Hi, I'm Kat escrita por Viroli


Capítulo 14
The version of Adam


Notas iniciais do capítulo

POR FAVOR NÃO ME MATEM DEPOIS DE LEREM ESSE CAPÍTULO!
Sério gente. Mil reviravoltas essa capítulo

Aviso: É a POV do Adam.



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Adam POV

Ela tinha longos cabelos pretos, com mechas azuis e rosa. Seus olhos era azuis, quase sem cor de tão claros, azuis bem transparentes, como a água. Como eu conheci esse ser? Ah, foi muito, muito inesperado.

Eu tava andando de Skate, numa boa. Até que me esbarrei numa pessoa.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAH! - Acho que fiquei surdo com o grito dessa menina.

Me levantei. – Meu deus me desculpe, eu não te vi. - Disse após ver a menina caída no chão, com várias porcarias no chão. Sério, como uma menina daquele tamanho pode comer tantos salgadinhos e chocolates?

– Você tá bem? – Perguntei e estendi a mão para ajuda-la a levantar. E sabe o que ela fez?

– Ai! – Eu disse após ela bater na minha mãe. É SÉRIO! Essa menina tem algum problema, eu sei que eu me esbarrei nela sem querer, mas eu tava tentando ajudar né.

– É claro que eu não estou bem, você me derrubou e esse skate caiu na minha barriga. VOCÊ É CEGO POR ACASO? RETARDADO! - E foi nessa hora que a baixinha explodiu. Eu fiquei com um pouco de medo daquela criatura me bater. Mas depois ela ficou me olhando por alguns segundos. E então eu reparei nós seus lindos olhos, nem depois de décadas eu poderia esquecer a tristeza e a mágoa que aqueles olhos azuis transmitiam.

– Me desculpa. – Disse novamente. Então ela se levantou e me lançou um olhar assassino. OPA, agora eu fiquei com medo.

– Eu sou muito melhor que você no skate. - Ela resmungou e eu não entendi direito. - Ela foi pegando suas comidas no chão.

– Ta tudo bem mesmo? Espera, você anda de skate? – Eu perguntei e logo depois consegui distinguir o que a baixinha falou. Ela anda mesmo de Skate? Ta de brincadeira né produção? Tudo bem que a garota era linda, irritada e baixinha, mas ela era uma garota. E em cada 10 garotas, 10 não sabiam andar de Skate. Só podia ta de brincadeira comigo.

Ela revirou os olhos, ja disse como ela fica irresistível rolando os olhos? Eu acho que bati minha cabeça quando caí, não é possível. – Sei, agora sai da minha frente. – Ela disse emburrada, me empurrando e andando atrás de mim.

Me virei e fui indo atrás dela. Não me pergunte por que eu fiz isso. Só não queria perder ela. Sabe quando você encontra uma pessoa na rua e estranhamente você quer conhecer ela? Eu sei, é bem louco. Mas eu acho que foi por que ela disse que gosta de skate, ou talvez sejam aqueles olhos enigmáticos. Argh, deixa pra lá.

– Oi. – Disse tentando puxar conversa. Ela me olhou como se eu fosse um demente.

– Não fale comigo, idiota! – Disse arrastando as palavras com ódio. Acho que não causei uma boa primeira impressão.

Fui andando em silêncio ao seu lado. Estranhamente ela estava indo pelo mesmo caminho que a minha casa, mas preferi não comentar nada.

– Você ta me perseguindo? – Ela perguntou, me olhando de canto. Não respondi.

– RESPONDE PORRA! – Essa menina já tava gritando. Acho que esqueceram de dar um dose de paciência para ela, só acho.

– Que eu saiba, não era para eu falar com você. – Disse zombeteiro, com um sorriso. Ela revirou os olhos irritada.

Foi quando estava chegando em casa que eu reparei que ela seria minha vizinha. Acho que fiquei um pouco feliz com aquilo. Mas só um pouquinho.

– O que você esta fazendo? – Ela perguntou, me vendo entrar em casa.

– Entrando em casa? – Eu disse irônico.

– TÁ DE BRINCADEIRA? VOCÊ VAI SER O MEU VIZINHO? O QUE EU FIZ PARA MERECER ISSO SENHOR? O MEU ATROPELADOR VAI SER MEU VIZINHO? AARRRGH! – Além de escandalosa, é dramática. To começando a odiar tê-la como vizinha.

– Para de gritar garota, quanto drama. – Disse e ela bufou, bem alto para eu ouvir.

Então ela entrou em casa, batendo a porta um pouco forte.

Foi desse jeito que a Kat entrou na minha vida. Estranho não? Pois é. Aconteceram tantas coisas que agora ela ta morando temporariamente na minha casa.

E bem, eu ainda não sei o que sinto por ela. Eu só gosto dela sabe? Gosto de estar com ela. Apesar dela sempre me bater, me provocar, ser fria, irônica na maioria das vezes, fria e antipática.

Se você ver bem, bem no fundo dos seus olhos, vê que ela é uma menina extremamente incrível.

