Hi, I'm Kat escrita por Viroli


Capítulo 18
And there is a twist!


Notas iniciais do capítulo

OOOOOI!
Mil desculpas a demora :(( eu ia postar ontem, mas fiquei sem inspiração para escrever, então to postando hoje!
Espero que gostem!
beijus e comentem amores s2



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– Não posso mais adiar essa conversa Kat. - Disse Carlie.

Fique um ou dois segundos parada. Sem respirar, sem piscar, sem fazer qualquer movimento. Acho que fiquei muito chocada para fazer qualquer coisa.  

Essa era uma daquelas conversas que você quer sempre adiar, mas uma hora (uma maldita hora) você vai ter que ter ela?

Pois é. E eu tava morrendo de medo por dentro. No fundo, bem no fundo, eu queria voltar a ser a melhor amiga da Carlie. Não me entenda mal, ela me fez sofrer muito. Mas eu conheço a Carlie desde de que eu tinha sei lá, uns três anos? É muito tempo.

Eu nunca entendi aquele dia em que ela virou as costas para mim. Eu fiquei sem entender nada depois desse acontecimento. Ela não atendia minhas ligações, ignorava quando eu tentava falar com ela. Até que um dia eu desistir. Eu cansei de sofrer.

Eu superei e agora ela vem e me faz reviver tudo de novo.

- O que você quer aqui Carlie? - A Luísa tinha saído do quarto (nota-se: saltitando) Eu não entendia a felicidade dela e vamos ser sinceros, eu nem me interesso mesmo.

Ela fechou a porta, soltou um longo suspiro e olhou para o chão alguns segundos. Aquele mistério estava me matando. Foi então quando eu ia falar algo, ela olhou para mim e se sentou na cama, ao meu lado.

- Eu sei que você não entendeu nada desde o 1º Ano. Eu só te peço uma coisa. Não fala nada até eu terminar ok? - Assenti e continuei a encara-la com curiosidade. - Se lembra daquela semana onde eu faltei todas as aulas e a Patty também? - Confirmei com a cabeça e ela continuou. - Na segunda-feira eu tinha ido e a gente teve educação física, lembra? Nós fomos até o banheiro, alegres, por ser nossa primeira aula, você ficou resmungando por odiar praticar esportes, mas no fundo estava animada. - Ela disse com os olhos brilhando, como se tivesse tido uma ótima lembrança. - A Patty estava em uma das cabines e tirou várias fotos... - Ela respirou. - suas e minhas, trocando de roupa, nua... - Eu tava pasma e meu coração parou de bater por vários segundos. - Logo quando o dia acabou a Patty veio falar comigo. Ela me ameaçou. Kat, você sabe que o meu pai, como o seu é empresários de empresas importantes. Por isso nós nos conhecemos. Nossos pais são grandes amigos. A Patty soube que meu pai estava fazendo negócios com várias agencias de viagens importantes. Ela queria uma viagem para Nova York, pode parecer bem estranho essa história e que eu estou inventando, mas eu tenho fotos. Se você quiser ver depois... Eu pedi a meu pai a viagem, para eu e uma amiga. Ele só permitiu se eu fosse. Por isso eu faltei a semana inteira, enquanto a Patty ia visitar vários lugares, eu fiquei no hotel. Tentando um jeito de solucionar aquilo tudo. Eu liguei para os pais dela, eles não acreditaram em mim, eu falei com o meu pai. Mas como ela tinha ido comigo para a viagem, ele achou que ela era a minha amiga e que nunca faria nada comigo ou com você. Eu tentei Kat, eu juro que tentei. - Ela disse com lágrimas no rosto. - Eu fui na casa dos pais delas, fiz o maior escândalo. Eu não podia falar nada com você. Ela disse que se eu falasse, ela enviaria as fotos para todas as redes sociais. Eu invadi a casa dela, procurei em seu notebook, em tudo, mas não achei. Ela botou em vários pendrives e estavam com as amigas. Eu fui na casa das amigas, pode parecer loucura, mas eu fui. E nada. Eu vi as fotos quando ela me mostrou, eu apaguei do seu celular, mas ela somente riu e disse que tinha várias cópias. Eu fui na coordenação. Eu tentei de tudo. Até que ela disse que ela me queria no grupo dela e não queria você, por seu estilo diferente. Não ser o "padrão" delas. Eu chorei por mais de um mês. Kat, me desculpa, eu sei que eu deveria ter contado isso, mas eu não podia. Eu achei as fotos. E exclui todas as cópias que podiam ter. Por isso estou aqui. - Ficou um silêncio por vários minutos, a Carlie chorava e eu só olhava para ela, sem qualquer reação.

