O Filho Do Sol escrita por acciowinterfell


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Os semideuses descobrem o que está acontecendo, e a profecia começa a se esclarecer.



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Fui o primeiro a subir na base da estátua e segui procurando a fonte da canção enquanto Arys e Izzie subiam atrás de mim. Era uma voz doce e suave, me fazia sentir alegria e todos os maus pensamentos desapareceram. Quando rodeei a grande estátua, avistei uma silhueta de garota sentada na rocha, com longos cabelos vermelhos caindo sobre as costas, a mão dela segurava um pente e passou a usa-lo, penteando os fios avermelhados.

Arys e Izzie chegaram me perguntando, mandei-os fazer silêncio, não queria atrapalhar aquela linda música, Arys veio para o meu lado, também escutando a música com atenção. Izzie nos olhou descrente, virou os olhos e seguiu ao encontro da garota. Fui logo atrás dela e Arys atrás de mim.

Quando chegamos perto, pude ver a grande calda de peixe da menina, caindo até o mar, era enorme, seus seios estavam a mostra e seus olhos eram completamente azuis claro. Linda.

Izzie começou a falar.

- Com licença...

- Olá – A linda garota virou o rosto delicadamente – São vocês os semideuses do meu sonho? Que bom que chegaram. Eu escuto. – Não conseguia falar nada, então só restou Izzie.

- Sim, infelizmente sim, eu queria poder escolher meus companheiros, mas não posso. – Ela nos olhou, confuso balancei a cabeça, Arys nada fez. – Sou Izzie, esse é Chris e o outro... que está BABANDO! – Ela gritou, como se acordasse de um sonho, ele se mexeu desajeitado. – É Arys. – Ela sorriu para a sereia.

- Eu vi que vocês chegariam, eu vi. Preciso avisa-los.

- Pode confiar em nós. – Arys se sentou a seu lado, e segurou a sua mão. Parece que ele esquece rápido. – O que você quer nos avisar?

- Arys, o que você está fazendo? – Izzie parecia muito furiosa.

- Shh. Deixe-a falar Izzie. – Ele levantou a mão, fazendo Izzie se calar.

- Eu já escutei. Eu já escutei. – Ofegava a sereia - Eu já escutei. Ele está vindo. Vocês precisam avisar ao senhor dos mares. – Ela falou, olhando nos olhos de Arys, parecia muito assustada. Eu escutava tudo, observando, saí do encantamento daquela sereia, mas Arys não, não mesmo.

- O que você está escutando? Poseidon? Avisar o quê? – Izzie perguntou.  – Fale com calma.

- O Kraken. Da última vez que ele saiu, as coisas não foram boas, graças a Perseu ele se foi, agora eu escuto, o chão se abrindo, ele está vindo, só Poseidon pode nos salvar. – Izzie me puxou forte pelo braço, deixando a sereia e Arys sozinhos.

- Você entendeu tudo que ela disse? – Perguntou Izzie.

- Sim, Kraken está voltando, temos que avisar a Poseidon antes que ele se liberte, como fazemos isso?

- Não dá, o Olimpo está fechado, com os deuses trancados lá dentro, ideia de Zeus. Temos que pensar em outro jeito de nos comunicar com Poseidon. Ou... – Sua expressão se tornou pensativa, como se as ideias lutassem para sair de sua mente.

- Ou o quê? –Perguntei impaciente.

- Quem libertou o Kraken antes? – Ela parecia saber da resposta que eu não fazia ideia. Fiz que não sabia. – Hades, Hades libertou o Kraken, ele pode estar o soltando de novo. – Ela tinha um sorriso triunfante, como se tivesse acabado de completar nossa missão. Ainda estava perdido.

- O que você quer dizer? Vamos Izzie, me fale.

- Nos podemos ir até Hades, vários semideuses foram, nós podemos conversar com Hades, saber o que está acontecendo ou... Não sei, daremos um jeito nisso. Ai deuses, eu sempre quis ir para o submundo. – Ela estava realmente feliz, comecei a pensar sobre ela estar com alguma doença mental. Mas eu gosto dessa Izzie, aventureira e mandona. Estava dentro com certeza.

- Estou dentro. – Falei. Rindo também.

- Ótimo, vamos só chamar o Arys e... Oh meus deuses. – Izzie parou abruptamente, olhando para Arys beijar a sereia. A cara, até eu sei que não pode beijar uma sereia.

Rápido como um raio, a sereia pulou na água, levando Arys em seus braços. Ele nada fez para se livrar, completamente tomado pelo encanto da sereia. Corremos até a borda da base da estátua para o mar, mas só escutamos o som árduo da queda dos dois no oceano. Izzie xingava em grego o que eu infelizmente entendia, eu por outro lado, pensava se pulava ou xingava também. Se eu pular, eu nunca vou alcança-los. A sereia tem nadadeiras, ora! Mas mesmo assim, me livrei dos meus objetos e pulei.

Quebrando a água, senti meu corpo gelando com a temperatura da água, frio não é bom para filhos de Apollo. Em baixo d’água, procurei avistar a sereia e Arys, e vi a grande calda, nadando para baixo, tentei acompanhar, mas a cada metro que nadava, a sereia avançava cinco, isso seria impossível, meu corpo já clamava por oxigênio quando decidi subir à superfície. Levantei minha cabeça e Izzie já me perguntou se tinha conseguido alcança-lo, falei que não e ela começou a andar para os dois lados sem parar, parecendo que ia escavar o chão.

Subi nas pedras novamente – Ela nada muito rápido, Izzie, eu não pude ajudar.

- O que nós vamos fazer? – A garota se acalmou em um piscar de olhos, dando ares de que não era a mesma por certos períodos de tempo ou que controlava seus sentimentos em nível de deuses  e monstros.

- Não faço a mínima ideia. Aquela sereia vai leva-lo até o ponto mais fundo do oceano, se vamos fazer algo, tem que ser agora.

- Como é o nome do garoto? – Um garoto peixe estava em pé, um pouco distante de nós, nos olhando estranhamente, com escamas nos braços e pernas, olhos azuis como os da sereia, exceto pelo cabelo preto cacheado, parecido com o meu. – Vamos, falem se querem que ele viva.

- Arys, Arys Summer... Ajude-o. – Falei. O garoto pulou na água, depois de fazer um som estranho, talvez seja peixês, ou não sei...

- O que era aquilo? – Perguntei a Izzie. Ela se ajoelhou na borda, e fitou a água esperando algum sinal. Juntei-me a ela.

-  Outro sereiano, não sei que espécie, existe várias e várias. As sereias do mar de monstros são bem diferentes e mais perigosas, essas só são perigosas se você as beijar, mas apenas os garotos são burros o bastante para isso.

- Ei! – Reclamei, ela riu por um momento, depois voltou a fitar a água. Um vulto escuro pulou de lá, espirrando água a uma distância enorme, e foi  tão alto que alcançou as pedras, vi que era o sereiano carregando Arys, que agora estava no chão, cuspindo água, eu não sabia como ele conseguiu respirar tanto, mas lembrei que quando uma sereia te beija, você não pode ser afogado, até que ela pare. Me levantei primeiro e fui ajudar, mas Izzie se esbarrou em mim e se ajoelhou perto de Arys primeiro.

- Izzie. – Ele falava entre as tosses – Desculpa.

- Tudo bem. – Ela alisava seus cabelos. Bem, algo entre eles tinha. Um sorriso brotou no meu rosto no momento em que percebi que eles se gostavam.


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