Noites Sem Lua-romance Sobrenatural escrita por Dreamily


Capítulo 2
Nevoeiro


Notas iniciais do capítulo

Capitulo grande!A Anne Black Cipriano sofreu para ler e dar sua opinião



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–Bem vindo a Los Angeles-Minha mãe disse,logo após desembarcamos do avião.


Fiquei muito animada com a ideia de morar em Los Angeles,mas logo entrei em pânico quando eu fiquei sabendo que a minha casa estava hospedada em Fogbound.Um lugar perdido no mapa e que praticamente quase ninguém sabe da sua existência por ser uma área florestal.Fogbound já foi palco de diversos filmes de terror,estrelados pelos melhores atores pelo seu clima,que posso considerar um "pouco" sombrio.De dia essa cidadezinha é bem iluminada e a temperatura é de um verão agradável e de noite a temperatura cai bruscamente causando um grande nevoeiro após que o Sol se põe,cobrindo a cidade por quilômetros(daí a origem do nome Fogbound).

A minha única amiga quase pirou quando contei que iria morar em Los Angeles,mesmo sendo em um lugar fantasma.O pior é que ela enlouqueceu de vez quando soube que vários fimes que era fã foi feito nesse local.A minha mãe estava toda animadinha com essa história de se mudar e eu estava odiando tudo isso.Tudo começou quando a minha mãe recebeu uma carta avisando que ela tinha ganhado uma mansão de herança que foi passado de geração pela a família dela,resumindo era velha,extramamente velha.Meu pai só soube sobre a mudança depois que já tivemos feito as malas.Ele nem protestou,afinal, não ficava em casa nem dois dias seguidos e já voltava a viajar pelo mundo pelo fato de ser um empresário de grande sucesso.A minha mãe seguiu a mesma carreira do meu pai.Felizmente ela consegue tempo para a sua única filha solitária,que passa meses só em casa sobre a companhia da governanta.O pior é que minha mãe contratou uma governanta nova que mora perto daqui e uma moça que vem limpar semanalmente,o que significa que vou ter que conviver com pessoas estranhas logo no primeiro dia e ela vai pegar um jatinho particular para três países consecutivos:Tóquio,França e Canadá.Pelo visto vai ficar ausente por alguns meses.


Fui interrompida dos meus pensamentos misturados com meu podcast quando minha mãe parou o carro e disse:


-Anne,chegamos a sua nova casa!


-Essa é a nossa casa?-falei afastando um pouco o óculos escuro dos meus olhos.


-É sim.


–Pensei que seria...


–Velha.


-Um pouco velha,com mofo e portas de madeira úmida.


-A mansão estava desse jeito que você descreveu,mas mandei fazer uma reforma e decorar,como você está vendo.


-Ficou fascinante.Estou impressionada-afirmei retirando a bolsa do carro,enquanto um homem se ofereceu para ajudar a carregar a mala.


Caminhei até a porta e esperei a minha mãe me alcançar.Quando chegou perto de mim,fez questão de esclarecer:


-Esse é o sr.Josten,o novo jardineiro.


Entrei na casa e notei que o espaço era muito claro,com janelas e portas de vidros o que facilitava a iluminação.Uma mulher jovem e bela,vestida com um conjunto de saia e blusa cinza entrou pela a porta e cumprimentou minha mãe:


-Olá sr(a).Eleonor,espero que a viajem tenha sido muito agradável.


-Realmente ocorreu tudo bem


–Que maravilha!


-Essa é a minha filha,a Anne Withy-apontando em minha direção.


-Anne,essa é Pattricia,a governanta.


Fiquei impressionada por ela ser tão jovem e possuir uma beleza indescritivel.


–Como vai srt.Anne?-sorrindo em um gesto meigo


-Tudo bem Pattricia.


-Porfavor me chame de Patti.Espero que sejamos amigas.


–Está bem Patti-disse sem mostrar muito entusiasmo.


