Blessed With A Curse escrita por Mari Bonaldo, WaalPomps


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Para nossa alegria, não tenho aula hoje *-* haha
boa tarde, boa leitura s2



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Quinn sentiu uma respiração forte perto de si. Ela contou até três, olhando para cima. Pedia paciência a um Deus que não acreditava, porque pedir por forças não seria algo apropriado no momento. Se tivesse forças, mataria o maldito do Puckerman.

Ela olhou para trás, irritada. Puck estava atrás dela, como esperado, mas estava diferente. Havia raspado o moicano e usava roupas formais como todos os agentes da CIA, ao contrário do que fazia antes. Além disso, segurava uma caixinha nas mãos.

- Que diabos você está fazendo? – ela perguntou, com cautela. Puckerman vinha perseguindo-a desde que a SIE e a CIA oficializaram a “união”.

- Sendo um homem para você, princesa. – ele disse, se aproximando dela com uma expressão galanteadora no rosto. – Isso é pra você. – Puck lhe entregou a caixinha.

Quinn o olhou, desconfiada. Puck estava sendo gentil e romântico e até mesmo havia cortado o seu precioso moicano. Aquilo era estranho. Com cautela, ela abriu a caixinha. Lá dentro se encontrava um par de brincos delicados, de diamantes rosa, sem formato algum.

- “Diamantes são os melhores amigos das garotas”, não? – ele disse, soltando a famosa frase de Marilyn Monroe, enquanto se aproximava de Quinn. Ao se aproximar dela, levantou seu rosto com um dedo. Ficou totalmente surpreso ao encontrar uma expressão furiosa em seu rosto, bem diferente da expressão deliciada que esperava.

- Como você pode fazer isso? – a voz dela saiu alta e até um pouco esganiçada.

- Fazer o que? – ele perguntou, assustado, se afastando devagar. Quinn já havia lhe presenteado com um soco antes, não desejava outro.

- Financiar a exploração dessa forma! – o olhar dela era totalmente alucinado, e conforme ela ia falando, se aproximava dele, que se afastava. – Você sabe quantas pessoas são escravizadas para encontrarem isso? – ela olhou com desprezo para o pequeno par de brincos de diamante em suas mãos. – É inadmissível que alguém, em pleno século XXI, ainda pague por uma pedra idiota como essa! Sabe do que o diamante é feito, Puckerman? – ele balançou a cabeça, assustado demais. – Ele é feito das milhares de vidas que são perdidas para encontra-lo! – terminando o discurso, Quinn joga a caixinha com os brincos no chão.

- P-princesa, ele veio com o Certificado de Processo Kimberley. Eu pesquisei. – Puck disse, com cautela.

Um silêncio abateu-se sobre a sala. Quinn levou as mãos à boca, sentindo-se totalmente culpada. O Certificado Kimberley significava que o diamante bruto não havia sido obtido através da exploração. Ela se abaixou, pegou a caixinha e a abriu novamente. Dessa vez, via os diamantes de outro jeito.

- São lindos, Puckerman. – ela disse, baixinho. – Obrigada.

Puck sorriu. Todo aquele discurso social o tinha assustado muito, mas isso só provava que Quinn era o tipo de garota que ele queria para si.

- Coloque-os. – ele disse, ainda sorrindo. – Pode usar para o nosso jantar hoje a noite.

- Jantar?

- Sim. Fiz uma reserva naquele novo restaurante francês. Pensei que você gostaria. – ele sorriu.

Quinn sentia-se tentada a não aceitar a proposta. Mas depois de tudo o que ele havia feito a ela, não podia simplesmente dizer não.

- Ok, Puckerman. Aceito. – Um brilho infantil correu pelos olhos dele, e ela riu.

- Tudo bem. Passo pra te pegar às 20:00. Mal posso esperar, princesa. – ele beijou as mãos dela e saiu do escritório.

Quinn balançou a cabeça negativamente, porém o sorriso em seu rosto persistia. E dizia exatamente o contrário do que aquele movimento de cabeça.

Finn olhou para o e-mail de Quinn, irritado. Ela havia descoberto detalhes sobre Gian Belssario e pedia para que ele pedisse para Rachel entrar no skype, já que não conseguia falar nem no celular da amiga. O e-mail terminava com “É urgente”.

