Fogo e Gelo escrita por Lia Sterm


Capítulo 6
O beijo.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Demorei á postar porque meu teclado quebrou ;/ Mas adivinhem! Comprei outro, haha. (Nossa Lia, que interessante, agora cala a boca!)
Gostaria de agradecer pela recomendação que recebi e também avisar que agora publicarei os capítulos um pouco mais rápido.
Para os que estavam preocupados: Não, a Saroca não morreu, haha.
Boa leitura ;3



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Era um dia agitado no reformatório Campbell. Pessoas corriam de lá pra cá, e as únicas três enfermeiras dali – as outras se demitiram - conversavam preocupadas com a situação da garota novata, Sarah.

–O que houve com ela? De onde o fogo veio? –Helena perguntava, aflita. Achava isso estranho.

–Não sabemos. A garota rebelde disse que o fogo surgiu do nada e a queimou, assim como desapareceu logo depois de ter afetado Sarah. –Informou uma das mulheres que se encontravam ali, trabalhando como enfermeira cuidando do estado da menina.

–Estou com medo de que aquela garota tenha feito algo. Ela é bem violenta. –Helena apontou para Rebeca, discretamente. –Bom, eu irei dar aula ás meninas. Até mais! –Se despediu.

Enquanto a mulher saia, a enfermeira andou em direção á Sarah, estava na hora de dar os remédios e trocar os curativos.

A garota, que antes se encontrava desmaiada, agora se remexia.

Sarah possuía receio em abrir os olhos. Lá sabia ela se havia morrido ou não. Mas, sua curiosidade venceu tudo. Ela então os abriu lentamente. No começo, sua visão se encontrava embaçada. Coçou os olhos, com dificuldade. Sentia dor, seu corpo estava quente. Ela havia se machucado muito.

–Sarah, está acordada? –A enfermeira perguntou a observando.

Sarah olhou para suas pernas. Estavam horríveis. Queimaduras de terceiro grau. Praticamente em carne viva. Logo entrou em pânico, mas não conseguia falar direito e nem se locomover. Gemeu de dor, e então, fechou os olhos, com força. Queria sumir dali, queria que a dor parasse. E então, quando os abriu novamente, os ferimentos haviam desaparecido.

A enfermeira, que chegara á sua maca, arregalou os olhos, impressionada.

–O-onde estão a-as... –Gaguejou, derrubando no chão os vidros de remédios que ela havia trazido para a garota.

O som do vidro quebrando no chão e se transformando em cacos faz um enorme estrondo, para um local onde tudo estava tão silencioso. Tudo se passa na cabeça de Sarah como se estivesse em câmera lenta; A enfermeira gritando, se afastando, segurando seu terço – que estava enrolado em volta do seu pescoço - e pronunciando trêmula algo que a tocou no fundo do peito.

“Você é o demônio.”

Sarah nem sequer saberia o que a mulher quis disser. Mas já havia ido á igreja com os seus pais diversas vezes. E tinha noção de que o demônio, citado pela mulher, era um ser horrendo, maligno e que só acabaria com tudo que há de bom. E ela não era isto. Ou era?

Pensamentos loucos percorriam sua mente, enquanto a enfermeira corria para fora do quarto do hospital improvisado do reformatório, que apenas o fizeram para quando certos jovens agredissem certos membros.

–Eu seria o demônio? –A garota perguntou á si mesma, tentando ficar sentada na maca. E conseguira.

Barulhos e gritos podiam ser escutados detrás da sua porta.

“Ela não é o demônio, é apenas uma garota problemática.”

Alguém desconhecido disse.

“Os ferimentos sumiram! Ela é o demônio. Ela veio em ordem de Lúcifer! Não veem? Ela se faz de santa. Ela é uma maldita.”

Era a voz da enfermeira.

“Sinto muito. Pelo seu estado não poderá mais continuar aqui. Já está velha, e é fiel demais á Cristo, pensa que tudo que vê são os demônios. Mas não é verdade. Talvez os remédios tenham a recuperado ainda mais rápido do que pensamos.”

