I Want You Just For Me escrita por ChicaSweet


Capítulo 10
Capítulo 10 - O Jantar.


Notas iniciais do capítulo

Hey, finalmente.
Eu demorei pra postar porque fiquei sem inspiração, ainda tive estresses e tudo mais. Reescrevi esse capítulo umas 3 vezes, e só agora consegui montá-lo.
Espero que gostem...
-
Enjoy ^^



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Tudo ia bem pra mim. Até mesmo esse meu "namoro" com a Juliana. Afinal, eu gosto mesmo dela, só não sei se posso confiar ainda.

Na noite seguinte, ela havia me convidado para ir na sua casa. Tá, eu sei, cedo de mais para essas coisas, mas já que eu não tinha nada pra fazer, aceitei o convite. Ela me buscaría em casa, umas 20hrs da noite. Pra minha mãe, Juliana é apenas uma amiga.

                                      ****

Ao chegar em sua casa, deparei-me com um homem já de idade. Ele dizia coisas como "Menina, Deus é mais que essa garota aí do seu lado". Juliana pediu para que eu ignorasse seu vizinho. Não entendi muito bem porque ele disse isso, mas tentei ignorá-lo.

—Sua familia saber que você é...? —Se eles sabem que eu sou lésbica. É Isso? —É! —Bem, sabem. Quer dizer, minha mãe sabe, e meu pai já deve saber. —Por que? —Dizem que você não consegue esconder nada dos mortos. -Juliana realmente era fria. —Ah. Desculpe. —Não precisa se desculpar. Um dia ele iria ter que bater as botas mesmo. -Sorriu.

Entramos na sala e logo fomos recebidas por uma moça nova e bem bonita. Ela era loira, assim como Juliana. Vestia roupas justas e o que me chamou a atenção, foram os três piercing que ela tinha. Um no lábio, outro no septo e o terceiro na língua. —Meninas! -Ela disse animada. A casa não estava silenciosa, tocava uma banda punk rock americana, bem baixinho, mas dava pra ouvir a voz de uma mulher cantando. —Mãe, essa é a minha namorada.  -Achei que ninguém sabia sobre nós. NINGUÉM mesmo! Pensei que a mãe dela iria me expulsar ou algo do tipo. —Olá Annie. -Ela já sabia até o meu nome. —A Juliana sempre disse que você era linda, e agora, vendo você pessoalmente... É linda mesmo. -Os olhos dela brilhavam em cima de mim. —Haha, obrigada. -Dei um sorriso forçado. Eu estava muito nervosa.

—Então mãe, o que preparou pra jantar? —Bem, eu não preparei. Eu comprei. -Riu. —Mãe? Pelo ao menos hoje né. Só hoje. —Juh, você sabe que eu não cozinho. -Ela riu. —Eu não me importo. —Bem, se você diz.

Juliana pegou na minha mão e subimos as escadas que davam acesso á um corredor deserto. Haviam apenas algumas portas. Entramos em uma delas, onde tinha uma placa escrito: H.E.L.L

Vi vários posters de bandas. Pouquíssimas, eu conhecia. Tinha Avril Lavigne, Dominatrix, Bikini Kill, Lesbians on Ecstasy, um poster enorme do Marilyn Mansoon, The Kills, Dimmu Borgir e outras que não lembro.

—Nossa, seu quarto é bem... Fantástico. —Você ainda não viu nada. -Sorriu maliciosa. Adorava quando ela fazia isso. —Então, eu vou no banheiro e já volto. Pode tocar meu violão se quiser. —Está bem.

Levantei para pegar seu violão, -que por final, era a coisa mais linda que já vi- e algo me chamou a atenção. Um livro preto embaixo da cama. Talvez tivesse caído e ela não tinha visto. Peguei o livro e me assustei com aquela capa. Ela saia do banheiro quando me viu com o livro na mão. —Juliana, o que significa isso? -Ela veio até a mim e pegou o livro, o colocou em uma gaveta e fechou. —Não é nada. —Como assim não é nada. Aquilo era livro de bruxaria. —Bruxaría? Você pirou, só pode. —Eu não pirei. Tenho memória fotográfica. —Merda! -Ela passou a mão pelos cabelos. —Está bem, é de um amigo meu. —E o que um livro de bruxaria de um amigo seu, faria aqui na sua casa, no seu quarto, caído embaixo da cama? —Annie, para de tão paranóica. É claro que eu não mexo com essas coisas. Minha mãe me mataria. —Você tem certeza de que esse livro não é seu? —Tenho. Se você quiser acreditar em mim, tudo bem. —Não, eu acredito. -Me aproximei dela para abraçá-la. —Me desculpe. —Tudo bem.