Ele se levantou de sua cama, e se dirigiu para a janela. Não sabia onde Rachel estava. Ela não estava em casa, essa era a única coisa da qual ele tinha certeza. E ele preferia assim. Tinha passado o dia todo com uma dor de cabeça insuportavelmente forte e ainda havia tido flashs da noite anterior. Toda vez que se lembrava disso, sentia-se excitado, involuntariamente. E essa era a razão pela qual devia manter Rachel afastada de si. Ele podia cair em tentação novamente.

Não que ele não houvesse feito sexo várias vezes e com diferentes garotas desde que Ally fora embora, mas com Rachel seria diferente. Não porque a amava. Mas porque a atração entre eles era inegável e incontrolável. E estaria tudo bem se entregar a isso se ele não a odiasse. Ele sabia que aquele desafeto com benefícios seria delicioso, mas traria vários problemas. E se ela se apaixonasse por Finn? Ele não teria para onde correr como fazia com as outras. Porque eles moravam juntos. E ele iria decepcioná-la, não a correspondendo. Para Finn era impossível amar outra pessoa.

Seu celular tocou. No visor, o nome de Puck pulsava.

- Alô. – Finn atendeu.

- Cara, fala pra Rachel entrar em contato com a Quinn, por favor. – a voz de Puck era de súplica.

- Não dá. A Rachel não está em casa, não sei onde está.

- Ache ela, dê seu jeito! Por favor, pelo seu bro aqui. Preciso muito disso. Finalmente a Quinn vai sair comigo, mas ela se nega a sair do escritório enquanto não conseguir falar com a Rachel. Então, me escuta bem – a voz de Puck era ameaçadora – você vai achar a Rachel de qualquer jeito e mandar ela ligar pra cá. Entendeu?

Finn não pode controlar a risada, ante a um Puck totalmente na de uma mulher que mal conhecia.

- Tudo bem, Puckerman. Me deve essa. – eles desligaram.

Ele não queria ver Rachel, mas Puck era um grande amigo, apesar de faltar alguns neurônios em sua cabeça. Ele era um desajuizado, mas ninguém o havia ajudado tanto quanto ele quando Ally partiu. Haviam se tornado praticamente irmãos desde então. E se Puck estava apaixonado, Finn devia a ele uma ajuda.

Finn colocou uma camiseta preta, simples e desceu as escadas. Não fazia a mínima idéia de onde Rachel poderia estar, mas era um espião. Só precisava achar pistas e pronto: o paradeiro de Berry seria descoberto.

Fora mais fácil do que ele imaginara. Ao ir para o quarto de Rachel havia encontrado um bronzeador esquecido em cima da cama. Aquilo só podia significar que ela estava na praia.

Agora ele andava pela orla do lugar, observando mar azul da Itália. Era um dos mais belos que ele já havia visto. Uma garota morena passou por ele, vestida em um minúsculo biquíni branco. Sim, aquele definitivamente era um belo lugar, ele pensou, enquanto virava o pescoço para observar melhor a garota, com um sorriso malicioso no rosto.

Quando olhou novamente para frente, soltou um “Puta merda!” sem que ninguém percebesse. Um pouco a sua frente, Rachel estava deitada em uma esteira lendo um livro. Ela usava um biquíni preto tomara que caia com detalhes de print de zebra. Era impressionante como era linda sem precisar apelar para a vulgaridade. Ela virou de bruços, e apoiou o livro na esteira. Seu traseiro e coxas firmes estavam mais bronzeados, e seus cabelos estavam presos em um coque. Ele lembrou-se da noite anterior, quando tivera tudo aquilo em seus braços. Tentando controlar a animação, ele se dirigiu até ela.

- Oi. – ele disse, fazendo sombra sobre o corpo dela.

Ela o olhou, sem expressão.

- Você está tampando meu sol. – voltou a olhar para o livro.

Ele bufou e se afastou um pouco.

- Você precisa entrar em contato com a Quinn. Ela descobriu umas coisas do Belssario, disse que é urgente.

Rachel apenas balançou a cabeça.

- Você ta me ouvindo, Berry? – ele perguntou, irritado. – Urgente.

Rachel bufou e se levantou.

- Eu estou te ouvindo, mas gostaria de não estar. Falo com a Quinn quando eu voltar. – ela disse, colocando as mãos na cintura.

- Você é muito abusada mesmo, né? Vamos para casa. Agora. – ele pegou em seu braço com delicadeza. Rachel puxou o braço, sentindo o local do toque queimar. Que merda era aquela?

