Prólogo

- Peguem-na! Não a deixem fugir! – Ele ouvia vozes estranhas ao longe. Não sabia como havia parado ali, nem porque corria daqueles sons como se sua vida dependesse disso.

- Por favor, me ajude! – Também não sabia de onde vinha ou quem era a moça ao seu lado. Provavelmente ela era a perseguida. Ele só conseguiu ver seus longos cabelos negros presos numa trança.

- Peguem-na!

- Ajude-me! – Ela pedia. Não conseguia entender, mas sentia que aquela mulher era importante e que deveria protegê-la. Então a moça se virou e ele viu, de relance, belos olhos acinzentados.

- Jem? Jem? Tudo bem? – Tessa chama.

- Hã? Ah, sim. Não se preocupe, Tessa. É minha vez? – Olha para o tabuleiro de xadrez.

- Sim, estou te chamando faz um bom tempo. Tem certeza que está bem?

- Sim, só meio distraído. – Jem não sabia por que se lembrava daquele sonho, mas tinha um mau pressentimento. Algo aconteceria em breve, muito em breve. Algo grandioso.