Blind Game Again escrita por BeyondWall


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOI.
Então, muita gente não me conhece e etc então estou me apresentando. Sou Ryeo, também conhecida como Beyondwall. Eu postava fics de jrock e kpop MAAAAAAS um incidente ocorreu.
Eu me revoltei e parei de entrar aqui, mas comecei a ver e ler Magi e me apaixonei. Infelizmente, não achei fics de Magi no AS, e como aqui eu li umas que entraram pra minha lista de favoritas, resolvi postar também.
Eu estava num bloqueio terrível e juro que estou me esforçando pra sair dele. A fic não foi betada, não achei uma boa alma que pudesse fazê-la, então não reparem os erros. qqq
E boa leitura. ♥



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Desde o beijo, Cassim não havia dito mais nada, e o lado bom é que tudo voltou a ser como era antes. Talvez ele estivesse chateado, de coração partido e então descontou em mim sem ao menos me dizer algo, e confesso que aquilo me chateou um pouco. Conseguimos chegar a tempo para a primeira aula e prometi ajudá-lo assim que chegássemos. Como o fim de semana estava quase chegando, dava para aproveitar o tempo livre. E isso significava estudar mais!

O sinal do intervalo tocara. Cassim me chamou para jogar basquete, mas nunca vi graça no esporte. Optei por me sentar e ler algum livro, o observando jogar na quadra, não tão longe de mim. Ele parecia se divertir tanto que não evitei esboçar um sorriso em meus lábios.

Após o intervalo, voltamos para nossa classe, e até me acostumei com o jeito despojado de Cassim. Não, eu não poderia tentar mudá-lo; ele não mudaria nunca. Depois da aula, Cassim segurou meu pulso gentilmente, mesmo com o jeito naturalmente grosseiro dele.

– C-Cassim?

Então, ele me olhou.

– Alibaba, vamos nos atrasar! – ele começaria a correr se eu não o impedisse, permanecendo parado. Logo ele se virou, me fitando. – Vamos!

– Pra onde?!

– A marcha dos zumbis! Não viu a atualização da página?

– Que marcha...?

– Você pode escolher ser um humano ou um zumbi, e então os humanos atiram nos zumbis com uma arma de brinquedo e os zumbis tentam comer os restos de carne dos humanos. Você vai gostar!

Parecia ser uma boa ideia. Torci os lábios, pensativo, até chegar a uma conclusão.

– Ok! Eu serei um humano!

– Uma pena, porque eu comerei todos os seus órgãos!

Cassim ria, entrelaçando nossos dedos e correndo em direção à nossa casa.

Nossa.

• • •

– Cassim... As pessoas...

– Deixem que olhem. Aposto que isso é inveja, porque sou o zumbi mais lindo que existe. – sorri. Realmente, as pessoas nos olhavam como se fôssemos de outro mundo. Por céus, eu estava vestido como um Chris Redfield loiro e Cassim parecia um zumbi do gueto, era tão cômico!

Esperamos o metrô chegar, e por azar, estava lotado. Mas ele se recusava a chegar atrasado naquele evento tão esperado, e então puxou meu braço e me puxou para dentro do metrô, me empurrando sem brutalidade contra a parede. Estava tão lotado que nem conseguíamos nos mover, e aquilo foi tão óbvio que o corpo do Cassim ficou praticamente colado ao meu, após um homem aleatório sem querer o empurrar contra mim.

E instantaneamente pude sentir sua respiração quente contra a minha. Naquele momento nossa distância com certeza fora quebrada, e a respiração de Cassim estava tão pesada que, de alguma forma, parecia que ele me desejava.

Não! Aposto que foi coisa da minha cabeça. Até parece que um cara como o Cassim se interessaria por mim, que sou outro cara!

Mas a boca dele estava tão próxima da minha orelha... Não posso negar que fiquei arrepiado com aquilo, mas torci para que ele não notasse.

E, após algumas estações, chegávamos ao nosso destino.

– Chegamos. – novamente, puxou meu pulso, saindo do metrô e me levando junto consigo. O local do evento não era tão distante, e dei graças pela maquiagem de Cassim ser tão resistente. Eu havia o maquiado com tanta perfeição que temia ver seu rosto todo derretido durante o trajeto.

