A Outra Face De Um Badboy... escrita por Duda


Capítulo 9
Capítulo 9 - Tiago? O que faz aqui?


Notas iniciais do capítulo

Oie!!!! Olha quem chegou! Sim foi aqui a Duda. E com novo capitulo junto.

Queria desde já agradecer a linda recomendação que deixaram pra mim. Muito obrigada. Apenas queria falar que não gosto de saber que leitoras me querem matar por parar na melhor parte. Não esqueçam que depois de morte, a fic também morre! Já pra não falar que me deixam com receio de sair de casa. Só de pensar que posso encontrar alguma de voc~es atrás de uma árvore, ou me perseguindo num carro esperando o momento ideal pra darem o golpe final.

Muita calma, tá bom.

Espero que gostem desse capitulo.

Boa leitura!

* Desafio: Se chegar nos 210 reviews posto capitulo amanhã!!!!



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POV MADALENA

_ Chega. – arfei rouca, sem quase ar nenhum nos pulmões. Afastei ele e o que valeu naquele momento foi estar tudo escuro, porque se não meu rosto ficava ainda mais vermelho do que já que estava, quando involuntariamente cruzássemos olhares. Me levantei e passei o braço pelos lábios.

Mas que foi isso? Meu deus!

_ Que deu em você? – tentava captar todo o ar que me rodeava para refazer meus pulmões que estavam completamente vazios. Já pra não falar que meu coração mais um pouco e saltava fora do peito.

_ Eu não consegui segurar mais! – ele levantou também com a respiração pesada e descompassada.

_ Não conseguiu se segurar mais? – quer dizer que essa coisa sem miolo me beijou porque não segurava mais? – Pensa que eu sou como as cachorras e vadias que você conquista com seu latim ridículo?

_ Não, claro que não! Madalena, eu apenas….

_ Você apenas nada! Não segura a onda? Se controle! Deve haver vacina pra isso!

_ Eu me controlo, e você se acalma, pode ser? Nossa, nunca pensei que fosse assim tão histérica.

_ Histérica? Eu? – primeiro me beija depois me chama nomes. Ele veio mesmo pra desafiar.

_ Sim. Nunca pensei que fizesse tantos filmes. Eu apenas te beijei.

_ Ah, lindo. Você ainda usa o termo “apenas”!? - Tiago era mesmo um babaca.

_ Uso. Podia ter feito bem pior. Ainda por cima no escuro, com uma inocente como você…

Tá bom ele agora pisou o risco. Levei minha mão até sua cara com tanta rapidez que quando se encontraram o choque até saiu cantado.

_ Droga! Essa doeu.

_ Doeu? O que você fala pra mim também doí. E eu não queixo. Guardo cá dentro e tento esquecer e não chorar. Devia te ter partido a boca toda. Seu idiota, seu… - ia falar mas o ruido de mais trovão me fez calar, estremecer, me assustar.

Saltei. Nossa, a tempestade não tinha meio de acalmar. E aqueles trovões pareciam vir dos confins do mundo. Altos e fortes.

_ Quer saber. Dane-se você, dane-se a trovoada, dane-se tudo!

_ Mas Madalena , espere eu não… - ainda ouvi ele falar, mas nem me dei ao luxo de esperar e deixar ele terminar. Que falasse para as paredes. Assim que ele estava e fazia bem.

Corri até ás escadas e fui procurando meu dormitório.

Que raiva! Um travesseiro apareceu na minha frente e eu o chutei num sei pra onde. Nem vi. Levei as mãos no cabelo e o amarrei forte bufando e andando de um lado para o outro no quarto.

Os pingos da chuva escorregavam pelo vidro da janela, batendo forte, enquanto o reflexo dos relâmpagos rasgavam o céu e meu corpo também. Quando via um me arrepiava da cabeça aos pés, minha respiração parava por uns segundos, meus olhos se fechavam e o passado aterrorizava minha mente.

Corri até á janela e fechei-a não deixando qualquer que fosse a imagem, a luz ou a paisagem do que estava lá fora entrar no quarto. Bati ela com força, com muita força que acho que as garotas dos quartos vizinhos devem ter acordado e saltado na cama com o susto, vai da volta ainda se levantam pra ver se tem monstros rodeando e abanando os seus braços feios e esquisitos de um lado para o outro, imitindo grunhidos e apenas com o olhar movendo as coisas de um lado para o outro tornando tudo obstáculos.

Me encostei na parede e respirei, tentando conciliar tudo na minha cabeça.

