Dad And Dad? escrita por MAHximum


Capítulo 4
Capítulo 4: A QUASE banda.


Notas iniciais do capítulo

Eu enrolei MUUUITO nesse capitulo, e no final não gostei tanto do resultado D: Acho que podia ter feito melhor, sorry!
O fato é que eu fiquei sem inspiração por um tempo, mas tentei escrever mesmo assim :X'

Como sempre o nome foi escolhido agora e ficou uma merda -qq

Cada dia que olho na parte de editar histórias aparece que mais gente leu D&D?, mas quase ninguem comenta e isso me deixa triste!
SÉRIO, COMENTEM BANDO DE FDP è_E
mesmo que sejam criticas, é bom saber!

Acho que é só isso :B
Boom proveito! :D
Bjs, MAH.



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Capitulo 4:
- UAAAU! – Disse Lauren entrando pela primeira vez no ano na sala de musica. – Está tudo aqui mesmo!

- É claro que está! – Sarah andou até o armário onde ela guarda o baixo. – Achou que eles iam sumir com as coisas durante as férias?

- Sim... – Lauren disse envergonhada e Sarah revirou os olhos.

- Minha guitarra está em casa, não sabia que íamos ensaiar hoje... – Eu era a única que trazia o instrumento de casa o que tornava alguns ensaios impossíveis quando eu esquecia, ou saia com pressa de casa ou quando NÃO ME AVISAVAM!!!

- Desculpe, Allinton... – Ryan fez um gesto de prece com as mãos. – Eu não tenho seu telefone...

- Você não é o único. – Disse Sarah levantando uma sobrancelha e me encarando. – Eu também não tenho...

MERDA! Claro que eu sabia que um esse dia ia chegar, mas não achava que seria logo na primeira semana de aula! Tudo bem que mantive meu telefone, endereço e meus pais escondidos de Ryan por ANOS E ANOS, mas desde que Sarah chegou no colégio, tudo está sendo bem mais difícil. Ela definitivamente é esperta...

- Depois a gente fala sobre isso! – Tentei fugir do assunto. – Agora temos que dar um jeito de ensaiar mesmo sem minha guitarra...

- Como podemos ensaiar sem guitarra? – Perguntou Jake falando pela primeira vez desde que entramos na sala de musica. Ele estava lendo o livro que pegou na biblioteca outro dia e estava muito concentrado.

- Nós nem escolhemos as musicas que vamos tocar! – Lauren falou e isso e fez com que uma bigorna caísse em nossas cabeças. É verdade, estávamos tão preocupados com os instrumentos que nos esquecemos completamente da parte mais importante, a musica...
- VERDADE! – Sarah gritou batendo a mão na cabeça. – Que musicas vamos tocar?

- Vão continuar fazendo cover? – Ryan perguntou como se não tivesse nada a ver com aquilo.

- A gente podia criar musicas, não? – Jake mais afirmou do que perguntou.

-Como assim? – Sarah franziu o cenho. – Não está pensando em escrever, está? – Ela se pendurou no ombro dele.

-Bom, - Ele pareceu incomodado com a falta de confiança que Sarah depositou nele. – eu sou do clube de redação e leio muito, escrevo bem...

-Querido, - Sarah mexeu nos cabelos negros dele, o que obviamente me deixou com inveja. – Seus textos são ótimos, mas não são músicas, certo? – Ela deu um selinho nele e depois o abraçou. – Não se ofenda, amor.

-É só que, - Ele começou a fazer cafuné em Sarah. POR QUE ELES TÊM QUE FAZER ISSO NA MINHA FRENTE? Bom, talvez seja porque eles não saibam o que eu sinto pelo Jake, MAS ISSO NÃO É DESCULPA! – eu queria, ao menos uma vez, cantar uma musica que nós mesmos fizemos e não algo que já passou pela boca de um monte de gente. Queria cantar algo meu.

Todos nós nos calamos, ele tinha resumido a sensação que sentíamos ao cantar musicas de outras pessoas. Claro que Ryan, que nunca soube tocar nada, só se calou porque não tinha nada de útil pra dizer.

- Podemos tentar... – Eu disse tentando dar apoio ao meu Jake. MEU!
Ta bom, de Sarah..
-Mas alem da letra tem a melodia. – Lauren falou tentando nos convencer a continuar fazendo cover. Na verdade, foi ela quem deu essa idéia e selecionou as bandas e as musicas. Resumindo, nós só tocamos as musicas favoritas de Lauren.

- A gente dá um jeito... – Eu não fazia idéia de como dar esse jeito, mas eu sentia que era possível. Ou talvez eu só estivesse um pouco fora de mim... – Vamos tentar! Pense em como seria legal alguém ouvir uma musica que gosta e pensar: “Que musica legal, quem será que compôs?” aí esse alguém lembra: “Ah, a AloneWu. Eles arrasam!”.