Entre soluções a Carlie falou: - Kat, fala alguma coisa. Por favor.

- POR QUE VOCÊ NÃO ME FALOU NADA? POR QUE FICOU COM ISSO SÓ PARA VOCÊ? EU ERA A SUA AMIGA DROGA! A GENTE TINHA QUE LIDAR COM ISSO JUNTAS! VOCÊ ACHOU QUE EU TINHA 5 ANOS E NÃO SABERIA ARRANJAR UM JEITO? PORRA CARLIE, EU PASSEI QUASE DOIS ANOS ACHANDO QUE VOCÊ TINHA ME ABANDONADO. QUE EU ERA UM NADA PARA VOCÊ. EU PODERIA ATURAR AQUELA PATTY E VOCÊ COM ELA SE SOUBESSE DISSO TUDO, A GENTE PODERIA FICAR AMIGAS ESCONDIDAS ATÉ RECUPERAR ESSAS FOTOS. - Eu gritava e chorava ao mesmo tempo, eu nunca tinha sentindo tanta dor de uma vez só. Eu não sabia o que fazer, eu só queria sumir. A Carlie chorava muito agora.

- ME DESCULPA OK? DESCULPA SE EU QUIS TE PROTEGER, EU TE FIZ SOFRER MUITO KAT, MAS NÃO FOI INTENCIONAL, EU NUNCA TE ABANDONARIA, EU TE AMO SUA IDIOTA, EU SOFRI MUITO GUARDANDO ISSO SÓ PRA MIM, EU SÓ QUERIA SUA AMIZADE DE VOLTA, EU SÓ...me desculpa, kat, me desculpa, por favor. - Ela tinha ficado em pé e gritava muito, depois foi diminuindo o tom e por fim se sentou no chão e desatou a chorar.

Eu não acredito que aquilo tudo estava acontecendo. Eu não tinha cabeça para processar aquilo. Não naquele momento.

- Eu não sei o que pensar Carlie, eu preciso de um tempo para processar tudo. - E sem antes ela falar qualquer coisa para me impedir, eu sai, mas sem antes pegar o meu Skate.

Eu lembro de ouvir ela me chamar, mas não parei. Nem olhei para trás. Só corri.

Eu tenho essa mania de fugir quando eu não consigo resolver as coisas. Eu não podia ir para a pista de Skate, deve ter muito gente lá. E o que eu menos quero agora é socializar.

Então só fiquei andando de Skate pelas ruas. Não tinha celular, ainda bem.

Eu parava, respirava um pouco e depois voltava a andar. Eu não acredito que aquilo estava acontecendo. Para ser sincera, eu não sabia se chorava ou ficava feliz. Não sabia se batia muito na Patty ou se batia muito, muito mesmo na Patty. Não sabia se devia perdoar a Carlie, ou simplesmente deveria continuar como era antes.

Eu não tinha a resposta. Para nada.

Quando eu fui reparar já era de manhã. Eu tava morrendo de fome e suja. Infelizmente, eu precisava ir para casa. Não dá para fugir dos problemas para sempre. Quando voltei para casa tinha uma viatura. Sim, da polícia. DÃA!

Meu coração parou por um minutos. Ele ta parando muito esse dias. Eu não queria acreditar.

Fui andando lentamente para casa. A Luísa andava de uma lado para outro, com o celular na mão. Tinha um policial anotando tudo o que ela falava. Ele parecia tentar acalma-la. Vi o Adam, ele estava sentando num dos degraus que tinham na porta da casa, com as mãos no rosto. O André, o Felipe e o Travis estavam lá também. E a Carlie também.

Eu queria acreditar que não era o que eu estava pensando. Eu passo um dia fora e ele chamam a polícia. A POLÍCIA?

Fui andando até que o Travis me viu.

- KAT, AH MEU DEUS! - Disse correndo em minha direção e me dando um abraço. - O QUE HOUVE COM VOCÊ GAROTA? - Ele gritava, no meu ouvido esse filho de chocadeira. Eu quase fiquei surda. Assim que ele me abraçou, o Adam nós olhou num misto de raiva, preocupação e alivio. É eu sei identificar os olhares dele, PROBLEM?

