Metamorphosis- Clato escrita por Bolinho de Arroz


Capítulo 4
- Lagartas de Coração em Choque -


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoa, se lerem essa mensagem, saibam que esse capítulo é decisivo... Preciso da compreensão de todos, e que entendam que o que motiva a escrita são os comentários... Se não comentam não sei o que estão achando, e sucessivamente não há o por que escrever se não sei o que as pessoas acham sobre o que escrevo... Então peço encarecidamente que comentem. e a TAG deste capítulo, ela é é #Vale a pena continuar quando os leitores não fazem valer a pena?#



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P.O.V Clove

Só talvez ele não seja um completo idiota, só talvez ele tenha sido uma marionete de Glimmer esse tempo todo, e agora que o canto de sereia macabro da sua antiga namorada perdeu seu efeito sobre Cato, só talvez ele seja uma pessoa diferente do que sempre fora.
“Só talvez”, esta metáfora nos deixa em um destino incerto cheio de contradições, ao qual é necessário se aventurar e tirar as próprias conclusões para se ter certeza.
Depois da sua performance na aula de Biologia ficou claro que o garoto se preocupa com os estudos, aquela questão realmente é um pouco difícil, e se não tivesse lido pelo menos os três primeiros capítulos do livro não teria como ter acertado. Talvez deve-se começar a rever meus conceitos, e deixar esse meu jeito de bicho do mato um pouco de lado, afinal uma conversa não irá me matar, ele é uma pessoa como outra qualquer, não há o que se preocupar.
Minha rotina é engraçada, os dias passam e não consigo ver meus pais, as vezes até parece que sou sozinha no mundo, o fato que me faz descartar essa alternativa são os bilhetes que minha mãe deixa próximo dos confeitos criados por ela mesma em nossa cozinha, hoje estão dispostos sobre uma pequena tigela vários biscoitos, pelo aroma consigo identificar dois dos ingredientes, canela e erva doce, a decoração é rústica, uma espécie de pasta seca feita com açúcar mascavo, e duas belas borboletas extremamente diferentes dividindo a mesma flor. O bilhete traz a seguinte mensagem:
“Clove,
“Tão diferentes, mas anatomicamente tão iguais”
Seu pai e eu a amamos. Beijos de sua mãe, e aproveite os biscoitos, fiz com muito carinho! ”.
Acho que o desenho dos biscoitos se refere ao pensamento que ela deixou, a anatomia das borboletas é igual, porém suas cores e detalhamento são completamente diferentes.
Despejo os biscoitos em um saco plástico, depositando-os na minha mochila, não estou com fome agora, irei guardar para mais tarde. Antes de abrir a porta olho pelo espelho que se encontra fixo atrás da mesma. Fiz um coque, e o prendi com um lápis de grafite vermelho, meus óculos estão presentes diante de meus olhos, vesti uma camisete lilás, uma calça Jeans comum, e um par de All-stars branco. Após confirmar meu vestuário e estar de acordo com o que vejo, saio pela porta, trancando-a ao sair.


P.O.V Cato


Clove estava no ônibus como sempre, mas desta vez quando seus olhos encontraram os meus, ela não parecia tão ríspida, nem soou tão indiferente, posso até jurar que havia um sorriso no canto da boca. Ela estava diferente hoje, o vestuário era o mesmo, os óculos os mesmos, os olhos, os cabelos, tudo como sempre, mas a sua essência, sua alma, coisas que não podem ser vistas, mas sentidas, estas estavam diferentes. Sinto que minha sorte está começando a mudar, do mesmo modo que Clove também está mudando.
Quando descemos, corri em direção a ela, não esperava que ela iria responder. Mas os sinais dentro do ônibus não diziam que faria o oposto.
— Bom dia, queria saber se posso acompanha-la até sua sala – falei tentando soar o mais simpático possível.
Clove me fuzila com seu olhar, ela parece menos evasiva do que nas últimas vezes que tentei chamar sua atenção.
— Por que não? Afinal agora que você deixou de ser o Ken da Barbie, talvez possamos até trocar uma ideia! Cansou de ser o fantoche da Glimmeranha? — Ela questiona abafando o riso, tentando ser irônica.
Glimmeranha? Penso comigo mesmo, então é desse tipo de apelido que as pessoas que são atormentadas pela Glimmer usam para se referir a ela. Pensando por este lado, ela realmente é traiçoeira como uma aranha, e sua arrogância ajuda a enfatizar, mas aceito ela do jeito que é, eu a amo. Volto minha atenção para Clove e digo.
— É, cansei de ser o carpete, cachorrinho, a comissão de boas-vindas, guarda-costas, ou seja, o que parecia ser, cansei de tentar ser como ela, cansei de tudo, quero ser eu mesmo, e não uma versão masculina da Glimmer como ela tentava fazer parecer — Digo tendo consciência de que tudo o que estou dizendo é mentira.
Depois que essa aposta boba acabar irei voltar correndo atrás do prejuízo para recuperar minha Glim, e terei como prêmio maior minha coleção finalmente completa.
Clove parece diferente, menos arisca, acho que logo estará tudo acabado, terminar com Glimmer foi o estopim para ganhar a confiança e a atenção da garota nerd. Caminhamos pelo estacionamento e adentramos ao complexo onde fica a sala 23A classe de química.
— Bom, eu fico por aqui então — Ela diz abrindo a porta.
— Tudo bem, nos falamos! — Digo puxando a baixinha em um abraço, seu pequeno corpo estava levemente gélido, o estranho foi que ela não recuou, e o momento durou alguns segundos, algumas das pessoas dentro da sala levantaram-se para identificar quem éramos.
— Sai — Ela diz afastando-se. — Nos vemos por aí — Ela conclui, entrando e fechando a porta.