–Bem preciso me retirar-falou saindo e fazendo barulho com seu salto Prada no chão.


–Ela não é um amor de pessoa?-perguntou minha mãe enquanto me puxava para a escada.


-É-saiu em um tom sem convicção.

Alguma coisa não me agradava em relação a Pattricia.
 Subi lentamente os degraus e percebi que nem tudo era novo.A madeira antiga,consumida pelo os cupins fazia barulho enquanto pisavamos nela.Finalmente cheguei na porta do meu quarto.Entrei e percebi que minhas malas estavam sobre o chão.Minha mãe me deu alguns conselhos,ordens e conversou um pouco antes de sair do quarto para se arrumar pra viajem.


Observei o quarto e notei que ele estava do jeito que gosto.As paredes era em um tom de rosa claro,os mangás que eu desenhava estavam pregados na parede,havia também um mural pink repleto de fotos somente minha e tinha diversas prateleiras cheias de livros prediletos.Fui até a varanda,cuja as portas de vidros já estavam abertas e me debrucei sobre a grade de proteção e foi nesse momento que percebi que já estava de noite.Do lado da minha casa havia outra,do mesmo jeito elegante,mas com aparência de ser um pouco mais moderno.A minha varanda dava acesso á varanda mais grande e luxuosa da casa ao lado.Havia pouca diferença de espaço,mas seria impossível,por exemplo,tentar atravessar ou conversar daquela distância.Provavelmente haveria alguém já que a janela estava aberta e a cortina escura balançava por causa do vento.
 Bateram na porta:


-Anne,já estou indo embora-disse a minha mãe.


–Espera que eu vou te levar até a porta.


–Ok!


Antes de sair do quarto eu dei mais uma olhada para a varanda ao lado e tive a sensação que alguém tinha entrado na hora que eu virei,mas era impossível.Absolutamente nenhuma pessoa era capaz de sumir ou desaparecer instântaneamente.Levei a minha mãe á porta,e antes de ir embora conversamos um pouco:


-Provavelmente vou chegar de viagem antes das voltas ás aulas para nós duas escolher a escola mais próxima e melhor para você estudar!


–Está bem!Mas eu estava pensando em me matricular na High First.É uma das melhores escola que tem nesse matagal-eu disse com convicção na voz.

–Vamos pensar nisso "professorinha".Outra coisa,aqui é uma cidade desertica.Evite sair sozinha e jamais saia á noite.Você entendeu?


–Por favor mãe!Eu nunca saio de casa.Principalmente agora que não conheço ninguém e estou no meio do mato.


–Eu sei! É que só quero a sua segurança.Mesmo assim você tem que me prometer.Me promete?


-Tudo bem.
-É sério?
-Eu prometo.Está bom assim ou vai querer um juramento com discurso e tudo que tem direito?


-Confio em você.Tchau filha,não esquece de atender o seu celular quando eu ligar.


-Você nunca tem tempo de ligar-fiz cara de manhosa.


-Dessa vez vou ligar com mais frequência.Um beijo.


Ela começou a dirigir e sumiu na estrada.Entrei em casa em meio a meus pensamentos.Minha mãe é muito protetora e tem vez que me trata como se eu fosse uma criança.Acontece que já tenho dezesseis anos e daqui alguns meses vou fazer dezessete.Odeio quando as pessoas me tratam com infantilidade.Mas a minha mãe é assim porque ela só quer me proteger.Ela até me deu um carro cinza do jeito que eu queria quando soube que iriamos morar em Los Angeles.Eu estava pronta para subir ao meu quarto quando virei para ver o que tinha causado um barulho enorme:


-Que susto que você me deu!Até derrubei os copos da bandeja-Patti falou assombrada.


-Eu sinto muito
-Não foi sua culpa-abaixando-se no chão para recolher os cacos de vidro.
-Deixa que eu pego os vidros quebrados.