Era a voz da diretora. Ela estava despedindo a velha enfermeira, pensando que ela estava louca.

Sarah sentiu uma pontada de culpa. Mas nem ela sabia o que havia acontecido.

Desceu da maca, ainda um tanto sem equilíbrio, mas foi andando se apoiando em mesas e afins, até que se firmou.

–Ótimo. –Suspirou ela.

Mas o som de uma porta sendo aberta a atrapalha, e ela caí no chão. Felizmente, alguém lhe estende a mão.

Enquanto isto, Belinda e Dimitry caminham em direção á um Hotel, onde ficarão por bastante tempo até encontrarem as meninas perdidas.

–Essa... Como é o nome mesmo? Ah, sim! Essa roupa íntima está me incomodando. –Informou Belinda, com uma cara nada agradável. –Não quero ficar vestindo isso!

–Vai mesmo ficar reclamando do que está vestindo a viagem inteira? –Dimitry fez um movimento com sua capa, demonstrando que se encontrava cheio dos comentários da mulher.

–O que é? –Belinda cruzou os braços. –As mulheres daqui se vestem como prostitutas! Se não fosse pelas meninas, eu nem estaria aqui.

Dimitry pega uma varinha, a qual estava escondida á si durante toda a viagem. Com um movimento em direção á boca de Belinda, ela para de falar, como se não tivesse mais voz.

–Só assim pararia de tagarelar. –O homem gargalhou, maroto.

Belinda se esforçava para falar algo, estava surpresa por ele ter uma varinha. Metamorfos não possuem varinhas. Possivelmente esta varinha teria saído do castelo, e seria uma das varinhas das meninas.

Um passo, dois passos... Rebeca procurava Sarah por todo o reformatório. A menina havia sobrevivido, isto era bom. Mas havia desaparecido.

Como ela sabia? Quando Rebeca foi vê-la no hospital, ela não estava mais lá. E agora há um grande número de pessoas procurando por ela, uma garota considerada problemática e que estava em um reformatório não poderia fugir dali. Isso iria ser um perigo á todos.

Mas Rebeca sabia que aquela garotinha ingênua não havia feito nada. Era como se a conhecesse.

–Patético.. –Beca suspirou. Estava preocupada com ela, e não deveria. Na realidade, deveria odia-la, sentir repulso por qualquer garota como ela. Pois as duas eram opostas.

Mas Rebeca não conseguia. Ela se sentia unida.

Passando por um quarto abandonado, Rebeca ouviu vozes.

“Mas você não deve contar á ninguém, tá bom? “

Era uma voz de garoto.

“Tá bom.”

Rebeca reconheceu rapidamente a voz fina e irritante. Era a garota Walker.

Garota Walker. Era como Sarah era conhecida. Pois ela matou a família Walker.

Rebeca tentou ouvir mais alguma coisa, mas não houve mais nada. Se preocupou, e então correu em direção á porta do quarto abandonado, e a abriu.

Ela havia acertado, Sarah estava lá. Mas não estava totalmente legal, e nem sabendo o que fazia.

Então Rebeca arregalou os olhos, e por fim, gritou.

Um rapaz totalmente desconhecido para Sarah, a beijava no momento. E Sarah não negava ou fazia qualquer tipo de movimento brusco. Estava tranquila. Como se já tivesse beijado diversos garotos. Não se importava.

Beca jogou fora tudo que pensou sobre Sarah. Na sua mente, ela era uma menina inocente e que não havia nem tocado um garoto. Mas tudo mudara.

Rebeca se enfureceu, e puxou Sarah com força dali, fazendo-a gemer de dor.

–Me solta, Beca! O que está fazendo? –Rebeca estava a machucando.

–Eu vou acabar com você, eu te odeio com todas as minhas palavras. –Exclamou a rebelde, a jogando contra a parede. E abandonando Sarah ali.

A menina não entendia o motivo de raiva da menina.

Afinal, porque Rebeca agiu daquele modo?


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews, pessoal?