- Não vou pra casa.

- Você vai. – ele pegou seu braço novamente, dessa vez com mais firmeza, porém sem ser rude.

- Me larga! – ela falou.

Quando Finn ia responder, apareceu um homem perto dele. O corpo dele não se comparava ao de Finn, mas era bem definido também. Seus olhos eram castanhos e seus cabelos também, levemente queimados pelo sol.

- Esse idiota está te incomodando, linda? – ele perguntou, encarando Finn.

Finn soltou o braço de Rachel, e se aproximou do homem.

- Não sou um idiota. Sou o marido dela, cara. E se eu fosse você, saia daqui.

Rachel sentiu um choque ao ouvir a palavra marido. Sabia que fazia parte do disfarce, mas ela nunca havia saído da boca de Finn. De alguma forma, aquilo a irritou.

- Saia você daqui, Liam.

Finn a olhou, incrédulo.

- Você me deve respeito, Sra. Birkin. – ele disse, com o típico sorriso sarcástico brotando nos lábios.

Rachel ia responder, mas o estranho se aproximou de Finn e o empurrou.

- Não fale assim com uma mulher, babaca! Nunca. Ainda mais se ela é sua esposa.

Finn retribuiu o empurrão, com um pouco mais de força. Nesse momento, grande parte dos turistas já estava olhando, intrigados.

- Se a esposa é minha, o jeito que falo ou deixo de falar com ela é problema meu.

Rachel entrou no meio dos dois.

- Chega! Liam, vou pra casa com você, mas é pela Quinn. – ela disse, se virando para Finn. – E você, muito obrigada. De verdade. – Rachel sorriu para o estranho, que retribuiu.

- Foi um prazer ajudar uma mulher bonita como você. Se precisar de algo, estou naquela casa. – ele disse, apontando para uma enorme construção branca na beira da praia.

Finn ouvia tudo, e resmungou algo indefinido. Dentro de si, algo brotava. Um sentimento de possessividade sobre Rachel. Não era amor, não era carinho, não era nada. Somente aquela possessividade que, de alguma forma, ele havia atribuído a ela.

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- Que ótima mulher você é, querida! – ele disse, quando chegaram a casa.

- Me erra, Hudson! – Rachel disse, irritada, tirando o pequeno vestido que usava por cima do biquíni e indo até a área de serviço.

Finn a seguiu, irritado demais e subitamente excitado ante à visão do corpo semi-nu de Rachel.

- Mas não era você que não se cansava de dizer o quanto eu estava ferrando com nosso disfarce quando dava em cima de alguma mulher? – ele continuou, enquanto ela programava e esperava á maquina de lavar encher.

- Eu não dei em cima de ninguém! – ela se virou para ele, exibindo uma feição brava. Depois começou a falar mais um monte de coisas, mas ele não estava mais prestando atenção. Queria calar aquela boca.

Finn se aproximou dela, irritado. Com firmeza, a puxou para si e com a mesma intensidade a beijou. Ele sentiu um choque quando suas línguas se tocaram. Sabia que devia parar. Sabia que aquilo era perigoso demais. Mas não queria parar. Com cautela a pegou no colo e a colocou sentada em cima da máquina de lavar. Ele se encaixou no meio das pernas dela, enquanto acariciava sua cintura. Involuntariamente, as pernas de Rachel se fecharam em torno de seu corpo. Finn passou uma das mãos de leve pela perna dela, sentindo aquela pele delicada em suas mãos rudes.

De repente, ela começou a empurrá-lo. Mas Finn não queria parar: As lembranças da noite anterior ainda estavam tão claras em sua mente... Tudo o que ele precisava era daquilo de novo. Sóbrio, dessa vez. Assim, talvez todo aquele desejo parasse. Mas Rachel pelo visto, não queria. Ela desistiu de empurrá-lo, e quando ele menos esperava, mordeu sua língua com força. Ele se afastou, colocando a língua entre as mãos.

- Você é louca? – ele berrou, gemendo de dor.

- Nunca, nunca mais faça isso. Ta me ouvindo? – ela disse, séria, e passou por ele, entrando na casa.

Finn ficou parado, com uma dor cortante em sua língua e um desejo insaciado entre as pernas. E tudo o que ele conseguia pensar era: “Maldita Rachel Berry!”.


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Notas finais do capítulo

e aí, e aí? *-*