Os olhos de Lauren brilharam diante daquela possibilidade, Sarah e Jake também reagiram de modo positivo, mas Ryan não se convenceu.

- Acha mesmo que consegue? – Ele me olhava de modo descrente.

- Não, - Fui sarcástica. – só falei todo esse discurso porque gosto de gastar saliva! – Ele não respondeu, só olhou pros outros esperando que alguém se manifestasse.

- Eu não sou muito boa pra escrever – Comentou Sarah. – Mas eu posso tentar fazer a melodia. O que acham?

- Por mim tudo bem. CONTANTO que você não mude de idéia e nos deixe na mão! – Achei melhor alertá-la antes que ela visse que não ia ser tão fácil quanto ela imaginava e desistisse.

- Certo... – Ela disse de um jeito que não me convenceu muito, mas achei melhor confiar.

- Ali-Ali, você não escrevia poesias? – perguntou Lauren provando mais uma vez que os segredos que eu mantenho escondidos podem aparecer pra qualquer um a qualquer hora.

- A ALLINTON? ESCREVENDO POESIA? – Ryan começou a rir. – ISSO É UMA PIADA NÃO É?

- Cala a boca, Idiota! – Lauren deu um chute na canela de Ryan. – Ela escreve sim. E muito bem!

- Sério? – Jake olhou pra mim. – Por que nunca nos disse que fazia poesia?

DÃ! PORQUE É CONSTRANGEDOR!, pensei, mas no final só disse:

-Sei la, já faz tempo que parei de escrever... – E fazia mesmo, a ultima vez que eu escrevi foi logo quando Jake entrou no colégio e eu fiquei toda: “OH, QUE CARA GATO! GRAAAAU!” mas aí depois eu perdi a inspiração e parei.

- Você pode voltar a escrever? – Sarah perguntou e eu assenti com a cabeça. – LEGAL! Você e Jake cuidam da letra, eu e Lauren cuidamos da melodia!

-E eu? – Ryan perguntou se apoiando em uma só perna.

-Você cuida da divulgação, instrumentos, figurino, ensaios, equipamento, - Antes que Sarah pudesse continuar a lista, Ryan a interrompeu.

-PODE PARAR POR AÍ! Já é muita coisa. – Ele se queixou.

- Enquanto não temos nada pronto, - Lauren pegou as baquetas e ficou batendo as no ar como se estivesse tocando. – vamos ensaiar como covers!

- Sinto em te lembrar Lauren, mas estou sem minha guitarra...

- Não pode pedir pro seu pai trazer? – Perguntou Ryan.

- NÃO! – Resposta automática.

- Por quê? – Ryan insistiu levantando as sobrancelhas.

- Porque ambos estão ocupados... – Eu disse tentando acabar com aquele assunto, mas cometi um pequeno (grande) erro nessa frase e Sarah notou.

- Ambos? – Ela arregalou os olhos confusos. Um palavrão daqueles bem pesados que nunca devem ser ditos em publico passou pela minha cabeça.

-Sim,  - Eu pensei duas vezes antes de continuar, não queria cometer outra gafe daquela. – meu pai e minha mãe.

Ryan me encarou com uma cara estranha e perguntou:

- Sua mãe não...  Ele mordeu o lábio inferior e pensou em não terminar a frase, mas estava curioso demais. – er, morreu?

OH SHIT! Mais uma mentira que tenho que encobrir! Não acredito que “matei” minha própria mãe imaginaria! Sou tão malvada...
- CLARO QUE NÃO GAROTO! – Fiz a melhor cara de assustada que consegui. – Bata na madeira depois dessa!

- Desculpe... – Ele ficou sem jeito e bateu três vezes no armário.

- Que tal parar de falar da minha família e falar da musica, ein?

-Ah, claro! Que tal falar da musica que não podemos tocar porque você está sem guitarra? – Sarah revirou os olhos e depois Lauren tirou o celular do bolso e me entregou.

- Liga pro seu pai. – Ela estava séria. – Nós temos direito de ficar mais duas horas com essa sala, temos que tocar alguma coisa!

 Ela estava certa, não tinha o que discutir. Peguei o celular e disquei o numero da minha casa rezando pra que ela estivesse vazia, mas não estava.

-Alo? – Era Reinald. Quase pulei de alegria! QUASE.

- Oi pai!

- Ah, oi filha. Onde você está? – Foi aí que eu lembrei que não tinha avisado sobre o ensaio. Até porque a pouco tempo atrás nem eu sabia que íamos ensaiar.

- Bom, a banda resolveu fazer um ensaio de ultima hora...

- A pergunta foi: Onde você esta? – Com Reinald não tem desculpa ou enrolação, é assim, direto e reto.

- To no colégio. Tentando ensaiar, mas não dá porque estou sem minha guitarra. – O silencio do outro lado da linha me deixou nervosa. – Pai?