-Não precisa já que é meu serviço.


–Eu faço questão de ajudar.Minha mão não vai cair se eu te ajudar-me abaxei também para recolher os copos quebrados.


–Patti,sua mão está sangrando!
-É só um corte.
-Exatamente,isso é um corte e está sangrando muito,mas muito mesmo.Você precisa ir ao médico,é profundo.


-Não precisa de médico.Daqui alguns minutinhos vai cicatrizar.


–Como assim daqui alguns minutinhos? Um corte desse pode levar dias para cicatrizar.


-Eu sei disso mas é só um modo de dizer que vai curar rápido e que não precisa de médico.Obrigado pela a sua preocupação,mas não creio que é necessário ir ao médico com um corte desses.


–Insisto em dizer que é fundo e que esse corte merece uns dez pontos.


-Vamos combinar que se não parar de sair sangue eu vou ao hospital mais próximo.Está bom desse modo?


-Está-me levantando do chão.


-Anne você quer estudar medicina?


–Não.


-Bom saber.


Eu subi para o meu quarto ainda me lembrando da quantidade muito grande de sangue que a Pattricia tinha perdido.Tinha certeza que ela acabaria indo a um médico.Fui de novo até a varanda e observei que era uma daquelas noites onde a Lua não aparece e não há nenhuma estrela no céu,deixando as ruas em uma escuridão completa.Notei também que o denso nevoeiro tinha se formado.Parecia uma fumaça que cobria a floresta que era separada da cidade por um asfalto.Nada de cerca ou muro,me perguntava quantos animais ferozes poderiam haver lá dentro.Quando olhei para a varanda ao lado percebi que tudo continuava do mesmo jeito,com a cortina balançando ao vento.Será que tinha alguém naquela casa? Concerteza isso não era da minha conta.

Fechei com chave a porta da varanda e verifiquei se realmente estava fechada.Aquele lugar era sinistro e algumas vezes até me causava medo.Fechei também a porta do meu quarto e peguei um exemplar do livro Sussurros de uma garota apaixonada da prateleira.Adormeci na parte quando o Danny aparece pela primeira vez para a Brooke depois de morrer.


Acordei sentindo muito frio e quando me despertei totalmente eu vi a porta da varanda aberta,me levantei da cama pisando no chão gelado e coberto pelo o nevoeiro que tinha entrado.Como a porta da varanda está aberta se eu verifiquei se realmente tinha fechado com chaves? Isso estava estranho,como estava .Um calafrio percorreu o meu corpo em imaginar que alguém poderia ter entrado aqui.Mas como?Ninguém conseguiria escalar essa mansão,nem abrir essa porta sem fazer barulho.Fui até a varanda e verifiquei se não havia ninguém e observei que a cortina da janela da casa ao lado continuava a balançar,sem sinal de vida nenhuma.E ao observar senti um arrepio grande que fez com que automáticamente me encolhece os braços.Resolvi fechar mais uma vez a porta e pelo o vidro eu vi uma resta de uma pessoa lá fora,que rapidamente constatei que era a Pattricia.Ela não deveria está no seu quarto dormindo? O que uma moça tão jovem estaria fazendo lá fora em uma noite como essa?Quando olhei novamente,não vi ninguém.Ela tinha evaporado,sumido em questões de segundos.Realmente eu estava ficando louca,só pode ser isso.Sem dúvida,haveria uma explicação clara e sensata para tudo isso,amanhã eu tiraria a prova.

Me deitei novamente,mas estava sem sono.Olhei para o relógio de parede e percebi que já se passavam da meia-noite.Me virei de lado e fiquei pensando na vida até dormir.Não faço ideia de quanto tempo fiquei acordada,talvez horas.




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Notas finais do capítulo

Capítulo editado depois de um ano rss Bem, mereço comentários? Logo, logo, novo capítulo. Não esqueçam de conferir outras fan fics minhas.



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