E, por fim, fomos ao local do evento, e foi o momento em que Cassim finalmente soltou minha mão. Após nos inscrevermos, adentramos no local, e logo Cassim foi rodeado dos garotos mais populares do colégio e também das garotas mais bonitas.

Ele sempre falou que éramos tão diferentes e eu sempre discordei, mas acho que seria melhor concordar ao ver aquela cena.

Eu me senti bastante deslocado, vendo tantas pessoas vestidas de zumbis e atiradores humanos, como naqueles jogos de ação e terror. Contudo, odiava me sentir sozinho, mesmo com tanta gente ao meu redor. Suspirei pesadamente, e então os organizadores começaram a separar os times, e eu - obviamente -, fiquei ao lado dos "humanos". Via Cassim do outro lado, sorrindo e brincando com seus amigos vestidos de zumbis, se preparando para a grande caçada.

Claro, encontrei meus conhecidos e amigos por lá também, e muitos estavam como humanos. Não pude evitar rir quando Judal e Sinbad tiveram uma pequena discussão, de quando Judal descobriu que Sinbad estava do lado dos humanos e ele dos zumbis. Morgiana, uma grande amiga minha, estava também ao lado dos humanos, mas acho que ela preferiu ficar perto de outro amigo nosso. Acho que ela gostava dele.

Mas... Por que é que eu me incomodei tanto com o Cassim tão alegre ao lado dos amigos? Não que eu tivesse ciúme deles, seria ridículo. No entanto, aquela sensação de que outra pessoa poderia fazê-lo sorrir tão verdadeiramente...

Por que eu comecei a pensar sobre isso?

Então, o organizador iniciava a partida, antes entregando uma pistola de brinquedo a cada inscrito, e a cada tiro uma bolinha de tinta vermelha saía. Era tipo paintball, porém menos violento e não machucava, só indicava onde o zumbi havia tomado o tiro para sair da partida. Quando o jogo começou, todos começaram a correr feito loucos, e eu até achei engraçado; parecia mesmo um apocalipse zumbi.

Corri por várias ruas, atirando em alguns zumbis e mirei logo pela cabeça, certando bem no meio da testa. Se há algo que aprendi com videogames é que, se encontrares um zumbi, atire em sua cabeça!

Eu não parava de correr, e mesmo que eu começasse a me cansar, aquilo era divertido. Entretanto, minha "munição" aos poucos acabava, e eu sabia que deveria me esconder para recarregar minha arma de brinquedo. Atirei nos zumbis ao meu redor e me escondi num beco escuro, fora o fato de que aos poucos anoitecia (o evento sendo ao ar livre). Apanhei a arma e me preparei para recarregá-la, mas senti alguém me agarrando por trás, o que me fez arregalar bem os olhos.

– Te peguei. – era Cassim, que envolveu minha cintura fortemente com seus braços, encostando seu queixo sobre o meu ombro. – Agora você está morto.

– Não, você não me mordeu ainda. – retruquei.

– Tem certeza? – então, não esperou um segundo após me responder para levar os dentes ao meu pescoço, mordendo-o sem força alguma. Seus braços apertavam mais minha cintura, e pude sentir as leves e gostosas cócegas percorrer pelo meu corpo, o arrepio delicioso que subia à espinha. Sim, ele realmente me pegou.

– Eu me rendo, acho que você ganhou essa. – sem me responder e tampouco se afastar de mim, ele ainda me mordia sem força alguma, logo passando a língua pelo local e sugando minha pele, e dava pra sacar que ele queria marcá-la. Tentei afastá-lo de mim sem grosseria, mas ele permanecia grudado, com as mãos rapidamente adentrando o tecido de minha camiseta, sob o colete que completava a minha fantasia. – C-Cassim, o jogo já... Você ganhou...

Todavia, ele virou meu corpo contra a parede, ali mesmo naquele beco, e me fitou daquela forma tão... Perigosa.

– Eu não ganhei. – respondeu. – Não te devorei da forma que eu deveria fazê-lo.

O que ele queria dizer com aquilo...?

Engoli saliva a seco, fechando os olhos enquanto ele simplesmente tirava o colete do meu corpo. O pior nem foi ele ter feito aquilo, foi o fato de eu ter deixado. Não só deixado como gostado demais daquela atitude.