- To ouvindo... – Foi tudo que ele disse.

- Será que você não pode trazer ela pra mim?

- Claro, eu chego aí logo. – O tom dele ficou mais amigável e eu fiquei aliviada.

- Obrigada. Tchau, pai. – Eu desliguei e quando me virei, todos estavam me encarando com olhares de expectativa. – Ele vai trazer minha guitarra. – Devolvi o celular pra Lauren. – Felizes?

- MUITO! – Sarah abriu um sorriso enorme.

- Ótimo! – Lauren guardou o celular no bolso. – AnCafe? – Ela juntou as mãos como se implorasse e fez cara de cachorro sem dono.

- Funky Fresh Days e só. – Jake disse. Funky Fresh Days é a musica favorita de Lauren e ela sempre nos obriga a tocar.

- E Maroon5? – Sarah perguntou de um jeito sexy segurando as mãos de Jake, e considerando que é basicamente ele que aprova ou não as musicas, aquilo podia ser considerado suborno. Mas como eu gosto de Maroon5, deixei passar.

- Okay, - ele deu de ombros. – qual?

- Won’t Go Home Without you. – Eu e Sarah falamos juntas, sem duvida essa musica é minha favorita, e de Sarah também. É tão linda! Se um cara me trair com todas as pessoas que ele conhece e depois cantar essa musica pra mim, eu volto com ele na hora.

- Como vocês quiserem... – Ele já sabia que a gente ia escolher essa musica. – Mas podemos tocar This Love também?

Todos nós olhamos pra Lauren que fez uma cara de nojo. Ela adorava essa musica, mas quando descobriu o que a letra falava, passou a ter nojo dela e por isso paramos de tocá-la.

- Tem certeza de que quer cantar ISSO? – Ela enfatizou BEM o isso.

- Lauren, - Eu pus a mão no ombro dela. – eu sei que é suja, mas é só uma musica...

- É, até parece que vai morrer virgem desse jeito... – Sarah revirou os olhos.

- Ta, - Ela amarrou a cara. – eu toco essa coisa grotesca que vocês insistem em chamar de musica romântica. – Jake sorriu ao ouvir isso e depois disse:

- Alguma sugestão, Ryan? – A resposta foi rápida.

- Panic At The Disco – E antes que Jake pudesse perguntar, ele disse: - Qualquer musica, pode escolher!

- Temos as musicas, mas ainda falta o pai da Allinton com a guitarra – Lembrou Sarah.

- Ele deve estar chegando, - eu disse tentando distraí-los. – vão arrumando os instrumentos...

- Certo! GENTE, HORA DE TRABALHAR! – Ryan gritou tentando nos incentivar e me fez sorrir, era bom ver que alguém realmente acreditava no potencial da banda.

- Finalmente você ta parecendo um empresário de verdade! Isso aí, Ryan! – Eu disse e ele sorriu pra mim satisfeito.

Todos começaram a arrumar os instrumentos, Sarah limpou seu baixo e Lauren montou a bateria, enquanto Ryan arrastava os amplificadores e Jake aquecia a voz.

Eu só fiquei parada olhando tudo, não tinha nenhuma guitarra pra ligar no amplificador. Mas essa folga não durou muito, logo alguém bateu na porta e quando eu abri, encontrei Reinald  com a caixa da minha guitarra na mão.

- Oi pai! – Eu o abracei e todos os olhares se voltaram pra ele. O queixo de Sarah caiu até o chão:

- ESSE é o SEU PAI? – Ela deu ênfase na frase toda. Eu já esperava uma reação dessas, afinal Reinald parece um ator de novela com uma agenda tão cheia que não tem tempo de levar a guitarra pra filha no colégio. Isso sem dizer que ele não se parece em NADA comigo, porque sou adotada e tals, mas ninguém além de Lauren sabe disso.

- Sim. - Eu olhei nos olhos do meu pai. – Podemos falar um segundinho?

- Claro. – Ele pôs a caixa no chão e saiu da sala. Eu fechei a porta e o puxei pelo corredor pra ficar a uma distancia segura caso alguém queira ouvir a conversa.

 Pra falar a verdade, eu nem sabia o que ia dizer! Eu só queria impedir que ele dissesse algo que revelasse sua opção sexual, mas o que eu poderia falar pra ele? “Pai, não diga nada gay porque ninguém sabe sobre nossa família, ok? A propósito o leite acabou.”? Er...NOT! Isso ia magoá-lo demais.

Mas pra minha sorte, não precisei dizer nada.

- Eles não sabem, né? – Reinald me olhava com uma expressão tranqüila e piedosa. Eu olhei pra ele sem entender e ele esclareceu: - Ele não sabem que sou gay, né?

