Memória Perdida escrita por Katherine Madalene


Capítulo 25
Capitulo 24 O Anel


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Me perdoem pela demora. Eu tive um monte de problemas digamos... pessoais e ainda mais perdi toda a vontade de escrever essa fic.
Esse é um capitulo simples. Eu ainda preciso voltar ao contexto do The 39 Clues. Admito que estou enferrujada. Faz muito tempo que eu li os livros e a história está sumindo um pouco. E ainda tem essa demora para traduzir os livros!!!
Bem, eu espero que voces não tenham me abandonado.
Beijinhos sangrentos!



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1469, Itália.

O Capitão Swann pegou o pequeno menino no colo.

– Como tu cresceste! – Ele disse e abriu um sorriso, exibindo os seus dentes de ouro.

Depois de meses no mar, o Capitão jogou âncora em seu país natal. Muitos o consideravam sem alma, um assassino cruel. E talvez ele fosse, mas também se preocupava com o futuro da família Swann. Ele aprendeu a ser um saqueador dos mares com o pai e pretendia passar o seu navio para o menininho de três anos que segurava no colo.

– Ele chorou noites completas pedindo pelo seu pai. – Disse Elena. Ela já tinha passado dos quarenta anos e, há mais de vinte, era casada com aquele pirata. Eles se conheceram quando ela foi comprada como escrava para trabalhar no navio que, na época, estava sobre o comando do pai do Capitão Swann. Eles se apaixonaram e se casaram no próprio navio, abençoados pelo capitão. Durante anos ela foi a única pirata mulher do navio, mas tudo mudou quando ela engravidou de sua primeira filha. Ela e o marido até tentaram, mas era impossível manter uma criança em um navio pirata. Sem alternativa, Elena se fixou ali e passava meses a fio sem ver o marido. Ele sempre vinha e trazia uma enorme quantidade de ouro e dinheiro que davam para manter toda a família de quatro filhas e um filho em uma situação mais do que confortável.

– Eu sei, mulher, mas não posso ficar por terra por muito mais que esta noite. – Respondeu Swann. – Os navios britânicos estão em todos os lugares, capturando e matando piratas. Mesmo aqui, que sempre foi uma terra tranquila quanto a isso, há guardas em todos os portos. Tive que jogar âncora longe da costa.

Elena suspirou. Ela amava o marido apesar de qualquer coisa.

– As meninas estão fora de casa. – Ela informou. – Foram lavar as roupas no rio. Voltarão logo.

– Estou com saudade delas. – o Capitão tirou uma sacola de joias do bolso. – Tome, dê isso a elas, mas apenas amanhã, quando eu tiver ido embora. Não quero que elas tentem me impedir de sair.

Elena assentiu.

O Capitão tirou mais uma coisa do bolso.

– E para o meu menino, eu trouxe uma coisa também. Encontramos isso em um navio que saqueamos há pouco mais uma semana.

Ele desenrolou o tecido de veludo que enrolava uma fina corrente de ouro. Preso na corrente estava um grosso anel de prata. Estranhas saliências o envolviam.

– Ele usará isso quando se tornar um homem, mas, por enquanto, quero que esse bebê use isso no pescoço. É um objeto muito valioso. – Ele explicou.

– A quem pertencia? – Elena perguntou.

O Capitão ficou em silêncio por dois segundos e então falou:

– Não tem importância de quem pertencia, o que importa é de quem ele pertence!

Elena apenas baixou a cabeça, como um pedido de desculpas silencioso. Ela pegou o colar das mãos do marido e prendeu no pescoço do menininho, que pegou a joia e começou a brincar.

A luz reluziu no anel. O Capitão Swann suspirou. Conhecia aquele anel. Sabia muito bem de quem pertencia.

Ele tinha certeza que a pessoa que estava com aquele anel era o filho de Alexandre Calenahill, um Conde de Milão. O jovem havia desaparecido havia três meses, assim que o pai morreu. Nunca mais os dois anéis foram vistos.

