Súplicas E Desejos escrita por Aeikin
Notas iniciais do capítulo
~Reescrevendo algumas coisinhas :~
Súplicas e Desejos
Talon abriu seus olhos, e imediatamente veio à súbita dor no peito. Havia sofrido uma tentativa de captura, que não foi bem sucedida. Viu a figura ruiva encostada na parede, Katarina percebeu que ele havia acordado e foi em direção a cama onde estava.
– Enfim acordou. – Katarina pegou uma cadeira que estava perto e sentou-se ao lado da cama.
– O que você está fazendo aqui? - Ele franziu as sobrancelhas. - Deveria estar nos Campos de Justiça.
– Sim, eu deveria. – Ela encheu o peito de ar e o olhou em seguida. Ele estava com uma faixa no peito com um pouco de sangue. Demaciana vadia, pensou. – Quem não deveria estar aqui é você.
– Por mais que todos achem que estou aqui por Du Couteau, eu estou por você.
– Isso não é verdade, Talon.
– Quero saber o que houve com ele, Kat. E você também quer. – Katarina bufou, detestava aquele assunto, mas no momento detestava mais a Demaciana.
– Está doendo muito? Irei atrás da vagina que fez isso com você.
– Sabe quem fez?
– Não. Mas, sei que há obra de Garen nisso. – Talon a lançou um olhar reprovador. O ódio que Katarina sentia pela demaciana não era nada comparado ao seu ódio pelo líder da Vanguarda Demaciana.
– Não quero que você vá atrás dele. – A voz de Talon saiu mais rouca do que o normal. O brilho nos olhos castanhos que encarava Katarina era em tom de súplica.
– Não me peça isso.
– Está me usando de desculpas para poder ir vê-lo. – Katarina bufou mais uma vez, achando incrível a maneira de como os olhos dele sempre podiam refletir o que sentia. – E isso só comprova o que acabei de falar.
Malditos olhos, pensou Katarina. Levantou-se em um movimento rápido, foi em direção da porta fechada, abriu-a e saiu por ela, sem dizer uma única palavra.
Detestava quando ele achava que sempre haveria algo por trás. Isso era meia-verdade, não aguentava esperar à hora de fazer com que o sangue de Garen escorresse por sua lâmina.
Talon bufou ao ouvir a maneira agressiva de fechá-la. Levantou-se com dificuldade e saiu também pela porta. O corredor estava bem iluminado, dando uma clara visão da ruiva encostada na parede com seus braços cruzados, olhando para seus pés. Virou-se para ela e grudou suas mãos na parede em forma de apoio. Cercou Katarina com o ato, mas ele não se importava, sem abdômen doía.
Katarina descruzou os braços e o observou. O peito nu com uma faixa com sangue, a calça preta amarrotada, os longos cabelos castanhos caídos na face e os lábios entre abertos. Bem convidativos.
– Não deveria me irritar, Katarina. – Talon rosnou e depois sorriu ao perceber a ruiva ficar sem ar com sua aproximação. Ele vagarosamente encostou seus corpos, rosando seu nariz do pescoço branco até o nariz dela.
Ela não queria o afastar. O toque lhe causava arrepios e viciava. Não queria que ele se afastasse, não queria que ele pensasse daquela forma. Queria apenas que ele percebesse que ela estava em busca de vingança.
Talon tirou a mão esquerda da parede e pegou o queixo de Katarina, olhando obscenamente para os olhos verdes.
– Cabe a você me afastar. – Ela sentiu o hálito quente em sua face e fechou os olhos.
Sabia que se o afastasse, ele nunca mais a tocaria daquela forma.
Sem ao menos pensar em hesitar, encostou seus lábios nos dele. Queria mais. Muito mais. Talon pegou sua nuca e aprofundou o toque. Um beijo que começara calmo e tímido, se tornara uma briga por posse. Todo o desejo que ambos escondiam por anos, era revelado naquele beijo quente. Todos os medos, todas as inseguranças de Talon havia desaparecido.
E Katarina sabia, sabia que nunca haveria alguém com que ela se preocupasse tanto quanto ele. Não sabia explicar o que era esse sentimento, mas tinha a certeza que não era nada fraternal.
– Não vá. – Ele sussurrou entre seus lábios e a olhou novamente com o tom de súplica.
– Não irei, Talon. – E assim, voltou a beijá-lo.
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Primeira one-shot, não joguem pedras '-'