Eu engoli em seco. Ele sabia? Mas como? Não estava bravo? Será que Lucius também sabia disso? Essas e outras perguntas começaram a aparecer na minha mente numa velocidade incrível.

- Desculpa! – meus olhos se encheram de lagrimas. Desde que eu comecei a inventar mentiras pra encobrir meus pais gays, esse era a primeira vez que eu pensei em como eles deviam se sentir em relação a isso. Deviam se sentir que estavam sendo negados pela filha ingrata que eles criaram com tanto amor. Isso me fez sentir uma pessoa horrível e me fez chorar de vergonha. – Desculpa mesmo pai! Eu amo vocês, mas... – Não conseguia pensar em uma continuação.

- Hey, filha, não precisa ficar assim... – Ele me abraçou e limpou minhas lagrimas. – Eu te entendo, não estou bravo! – aquilo me fez sentir um pouco melhor e menos culpada.

- Não está? – Eu o olhei nos olhos que claramente diziam que não, mas foi bom ouvir da boca dele.

- Claro que não, filha. – Ele me afastou para que pudesse me ver por inteiro e segurou meus ombros. – Já passei por isso. Quando eu e seu pai começamos a sair, eu escondia de todos.

- Sério? – Era impossível de acreditar naquilo. Eles se amam tanto e Reinald é totalmente dedicado e carinhoso com Lucius, é REALMENTE difícil acreditar que algum dia ele teve vergonha de estar junto de Lucius.

- Sério.  – Ele sorriu. – De algum modo, eu sempre soube que um dia você ia se envergonhar da família que tem. Não somos exatamente normais...

- É, não somos. – Eu sorri ainda cheia de duvidas. – Como você descobriu?

- Sou loiro, mas não sou burro. – pensei em dizer a ele que esse ditado machista só se aplica a mulheres, mas como ele é quase uma, eu desisti e fiquei calada. – Já faz quatro anos que não somos chamados pra nenhuma reunião de pais e nenhum amigo seu alem da Lauren vai la em casa.

Pensando com aquele raciocínio, tudo era obvio demais.

- Lucius sabe também? – Esse era meu maior medo.

- Não, ele é distraído demais pra prestar atenção nessas coisas. – Ele revirou os olhos. – Mas alguma hora ele vai perceber. E vai começar todo aquele papo de: “VOCÊS ME ODEIAM! VOU PRO CANADA!”
De fato, toda vez que o Lucius fica triste, ele ameaça se mudar pro Canadá, nós nunca entendemos, só sei que tenho muita pena dos canadenses.

- Mas você pode mudar isso, Allinton. – Ele me olhou esperançoso, os olhos dele quase imploravam: “Allinton, por favor, conte pro mundo que somos gays e não deixe seu pai triste!” e por isso eu tratei de mudar de assunto:

- Pai, preciso voltar la pra dentro, Ryan já esta quase tendo um filho pela boca!  Vem comigo, aí eu te apresento pra banda. – Eu sai andando pelo corredor e ele me seguiu.

- Claro. Outra coisa... – Ele pareceu nervoso – o tal do Jack...

- Jake! – corrigi.

- Certo, huum, Jake... er, ele está aí? – Ele estava totalmente sem graça. O que eu acho fofo... Quero dizer, o Reinald tem toda aquela aparência de galanteador barato quem tem o mundo nas mãos, mas ele é romântico, sentimental, carinhoso e o mais fofo de tudo, tímido.
Claro que isso também depende do humor dele, tem dia que ele ta com a macaca e fica provocando Lucius o tempo todo, em todos os sentidos.

- Está. – Respondi já em frente a porta da sala, prestes a abri-la. – E esse é mais um motivo pra você não me fazer passar vergonha.

- Vou ficar na minha. – Eu o encarei. Até parece que Reinald, o senhor “protegendo minha filha de homens” ia agir naturalmente diante de Jake, mas ele disse: - Eu juro, só vou observar.

Eu nem respondi, eu só abri a porta e encontrei todos já me esperando.

- Olha quem resolveu ensaiar! – Ironizou Ryan.

- Eu precisava falar com me pai, desculpa... – Eu abri a caixa e peguei minha guitarra.

- Okay, desculpe... – Ryan ficou meio hipnotizado olhando pro meu pai.

- Gente, esse é o meu pai, Reinald. – Todos sorriram e cumprimentaram com a cabeça. – Pai, esses são Sarah, Ryan e Jake. – Ele levantou as sobrancelhas ao ouvir o ultimo nome. – A Lauren você já conhece... – Lauren acenou.

- Prazer. – Reinald sorriu e fez Sarah se derreter. Ah, se ela soubesse que ele é gay...

- Vai nos assistir? – Ryan ficou todo animado com a idéia de ter alguém assistindo a “sua banda”.

- Acho que não, tenho umas coisas pra resolver em casa... Vocês não se importam, né? – Todos fizeram sinal negativo com a cabeça.