E ela esta apaixonada por um menino idiota, que não vê essa garota incrível que ela é, só vê o que ela quer mostrar. E o pior é que ela está sofrendo, por diversos motivos e eu não posso ajuda-la. Ela não permite. Ela é totalmente fechada com os sentimentos. Eu quase dei um tapa na minha própria cara quando ela disse que estava apaixonada. E o pior que ela pediu a minha ajuda.

A mãe dela. A Luísa, convidou a minha família para conhecer a sua filha. E depois desse dia eu comecei a ir com ela para o colégio.

Eu não gosta que toquem nela. Por que? Eu não sei. Ela renega qualquer tipo de afeto, qualquer um. Ela se afasta, se esquiva, desvia se você se quer tentar. Ela tem medo, eu sinto isso.

Quando fui para a aula com ela o Travis a chamou de amor. Pode parecer loucura, mas no mesmo momento que ele falou isso direcionado para Kat, minha atenção se virou toda para eles.


Ai eu descobri que ela tinha um namorada. Estranho? Com certeza. Como aquela garota mal humorada conseguiu um namorado? Quem é o louco que aguenta?

Nenhum. Descobri que era um namoro de mentira. Ela tinha perdido uma aposta. Ri internamente quando soube, não sei se foi de felicidade por descobrir que a baixinha não tinha namorado ou por que ela foi capaz de entrar numa aposta idiota dessa.

Chamei ela para andar de Skate comigo, só para ver se ela sabia mesmo. Quando falei da pista que tinha aqui perto de casa, seus olhinhos brilharam.

E cara, como ela anda de skate. Ela chega ser melhor do que eu. Sem brincadeira.

Eu reparei que ela fala pouco da mãe. Na verdade, nem se refere a Luísa como a mãe. O motivo? Não sei. Mas esse ano foi o único ano que eu vi a Luísa com a Kat. Preferi não perguntar ou tocar no assunto.

Acho que eu fui o único que vi o lado sentimental da Kat.

No dia em que o Travis disse que gostava da Carlie. Cara, eu tive vontade de esmurrar ele totalmente. A Kat não conseguia olhar nos olhos dele. Naquele dia ela chorou abraçada comigo por várias horas. E eu percebi o quão frágil ela era.

Agora eu tô aqui, preocupado com essa baixinha de mechas. Que não sai do quarto faz dois dias.

Eu lembro que ela apareceu la na sala perguntando pelo Travis. O que? Eu ouvi sem querer a conversa. Depois ela aparece sorrindo como se nada tivesse acontecido, mas seu olhar estava perdido, ela tava triste. Eu senti isso. E logo depois entra Travis e Carlie. De mãos dadas.

Eu tava agindo estranho esses dias com ela. Não me pergunte o por que. Eu tô completamente confuso em relação a Kat.

Quando chegamos em casa ela se trancou no quarto e até agora não saiu.

Bati na porta. Ouvi ela falar alguma coisa, logo depois abri a porta e entrei. Mostrei só a cabeça. Vi ela deitada na cama. Olhando para o teto. Acho que nunca vou esquecer essa cena. Seus cabelos caiam, suas mechas ficavam bem visíveis agora. Seus olhos tinham um brilho diferente. O quarto estava um pouco escuro. A única luz que tinha era a do abajur.

– Hey baixinha, você não sai desse quarto a dois dias, está tudo bem? - Perguntei, tentando não parecer muito preocupado. Vi que ela me encarava com bastante atenção.

– Oi gigante, pode entrar. Eu tô bem, só precisava dormir. - Ela disse e depois que eu entrei ela sorriu. E que sorriso, nunca pensei que sentiria falta do sorriso dela.

Me sentei na cama, fiquei olhando ela.

– Dormir por dois dias? - Perguntei, não acreditando.

– Talvez eu tenha pensado um pouco também. - Ela falava ainda encarando o teto.

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Eu não sabia o que dizer ou falar. Só queria ficar ali, olhando para ela. Parece loucura, mas é a pura verdade.

– Eu tô saindo, vou encontrar alguns amigos... - Disse para quebrar o silêncio. Ela continuou calada, encarando o teto. Teve uma hora que olhei para ela. Para ver o que tanto ela olhava. E vi que não era nada. Só uma parede pintada de branco. Ela que estava distante, pensativa.

– Quer vir? - Perguntei, com esperança que ela aceitasse.

– Me arrumou em alguns minutos. - Disse se levantando. Sorri.

– Vou sair para você se arrumar. Vê se não demora. - Disse indo até a porta, olhei para ela. Ela me amostrou a língua. Vê se pode?

Sai do quarto e liguei para o meu melhor amigo. O Max, para confirmar.

Ligação ON

– Hey Max, então o pub ta certo?

– Ta de brincadeira né? Se você furasse eu te matava cara. O Carlos já ta aqui comigo, estamos indo agora.

– Ok, tô levando uma amiga beleza? - Disse.

Vi uma risada do outro lado da linha. - Mais uma não é? Fala aê a Fernanda não tem te ligado não? - Falou Max. Revirei os olhos.

