Olivia entrou na sala dos detetives, dando de cara com uma mulher loira, sentada em sua mesa.

Quem é esta?

- Oi, procuro o detetive Stabler. - começou ela fitando a mulher.

- Ele está em um interrogatório, talvez eu possa ajudá-la. Sou a parceira dele, Dani Beck. - sorriu ela. Olivia sentiu os punhos se fecharem.

- Não é tão urgente assim. - suspirou. - Capitão Cragen está na sala dele?

- Sim, está, sim. - sorriu ela.

- Obrigada. - disse Olivia, indo na direção da sala.

Quando chegou até a porta, ela abriu, sem ao menos bater.

- Oi. - disse séria.

- Olivia! A 1PP esqueceu de me avisar que você tinha voltado. - disse Cragen contente.

- Ah, tudo bem. Acho que ainda não estou preparada para voltar. - sorriu insegura. Cragen a fitou confuso. - Como ela está se saindo?

- Bem, muito bem. - respondeu Cragen sorrindo. Olivia fechou a cara quando viu Elliot ao lado dela, conversando e rindo. Ele fazia isto com ela.

Não mais, Olivia.

- Bem, vou indo. - sorriu Olivia.

- Espere, não vai falar com Elliot? - perguntou Cragen.

- Não, ele... Parece ocupado. - disse, tentando controlar a raiva. - Não... Não diga que eu estive aqui.

Cragen assentiu com a cabeça e Olivia saiu, tomando muito cuidado para que ninguém a visse sair dali.

Andando pelos corredores, tomando muito cuidado mesmo, Olivia esbarrou com várias pessoas, que não a reconheceram pelo cabelo diferente. Até que...

- Liv...? - chamou ele. Ela conhecia aquela voz.

- Oi, El. - suspirou ela. Encontrá-lo ali, naquela hora, era uma coisa que ela definitivamente, não queria.

- Ia embora? - perguntou ele. - Ou acabou de chegar?

- Na verdade, eu vim aqui só para falar com Cragen, resolvi falar com você, mas sua parceira disse que você estava num interrogatório. - disse ela, dando ênfase em "sua parceira".

- Hm... - murmurou ele.

- Bem, eu tenho muitas coisas para fazer, e... Depois nos falamos? - perguntou ela.

- Claro. - sussurrou ele. - See you, Liv.

- See you. - disse ela, entrando no elevador.

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Depois de sair do elevador, Olivia foi para o estacionamento, parada ali por um momento, até que decidiu ir até o bar que eles geralmente iam, depois de caso concluído.

- Bem, vamos ver se alguém lá ainda se lembra de mim. - suspirou ela, antes de entrar no carro.

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Chegou no bar rapidamente, e, surpresa! Todos ainda se lembravam dela. E, também pudera, como se esquecer de Olivia Benson?

- O de sempre? - perguntou Jim, o bartender.

- Sim, por favor. - disse ela sorrindo.

- É pra já! - disse ele entrando na "cozinha" do estabelecimento. Lembrava-se da primeira vez que entrara lá. Era uma mulher nova, indefesa, rodeada de homens fortes, brutos, e, agora, era uma mulher forte, sempre na defensiva, e respeitada por eles.

Logo a bebida já estava com ela, em suas mãos, lembrava-se do gosto daquela bebida. Sempre tomara aquilo.

Quando o drink já estava no final, Olivia começou a brincar com os cubos de gelo que haviam no copo. Olhou para a porta de entrada, viu duas pessoas que não imaginava ver ali. Pelo menos, não naquela hora. Tentou ao máximo, se afastar dali.

- Jim, por favor. Uma mesa... Bem longe daqui! - pediu ela. Jim a ajudou, e a colocou numa mesa isolada, bem no final do bar, onde podia-se ver tudo, mas tudo mesmo.

Ao ver Dani e Elliot rindo e brincando, Olivia sentiu as bochechas queimarem de raiva. Deixou uma nota de vinte na mesa e saiu. Por mais difícil que tenha sido, conseguiu sair sem que nenhum dois a percebessem.

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Chegou no estacionamento correndo deles. Sem muito sucesso, talvez. Elliot e Dani estavam juntos, ainda rindo, e, Olivia entrou no carro correndo. Ficou apenas observando os dois ali. Tentou ouvir o que eles diziam, mas não conseguiu.

Adaptou os olhos ao escuro e viu os dois ali, juntos, quase abraçados, e, novamente, suas bochechas queimaram.

- Elliot... - sussurrou ela, querendo que ele não fizesse aquilo. Tarde demais. Quando olhou para o canto em que eles estavam novamente, viu os dois trocando beijos.

Um. Dois. Três. Quatro.

Aquilo foi demais, ela não aguentava. Ligou o carro e saiu com ele em disparada para seu apartamento. Se ele quisesse, ele que a procurasse.

E, estava sendo como uma guerra. Alguém tinha que perder, para alguém ganhar.

E Olivia fora a que perdera.