- Então, dessa vez eu passo. Desculpem-me...

- Tudo bem, pai, sem problemas...

- Tchau, bom ensaio pra vocês! – Ele acenou. – E Allinton, acabou o ensaio, direto pra casa.

- Ta bom... – Revirei os olhos. Pra onde mais eu iria?

Ele saiu da sala e Sarah começou metralhar informações:

- Seu pai é tão perfeito! Ele é gato demaaais! Tem certeza que sua mãe ta viva? Eu pegava... MELDELS!

- ECA SARAH! É O MEU PAI! – Como se eu nunca tivesse pensado nisso... Mas Sarah já tem o Jake, não vai conseguir o Reinald também!

- Eu sou seu irmão E NAMORADO! – Jake a encarou com raiva. – Então , cala a boca e começa a tocar!

- Own, não fica com ciúmes amor. Não pretendo virar mãe da Allinton! – Ela segurou o queixo dele e depois o beijou. Estavam tão concentrados no beijo que nem notaram meu comentário.

- E eu não pretendo te aceitar como madastra!

- E pelo jeito vocês não pretendem ensaiar hoje! – Ryan já estava de saco cheio e quase desistindo. Talvez por isso os dois tenham parado de se agarrar e ido pra suas posições.

- Vamos começar! – Lauren disse levantando as baquetas e as batendo. – Funky Fresh Days. UM, DOIS, TRES E VAI!

 


- Cheguei! – Falei logo que pisei dentro de casa. O ensaio tinha acabado as três da tarde, tínhamos tocado pouco levando em conta tudo o que aconteceu, mas deu pra aquecer. Quando entrei na sala, ao invés das boas vindas escandalosas de Lucius, tudo que ouvi foi a voz de Reinald vindo da cozinha:

- Ola, filha! – Eu segui o corredor até chegar na cozinha onde Reinald estava sentado a mesa com uma pilha de papeis onde ele lia e escrevia.

- É impressão minha ou tem um pai a menos aqui? – Perguntei me sentando de frente pra ele.

- Ele foi ao supermercado. – Ele nem levantou a cabeça pra me olhar. – E se você não tivesse ligado eu estaria la também. Obrigado... – Eu e Reinald compartilhamos o ódio de fazer compras.

- De nada... – fiquei olhando pra tudo aquilo, talvez ser advogado não fosse tão legal assim.

- Ele parece, hum... – Ele parou de ler e olhou pra mim. – er, legal... – Eu sabia que ele estava falando de Jake e com MUITO esforço.

- Ele É legal – Eu sorri. – Principalmente quando não tem um homem o encarando com um uma cara que diz claramente: “vou comer suas tripas no café da manhã! ROAR!”

- Eu não estava assim! – Ele riu e depois voltou a ler.

- Estava sim! Até eu fiquei com medo! – Ele não respondeu, provavelmente não ouviu, algumas vezes, quando ele está lendo, o mundo pode acabar que ele não percebe. – O que esta fazendo? – Eu mexi no braço dele pra que ele sair do transe.

- Tenho que escrever uma base de defesa pra audiência de amanhã. – Fiquei algum tempo olhando pra ele e digerindo aquilo, mas no final fiquei na mesma, só sabia que ele estava escrevendo alguma coisa e isso me lembrou que eu também tinha que escrever.

- Eu tenho que escrever uma musica... – Peguei meu caderno e um lápis e coloquei sob a mesa. Encarei aquela folha em branco por alguns segundos e logo uma pergunta fatal veio na minha mente: “Como se começa uma musica?”

- Pai, você sabe compor musicas? – Perguntei já sabendo que ele não fazia idéia de como fazer isso.

- Acha mesmo que se eu tivesse alguma habilidade artística, eu seria advogado? – Ele mais lamentou do que respondeu.

- Huum, obrigada assim mesmo... – Eu comecei a brincar com o lápis, não sabia por onde começar.

- Mas, seu pai escrevia musicas e poemas no colegial... – Ele parou de escrever e olhou pra mim – Acho que esse era um dos motivos pra ele ter apanhado tanto...

Eu nem prestei atenção nessa ultima parte, uma palavra estava ecoando na minha cabeça: COLEGIAL! ELES SE CONHECIAM DESDE O COLEGIAL? OMG! ISSO É MUITO MAIS TEMPO DO QUE EU IMAGINAVA!
Eles nunca me deram detalhes sobre como eles se conheceram por isso eu criava minhas próprias teorias, mas em todas elas, eles já eram maiores de idade e não COLEGIAIS! Meu queixo caiu e eu tive que conferir:

- Vocês se conhecem desde o colegial? Quantos anos vocês tinham? - Ele pareceu indiferente diante daquelas perguntas.

