vamos ter um filho, Kushina. Um filho! Eu não poderia estar mais feliz. Eu sei que no começo vai ser difícil, porque nós somos jovens, mas eu te prometo, eu vou estudar dez vezes mais e vou trabalhar enquanto faço faculdade e pode ter certeza, Kushina, eu nunca vou deixar nada faltar para essa criança. Eu vou ter certeza de que no futuro ele vai poder ter liberdade de seguir qualquer caminho que escolher. — as palavras foram ditas rápidas, cheias de entusiasmo e animação. A Uzumaki retornou a chorar, porém dessa vez, as lágrimas era de completa felicidade e alívio. — Nós vamos ser excelentes pais! — a garota soltou então uma risada leve e contagiante.

—Eu realmente sou muito sortuda. — ela colocou a mão sobre a bochecha do loiro, selando seus lábios em seguida com muito carinho. — Eu te amo, Mina-chan. Eu te amo mais do que posso admitir para mim mesma. Obrigada por ser o melhor namorado que uma garota poderia desejar. — e Minato sorriu daquela maneira esplêndida mais uma vez, aquecendo o coração de Kushina com muita eficiência.

—Ah! O Jiraya me deu no ano passado, falando que quando chegasse a hora eu saberia. — ele tirou a carteira do bolso, ainda com um sorriso de orelha a orelha nos lábios. — Tenho andado com isso na carteira desde então. Nunca se sabe, não é mesmo? Acho que eu nunca vou ter mais certeza do que agora. —Assim que o Namikaze se levantou da cadeira e se ajoelhou, o coração da ruiva começou a palpitar de tal forma que ela pensou que ele sairia pela boca. — Kushina, gostaria de ter a certeza de que eu nunca vou te abandonar? — ele levantou o anel de prata com uma pedra singela, porém muito brilhante, e tudo o que adolescente conseguiu fazer foi esticar a mão e acenar positivamente com a cabeça. Minato colocou o anel com delicadeza e, antes que pudesse esperar, seus lábios foram tomados por outro beijo. As poucas pessoas no restaurante começaram a aplaudir.

—Em um dia só você conseguiu me dar os melhores presentes. Tão injusto... — Kushina sussurrou ao abraça-lo.

—Eu não consegui superar os presentes que você me deu. — ela olhou para o loiro com uma feição interrogativa, enquanto ele voltava a sentar na cadeira e ela secava os olhos e o rosto.

—Que presentes? — indagou.

— Fazer de mim seu futuro marido e fazer de mim o pai do seu filho.

[...]

No dia seguinte, os dois convocaram Jiraya, Tsunade, Hashirama e Mito para uma reunião de família. Obviamente todos estranharam muito. Na hora de fazer a convocação, Minato e Kushina estavam cheios de coragem e decididos a contar até para o presidente se fosse necessário, mas assim que viram os quatro familiares sentados de frente para eles no sofá, a coragem pegou um avião para um outro continente. O casal estava de mão dadas, e cada vez apertavam mais uma mão na outra, além de respirarem profundamente mais vezes do que o necessário.

—E então queridos, qual o motivo da reunião? — Mito perguntou. Os dois se entreolharam e Minato soube que seria difícil demais para Kushina contar.

—Kushina está grávida e eu a pedi em casamento. Decidimos nos casar depois da formatura. — a notícia foi vomitada sem dó nem piedade e, se os quatro adultos não estivessem sentados, teriam caído de bunda no chão sem qualquer resistência muscular das pernas.

—Como? — Tsunade piscou várias vezes, era evidente que não acreditara na notícia. — Grávida? Minato, você tem noção que sustentar uma criança não é fácil? Como vocês esperam...

—Vou fazer faculdade e trabalhar ao mesmo tempo. Não vamos pedir nenhum tipo de ajuda financeira para vocês, tios. Apenas peço que nos deixe morar com vocês até que consiga ter dinheiro suficiente para adquirir uma casa. — os olhos azuis do adolescente transmitiam toda sua decisão e vontade de cumprir com exímio todos os objetivos de vida já traçados em sua cabeça. Os dois já estavam quase com dezenove anos e quando o bebê nascesse estariam quase com vinte anos. O casal não se considerava mais adolescente. Era evidente pela postura de Minato e Kushina que eles haviam decidido assumir as responsabilidades e amadurecer o quanto fosse necessário.

—Como você dois puderam ser tão irresponsáveis... — Mito ia começar a passar um sermão, porém Jiraya interrompeu. Ele era o único dos quatro com uma feição completamente diferente.

