O Filho Do Sol escrita por acciowinterfell


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Não revisei esse, pq quando tinha revisado a luz faltou aqui e perdi tudo que tinha concertado... ¬¬'



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"(...) sempre a direita." Disse Apollo.
Achava que tinha recuperado a consciência, não sabia. Tudo estava escuro, não sabia se meus olhos estavam fechados ou não conseguiam enxergar, porém sentia meus braços e pernas, os dedos obedeciam ao meu comando. Toda a memória do último acontecimento veio a mim, então meus olhos abriram e me levantei como uma serpente dando o bote, respirando ofegante, procurando Izzie e Arys, ou alguma Ninfa cor de rosa com as presas pendendo da boca e o sangue pingando deles. A pior lembrança chegou a minha mente, e foi como se pudesse ver Izzie no chão com a barriga aberta, e um rastro de queimadura em seu rosto.

Onde estava Izzie e Arys? Onde eu estava? Era uma caverna sendo clareada apenas por um fogo ao canto, estava de noite e a abertura da caverna mostrava as estrelas. Olhei para o meu peito, avistei o arranhão grande, da largura de um polegar que ia de um pouco em cima do umbigo até o peito direito, estava preto e feio, meio aberto, mas tratado.

Levantei-me e segui para fora da caverna, para procurar Izzie e Arys, mas a garota entrou e quando me viu, correu até mim e me pediu para se deitar, ela insistiu nisso e não iria me responder se não obedecesse, então fiz o que ela pedia, me deitando na palha que eu estava antes. Ela se ajoelhou ao meu lado e observou meu ferimento.

- Quem é você? - Perguntei, gemi um pouco quando ela colocou um líquido em meu peito.

- Sou Calypso. Acredito que veio em minha procura. - Ela riu, passou um pano, tirando o líquido que colocara. - O veneno foi o pior, não se preocupe.

- Não estou preocupado comigo. Onde estão meus amigos? - Calypso me olhou nos olhos.

- Estão em outra caverna, o garoto não está ferido e não sai do lado da outra, que está piorando. - Explicou ela. - Estou fazendo tudo que posso. - Tentei me levantar mas ela me impediu. - Ainda não acabei com você.

- Olha - Falei - Tudo o que preciso é de suturas, eu conheço meu ferimento, me de alguma linha e eu mesmo faço. - Ela riu.

- Esqueci que filhos de Apollo são seus próprios médicos, bem, quando podem. Fique quieto e beba isso. - Ela colocou o copo na minha boca, o líquido tinha gosto de borracha, senti meu corpo pesar e adormeci.

Quando acordei, a caverna estava clareada e meus olhos demoraram para se acostumar a luz, me levantei e sai finalmente da caverna. Tinha um conjunto de cavernas ali, de frente pra praia, e um grande e bonito jardim no meio, com uma plantação e também várias espécies de flores, avistei Calypso no campo de rosas, seus cabelos negros voavam ao vento, só agora pude ver o quanto ela é bonita.

- Olá. - Falei - Obrigado por ter cuidado de mim.

- Foi um prazer. - Seu sorriso despertou algo dentro de mim. - Seus amigos estão ali. - Ela apontou para uma caverna, atrás dela. - Sua amiga melhorou, e o outro não saiu do lado dela, ainda. Ele realmente gosta dela.

- Obrigado Calypso, eu vou ver como eles estão, depois converso com você. - Comecei a andar para a caverna e me lembrei. - Você sabe onde está minha camisa? - Perguntei, ela sorriu.

- Não. - Respondeu Calypso. Ri de volta e voltei a andar para a caverna.

Quando estava entrando percebi que ainda estava sorrindo, mas parei quando avistei Izzie deitada, seus cabelos loiros estavam espalhados no chão, Arys estava sentado a seu lado, afiando sua lança, vi a queimadura em seu rosto, mas o ferimento na barriga estava tampado com um tipo de cera. Arys me viu.

- Ela não acordou. - Ele falou, me aproximei de sua cabeça e me ajoelhando e  comecei a alisar seus cabelos.

- Ela tem que acordar logo, temos uma missão pela frente.

- Você não pode cura-la? Você tem um dom. - Arys pediu.

- Não posso, meu dom não funciona em mim nem em filhos de Apollo.

- Droga!  - Ele amaldiçoou. Decidi esperar com ele, ficamos horas e horas falando sobre a missão e como Calypso poderia nos ajudar. Quando olhei para fora, o sol já estava se pondo. Izzie não dava sinal de vida. Podia ver como Arys estava preocupado.

- Não se preocupe, ela vai voltar pra você. - Tentei brincar. Ele apenas me olhou.

- Calypso parece bem bonita, hm? - Ele falou rindo. Agora eu fiquei sério.

- O que você esta insinuando? - perguntei, senti meu rosto queimar, ele riu mais alto.

- Arys? - Izzie chamou por ele baixinho. Arys deu um pulo, respondendo a Izzie.
- Estou aqui? - Izzie conseguiu levantar um braço e puxou Arys, o beijando. O beijo demorou, e demorou, depois de mais algum tempo perdi a paciência, então eu apenas quis sair dali.

- Vou deixar vocês a sós. - Eles nem ligaram para a minha voz, então eu dei a volta e sai da caverna.

Já estava escuro, procurei Calypso mas era impossível enxergar, então eu fui em direção a outra caverna que irradiava uma pequena luz de fogo, não sabia quem era realmente Calypso, ela não pode ser só uma garota bonita, tentei me lembrar de sua historia, sei que existe uma, mas não consegui.

Quando entrei na caverna, ela estava sentada ao lado da fogueira, com uma vara mexendo nas chamas enquanto uma lágrima descia por seu rosto. Avisei que estava entrando e ela limpou as lágrimas para que eu não visse. Já era tarde para isso.

- Ei, eu realmente preciso da minha camisa, está frio. - Contei, então ela sorriu e apontou para o canto da caverna.

- Mas se está com frio, pode se sentar aqui do lado da fogueira. - Ela disse. Percebi que era do lado dela que queria que eu sentasse então eu fui.

- Izzie acordou. Está... - Pensei no que falar. - conversando, com Arys.

- Entendo. Então você quer conversar comigo?

- Não... Quer dizer... Sim, mas...

- Tudo bem. - Ela estava a ponto de gargalhar. - Se você quer saber quando poderão ir, acho que só precisam de dois dias para ficarem melhor.

- Quero saber por que você estava chorando. - Disse.

- Não - Ela retrucou. - Você não quer...

- Me fale, você me ajudou, me deixe te ajudar...

- Você só será outro que irá embora. - Calypso falou, seu rosto ficou triste, fitando o fogo.

- Do que você está falando? - Ela não respondeu. - Tudo bem, se não quer falar, me deixe apenas te fazer companhia.

- Isso não ajuda em nada. - Ela afirmou. - Só piora, na verdade.

- Você não quer minha companhia? - Perguntei, com medo da resposta, mas...

- Quero. - Ela disse. - Quero muito. - Calypso me encarou, seu rosto demonstrava um pouco de medo, não sei o motivo, não conseguia explicar o que estava me atraindo, mas era como se seu rosto me puxasse para mais perto, fechei os olhos e a beijei.


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