 - Sim, eu tinha dezesseis e Lucius catorze, eu acho. A gente se odiava... – Eu estava cada vez mais curiosa e impressionada. CATORZE ANOS? EU TENHO ESSA IDADE! Quer dizer que eu posso já conhecer o cara com quem vou passar o resto da minha vida?
E eles se ODIAVAM? COMO ASSIM? POR QUE ESTÃO JUNTOS?
Eu queria saber tudo, tudo sobre eles!

- NOSSA! SÉRIO? Eu sempre achei que vocês tinham se conhecido em um bar gay, sei la... – Nem sei por que falei isso, foi a emoção do momento.

- QUE? CLARO QUE NÃO! – Ele se assustou. – Eu nunca fui a um lugar desses!

- Não foi? Que tipo de gay você é? – Fiquei decepcionada.

- Ta, eu fui uma vez... Seu pai que me arrastou! Mas não gostei daquele lugar, francamente. – Ele ficou sem-graça, tava corando. Não sei se era porque estava me contando aquilo ou se era porque estava lembrando daquilo.

- Você é quase hetero! – Eu estava insana com tudo que tinha acabado de ouvir, senão não teria falado isso.

- Assim você me ofende também. – Ele já tinha esquecido completamente do trabalho. – Só porque não pareço com Lucius não significa que eu não seja gay... – Ele parou por um momento e pensou no que tinha dito – O QUE EU TO TE FALANDO?

Eu comecei a rir, ver Reinald pirando é no mínimo engraçado.

 - Mais uma pergunta. Você só sente atração pelo meu pai? – ESSSA FOI A DUVIDA QUE ME PERSEGUIU DURANTE ANOS! E como eu já estava meio drogada a essa altura, por que não perguntar?

- QUE TIPO DE PERGUNTA É ESSA? – Ele ficou definitivamente chocado. – Eu não vou te responder isso! – Pude ver que ele ficou vermelho. – Agora me deixe trabalhar!

- AH, ME RESPONDE! Não tenho mais seis anos de idade... Por favooor! – Eu insisti rindo ainda. Ele viu que não ia se livrar tão fácil de mim e resolveu responder:
- Ta, qual foi a pergunta mesmo? – Ele estava totalmente sem-graça.

- Você só sente atração pelo meu pai? Ou sente por outros caras? – Ele gelou e ficou olhando pra mim por um tempo, depois suspirou e disse:

- Outros alem dele... – Ele olhou pros papeis e fingiu ler.

- SÉRIO? Tipo quem? – Isso quebrava totalmente minha teoria da diferença entre Gays e Homossexuais, mas não tava nem aí, eu tinha feito Reinald admitir que sentia atração por outros caras. OMG, EU TENHO QUE APAGAR ISSO DA MINHA MEMÓRIA!

- Eu to indo trabalhar no quarto! – Ele se levantou e começou a recolher os papeis.

- VOCÊ TA FUGINDO DE MIM?

- Não, estou fugindo das suas perguntas estranhas! – Ele disse como se realmente existisse diferença entre as duas opções.

- NÃO! FICA AQUI, PAAI! – Não queria ficar sozinha, não gosto de ficar sozinha. – Juro que fico quieta!

- Okay, - Ele sentou novamente – Se perguntar mais alguma coisa eu vou embora. Preciso mesmo trabalhar!

- Ta bom. – Eu calei e voltei a olhar pra folha em branco na minha frente. Uma musica, eu tinha que escrever uma musica. Mas como? Depois do que eu tinha acabado de descobrir eu não conseguia pensar em musica...

Ficamos os dois em silencio completo por um tempo, mas não demorou muito pro barulho chegar.

- OLA, AMORES DA MINHA VIDA! – Lucius entrou escancarando a porta.

- OOI! – Berrei da cozinha. Reinald estava REALMENTE concentrado e não ouviu nada.

- Como você está, filha? – Ele entrou na cozinha sorrindo e foi direto atrás da cadeira de Reinald, apoiou os cotovelos sob a cabeça dele. E o pior de tudo é que Reinald não sentiu nada.

- Eu estou bem, e você? – Eu parei de escrever e olhei pra eles. Lucius estava literalmente usando Reinald de apoio e ele nem tinha percebido isso.

- Ri-Chan, preciso de sua ajuda... – Lucius disse enquanto bagunçava os cabelos de Reinald, mas ele não reagiu. O mundo pode explodir que ele nem percebe, mas aposto que se eu estivesse beijando Jake ele veria. E como veria!

- Vai me ignorar mesmo, loiro idiota? – Lucius começou a sacudir Reinald o que obviamente fez ele se tocar de que alguma coisa, fora do seu mundinho de leitura, estava acontecendo.

- Ah, oi amor. Você chegou. – ISSO NÃO ERA OBVIO?

- É claro que cheguei! Você não conseguiu se livrar de mim dessa vez!

