Memória Perdida escrita por Katherine Madalene


Capítulo 9
Capítulo 8 A Ilha da Solidão


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas lindas, me perdoem pela demora, mas eu não estava em casa.
Bom, eu estou muito romantica hoje... Então o capitulo tem partes romanticas... Isso é o que dá estar apaixonada! :D

BJinhos e boa leitura.
Não esqueçam de comentar!



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Amy abriu os olhos e focou os olhos por alguns segundos na poltrona diante da sua. Fechou os olhos novamente e esperou por alguns minutos o sono chegar, mas ele não chegou.

A ruiva bufou e abriu os olhos de uma vez por todas.

A Primeira Classe do avião tinha os melhores serviços, as melhores poltronas e os melhores filmes passando nas telas particulares de cada passageiro, mas, mesmo no escuro da noite, Amy não conseguia dormir.

- Tudo bem, Amy? – Ela ouviu Ian dizendo, sentado na poltrona ao seu lado. Natalie estava mais atrás, com duas poltronas só para ela e seu filme favorito na televisão. – Durma, que a viagem é curta e nós não vamos ter muito tempo para dormir quando chegarmos em Genebra.

- Não consigo fechar os olhos. – Ela sussurra, puxando ainda mais as cobertas sedosas que a cobria.

Ian suspira.

- Eu também não. – Ele confessa. Não dormia desde aquela manhã. Ele se vira e pousa os olhos nas bolas verdes de Amy. – Estava pensando em como tudo aconteceu rápido. Você só está comigo tem dois dias. Tão pouco tempo e tantos problemas.

- Temos que levar em conta o tempo que eu já estava aqui, – Comentou a ruiva – e o tempo que eu fiquei desacordada.

Ian baixa a cabeça.

- Eu gostaria de dizer que sei como está se sentindo, mas não seria verdade. – Ele levanta a cabeça novamente. Seu rosto estava fechado, com olheira aparentes e os lábios contraídos de preocupação. – Você já enfrentou tantas coisas na sua vida e então vem... Vem esse baque...

Ele para ao perceber as lágrimas no rosto dela.

- Eu perdi tudo que sempre foi precioso para mim. – Amy disse, passando a mão no rosto, tentando, inutilmente, diminuir o fluxo de lágrimas. – Pais, avó, memória e meu irmão. Isso sem levar em conta a Nellie, que eu nem lembro de conhecer, mas que faz meu coração pesar.

Ian soltou o cinto, e puxou para cima o apoio que dividia a poltrona dele da de Amy, depois puxou a garota para seus braços.

- Não fica assim! – Ela passava os dedos pelo cabelo de Amy e aquilo parecia acalma-la aos poucos, mas as lágrimas não paravam. – Tudo pode mudar e eu sei disso porque eu mudei muito. Tudo que é ruim passa e as coisas boas voltam.

Amy circulou os braços no pescoço de Ian e foi se acalmando aos poucos. As lágrimas diminuíram.

- Ninguém muda o passado e os Cahill estão atolados em problemas com o passado, mas eu, você, a Natalie, Hamilton Holt, os trigêmeos Starling e tantos outros somos o futuro dessa família. É a nossa obrigação é mudar o futuro para que os erros do passado não se repitam. – Ian falou, sem parar de apertar Amy em seus braços. Ficou feliz quando percebeu que os soluços tristes tinham parado.

- Você tem razão. – A linda ruiva concordou. – Temos que impedir que os Vesper destruam mais uma base Cahill e mate mais pessoas como aconteceu em Veneza.

 - “Depois das sombras a luz retorna, levando as trevas para que nunca mais voltem.” – O moreno cochichou no ouvido da menina.

Amy se afasta um pouco, surpresa.

- Eu reconheço essas palavras! Grace dizia sempre isso quando eu era pequena!

Ian sorriu.

- Eu já ouvi ela dizendo isso algumas vezes nas festas chatas que eu sempre era forçado a ir. – Ele disse.

Amy o abraça novamente.