O Capitão olhou para o mar pela janela de sua casa. Lembrou-se das encomendas valiosas e secretas que entregara ao Conde Calenahill e como adorava aprender sobre alquimia.

É uma pena que tu se foste, velho amigo.

Ao menos o precioso anel estava protegido.

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Gideon Cahill segurou a mão, coberta por uma delicada luva, de Olivia.

Eles haviam chegado naquela parte da Itália há pouco mais de dois dias. Como por milagre, Gideon havia escondido uma boa quantia das moedas de ouro do pai nas botas que estava usando quando o navio afundara. Essas moedas pagariam todos os gastos dele e de Olivia por alguns meses.

– Tu não achas que alguém destas ruas movimentadas poderia te reconhecer? – Perguntou Olivia, com seu belo sotaque.

– Creio que não. Grande parte das pessoas aqui são simples pescadores.

– Mas há muitos homens do mar! Estes viajam muito. Lembre-se que seus familiares ainda o procuram.

Gideon parou de andar, ergueu a mão de Olivia e pousou um suave beijo sobre a luva.

– Não se preocupe, senhorita. – Ele sorriu para ela e piscou um dos olhos. Olivia ruborizou quase que imediatamente. – Mudei meu nome, não há imagens que me represente, estamos salvos, irmã.

Irmãos. Era como eles se apresentavam agora. Gideon e Olivia Cahill, órfãos ricos de passagem. Mas todas as vezes que Gideon olhava para Olivia não conseguia imagina-la como irmã

Eles voltaram a andar entre as pessoas, em direção da estalagem que estavam hospedados. O sol já estava baixando no horizonte e era perigoso ficar naquelas ruas durante a noite, principalmente quando se carrega uma grande quantidade de moedas.

De repente, um homem alto, com uma longa barba preta e exibindo um sorriso de dentes de ouro, saiu de uma das casas mais ricas daquela região. Sem querer, o homem esbarrou em Olivia, que se afastou no mesmo segundo. Gideon se colocou na frente dela e olhou feio para o homem.

– Perdoe-me, senhorita. – O homem disse e fez uma simples reverência antes de partir. Ele lançou um ultimo olhar para trás e Gideon percebeu uma mulher na porta da casa de onde ele saíra. Quatro jovens moças sacudiam as mãos e um menininho chorava nos braços da mãe.

O homem deve estar partindo. Pensou Gideon. O jovem tinha a sensação de já ter visto aquele homem, mas não fazia ideia de onde.

Ele e Olivia chegaram na estalagem. O bar estava lotado de homens bêbados. Um deles segurou a calda do vestido que Olivia usava. Menos de um segundo depois, Gideon socou o rosto do homem e colocou sua adaga na pulsação do homem.

– Toque nela e veras sua morte. – Ameaçou. Ele segurou a mão de Olivia e eles seguiram para o quarto que dividiam, afinal, ela tinha muito medo de ficar com um quarto apenas para si.

Enquanto Olivia trocava seu pesado vestido por uma camisola mais confortável em um canto reservado do quarto, Gideon jogou mais alguns pedaços de madeira no fogo da lareira e aqueceu as suas mãos.

De súbito, ele lembrou de onde conhecia aquele homem.

Quando eu era pequeno! Era amigo de meu pai. Porém a lembrança parecia incompleta. Ele era pequeno, com certeza não se lembraria desse homem. A não ser... Eu o vi no navio pirata que nos atacou! Capitão!

A cor sumiu de seu rosto.

– O que aconteceu? – Perguntou Olivia, colocando a mão sobre o ombro de Gideon. Ela vestia uma camisola simples e rosa e uma touca que escondia seus cabelos escuros. – Gideon, o que aconteceu?

Ele a olhou por alguns segundos antes de responder:

– Acho que eu não conhecia o meu pai.

O jovem roçou a mão no pescoço, onde o anel de ouro do pai estava preso a uma corrente.

O que está por trás disso tudo, pai?


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Notas finais do capítulo

Bem, aqui está uma pequena parte. Minha imaginação voltou e eu estou louca para escrever de novo!!!
Beijinhos sangrentos e comentem!!!



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