- Não disse com essa intenção... – Ele suspirou e levantou. – Quer ajuda pra trazer as compras?

- Mas é claro que sim! Na verdade você demorou pra se oferece!- Ele cruzou os braços e fechou a cara.

- Estou mudando de idéia... – Reinald suspirou como sempre faz quando percebe que Lucius realmente é imutável.

- Não mude! Desculpa... – Lucius abraçou Reinald e ficou lá por um tempo, até que se desse conta de que tinha coisas pra fazer como... GUARDAR AS COMPRAS!

- AGORA AS COMPRAS! – Lucius basicamente arrastou Reinald pra fora de casa. Eles foram e voltaram varias vezes com as sacolas, e vendo os dois juntos, acabei me inspirando, pra eles tudo é tão perfeito e apaixonante por mais errado que pareça.

As primeiras linhas vieram na minha cabeça rápido e comecei a escrever sem nem ao menos prestar atenção. Tudo veio em inglês, já que eu basicamente só ouço musica americana. Depois que eu terminei, olhei praquilo... Era profunda, romântica e acima de tudo, gay!

Ok, eu não podia levar aquela musica pra AloneWU NUNCA! Se Jake visse aquilo? Eu tava ferrada, DEUS DO CÉU!

Arranquei a folha do caderno, dobrei e coloquei no bolso da minha calça. Era uma musica bonita demais pra virar lixo.

- Então, filha, como foi o ensaio? – Lucius chegou com a ultima sacola do mercado. Reinald sentou onde estava antes e voltou a ler.

- Foi legal tocar com a banda novamente depois de tanto tempo. – É chato ensaiar sozinha no seu quarto. FATO.

- Seu pai assistiu o ensaio? – Lucius sentou ao meu lado.

-Não, ele só passou lá e conheceu os meus amigos... – Lucius abriu um sorriso malicioso, mas só entendi o motivo quando ele disse:

- Ah é? Ri-chan conheceu o Jake? – Como esperado, Reinald tirou os olhos automaticamente do trabalho e fixou em raiva em Lucius – Pelo jeito conheceu... Ele é gostoso? – Eu arregalei os olhos e um grande “WTF?” apareceu na minha cabeça. Achei que Reinald ia ter a mesma reação, mas acho que todos os anos de convivência com Lucius o fez se acostumar com os absurdos que saem da boca dele. Por isso ele deu de ombros e disse:

- Novo demais pra você... – Ta bom... Alem de gay, agora Lucius é pedófilo? OMFG! ME MATEM!

- É pra Allinton! – Ele fingiu se ofender e depois sorriu. – Já tenho meu gostoso... O vizinho!

Reinald espremeu os olhos, bravo, ele detesta qualquer insinuação sobre traição, ele leva tudo a sério demais. Mas eu acho que se um dia um deles traísse o outro, Reinald ia aceitar melhor e perdoar mais rápido que Lucius.

- Não me olha assim, é só brincadeira... – Lucius se debruçou sobre a mesa pequena e ficou a alguns centímetros do rosto de Reinald. – Eu sou to-di-nho seu! – Ele sorriu e depois deu um selinho em Reinald, que retribuiu e antes que eu tivesse tempo de ficar com nojo de tudo aquilo, eles já estavam se beijando. E como segurar vela pros meus próprios pais não é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, me retirei e fui para a sala. Me joguei no sofá e tentei escrever, mas não consegui.

- Precisa de ajuda? – Lucius sentou no chão na frente do sofá. – Reinald disse que você está escrevendo uma musica.

-Tentando escrever,  - eu o corrigi. – não consegui nada até agora. – Bufei de saco cheio de não conseguir compor e olhei pra Lucius. – Você escrevia no colegial né? Por que nunca me contou?

- Porque não achei que fosse algo importante pra te contar. Além do mais nem sei se ainda consigo compor, mas posso tentar te ajudar se quiser...

- Vai ser de grande ajuda! – Eu sorri, eram raros os momentos em que eu e Lucius ficávamos na boa desse jeito, sem nenhuma briga, papo gay (da parte dele) ou mau-humor (da minha parte). Eu gosto mesmo desses momentos, eu que posso olhar pra ele e enxergá-lo como um pai de verdade. E tenho certeza que ele pensa o mesmo.