P.O.V Clove


Cato é outra pessoa, não como se fora refeito, mas em atitudes, carisma, simpatia, é uma versão mais aceitável dele. Não é o mesmo que jogava suco em mim para parecer superior, não é o mesmo que deixava recados obsoletos pendurados no meu armário, e decididamente não é o mesmo que escondera minhas roupas no vestiário da aula de educação física ano passado, e fizera ter que colocar roupas emprestadas do achados e perdidos. Como disse anteriormente Cato tornou-se um novo homem. Nada de brincadeiras e bullyng, acho que realmente ele era a marionete de Glimmer, e todas essas travessuras eram arquitetadas por ela e orquestradas por ele.
Sento-me no mesmo lugar de sempre, os múrmurios são óbvios, afinal ele me abraçara com a porta aberta. Giro a cabeça para observar as pessoas que presenciaram o fato, e ao me deparar com Glimmer, esta com as bochechas coradas e um agourante ar de vergonha, me fuzila com seu olhar mortal, se pude-se ler seus pensamentos com certeza estaria me praguejando coisas do tipo "essa perdedora vadia; Essa cadela; Nerd imbecil" coisas deste gênero.
O período foi tranquilo, a única coisa que me deixava inquieta, era o rosto de Glimmer irradiando ódio, e quando o sinal para finalização do período finalmente soa, ela avança em minha direção parando diante de meus olhos, ela se torna bastante alta em relação a mim, claro que é por estar usando um sapato de salto, mas a última coisa que ela irá conseguir é me intimidar, ainda mais nessa versão medíocre de fantasia da Regina George do filme Garotas Malvadas.
— Clovezinha, quem você pensa que é para se aproximar de meu amor? — Ela cospe as palavras — Você é apenas uma ratinha, uma ratinha de laboratório, tão pequenininha, tão manipulável, tão barata, do tipo que dá pra matar pisando, você realmente acha que Cato está interessado em você? Em uma garota tão sem graça, tão certinha, estudiosa? Tenho pena de você se está pensando isso! — Ela termina, mas não consigo me conter em desdenhar dela.
— Olha só... — Inicio minha resposta — a rainha da escola perdendo tempo com a perdedora aqui? E ainda mais para discutir sobre seu ex- namorado que está me perseguindo como um stalker! E que o mesmo não dá a mínima mais para sua existência? Acorda Glimmer, seus dias estão contados queridinha, seu castelo de diamantes já começou a ruir, cuidado para a pirâmide social escolar não sacudir e fazer você voar do topo e se estrebuchar na base, agora sai da minha frente que eu preciso ir a reunião do Clube de Debates, tenho uma leve impressão que iremos arrasar esse ano — Finalizo caminhando apressadamente em direção ao corredor.
As pessoas que presenciaram o fato bateram palmas, ninguém ricocheteia respostas para a Glimmeranha, mas acho que as pessoas já estão se cansando dela, querem apenas aceitação, e não esta divisão de classes que se sucede por várias gerações, este é um bom discurso para declamar minha futura candidatura para presidência do conselho estudantil e exilar Glimmer do poder.
Preciso chegar ao topo para mudar as coisas e tornar tudo melhor!


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Notas finais do capítulo

Então pessoal? O que acharam? Não esquecendo de responder a TAG deste capítulo # Vale a pena continuar quando os leitores não fazem valer a pena?



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