 O povão veio tudo ao mesmo tempo em minha direção. Detalhe: O Travis tava quase me esmagando.

Eu não conseguia falar. Ah qualé o que eu iria falar?

- KAT, ONDE VOCÊ ESTAVA? - Dizia Luísa.

- EU TAVA MORTO DE PREOCUPAÇÃO SUA IDIOTA. - Dizia Felipe e André ao mesmo tempo. RI por dentro, pareceu Gêmeos. Eu tenho algum problema, não é possível.

- KAT EU VOU TE MATAR! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO. -Disse Adam. Sério que todo mundo vai gritar comigo?

- KAT, NÃO FAZ MAIS ISSO OK? - Disse a Carlie.

- ONDE VOCÊ ESTAVA MOCINHA? - Gritou o Policial, até o policial. Ah meu deus.

E a única coisa que saiu da minha boca foi um lindo e sonoro. - OPS!


(...)


E aqui estava eu, no meu quarto. Admirando o teto branco. A Luísa conversava com o meu pai pelo telefone. Os meninos tinha ido embora, depois de gritavam, me abraçarem e jogar toda a sua raiva em cima de mim. A Carlie, me abraçou e disse que conversaríamos depois. O Adam, me abraçou, gritou comigo, depois me abraçou de novo, gritou comigo...E isso se repetiu várias e várias vezes.

Eu briguei com o meu pai pelo celular. Uma belezoca, ele disse que tinha ficado preocupado e eu me irritei. - Acho que eu fiquei sem saco de repeti a mesma história para todos e joguei tudo nele.

Eu briguei com o policial também. Mas deixa isso quieto. Não foi lá uma briga muito bonitinha. Ele queria me dar lição de moral. Ninguém me dar lição de moral, eu parti pra cima dele. Mas infelizmente, tinha quatro meninos para me impedir de dar uma lição de moral nele. Acabou que eu (A Luísa.) levou uma multa.

Depois da longa conversa a Luísa entrou no meu quarto.

- Eu falei com o seu pai. - Ela disse e soltou um suspiro.

- E...?

- Você vai ficar com ele. Durante três meses em Londres.

- COMO É QUE É? - Disse parando de admirar a parede e olhando para ela espantada.

- Isso mesmo que você ouviu. Kat, você causou muito susto em todos. Ficar um tempo com o seu pai irá te fazer bem.

- Eu não vou Luísa. E a escola? - Disse, mas a escola não tinha importância. Eu não queria ir, mas era por outro motivo.

O Adam. Pois é, vocês devem ter sacado. Ele não é só um amigo. Eu gosto de Adam, como nunca gostei de nenhum menino. Mas ele estava apaixonada por outra.

- Você irá estudar lá ora. Kat são só três meses. Você irá nesse fim de semana e sem mais discussões.

(...)

O show do Avenged Sevenfold seria nessa sexta-feira. Já tínhamos comprado os ingressos. Eu estava mais que animada. Eu não contei para ninguém que iria me mudar, não me dei por vencida. Tenho evitado falar com o Adam, eu não conseguiria mentir para ele. E a Carlie, é eu também evitei falar com ela. Ela me deu o meu espaço e não forçou muito a barra.

Estávamos todos na casa do André. Eu, Adam, André, Travis, Felipe e a Carlie. Sim ela foi, o Travis chamou ela, não tive coragem de falar com ele sobre isso. Não agora.

Todos estavam animados para ver o show dos caras. Conseguimos comprar a pista Premium. O que era mais incrível ainda. Arrumamos nossas mochilas com salgados, chocolates, documentos, celular...

Fomos de carro com o Travis dirigindo. A Carlie foi do seu lado. Eu fui atrás junto com o Felipe, o André e o Adam. É eu fui no colo do Adam.

Não posso dizer que foi ruim.

Tinham vários fãs gritando em coro: AVENGED, AVENGED. - E nós não ficamos para trás.

Ficamos na fila e quando os portões se abriram todos estavam agitados. gritávamos em uníssono.

Logo estávamos  posicionados. Pulando freneticamente. E então começou os primeiros acordes da guitarra do Syn. A música era Nightmare.

Cantávamos as músicas. A Carlie ficou o tempo todo com o Travis, toda hora me lançava olhares de desculpas. O André e o Felipe batiam cabeça com um bando de loucos e o Adam ficou comigo.

