A Outra Face De Um Badboy... escrita por Duda


Capítulo 29
Capítulo 29 - Me leva na Terra do Nunca...


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas!
>>Quem aqui gosta de contos da Disney assim do tipo " E viveram felizes pra sempre..." ? Pois eu amo sou tipo mega fã! Tola por todos os personagens. Desde o Mickey até á Pocahontas. Alguém partilha minha tolice? Digam nos reviews filme preferido ou personagem preferida! Coisas assim do tipo!
>>Acho que tenho perdido leitoras e isso é desmotivante. Estou triste!
>>Mas as que comentam e recomendam são um suporte pra mim, por isso esse capitulo vai pra elas e para todas as gatas que favoritaram: 102 favoritos no total e 253 leitores, muito obrigado gentinha linda!
>>Tem musica nesse capitulo. Dessa vez em espanhol dos Pol 3.14. Vão no youtube e procurem o nome, só quando estiverem na parte dela e desfrutem!
Espero que gostem...



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_ Sabe o que me deixa ainda mais fodido? – Nunca tinha visto Tiago com tanta raiva. Nunca tinha visto ele daquele jeito. Nunca tinha visto ele chorando. – Ele sempre soube da existência de Afonso, mas foi um covarde e nem um filho ele foi capaz de assumir, com medo que minha mãe desconfiasse de sua traição.

Ele estava sentado numa cadeira na minha frente, enquanto eu tinha a bunda alapada no colchão da cama.

_ Imagina se a história fosse o inverso e eu estava no lugar de Afonso, como poderia olhar todo o dia para o rosto de meu suposto pai, que me abandonou, me deixou passar fome e frio?

Levantei-me e caminhei até ele. Passei por trás da cadeira e deixei minhas mãos escorregarem por seu peito, enquanto beijava seu pescoço pra acalma-lo.

_ Como sua mão ficou?

_ Nem sei. Nem dei muita bola pra ela. Apenas queria sair dali e quando dei por mim olha onde estava? Batendo na porta de seu quarto.

Sorri, por ser a primeira escolha dele, mas um sorriso que escorregou por meu rosto muito rápido. Sentei no colo dele e passei a mão pelo rosto, limpando as lágrimas.

Ri quando vi seu rosto recomposto e fiz beicinho quando mais um fiozinho escapou de seu olho.

_ Só você pra me fazer rir numa hora dessa! – Tiago zombou enquanto agarrava mais fortemente as mãos em meu quadris.

Envolvi meus braços em seu pescoço e carinhosamente rocei meu nariz no dele. Ambos fechamos os olhos, era bom apreciar esses momentos com os olhos fechados.

Tiago aproveitou a ocasião e num impulso roubou-me um selinho rápido, como ele era oportunista, hein!

_ Ele está se sentindo rejeitado! – concluí.

_ E o que eu posso fazer? – Tiago perguntou com uma voz triste.

_ Vá falar com ele. Pede pra ele te escutar, fala o que está sentindo.

_ Eu compreendo ele! – pois, assim como Tiago compreendia eu também de um certo jeito, pois não é pra esquecer que foi ele e a sonsa da Vanessa que armaram pra mim. Foi ele que me internou e que quase me matou.

_ E se ele não escutar?

_ Duvido , ele sempre foi um dos seus companheiros. Sempre foi um dos fieis amigos. Você sabe o truque pra ele ouvir.

Tiago do nada começou me olhando de um jeito bem estranho e sensual ao mesmo tempo, como se procurasse uma pérola nas profundezas do oceano.

Arrumou meu cabelo e jogou ele pra trás de meu ombro, acarinhando depois minha bochecha. Ele parecia melancólico e depois de mover a boca que nem peixinho dourado dentro de aquário, que faz bolinhas e que quer dizer tudo mas não sai nada, segredou:

_ Como eu fui bobo!

_ Shhhh….. – pedi. – As lamentações não vão recuperar o tempo perdido! Mais ações, menos palavras. – eu nem sei como foi deitar tamanha besteira boca fora, talvez os livros que tenho lido nos últimos tempos sejam responsáveis por essa filosofias.

_ Linda…

_ Gostoso…

Estava mais alta que eu uns centímetros, de modo que sua boca estava exatamente ao nível de meu pescoço, e sendo meu namorado um oportunista de primeira… Sem duvida que Tiago Vasconcelos não desperdiçaria uma chance de render meu pescoço a seus beijos.

Senti um leve de um selinho e depois sua língua quente chocar com minha pele. Me arrepiei e me agarrei mais forte em seus pescoço e costas, cravando as unhas levemente, mostrando assim também reações a seu toque.

Ele segurou entre seus dentes um pouco de carne de meu pescoço e me fez suster a respiração. Nossa meu quarto nunca esteve tão mágico e encantador como nesse momento. Tiago chegava e tornava tudo num conto de fada, tipo como a sininho espalhando seu pozinho em todo o canto, nesse caso em todo o meu corpo.

_ Quando me leva na Terra do Nunca? – perguntei em seu ouvido, ao mesmo tempo que mordia sua orelha.

_ Quer conhecer os meninos perdidos? – ri baixinho e percebi que as suas covinhas do rosto também estavam mais notáveis. Cruzamos os olhares e devagarinho fomos acabando com o espaço que dividia nossas bocas. Estávamos bem perto de as juntarmos quando um musica de fundo disparou e nossos olhares dirigiram-se para o mesmo ponto.

_ Parece que o Benny também curte essa ideia de fazermos uma pequena visita ao Capitão Gancho.

