Blood Moon - A História da Loba Perdida escrita por LalaMarry


Capítulo 15
Capítulo 14 - Final parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hii peoples, como vocês estão??

Então né gente, eu sei que vocês querem me matar por ter demorado tanto e mais ainda pelo que eu vou dizer agora.
Eu dividi o capítulo final em duas partes porque ficou muito grande, tem problema? Espero que não rs

Boa Leitura!!



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Eu já entendi

Deixe-me

Largue-me

Deixe-me te matar

“Porque fui tão burra?”

Era esse o pensamento que atormentava Caroline enquanto tentava chegar o mais rápido que podia ao local de onde vinham os gritos de Isabele.

“Estive com a flor todo esse tempo convivendo com ela, odiando ela e nunca reparei quem ela era de verdade”

Sua forma de loba ganiu emitindo sua culpa e se assustou ao ver uma mancha negra aproximando-se muito rapidamente e empurrando-a.

“Se culpar não adiantará de nada. Agora preste atenção, não podemos deixar ele matar a flor.”

A jovem assentiu. Independente de Isabele ser ou não a flor ela ajudara Caroline a traduzir o livro.

Sua mente ainda estava um pouco embaralhada, porém não havia mais tempo para ela ficar refletindo sobre algo, apesar de ainda vasculhar pela sua cabeça as histórias que sua mãe adotiva contava quando pequena.

“-Depois do massacre na vila dos caçadores, a jovem escolhida pelo espírito da lua e o lobo mandado por ela, passaram a viver juntos. Eles eram como peregrinos, passavam por cidades e vilas sem ficar muito tempo parados no local. – dizia a mulher, ainda arrumada da festa que acabara de chegar com seu marido e tutor de Caroline.

O perfume que usava exalava em volta da jovem que estava deitada ao lado dela, enquanto acariciava os cabelos da mesma.

-É como naquelas histórias de amor onde os dois vivem fugindo? – os olhos azuis-claros da jovem brilhavam de curiosidade.

Um sorriso se abriu no rosto da mulher.

-Não está totalmente errado o que disse, na verdade o lobo estava mostrando o mundo para ela, as flores nunca tem muito tempo de vida, tanto as escolhidas quanto as flores em si.

Ela refletiu durante um tempo.

-Ele ficou triste quando ela morreu? – perguntas e mais perguntas se formavam na mente da criança.

-Não muito, dizem que durante o tempo em que estiveram juntos, eles chegaram a ter uma filha que seria a nova flor e seria assim com todas as suas descendentes. E como a filha deles era muito parecida com a mãe... Era como se ela ainda estivesse ali.

Uma dúvida surgiu na expressão da jovem.

-Como eles tiveram uma filha? Ele não era um lobo e ela uma humana? – Caroline perguntou com um misto de surpresa e curiosidade.

A mulher deu uma risadinha e se desculpou por não ter explicado direito.

-Assim como os amaldiçoados podem voltar para suas formas humanas o Lua Vermelha tinha a sua forma humana também. Era assim que eles conseguiam ficar em outras vilas.

Ela tocou o dedo na ponta do nariz da jovem em um gesto de brincadeira e prosseguiu.

-Quando sua filha ainda era pequena, ele decidiu passar o fardo para outra pessoa e deixou sua filha com uma família humana. Acabou que anos depois quando ela já estava formada, ela se encontrou com o Lua Vermelha novamente, mas não era mais seu pai e nenhum dos dois ainda tinham noção de sua verdadeira natureza, tanto que quando souberam eles também deram seus filhos para outras famílias humanas...

-Igual a minha mãe fez comigo? – interrompeu com um ar tristonho.

O som do grande relógio que havia na sala ecoou pela mansão. A mulher suspirou e levantou-se da cama depositando um beijo na testa de Caroline.

-Eles só fizeram isso para protegê-los. Agora vamos dormir! – fingiu um tom autoritário cobrindo Caroline.

-Boa noite, mãe. – murmurou antes dela fechara a porta e dar de frente com Eric.

-Contando histórias de dormir? – ele não parecia estar muito satisfeito.

-Sim, querido.”

Dias depois, Caroline encontrou ela morta em sua cama em uma manhã de inverno.

A jovem sacudiu a cabeça. A lembrança viera tão rápido quanto sumira ao captar o cheiro de Isabele poucos metros a sua frente, o medo que ela exalava chegava a ser tentador.

Antes que pudesse avançar sobre quem havia pegado-a, o lobo ficou em seu caminho.

“Ela está ferida, acha que consegue se controlar?”

Ela passou por ele sem dar uma resposta, estava centrada em salvar Isabele.

-Me solta! – gritava falhando no final por causa do cansaço.

Parecia que havia tentado fugir pelos arranhões em seu corpo e pelos trapos que pendiam em seu vestido de renda, seus pulsos estavam presos pelas mãos de um homem forte e que usava um paletó diferente ao dos convidados da festa.

Caroline nem pensou muito antes lançar-se sobre o pescoço do homem que jogou Isabele para fora do caminho e agarrou a cabeça da loba, sem que ela conseguisse aproximar seu focinho do rosto dele.