Mas esse momento feliz durou pouca, acabou quando o telefone começou a tocar. Eu me levantei pra atender, mas Lucius segurou meu braço e disse:

- Deixa cair na caixa postal. – Eu assenti sem entender porque e me sentei novamente. O telefone tocou mais algumas vezes antes de finalmente anunciar a caixa postal:

“Você ligou pra casa dos Hanckson.” A voz de Lucius ecoava pela sala em forma de caixa postal clichê. “Deixe seu recado após o sinal.”
O sinal soou e a voz masculina (e ligeiramente afeminada) de Lucius deu lugar a uma voz feminina um tanto familiar pra mim:

“Ola Reinald e Lucius” ao ouvir isso, Lucius prendeu a respiração e congelou. “Acho que vocês sabem quem é, afinal minha voz deve ser inesquecível pra vocês. Preciso realmente conversar com vocês, em especial com Reinald, e tem que ser pessoalmente. Esse não é um assunto pra ser tratado por telefone.” A mulher ficou calada por alguns segundos o que me deixou mais curiosa a respeito daquela mensagem, depois ela voltou a falar. “Espero que não tentem me evitar. Bom, acho que é só isso. Tchau.”

Lucius voltou a respirar, mas continuou congelado.

- Quem era, pai? – Perguntei com medo de que esse assunto não devesse ser tocado, mas eu estava curiosa e preocupada.

- Não sei, - ele disse com um olhar vago, logo depois se recompôs, olhou pra mim e sorriu. – acho que a voz dela não é tão inesquecível assim. – Eu duvidava muito disso, parecia inesquecível até demais pra ele. Lucius riu de nervosismo e se levantou. – Talvez Reinald saiba quem é... Vou falar com ele! – Ele foi para a cozinha meio atordoado.

Nem preciso dizer que depois disso, qualquer pingo de inspiração que ainda tinha em mim foi embora e eu fiquei incapacitada de escrever. Só conseguia pensar no que tinha acabado de ouvir. A reação de Lucius, o tal do assunto importante, a mensagem em si, a voz familiar, TUDO zunia na minha mente. Eu precisava contar pra alguém.

 

-Você está exagerando! – Essa foi a resposta que eu obtive de Lauren apóa ligar pra ela e narrar todo o meu drama. – Com o que vocês está tão preocupada? Acha que seus pais são agentes secretos do FBI? Ou estão sendo ameaçados de morte?

A idéia de Lucius como agente secreto me fez rir, mas ao pensar na segunda opção, toda a graça desapareceu. Ameaçados de morte? Parecia tão absurdo e ao mesmo tempo provável!

- Eles nunca me falam sobre o passado... – Lamentei raciocinando. – E se for isso mesmo? E se eles estão sendo ameaçados de morte por algo que aconteceu no passado? – É impressionante as besteiras que você fala quando fica preocupado... Eu realmente viajei legal nessa teoria!

-ACORDA, ALLINTON! Vai até onde eles estão agora e veja a cara de preocupação com as ameaças de morte deles... – Ela disse sarcástica. Eu segui o conselho e fui até a cozinha, com certeza ABSOLUTA, eles não estavam nem um pouco preocupados. Nem com ameaças de morte, nem com o trabalho, nem coma mensagem da mulher estranha! Na verdade eles estavam se pegando, isso sim, com Lucius no colo de Reinald o beijando com vontade e Reinald retribuindo com tanta vontade quanto. E claro que isso me enojou!

Eu realmente quero saber como aquela cadeira da cozinha agüenta o peso daqueles dois...
Voltei pra sala e peguei o telefone.

-Talvez você esteja certa... – Eu admiti.

- Talvez? Eu ESTOU certa! Você está se preocupando demais, tio Lucius e tio Reinald vão ficar bem...

- Assim eu espero... – Suspirei, custava pra eu acreditar naquilo.

- Preciso desligar. Até mais, Alli-Alli!

- Tchau, Lauren. Beijos! – Coloquei o telefone de volta no gancho e tirei o papel com a musica do meu bolso. Eu li com atenção tentando acreditar nas minhas próprias palavras.

“In the end Everything is okay”
Tomara!, pensei.


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Notas finais do capítulo

NÃO, NÃO BASEEI ESSA HISTÓRIA EM GRAVITATION! -desabafei-
Ninguém veio me falar isso nem nada, mas é que eu mesma e estava lendo e achei que algumas coisas ficaram muito parecidas e fiquei com medo que alguem pensasse que eu estava copiando, seila D:

Tipo, a aparencia de Reinald é igual a do Yuki (no mangá) .-.' Só que ele não usa oculos! Isso foi uma coincidência triste Ç_Ç'

Eu realmente amo Gravitation *-* mas só comecei a ler e a assistir quando eu ja tinha escrito o capitulo 1 e metade do 2 de D&D...

Bom, pelo jeito tenho que compensar essas semelhanças na história dos dois que será contada mais adiante e na relação deles! Se bem que a relação ja está bem diferente...
Em Gravitatio é mais pra:
"Shuchi: Yuki te amo! Diz que me ama *-*
Yuki: Morra muleque È_E'"

e em D&D é mais pra:
"Reinald: Te amo .-.'
Lucius: Eu ja sei disso! Agora cala boca e me come de uma vez! È_E'"

Okay, agora que está tudo esclarecido fico mais relaxada *-*
Obrigada por ler :D
Bjs, MAH.



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