                                              ****

Depois de nos entendermos, sentamos em sua cama e ficamos conversando. Melhor, tentamos.

—Qual é a da Thaíz? -Ela perguntou. —Como assim? —Ela tenta ser toda fofa pra você. Mas ela não me engana, nem um pouco. —Você está com ciumes? —Eu não tenho ciúmes. —Se isso não é ciúmes, é o que então? —Cara, eu não tenho ciúmes, pronto e acabou. Eu só não gosto dela, principalmente perto de você. —Eu sabia que você não gostava dela. —Sabe do que eu também não gosto? —O que? —Que você namore comigo, e que ninguém saiba. -Ela fez com que eu me lembrasse de algo. —Juliana, duas garotas no banheiro da escola me chamaram de lésbica, depois eu recebi mais um papel. —Um dia você se acostuma. —Mas eu queria saber quem é que fica mandando esses papéis. —Simples. Eu disse que cedo ou tarde, as pessaos iriam saber.

A mãe de Juliana bateu na porta do quarto e trouxe uma pizza enorme e uma garrafa de vinho. Devoramos a pizza e depois eu deitei de tão cansada que estava. Ela ainda sentada, ficava a observar meu corpo.

—Que foi? -Perguntei sorrindo. —Já te disse que você fica tão linda deitada? -Sorri novamente. Eu não estava tão sóbria, mas dava pra saber quais eram as intenções dela comigo. —Não, você não falou ainda. —Então... -Ela colocou o resto da pizza e a garrafa vazia de um lado, e deitou comigo. —Eu falo: Você fica tão linda quando está deitada. -Sussurrou aquilo no meu ouvido, fazendo todo o meu corpo reagir. —Hmm... Bom, bom. -Falei. —Então... O que você sabe sobre mim? -Ela perguntou. —Verdade, verdade? —Sim. —Eu sei que você brinca com o coração das meninas que você sai, sei que você não namora, só fica, sei que você não é confiável, sei que você não presta, e sei que você é linda. —Hum... E sabendo tudo isso, por que está comigo então? —Porque eu acredito em você. Acredito que você não fará comigo, a mesma coisa que fez com as outras. —Nem tudo. -Ela sorriu. —Como assim?

Ela passou a mão por debaixo da minha blusa e abriu meu sutiã. Olhei assustada para ela.

—O que você vai fazer? —Nada.

Ela continuou, abrindo o zipper da minha bermuda. Eu não sabia o que fazer naquele momento.

—Juliana, para. -Levantei. —Mas por que? —Eu não sei... É estranho. —Não tem nada de estranho em fazer sexo com outra mulher, Annie. -Ela tinha que parar de ser tão direta assim. —Claro que tem, pelo ao menos pra mim. —Cara, quando eu começar, você vai implorar para que eu continue. -Riu. —Juliana? Para. Isso não está ajudando. —Ai ai. -Ela passou a mão no meu rosto. —Que foi minha linda? -Perguntou "carinhosamente". —Eu não sei. Acho que ainda não estou pronta. —E se tentarmos novamente? -Achei que a idéia não iria adiantar muito, mas mesmo assim topei. —Está bem.

Ela foi abrindo o zipper e descendo minha bermuda. Ela me beijava mas mesmo assim, eu estava nervosa. Muito. Depois ela foi tirar minha blusa e eu pedi que parasse novamente.

—Ah, o que houve dessa vez? —Eu não consigo! —Por acaso é meu hálito? Por que se for, eu pego uma halls preta ali agora. —Não. Seu hálito está ótimo -Que nojento. —É alguma coisa que eu fiz? Claro que não pode ser né, porque eu nunca erro. -Se gabou. —Não, não é nada com você. Eu apenas, não consigo. Definitivamente não estou preparada.

Vi Juliana se afastar de mim, levantando e pegando a caixa da pizza e a garrafa vazia e saindo do quarto. Eu fiquei lá, sentada na cama com metade da minha blusa e calcinha. Estava tentando processar o que acontecera ali. Eu quase fiz sexo com a garota que á uns dias atrás, eu odiava.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gosta... o Capítulo 11 ainda não está escrito. Posto assim que puder ^^



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