- Não lembro como era no passado, mas não sei o que seria de mim se você não estivesse aqui agora. – Ela falou, o rosto apoiado no peito musculoso do rapaz. Seu coração estava disparado e ela podia ouvir que o de Ian também estava.

E ai que você se engana, Amy. Ian pensou consigo mesmo enquanto ouvia a respiração de Amy diminuir e se tornar um ronco baixo. Eu é que não sei o que seria de mim sem você. Nisso eu tenho que agradecer aos Vesper, porque você nunca saiu do meu coração... Nunca vai sair.

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Fio azul por cima... Fio vermelho por baixo. Pensava Nellie Gomez enquanto montava uma bomba com restos de fios e explosivos que tinha encontrado na base que se encontrava na Ilha da Páscoa.

A base subterrânea tinha como entrada um moais, que são imensas estátuas de pedra, falso. A ilha era isolada e perfeita para montar uma base Madrigal de alta tecnologia...

Mas ninguém pensou que, sem os computadores, a base inteira se tornaria uma prisão impossível de ser aberta! Reclamou Nellie em pensamento. Ela estaria gritando aquilo em voz alta se não estivesse com uma lanterna entre os dentes.

Nellie tinha sido enviada ali por Fiske Cahill para consertar um dos computadores de alta tecnologia, mas nenhum dos dois suspeitou que aquilo poderia ser uma armadilha. Agora, a rockeira estava presa ali, no escuro e vivendo a base de garrafas de água quente e barras de cereal, sem conseguir ligar nenhum dos computadores da base, infectados com os vírus dos Vesper.

E, além de tudo, meu iPod ainda tinha que descarregar? Ela range os dentes, o que quase fez a lanterna cair. Vesper, quando eu pegar vocês vou fazer picadinho de todos os tipos de tecnologias que vocês têm! E ainda acrescentou em um pensamento totalmente infantil: E vou roubar todos os iPod que vocês têm!

Ela passou os últimos fios um por cima do outro e os prendeu em seus devido lugares.

A bomba estava pronta!

Nellie tirou a lanterna da boca.

- Droga! – Ela sussurra consigo mesmo quando percebe que a intensidade da luz estava diminuindo.

A ex au pair de cabelos malucos coloca a bomba diante da entrada da base, uma estreita porta que deveria abrir e dar no lado de fora, e puxa um fio maior que estava conectado à bomba.

Ela se esconde atrás de uma das mesas e pensa nos últimos detalhes.

Nellie esperava com todas as forças que aquele plano maluco iria dar certo. Quando a corrente elétrica chegasse na bomba, iria fazer os fios aquecerem as pontas das dinamites e explodi-las.

Bom, aquilo era o que ela esperava que acontecesse.

Vamos nessa!

Ela coloca a mochila que trouxe consigo nas costas e se coloca perto de uma das tomadas elétricas do lugar, já em posição para correr.

A rockeira segura o fio e o coloca na tomada, puxando a mão segundos depois.

BUMMMM!

A bomba explode e o moais voa pelos ares, gerando uma cascata de pedras.

Nellie se colocou de pé em um pulo e correu em direção à saída, sem se importar com a poeira e as pedras que a faziam tropeçar. Ela já estava saindo quando ouviu o som forte de um alarme.

Perto dali tinha uma barraca montada e era de lá que o som vinha.

Um homem musculoso saiu da barraca, ainda com creme de barbear no rosto.

- Ei! – Ele berrou. Nellie virou o corpo e começou a correr na direção contrária. Devia ter chovido durante a noite e a grama estava molhada, pois ela escorregou enquanto tentava subir uma colina.

A grama salvou sua vida!

A bala passou zunindo por ela e se cravou no chão exatamente no lugar onde ela estava antes de cair.

Ela se colocou de pé novamente e voltou a correr, seguida pelo homem com creme de barbear no rosto. Ele atirava e corria ao mesmo tempo, por isso sua mira era horrível e a grama parecia mesmo querer ajudar Nellie, porque o homem escorregava e se desequilibrava o tempo todo.

A floresta estava próxima e Nellie acelerou a corrida.