– Ela é só uma amiga Max, não inventa. A Fe é minha namorada e não é ciumenta ok? Ela sabe que eu tenho amigas...

– Aham, por que não chama a Fe também? Já que ela não nem um pouco ciumenta. - Falou irônico.

– Ta, ta bom. Agora tchau. - Disse e desliguei.

Ligação Off

Como perceberam, sim, eu tenho uma namorada. Eu conheci a Fernanda nas férias. Ela é legal, divertida e tem um corpo de deusa. Eu tenho falado pouco com ela essas semanas. E ela nem desconfia que a Kat ta morando aqui em casa. E sim, foi ironia quando disse que a Fernanda não é ciumenta. Ela é o poço dos ciúmes. Brigamos toda hora por conta disso. Eu não posso nem sai com os meus amigos por causa do ciúmes dela.

Não me entenda mal, eu gosto da Fe. Mas, eu não sinto, sei la, diferente quanto estou com ela sabe? Eu sou o cara que ela quer que eu seja, não sou eu mesmo. Ela odeia que eu ande de Skate, odeia quando eu uso touca e odeia as bandas que eu ouço. Eu só to um pouco cansado de fingir.

Acabei ligando para ela.

Ligação ON

– Fe? - Perguntei assim que ela atendeu.

– Oi amor, pensei que tinha me esquecido baby. - Dois apelidos numa mesma frase, quem aguenta?

– Desculpa, estava ocupada com a escola. Tô indo no Pub com o Max, o Carlos e a Kat, quer vir?

– Quem é Kat, Adam? - Viram?

Revirei os olhos. - Uma amiga. Minha vizinha. Quer vir ou não? - Perguntei direto.

– Tudo bem amor, vou me arrumar. Você passa aqui para me pegar? - Perguntou.

– Não dá. Vem de táxi, eu pago quando você chegar. Beijos. - E desliguei sem esperar ela respondeu.

Eu tô sendo um idiota, eu sei. Mas a Fernanda estava comigo sempre que eu precisava. Eu me sinto errado em terminar com ela.

Ligação OFF

– TO PRONTA! - Gritou Kat, do quarto.

– Pensei que ia demorar mais outro século. - Disse. Tenho certeza que ela revirou os olhos.

Logo depois ela saiu do quarto. Ela usava um short jeans com uma tachinhas de cruz, com uma blusa do Nirvana, uma casaco preto que iam até a altura do short e usava um salto preto, com uma bolsa nos ombros. Ela estava linda, do estilo dela. Mas incrivelmente linda.

– Voc-cê ta linda Kat. - Ela sorriu timidamente. Balancei as chaves de Joana e sorri.

– Vamos? - Ela assentiu animada.

– Não acredito que vou finalmente andar na sua moto com nome estranho. - Disse animada.

– Ela não tem nome estranho. - Retruquei.

– Tem sim. - Disse rindo. Descemos e logo estamos no quintal. Estava frio, o céu estava cheio de estrelas.

Subi na moto e bati no banco atrás de mim para ela se sentar. Ela sorriu animada e não esperou mais nenhum segundo.

Vi que se sentiu deslocada. Sem saber em que se segurar. Peguei em sua mão. Ela hesitou um pouco, mas depois acabou me deixando guia-la. Pus seu braço envolto do meu corpo. Ela não estava se segurando e sim me abraçando. Firmemente. Botou o queixo sobre o meu ombro. Podia sentir sua respiração. Ela sorriu, quando tive certeza que ela estava segura parti com a moto.

O vento frio batia no meu rosto. E quando o sinal fechou no vermelho  eu olhei para Kat. Ela mantêm seus olhos fechados, mas ainda tinha um sorriso no rosto.

Era a visão mais linda do mundo.

Logo chegamos no Pub. Ela desceu e por um momento amaldiçoei o Pub por ser tão perto, eu queria poder ficar com ela abraçada a mim por muito tempo.

Logo que ela desceu, eu desci depois. O pub estava cheio de adolescente da nossa idade e alguns mais novos.

Avistei o Max e o Carlos. Acenei para eles e sorri. O Max me conhecia desde pequeno. Somos amigos desde então. Logo depois fizemos amizade com o Carlos.

Fomos até eles.

– E aê cara? - Disse cumprimentado Carlos e Max. Que fizeram o mesmo.

– Pessoal, essa aqui é a Kat. - Os meninos a cumprimentaram. Entramos no Pub e nós sentamos na mesa. Ficamos conversando um pouco até que a Fernanda entrou e me avistou. Sorriu. Não pude retribuir.

– Oi meninos. - Disse ela ao nós alcançar. Falou com o Max, o Carlos. E veio até a mim. A Kat olhava completamente perdida para aquela estranha.

Ele me deu um beijo nós lábios.

– Oi amor.

– Oi Fe. - E logo depois vi um olhar completamente estranho da Kat, que me fez arrepender de ter chamado a Fernanda.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Irão me matar?
Quero comentários, nem que sejam para me xingar.
Beiju e vou ta postando o outro logo, logo.



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