Não sabia que o Benny agora tinha novas aptidões, meu cão tem o poder de ligar o sistema de som, e logo bombando com uma musica calma como aquela, mesmo ao nível do momento. “Jóvenes Eternamente” dos Pol 3.14 preenchia o lugar.

Tiago fez com que eu me levantasse e apagou a luz do quarto ligando apenas a dos abajures que mal iluminavam. Os olhos dele brilhavam, nem sei se era ainda o efeito do choro ou imaginação da minha cabeça.

_ Dança comigo?! – ele falou rouco e eu paralisei. Ele não queria me ver dançando. Nunca ninguém me pediu pra dançar por isso a resposta teve que ser bem pensada.

_ Eu não sei dançar! – retorqui, olhando sistematicamente para a mão dele e depois pra seus olhos.

_ Eu te ensino. – ele prendeu seu lábio inferior com os dentes e meu deus… Ele só podia estar tentando acabar com a minha pouca e restante sanidade mental. Era rara a situação em que ele não se mexe-se e um entre os meus milhares de milhões de hormônios não saltitem que nem loucos.

_ Eu acho que isso não é uma grande ideia. Eu tenho o pé pesado! – avisei.

_ Menos palavras, mais atitudes, lembra? – ele me puxou e eu choquei contra seu peito. – Dança comigo, Madalena…

Embrulhei meus braços em seu pescoço e suas mãos deslizaram por minhas laterais até agarrarem firmes minha cintura. Fui encostando minha cabeça em seu peito e deixei ele mandar. E modéstia á parte até que nem foi assim tão mau e nunca pisei ele!! EH EHE!

_ Quero sentir seu pé pesado! – comecei rindo que nem uma boba apaixonada e ainda pensei suas vezes em calca-lo.

_ Eu piso, mesmo. – eu gostava de ameaça-lo, era bom.

_ Agora imagina que estava em seu quarto… - entrevi.

_ Mas eu já estou em meu quarto. – Tiago ignorou e continuou, e aí eu percebi que ele realmente queria que eu estivesse calada.

_ Imagina que estava em seu quarto e a sombra de um navio pirata atravessa a janela… - fechei o olho e idealizei isso mentalmente tudo o que ele falava até ao final. - ………E a gente ficava com os meninos perdidos pra sempre, nunca mais crescíamos… E viveríamos felizes pra sempre…

A musica terminou com Tiago deixando um beijinho em minha testa. Agarrei seus braços e beijei sua mão. Ele deu outro beijinho na ponta de meu nariz e depois desceu o dedo indicador desde meus lábios até meu umbigo em linha reta, parando em meu piercing e olhando para qual a forma do que eu tinha pendurado lá.

_ Você transou com Carlos? – engoli em seco com a pergunta. Se falasse a verdade ele podia ficar bravo, mas não. Mesmo sem eu falar ele parecia calmo, só queria mesmo saber, não estava afim de brigar.

_ Você não vai gostar da resposta. – ele não olhava em meu olho e eu também não conseguia olhar no dele.

Suas mãos agarraram meu rosto e eu apertei os pulsos dele.

_ Me fala por favor, que usaram proteção!

_ Esteja descansado! E você e Vanessa? – ele tocou no assunto, fazendo uma pergunta eu também tinha direito á minha.


_ Como assim?

_ No dia em que eu transei com Carlos você e Vanessa também estavam curtindo a noite. Fui na cabana e acabei vendo o que não devia.

_ Estou limpo.

Podia parecer estranho a gente estar falando assim um com o outro mas não foi. Foi normal, foi bom. Era como se aquela conversa fosse necessária, sabe. Nenhum guardou rancor ou relutância. Apenas nos abraçamos e balançamos mais um pouco.

_ Não quero voltar pra casa, nem pro colégio. – ele desabafou.

_ Durma aqui.

_ E seus pais?

_ Eu desconfio seriamente que eles nem sabem que eu estou em casa.

Vesti meu pijama e deitei com ele. Como eu tinha saudades disso. De dormirmos em conchinha. Agarradinhos. Do cheiro dele. De quando a gente ficava conversando até altas horas da manhã sobre nossa infância, nossa vida, nossas aventuras. Era tão bom. Ou quando ele passava a mão na minha bunda e me fazia rebolar e me beijava ou me animava com suas brincadeiras idiotas, mas que eu amava. Tinha saudades de passar a mão em seu cabelo, ou de quando ele passava o tempo todo beijando minha ponta do nariz ou roubando beijos. Com ele, nos braços dele, junto dele eu me sentia segura.

Fazia círculos nos músculos dele do abdômen enquanto Tiago tagarelava:

_ Amanhã estávamos planejando ir no lago, perto da casa do Lucas, quer vir?

_ Lago? Casa do Lucas? – perguntei confusa.

_ Sim, é um espaço pra onde eu, Lucas, algumas meninas, Vanessa e A-Afonso costumamos ou costumávamos ir. Como amanhã é feriado, pensamos em aproveitá-lo por lá. Talvez Afonso vá e a gente converse…

_ Vou dormir no assunto e depois te dou uma resposta!

Rimos junto, trocamos mais uns beijos e uns amassos, com direito a gemidos e arranhões e adormecemos. Quer dizer, EU adormeci. Eu sempre era a primeira a dormir. Como eu detestava isso.



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Notas finais do capítulo

Quem não sabe quem são os meninos perdidos, procura na internet, e meu sonho é ser como eles, jovem pra sempre, daí a musica.
Espero que tenham gostado.
Novo capitulo em breve.
E por favor comentem. critiquem, recomendem, Mp's... Façam uma autora feliz!
Beijão da Duda! =)