—Ora, mas vamos parar com isso. Olhe bem para esses dois, eles estão sérios, mas mal conseguem conter o sorriso. Eles estão felizes porque vão ter um filho e estão decididos a se sustentarem. Dá para ver muito bem que Minato e Kushina entenderam que o futuro deles não será o mesmo e que eles vão ter que mudar muita coisa em suas vidas se quiserem ser pais, por isso não há necessidade para vocês, seus velhos ranzinzas, ficarem dando lição de moral em um casal responsável o suficiente para não precisar de ninguém para esclarecer suas novas responsabilidades e obrigações. — os outros três torceram o nariz e abaixaram a cabeça, captando o sentido nas palavras de Jiraya. — Crianças, deixe-me ser o primeiro a dar os parabéns tanto pelo casamento quanto pelo bebê. — ele então abriu os braços e os dois jovens levantaram em um pulo com um sorriso enorme, abraçando-o com muita animação. — Saiba que se eu não for o padrinho desse pestinha vou ficar muito triste.

—Mas isso já é óbvio, né, Jiraya! — Kushina comentou. Os outros três adultos acabaram se entreolhando e suspirando rendidos. No fim, todos deram os parabéns e se deixaram levar pelo entusiasmo de preparar o casamento, o enxoval do bebê e todos os detalhes para que aquela criança pudesse ter uma vida digna.

Jiraya e Tsunade, após conversarem, chegaram à conclusão de que seria melhor para todos retornar para o Japão, pois seria mais fácil para Minato conseguir uma bolsa de estudos e porque a casa que os pais do garoto haviam deixado de herança era um pouco maior do que o atual local de residência.

[...]

O tempo passou, a barriga de Kushina cresceu e a formatura finalmente encerrou a fase colegial. A mudança ocorreu logo depois da entrega dos diplomas e, como muitos amigos se afastaram por causa da gravidez da Uzumaki, o casal decidiu que a cerimônia de casamento seria algo apenas para os dois e para a família. Por isso, algumas semanas depois da chegada ao Japão, já com a casa mobiliada e organizada e com a matrícula de Minato garantida com uma bolsa de estudos integral em uma das melhores faculdades da região, os preparativos para o casamento se iniciaram. Jiraya e Tsunade decidiram que o enxoval do bebê seria presente deles, enquanto a cerimônia seria presente de Hashirama e Mito. Assim eles garantiriam a ajuda inicial que seria esperada da família.

No dia da troca das alianças, a manhã estava ensolarada e o jardim suspenso, em uma casa de campo emprestada por um antigo amigo de Mito, estava lindamente florido e colorido. Minato, muito charmoso de terno e gravata, não conseguia conter a ansiedade e mexia-se de um lado pro outro no altar, tirando risadas do juiz de paz. Os quatro familiares mais próximos, assim como alguns amigos distantes, porém bem íntimos, estavam já presentes e sentados nos bancos brancos posicionados a frente do altar. Ao total não haviam mais de quinze pessoas, porém todos sorriam de forma verdadeira, compartilhando com sinceridade a felicidade do casal.

Não demorou muito para que a música favorita de Kushina, o tema do filme que mais estimava, começasse a ser tocada no piano digital posicionado a direita do altar, anunciando sua iminente entrada. Quando ela apareceu na porta para o jardim, Minato respirou profundamente e seus olhos se encheram de admiração. Ele sabia que ia se casar com a mulher mais linda do mundo. A ruiva tinha os longos cabelos soltos e descobertos, pois o futuro marido nunca a perdoaria se ela os prendesse ou escondesse. O figurino era simples, apenas um vestido de cetim na altura dos joelhos com renda acima dos seios e nas costas, a barriga completamente perceptível. O buquê era de rosas tão vermelhas quanto seus cabelos. E para todo mundo no lugar, ela era a noiva mais linda que já existira.

Ela caminhou com um sorriso impossível de ser contido pelo caminho de pétalas na grama até chegar a Minato, quem, com um sorriso que competia com o dela, depositou um beijo delicado em sua testa. O juiz de paz começou a cerimônia e os olhos de todas as mulheres presentes começaram a lacrimejar junto. O casal tinha as mãos entrelaçadas e os familiares entendiam perfeitamente o significado do gesto.

Quando a troca de aliança e votos foi autorizada, Jiraya se levantou e entregou uma caixinha de veludo vermelha ao Namikaze, quem a recebeu com um agradecimento. Ele retirou da caixinha a aliança destinada a Kushina, pegando a mão dela na sua.

