Ela sorriu sentindo o alivio liquido e a felicidade pura pulsarem por suas veias. Gritou de alegria e correu para os braços daquele que lhe trouxera tão boa noticia. Ele também sorria parecendo igualmente satisfeito, ele a tomou em seus braços e a ergueu no ar, naquele momento a força dele não parecia estranha, nada parecia estranho.

Ainda sorrindo ela passou a mão no rosto dele com a barba por fazer, seus olhos encontraram os orbes castanhos claros dele. Com uma delicadeza que não lhe era habitual ela tirou os óculos que escondiam os belos olhos. Ele franziu ligeiramente o cenho, mas não deixou de sorrir. Ela segurou o rosto dele com ambas as mãos e o beijou.

Sentiu a surpresa e a tensão dele como se fossem suas, mas logo ele relaxou e correspondeu ao beijo, as línguas há muito ansiosas por se encontrarem dançaram juntas em plena felicidade. Não foi um beijo puramente carnal, tampouco casto, foi perfeito como todo primeiro beijo devia ser.

Eles se separaram ainda sorrindo, e ela sentiu seus pés tocarem o chão. Colocou os óculos na face dele e o abraçou, sentia-se completa em seus braços, como se tivesse nascido para está ali.

- Eu sabia que tinha que ser eu a tomar a iniciativa – sussurrou contra o peito dele – Seu bobo tímido!

Ouviu a risada rouca dele e o abraçou com mais força.

Perfeito, como todo sonho deveria ser.