Mas eu não era gay, eu não gostava de homens. E por que meu coração ficava cada vez mais acelerado? Que droga!

As mãos dele desceram às minhas coxas, e ele beijava meu pescoço tão desnudo, praticamente implorando para que ele o marcasse. Os arrepios em meu corpo cresciam cada vez mais, e mordi meu lábio inferior, desejando aquilo.

A tinta do rosto de Cassim sujava minha pele antes somente suada pelo calor, e logo sujava também a lateral de meu rosto. Um beijo em minha bochecha foi deixado antes que seus lábios tomassem outro rumo, e quando o fez, era como se automaticamente meu corpo se preparasse para isso.

E então Cassim me beijou.

Sua língua invadia minha boca como se pertencesse a ele, como se eu fosse propriedade dele, e suas mãos me tocavam sem pudor algum. Tentei retirar seus dedos de minhas nádegas, mas ele era mais forte que eu não só em força física, mas também na capacidade de me desmontar, a ponto de não conseguir evitar o ato. Era gostoso, apesar de tudo.

Levei as mãos ao tórax quase desnudo pelas vestes rasgadas; a roupa lhe caía bem. Cassim tinha um ótimo porte físico, e eu não era a única pessoa a afirmar isso. Seu peito se movia intensamente, seu coração estava tão acelerado quanto o meu, e os olhos de ambos estavam cerrados. Só precisávamos sentir um ao outro.

Envolvi seu pescoço, e logo arranhei sua nuca. Quando dei por mim, Cassim me sentou sobre a lata de lixo dali, abrindo minhas pernas e ficando entre elas, cortando o beijo por um breve instante e logo voltando a devorar meus lábios.

E eu sequer pensava em parar aquilo.

Até que... Eu o parei. Eu precisava de ar; eu estava tão ofegante...

– Alibaba... – só pude ouvir meu nome abandonando seus lábios; o tom de voz rouco que praticamente me desmontou.

– Eu só...

Tempo esgotado para respirar. Cassim retomou o beijo, me apalpando como se eu fosse dele.

Talvez eu fosse...

Espera... Eu era dele?

E durante o restante do evento, ficamos ali, nos agarrando, como se fôssemos um casal de namorados.

• • •

Após o evento, eu havia perdido o meu colete e Cassim estava com as roupas amarrotadas, além da maquiagem completamente borrada. O restante da maquiagem dele estava em meu rosto, e parecíamos dois "recém-zumbis" caminhando em direção à estação de metrô.

Pagamos a passagem e esperamos pelo transporte, dando graças por entrarmos num vagão vazio. Sentei-me num banco, ele se sentou ao meu lado.

– Me desculpe... – ele olhava o chão, e o metrô começara a se movimentar. Rumo à nossa casa!

Nossa.

– Pelo quê? – talvez ele estivesse arrependido de ter me beijado... Eu sou tão ruim assim? Ou ele apenas achou que eu não ficaria com ele?

– Seu colete. – ah. – Eu acho que o esqueci por lá, mas prometo te pagar um novo.

– Tudo bem, aquele colete não foi tão caro. Na verdade, acho que nunca mais eu o usaria, não sei se voltarei a um evento desses. – Cassim me olhou, e parecia um pouco desapontado. Então, continuei. – Não sirvo pra essas coisas. – sorri.

– É que...

– Hn?

Ele queria me dizer alguma coisa?

– Nada, deixa pra lá. – sorriu. – Olha só, já chegamos! Tão rápido!

Levantamos-nos, indo em direção a uma cama quentinha e comida gostosa. Não necessariamente nessa ordem.

É, eu nunca mais volto a um evento desses. Perdi um colete.


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Notas finais do capítulo

Então, explicando umas coisas: Essa fic deveria ser a segunda parte de outra OS minha, mas por algum motivo, resolvi postar essa parte primeiro. Espero que tenham gostado. ):
E acho que tive problemas com a formatação, hue.
Enfim, eu amo esse couple, sério. Acho que sou uma das poucas pessoas que adora o Cassim, mesmo ele sendoumfdpidiotaqueferiuocoraçãodoalibaba. uehuheuheuheuhuehuehuheu
(eu poderia ter usado outro termo ao invés de "humano", mas achei melhor deixar esse mesmo por causa da preguiçzzzz q)
Enfim, gostaram? Reviews? :3



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