Confesso que por um momento deixei a raiva de lado e sorri passando a mão no lábio. Realmente o beijo foi bom. Quer dizer nunca tinha beijado nenhum outro menino antes, por isso esse foi o melhor sem duvida. Sua boca era quente, deliciosa, gostosa. A maneira arrebatadora como de leve me puxou pelo lábio, ou como o sugou pra si. O jeito com que agarrou meu rosto, jogou meu cabelo pra trás pra não incomodar, acarinhou minha bochec…

Não, eu não estava falando isso! Esqueçam minha descrição.

Me deitei de novo na cama que antes não me deixava dormir. Assentei a cabeça no travesseiro, me deitando de lado e o agarrando forte. Suspirei e o apertei ainda mais, ou seja foi o transparecer de dois olhares um enraivecido e outro apaixonado.

O que valia era que amanhã era sábado, ou seja saía cedo do colégio pra ir pra casa. Não tinha que me preocupar em como olhar para o rosto dele ou na aula, ou no café da manhã. Essa preocupação estava arrumada.

Será que o tapa que lhe dei foi forte de mais? Senti um daqueles monstrinhos que crescem em nossos ombros se formar e falar que nem um diabinho: “ Só se preocupa com o menino agora? Sua boba. Devia ter beijado ele de novo, agora fica para aí se martirizando. Você foi mesmo idiota…” isso de ouvir vozinhas só podia ser efeito do sono, pensei cá para mim. “ Você diz efeito do sono? Eu digo efeito do beijo. Você está apaixonada, você está apaixonada!” agora para além de ouvi-lo via ele saltando animado e fazendo caretas irritantes pra mim. Levei a mão até ao ombro para o esmagar, mas o máximo que esmaguei foi minha linda pele. Aí definitivamente tive a certeza que o tapa não foi barato pra Tiago. Nunca achei que tivesse a mão tão pesada.

Peguei o celular da mesinha ao lado da cama, olhei para o visor que marcava uma e vinte três. Tinha seis horas de sono e queria aproveitá-las ao máximo.

POV TIAGO

Nossa ela não tinha a mão leve. Minha bochecha ficou dorida.

Conclusão: Fiz porcaria.

Me joguei no sofá, desiludido comigo mesmo. Passei a mão pela testa que depois deslizou até ao cabelo. Mandei um valente murro no sofá e a vontade de destruir tudo a minha volta fervia em minha mente e em meus músculos.

Bufei. Como eu fui burro. Como pude achar que se beijasse ela, Madalena cedia? Ela tem razão. Se controla. O melhor mesmo era procurar farmácia. Ela falou que havia remédio. O que é certo é que Madalena está acabando comigo. Tá me deixando doido.

Mas as coisas não podiam ficar desse jeito. Eu tinha que me explicar. Não podia ficar esse clima entre a gente. Mas também, nessa hora da noite não tem muito que se faça. Melhor mesmo é falar com ela amanhã. Ou pelo menos tentar.

Mas tirando isso e sendo mais que sincero o beijo foi bem melhor do que eu imaginei. Em nenhum sonho eu o pintei desse jeito. Foi doce, foi prazeroso ( dentro de certos limites).

Você tá me enlouquecendo, Madalena! – pensei cá pra mim e depois decidi seguir as pisadas delas e voltar pra meu dormitório. Amanhã ela não fugiria.

Engoli o copo do leite todo, mas mesmo assim permaneci com cede. De líquidos e de mais beijo!

Não adormeci tão cedo. Fiquei ora sentado, ora deitado na cama, procurando a posição ideal e a ultima vez que olhei para as horas eram quase três da manhã.

POV MADALENA

Acordei com o despertador do celular enchendo o quarto. Desliguei-o e olhei a hora. Tinha que me despachar meus pais não tardavam e estavam na porta do colégio me esperando e ouvir um sermão logo de manhã, vindo daqueles dois sobre as horas era o que eu menos queria. Meus pais eram especialistas em baixar auto estimas e arruinar meus dias e minha boa disposição.

Fui até ao banheiro tomei um banho rápido e me vesti. Arrumei uma bolsa com as coisas essenciais que precisaria para um fim de semana fora do colégio, fiz a cama, e quando pousei o ultimo travesseiro meus pais me ligaram. Já era habitual, eles o faziam como que dizendo que já estavam me esperando na entrada. Passei uma ultima vez pelo espelho e corri até á entrada sem nem sequer me atrever a olhar para os lados. Em qualquer esquina ele podia estar e eu nem queria imaginar qual seria o impacto.

Felizmente não me sujeitei a encontros de terceiro grau durante o caminho até ao carro.