Os caras eram sensacionais ao vivo. Pulávamos, vibrávamos, cantávamos as músicas. Os solos do Zacky e do Syn era incríveis. Johnny não ficava para trás. Arin era maravilhoso na bateria, com seus solos impecáveis. Todos sentiam falta do The Rev, mas o Arin conseguiu o seu lugar.

E então começou Dear God.

A lonely road crossed another cold state line

Miles away from those I love, purpose hard to find

While I recall all the words you spoke to me

Can't help but wish that I was there

Back where I'd love to be, oh yeah


A afinação e o tom de voz perfeito do Matt soavam incrivelmente sentimentais no meu ouvido. E então eu comecei a chorar.

- KAT, POR QUE ESTÁ CHORANDO? - Dizia Adam gritando para que eu pudesse ouvi-lo. Eu não sabia responder aquela pergunta. Tinhas várias respostas para ela, as quais eu não queria nem pensar.

O Adam veio até mim e me abraçou.

Dear God, the only thing I ask of you is

To hold her when I'm not around,

When I'm much too far away

We all need that person who can be true to you,


Nós afastamos só alguns centímetros, ele me fitava com aqueles olhos castanhos/mel impenetráveis, irresistíveis.  Eu poderia ficar admirando-os para sempre. Apesar da escuridão eu podia ver ele perfeitamente. Ele foi se aproximando mais e mais. Até que me beijou. Foi um beijo cheio de saudade, eu sentia vontade de beija-lo desde daquele primeiro beijo. E finalmente essa hora tinha chegado. Eu não ligava para os gritos ou pelos pequenos empurrões. Eu só sentia, o beijo e a música que penetrava meus ouvidos. Era o momento perfeito, o beijo perfeito.

De despedida.

Ficamos o resto da noite grudados. Nós beijando. Cantando e curtindo a noite.

Eu não fui capaz de dizer que iria embora. Eu não queria e não conseguia.

Logo estávamos todos no carro. Comentando sobre o show inesquecível que tínhamos presenciado. Todos animados, menos eu.

E o Adam reparou. - O que houve Kat? - Perguntou num sussurro no meu ouvido.

- Nada, não é nada. - Ele não se convenceu, mas não insistiu em perguntar.

- Preciso falar com você. É muito importante. Não pode adiar mais. - Disse sério. Não dava mais para fugir.

Chegamos em casa. O Travis deixou nós dois e depois partiu com o carro.

- O que você tem para me falar? - Perguntei. - Estávamos em pé. Num rua totalmente deserta. Estava frio e meu coração faltava sair pela boca.

Ele respirou fundo. - Kat eu não consigo tirar você da cabeça. Eu não consigo tirar a sua voz da minha cabeça, seu beijo. Você é grossa, fria, idiota, retardada. Muito chata na maioria das vezes. Me irrita, me bate, ma deixa preocupado com suas encrencas. Mas você é especial. Você é totalmente doce e sensível. Você tem um ótimo gosto musical, você anda skate melhor do que eu e isso é muito sexy. Eu tenho vontade de te agarrar 25 horas por dia, droga. Eu amo as suas manias. Eu sei que você desenha no caderno quando esta entediada nas aulas, o que é quase sempre. Você sempre revira os olhos quando tá com saco cheio. Sempre foge quando não sabe resolver os problemas. Você ama cantar e ama Doritos. Você é super ansiosa e curiosa. Você sempre meche o pé quando ta impaciente. Porra, eu te amo Kat. Amo seus defeitos, suas qualidades. Amo tudo em você. - Cadê o Ar? Espera, então naquele dia ele estava falando de mim? Nossa, eu me sentindo uma jumenta agora. Eu não consigo descrever o que eu senti ao ouvir aquelas palavras. Não sei descrever com gestos ou com palavras. Não tem como. Eu só estava sentindo a mais pura das felicidades.

- Eu te amo Kat! - Ele disse e logo depois cravou seus lábios nos meus. E eu perdi a noção do tempo.

Mais uma coisa não saia da minha cabeça. Eu irei embora amanhã. Por três meses.

Eu simplesmente não sabia o que fazer. 


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Notas finais do capítulo

Era para ser maior, vou postar o próximo o mais rápido possivel. Comentem se gostaram dessa reviravolta ok?
Estarei esperando.
beijus.
AH SIM: Aqui a música que tem no cap: http://letras.mus.br/avenged-sevenfold/1092024/traducao.html



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