—Kushina, eu te recebo como esposa, para amá-la até o final de seus dias não importando quais as dificuldades. Eu prometo te entender nos dias que não quiser me alegrar com a visão de seu sorriso, mas também prometo nunca parar de me esforçar para que dias como esses raramente aconteçam. Eu prometo evitar fazer perguntas idiotas nos dias em que suas taxas hormonais estiverem elevadas, além de sempre ter certeza que o estoque de chocolate está cheio. — as risadas foram gerais, mesmo Minato não se conteve. — Eu prometo ser paciente quando estiver fazendo compras e também prometo entender que mesmo minha opinião não sendo relevante, é meu dever expressá-la para cada peça de roupa ou sapato que você experimentar. Eu prometo também nunca reclamar da sua comida. Mesmo que eu vá parar no hospital, mentirei até o fim. — mais risadas — E mesmo sabendo que nesse momento não tenho como te prometer todas as coisas que deveria, eu prometo sempre lembrar dessas e das futuras promessas, nunca deixando meu entusiasmo em cumpri-las reduzir. Kushina, eu te recebo como esposa para poder ser o melhor marido possível e o melhor pai possível até o final dos meus dias, simplesmente porque isso é o mínimo que posso fazer para te merecer. — O loiro terminou de colocar a aliança, enquanto Kushina segurava-se para não deixar escapar mais que duas ou três lágrimas. Ela então pegou a aliança destinada ao Namikaze, segurando a mão dele com ternura.

—Minato, eu te recebo como meu marido, para amá-lo até o final dos seus dias não importando as dificuldades. Eu prometo ser paciente e compreensiva quanto as eventuais toalhas em cima da cama e as tampas de privadas levantadas, apenas não prometo que conseguirei evitar chamar sua atenção por essas coisas todas as vezes. Eu prometo tentar não te culpar por tudo de errado no mundo durante minha tpm, apenas pelas coisas das quais você realmente tem culpa. Eu prometo nunca ser ingrata, contanto que você nunca deixe faltar amor e comida na nossa casa. Eu prometo entender que nem sempre eu estou certa, mesmo que seja algo muito difícil de se fazer. Eu prometo nunca esquecer de me dedicar a você como mulher e te dou permissão para me lembrar disso caso eu me distraia com minhas obrigações maternas. Eu prometo que saberei dar a você o seu espaço pessoal para que saia com seus amigos, apenas não te perdoarei se olhar para outra mulher. Eu prometo melhorar todos os meus defeitos que afetam diretamente você e prometo aceitar aqueles seus que são impossíveis de mudar, não que eu ache que você tem algum. Eu prometo lembrar todos os dias quão sortuda eu sou por ter um marido como você. Eu prometo sempre renovar os meus votos, adicionando novos, ainda que você não veja ou saiba. Minato, eu te recebo como marido por você me fazer querer ser uma mulher melhor, uma esposa dedicada e uma mãe amorosa. — Kushina terminou de colocar a aliança, apertando os dedos de Minato.

—Eu vos declaro Marido e Mulher. Pode beijar a noiva.

O Namikaze se aproximou da esposa com cuidado por causa da outra vida entre eles, beijando-a com ternura e paixão ao mesmo tempo. Todos os convidados se levantaram e bateram palmas. O choro era generalizado, assim como a felicidade.

Os recém casados e futuro pais sabiam que os votos que fizeram eram apenas os primeiros de muitos. Haveriam votos sussurrados durante noites de amor, votos afirmados nas reconciliações das eventuais discussões, votos gritados durante momentos de extrema felicidade.

Mas o que Minato e Kushina entenderam naquele momento é que os dois haviam acabado de fazer uma memória incrível em um lugar extraordinário e que muitas outras estavam destinadas a ser feitas. A próxima já tinha até data. Dez de outubro. O primeiro aniversário do filho deles.

O primeiro aniversário de Naruto.


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Notas finais do capítulo

E aí, pedras ou mais pavê? e-e'

Eu sei que muita gente provavelmente esperava o nascimento do Naru tambem, mas eu queria que o foco fosse o amor dos pais, e não o amor dos pais pelo Naruto, porque esse amor vocês já viram em Invisível ;D
Espero pelas opiniões.

Beijos a todos, e espero ter sido perdoada pela demora, não que eu ache que mereça perdão xD

Até!
XOXO



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