_ Ponha o cinto! – se pensam que meus pais são do tipo normais comigo. Se desenganem.

Qualquer filho normal chega no carro depois de passar uma semana sem a família e é submetido, primeiro a um carregamento de beijos e abraços, a apertos de bochechas, a desarrumação do cabelo e tudo isso que as mães insistem fazer nos humilhando perante nossos colegas, professores e conhecidos, se esquecendo que a gente não tem mais dez anos. Depois normalmente, são interrogados pelos pais. E o assunto alvo são sempre os namorados e o boletim. E vocês sabem do que falo. Por terceiro geralmente eles já têm o fim de semana marcado, com programinhas de família, que se você recusar fazer o mais provável é armar escândalo.

Mas não meus pais não são assim. Dos três pontos que referi. Eles só têm um definido. O terceiro. Planejam o final de semana e nunca me incluem nele. Me ignoram totalmente de sábado de manhã a domingo á noite e apenas me chamam para comer. Quer dizer pedem para a empregada chamar. O que já é uma grande coisa.

Pouco ligam para minha presença e nem querem saber da escola. Eles não eram assim. Desde que minha irmã morreu é que eles ficaram desse jeito. Eles desde sempre que me culpam pela morte dela. E nunca se limitaram pelo menos a ouvir-me. O que me valia lá em casa era mesmo o Benny. Tinha nascido vendo ele crescer. Meus pais o compraram quando eu fiz sete anos. Queria muito um cachorro e eles me ofereceram como presente. É um Cavalier King Charles. Castanho e branco. Não muito grande. Seu grande destaque são os olhos.

Meus pais durante a semana são quem trata dele. Dão pra ele água e comida. E mais nada. Nem mimo. Nem lhe alisam o pelo. Nem deixam ele ronronar na sua cama. Nem o levam passear. Nem o deixam dar uma volta pelo parque. Nem brincam jogando a bola para ele apanhar.

Eu faço tudo isso. Ele é minha animação. Costumo levar ele no parque, dar uma volta no final do almoço de domingo e depois só apareço em casa á noite. Ambos cansados de tanto correr. Lhe dou um banho e depois trato de tomar eu um e depois ficámos os dois assistindo a um filme qualquer, comendo pipoca, até á hora de me voltarem a deixar no colégio. No sábado deixo ele dormir comigo, aos pés da cama e acordo com ele me lambendo o rosto, assinalando que já está mais que na hora de acordar.

Até casa ninguém falou a num ser a porta voz da rádio, que anunciava as musicas, que eu nem ligava. Levava sempre meu celular e fones nos ouvidos e só os tirava quando chegávamos na garagem.

Mal entrei o Benny saltou pra mim com as patas e depois correu como sempre as escadas comigo até ao quarto. Me joguei na cama e ele saltou pra mim, pedindo um pouco de carinho.

_ Vem cá! – adorava brincar com suas orelhas. Por serem grandes e terem muito pelo sempre me divertia com elas.

Depois de algumas patetices tudo acalmava e ele me largava.

_ Então, como foram as coisas essas ultimas semanas aqui por casa? Eles como andaram? Muitas visitas? – sabia que ele não passava de um cachorro e que por essa mesma razão não tinha capacidade de me responder, mas eu sempre fazia as mesmas perguntas.

_ Não apareci na semana passada. Desculpa. – acarinhei seu pelo e depois me levantei pra arrumar o que trouxe nas gavetas do quarto sempre seguida por ele.

_ Semana agitada lá no colégio… Nem imagina o que aconteceu… - e era arrumando minhas coisas que eu contava para meu fiel amigo minhas aventuras e controvérsias.

POV TIAGO

Ainda não tinha visto ela e já tinha corrido os corredores do colégio de trás para a frente. Onde ela se tinha metido?

Só depois me lembrei que era sábado ela podia muito bem ter ido passar o final de semana a casa. Dei um soco na parede e depois a dor. Sabia que iria doer mas mesmo assim dei. Que estupido que sou.

Mas isso de ter passado o fim de semana em casa era uma hipótese. E se ela na realidade estava no colégio?

Ninguém melhor pra confirmar isso se não a Angelina. Todos os alunos que fossem passar o final de semana em casa tinham que confirmar com ela as autorizações e marcar saída. Se Madalena o fez com certeza seu nome estará na lista.

_ Menino Tiago? O que faz por aqui? Vai sair também?

_ Não Angelina, eu queria saber se a Madalena deu saída.

_ Madalena…- ela varreu a lista com o dedo procurando no M.

