Quando eu acordei estava muito bem, pois a cama era boa e os cobertores cheirosos. Tomamos um café e depois fomos embora, pegamos a estrada e confirmei se a menina estava bem, não queria ser surpreendido por um zumbi no banco de trás do meu carro. No lado de fora estava tudo tranquilo até que no rádio os policiais estavam falando que infelizmente a bomba estaria no país inteiro e isso aconteceria, por causa da mudança, em 5 dias, ou seja tínhamos 5 dias para andar o equivalente a 10. E eu comecei a ficar preocupado pois não possuía dinheiro o suficiente para pagar passagem para mim, para Razel, para o Hitsugaya e para a menina.

                A menina estava começando a acordar, e eu comecei a ficar preocupado com o estado mental dela. Ficar rodeado por seres como zombies que querem te matar não é nada bom para a mente de uma criança. Quando ela começou a resmungar nós paramos o carro para que Hitsugaya fizesse suas necessidades.

                Preparei um piquenique para que todos pudessem aproveitar os últimos momentos no país. Comemos e continuamos viagem até o tanque acabar paramos em uma cidade para reabastecer e continuamos quando a menina começou a falar com a gente. Eu achava que ela não falava ou por medo ou por não saber, pois ela não havia falado desde que a encontramos, e a primeira coisa que ela disse foi:

                -Sophia.

                -O que? – respondi eu.

                -Meu nome é Sophia. – respondeu.

                -Que nome lindo. – disse Razel.

                -Para onde estamos indo? – perguntou a garota.

                -Para fora do país. – respondi triste.

                -E por quê? Por causa daquelas criaturas?

                -Sim, eles irão destruir tudo. – informei a ela.

                -Fazer cabum? – perguntou.

                -Sim. – respondi.

E após isso seguimos viagem, vez ou outra parava em um bar ou posto, enfrentávamos alguns daqueles monstros, e seguimos viagem calmamente. Percebi que fora a coisa ia ficando cada vez pior, cada vez mais focos de incêndio, cada vez mais gente correndo e passando por ruas laterais, cada cidade que passávamos as pessoas fechavam as portas e janelas. Percebi que se quisesse uma cama boa precisaríamos parar e pegar amizade logo. Paramos em uma cidade um pouco grande e da mesma forma que nas outras cidades as pessoas fecharam janelas e portas. Mas quando tiramos a menina do carro uma ou outra pessoa vira que nos provavelmente éramos boas pessoas e continuaram seu dia a dia. Quando olhei já era final de tarde e precisávamos de um lugar pra ficar. Conheci uma senhora que me disse que eu poderia encontrar uma estalagem não muito longe, decidi arriscar, fui sozinho e quando cheguei vi que não era muito ruim a estalagem. Voltei, peguei Sophia, Hitsugaya, Razel e fomos para o hotel. Ao ver que tínhamos uma criança a senhora da cozinha ofereceu um jantar e café da manha de graça. Nós muito gratos aceitamos, eu coloquei nossas coisas no quarto, prendi Hitsugaya no quarto e coloquei comida para ele, desci para comer e ver como era as pessoas da cidade. Elas eram gentis e felizes e parecia que os monstros não tinham chegado ali até agora. Após comer tomamos banho e fomos dormir.

E assim foi o 6º dia.