Ela entrou entre as árvores altas e quase foi atingida novamente por um tiro.

Ela desviava das árvores e tentava se manter sempre atrás delas, que serviam de escudo para as balas do Vesper.

Sim, porque a calça preta e o corpo musculoso não deixava dúvidas que aquele homem era um agente Vesper!

A mulher até estava indo bem, até tropeçar em uma das raízes expostas das árvores e dar de cara com o chão.

Ela berrou de dor e agarrou seu tornozelo quebrado.

Alguém riu atrás dela.

- Achou que ia fugiu, Cahill? – O Vesper perguntou, apontando a arma para a cabeça de Nellie. Seu rosto endureceu. – De que clã você pertence?

Nellie levantou a cabeça e encarou a armas, sem mostrar medo. Nenhuma palavra saiu de sua boca, algo muito difícil se levarmos em conta a dor que ela sentia no tornozelo.

- Tudo bem então. – O Vesper voltou a falar. – Quem não fala morre.

Ele mirou a cabeça dela e começou a apertar o gatilho...

...Quando uma flecha atravessou seu coração!

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Sinead apoiou a cabeça no ombro musculoso do namorado.

Ela e Hamilton estavam no aeroporto internacional de Berna, sentados em uma dos bancos, aguardando que o voo que trazia Amy e os irmãos Kabra pousasse.

Hamilton se vira para Sinead:

- Já disse que você está linda?

Sinead riu.

- Só quatro vezes na ultima hora. – Ela dá um selinho no loiro. – Pode continuar repetindo, eu não me importo.

Hamilton sorriu e a puxou para seu colo e depois a beijou, sem se importar com os olhares dos turistas e suíços que trafegavam perto deles.

- Te amo, sabia. – Ela sussurra no ouvido dele, mas seu sorriso some de repente e seu rosto adquire um semblante preocupado. – Ham, como vai ser daqui para frente? Como vai ser a nossa relação com a Amy agora que ela não se lembra da gente.

- Talvez ela se lembre de mim. – Comentou Hamilton, esperançoso. – Afinal, desde pequeno que eu vou para os encontros anuais que a anfitriã Grace organizava.

- Talvez. – Sinead concordou, ainda tristonha e Hamilton percebeu isso.

Acho que chegou a hora de fazer minha garota sorrir de novo. Ele pensou.

- Tenho um presente para você. – Ele sussurra no ouvido de Sinead, já sabendo que ela iria se arrepiar.

Ela sorriu, curiosa.

- Um presente? – Ela vê Hamilton tirando uma caixinha aveludada do bolso da mochila que carregava com algumas coisinhas especiais que Ian pedira. – O que é, Ham? – Ela tenta pegar da mão dele, mas ele levanta o braço e tira a caixinha do alcance de ruiva.

- Calma! – Ele reclama. E depois baixa o braço. – Eu vi isso em uma loja enquanto andava pela cidade e não resisti, tive que comprar.

Ele abre a caixa e Sinead se depara com um delicado relógio suíço. A pulseira era fina e o relógio, pequeno, mas era incrivelmente bonito, sofisticado e delicado.

- Que lindo! – Sinead se joga nos braços de Hamilton e salpica beijinhos no rosto dele. – Foi naquela hora que você saiu sozinho, não foi?

Hamilton revira os olhos.

- E você que achava que eu estava escondendo alguma coisa.

- E estava mesmo, no fim das contas! – Ela retrucou, tendo a satisfação de ver o namorado bufar baixinho.

Foi nessa hora que os passageiros do voo 098 começaram a desembarcar.

As pessoas da Primeira Classe primeiro...


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Notas finais do capítulo

MEREÇO MINHA TERCEIRA RECOMENDAÇÃO?
Riririri... Estou tão anciosa por mais uma recomendação (herrr... eu não sou muito boa com indiretas!)
Espero que tenham gostado do capitulo...
MYRRA, CADÊ VOCÊ?
É impressão minha ou minhas leitoras antigas estão sumindo????
Amo vocês!!!!
Bjinhos com sabor de brigadeiro e até o proximo capitulo! :D