_ Sim. Ela saiu, faz uns vinte minutos. – droga! Minhas suspeitas afinal estavam corretas ela vazou mesmo. Agora só lhe poria o olhar domingo e com sorte, pois o habitual é só vê-la na segunda.

Olhei para o fundo do corredor e uma ideia veio em minha cabeça. Talvez a pudesse ver mais cedo.

_ Angelina? – ela estava já distraída com outra coisa qualquer e me olhou.

_ Diga!

_ Meu pai está?

_ Não. Ele ainda não chegou.

_ Olhe, eu preciso ir em seu gabinete. Esqueci meu blusão lá. Posso ir?

_ Sabe bem que não. Não tenho autorização pra isso.

_ Vá lá. Eu prometo ser rápido. Preciso do blusão pois tenho umas coisas no bolso e preciso delas agora. Vai! Eu vou num pé e venho no outro.

_ Eu não devia. Mas vou ceder. Mas me garanta que não vai referir que fui eu que permiti sua passagem para ala de directoria se não quem paga por isso sou eu! E arranjar problemas com seu pai é tudo o que eu menos quero.

_ Sem problemas. Você sem duvida é a melhor secretária que meu pai alguma vez já teve. – beijei sua testa sem ela contar e corri.

Minhas intenções na realidade não eram pegar blusão nenhum. Com certeza os arquivos com respeito a Madalena faria referencia á sua morada.

Corri até ao computador. Abri o sistema informático e escrevi o nome dela. Não me enganei estava lá explicita a morada dela. Peguei um papel a saquei e depois tratei de fechar tudo de novo.

Corri até á entrada.

_ Tiago?

_ Sim? – me virei para Angelina que quando percebeu que eu saí se dirigiu a mim.

_ Onde está seu blusão? – lindo. Onde está seu blusão Tiago? Lindo, estava ferrado.

_ Eu devo ter deixado ele em outro lugar. Não o achei em lado nenhum. Cabeça minha! – tentei ser o mais credível possível e depois pra não me sujeitar a mais nenhum tipo de questionário virei costas.

Saí do colégio e apanhei um táxi.

_ Até essa morada, por favor. – dei o papel para o taxista e ele tratou de me deixar em frente a porta dela.

Não era uma casa de pobre não. Eram uma verdadeira mansão.

A coragem pra pressionar a campainha me faltou. Será que isso tava certo? Dane-se. Quero falar com ela, né então que aconteça o que acontecer. Declaro morte. Ela que faça o que quiser. Me expulse, me bata e tudo mais. Estou preparado pra tudo. Ou pra quase tudo! Vamos ser honestos.

Toquei e logo uma mulher apareceu na frincha da porta principal.

_ Bom dia! – ela falou.

_ Bom dia! – acho que ela esperava que eu falasse o que fazia ali. – É aqui que mora Madalena?

_ É sim! Mas porque pergunta?

_ Será que eu podia falar com ela? Sou um colega de escola.

_ Claro entre. – ela deixou eu entrar e eu percebi o por quê de ela ser menina pra colégio privado. Sua casa era gigante, muito fina. Muito arrumada, muito cheirosa. – Eu vou chamar. Um segundinho.

Vi a mulher subir as escadas e depois descer.

_ Ela não demora. – cortesia não teve muita pois falou isso e me deixou sozinho no meio de uma entrada tão grande. Entrando numa porta qualquer e nunca mais voltando. Evaporando por completo.

Alguém desceu as escadas e eu me virei. Um bonito cachorro correu até mim dando voltinhas a meu corpo.

_ Benny, seu tolo! Espere um pouco. Tanta pressa. Sua curiosidade. Vem cá seu gordo feio… - acarinhei o pelo do cachorro, rindo daquilo que ouvia ela falar. Madalena apareceu no inicio da escadas e quando me viu sua expressão mudou radicalmente. – Tiago? O que faz aqui?...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Quero opiniões! Se gostaram deixem review pra mim eu adorarei lê-los. Também são aceitáveis mais recomendações!

*Se não sabem que tipo de cachorro eu falei dou conselho. Procurem na internet. Eu já tive um assim. E infelizmente ele morreu faz algum tempo. E ele foi minha inspiração pra esse personagem.

Agora eu quero é saber o que vocês acham que vai acontecer depois dessa visita repentina de Tiago a Madalena!

Já rolou beijo. Já rolou tapa. Já rolou sonho! Já rolou desejo! Que vai rolar agora? Ideias. Sugestões.

Eu quero ler as suas.

Fico aguardando.

Beijos da Duda!