“Como um homem pode ser tão forte?” – Caroline questionava consigo.

-Acho que você ainda não percebeu que nem tudo é o que parece, principalmente por aqui, não é, mocinha? – ele empurrou-a para trás com um sorriso sarcástico.

Um vulto negro passou por trás dele levando um pedaço de carne de suas costas, o grito foi instantâneo seguido de um olhar de fúria do mesmo. Começou então uma luta mortal entre os dois, um vulto negro contra um aparentemente humano com uma força sobrenatural.

Caroline se aproximou de Isabele, ela havia caído em cima de um pedaço de madeira que fora criado com o impacto dela em um tronco caído, sua respiração era entrecortada e ela pareceu suspirar de alívio ao ver a jovem.

-Você voltou para me salvar? – um minúsculo sorriso se abria em seu rosto, como se ninguém jamais houvesse feito algo desse tipo por ela.

A jovem voltou a sua forma humana, sem se preocupar com sua nudez.

-Sim, eu voltei você me ajudou muito, porque não a salvaria? – ela se aproximou no intuito de retirar o pedaço de tronco de Isabele.

A moça com suas mãos miúdas a impediram de continuar, sua expressão era conformada e determinada, novamente não combinando com suas características físicas infantis.

-Não há mais como me salvar. – murmurou levemente triste.

Caroline ficou indignada com tal resposta:

-Claro que posso, eu vou tirar esse tronco de você, vou te tirar daqui, posso levar você em algum médico ou... ou... – sua voz falhou ao prestar mais atenção na pequena Isabele que havia a sua frente.

Seus olhos cálidos pareciam entender o desespero de sua... Amiga? Achava que já poderiam se considerar assim. Seu vestido todo rendado com rosas brancas nas pontas estavam em trapos, rasgado e tingido de vermelho aqui e ali, principalmente no local onde estava cravada a madeira. Seu rosto com feições de criança tentava não passar a dor que sentia.

-Pense bem, você ainda pode ser livre. – Isabele admirava as estrelas que começavam a sumir com o clarear do dia. – Pode encontrar a próxima flor e até mesmo protegê-la... – ela olhou nos olhos de Caroline – já que não teve oportunidade de proteger a mim.

Caroline controlava-se, a raiva misturada ao cheiro forte do sangue de Isabele não ajudava muito.

-Seja livre, Caroline – foi suas últimas palavras antes de seus olhos vidrarem, fitando as estrelas no céu.

A jovem ficou prestando atenção em sua respiração enquanto olhava para a falecida Isabele, a nudez lhe parecia algo incômodo agora, não apenas pelo fato de estar sem roupa, mas como se tivesse retirado sua armadura no meio de uma guerra. Ela se sentia desprotegida.

“As flores ou protegidas são muito importantes para os lobos, não só por ser o símbolo que representa o espírito da Lua. Ela é como se fosse o amuleto de proteção deles. – dissera sua mãe uma vez. – Tão frágil e tão poderosa. – seus olhos quase brilhavam ao dizer essa frase.”

-Ela sempre foi encantada pelas flores... – comentou consigo mesma.

Sentiu um toque em seu ombro e quase atacou o dono da mão que a encostara, mas por sorte vira seu rosto a tempo.

-Que violência, Ma chérie. – Nathaniel ofereceu sua ajuda para levantá-la, mas como sempre a recusou.

-Vista – ele jogou um sobretudo para ela. – Acho que seria pedofilia eu ficar olhando para você nua.

-Não estou para suas piadinhas agora – sua cara fechada passava claramente isso a ele.

Ele levantou as mãos como quem diz “Tudo bem, não vou incomodar a senhorita.”

A jovem estranhou o silêncio na floresta, a luta havia acabado e se havia quem saíra vivo?

-Espera, você viu para onde o Eric foi? – virou-se alarmada para Nathaniel.

Ele deu de ombros.

-Quando cheguei ao salão principal só havia alguns convidados mortos e um rastro de sangue que levava para fora, segui o rastro até onde deu e encontrei você.

Caroline tentou juntar os pontos e prestou mais atenção ainda nos cheiros e sons a procura de algum sinal. Tudo parecia calmo e silencioso demais, os animais pareciam não querer chamar atenção com seus sons habituais.

-Cuidado! – Caroline tirou Nathaniel do caminho de algo que viera muito rápido em sua direção e acabou nas mãos do mesmo homem que tentara matar a pouco tempo.

As marcas de luta ainda estavam visíveis em suas roupas e em seu corpo, mas que estavam se recuperando de forma assustadoramente rápida.

-Acho que esse é o fim da linha para a filha do Lua Vermelha.

Agora que estava prestando atenção no assassino de Isabele, reparou que conhecia aquele homem há anos.

-Você... Você é o mordomo da Chloe. – sua boca quase se escancarava de surpresa.

Realmente nada era o que parecia naquele lugar.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram?
Querem saber como vai terminar?

Kissus