Os Segredos De Lord Henry escrita por H F Rufino
- Tudo faz sentido o quê? Tem um lord insensato na minha família?! E que agora deu para me assombrar com pesadelos! Onde Sibyl Vane me acusa de infinitos fatos que ocorreram antes do meu nascimento?! – Disse Harry voltando a fumar, se atrapalhando em seus medos ditos em voz alta.
- Espera Harry, sonhaste também com antepassados? – Perguntou Baron.
- Não me digam que todos tiveram pesadelos? – Cibele se levantou tomando ciência dos fatos.
- Oh! Vocês também? – Perguntou Amy descendo as escadas rapidamente ainda com as vestes de sono.
- É o que parece! – Disse Harry entregando a carta a jovem recém chegada.
- Senhores o café está servido! O Sr. Gray sente-se indisposto nesta manhã! – Avisou a empregada.
- Esperem uma coisa! – Cibele dizia olhando o retrato. – Não parece diferente?
- Claro! Agora me causa arrepios! - Harry ia se dirigindo a sala de jantar quando Baron tocou seu ombro para que não o fizesse.
- Eu entendo... Antes parecia tão...
- Sombrio. – Completou Amy.
- É mesmo verdade quando minha avó dizia que o passado determinava um jeito de se comunicar. – Disse Cibele. – Vamos para o café.
Todos ali sabiam que falariam sobre os pesadelos á mesa.
Darin havia escurecido o quarto, enquanto sofria em silêncio, não queria ouvir, ou falar com ninguém, seu vazio o incomodava, faltava-lhe algo? Mas seu passado nunca esteve tão completo.
Enquanto encarava o teto, sentia um sentimento novo de saudade, era de sua mãe que lembrava, ela parecia ser alguém excepcional e acima de tudo muito parecida com ele. Durante as horas que se seguiram pensou também em seu pai, queria saber como ele era.
Sentindo-se então revigorado, levantou-se da cama, abrindo as janelas, notou que o céu estava claro e o sol brilhava. A mansão estava silenciosa, pensou que seus convidados deviam ter ido mesmo sem se despedir. Saiu em passos largos e apressados na esperança de que ainda estivessem por lá, mas o som do silêncio era quase ensurdecedor:
- Senhor tens visita nesta tarde. – Disse o mordomo, revelando um homem parado em frente a janela de costas.
O homem parecia ter vindo de outro século, usava chapéu e tinha cabelos pretos, notou que o homem fumava, e que de fato não o conhecia:
- Posso ajudá-lo senhor...? – Disse notando que o mordomo não havia dito o nome do homem.
-...Senhor Gray. – O homem se virou, tinha um tom divertido e irônico na voz. – Dorian Gray, o verdadeiro.
E ali bem a sua frente, mais real do que si mesmo estava Dorian Gray, o homem do retrato.
E então no outro segundo foi despertado.
A chuva caía fortemente, o clima frio havia se intensificado, o suor escorria pelo seu corpo, sentia-se pálido assustado, dormia por quase o dia inteiro. Seus olhos percorreram o quarto, e se encontraram logo com as duas belas jovens; Cibele Vane e Amy Wotton:
- Darin? Você esta bem? – Perguntou Amy o abraçando.
- Diga-me, por favor... – Pediu Cibele sentando-se na beira da cama do jovem.
- Foi um pesadelo!
Amy e Cibele se entreolharam compartilhavam algo que o jovem Darin ainda não estava pronto, a saber.
As jovens ficaram tempo suficiente para ouvir o jovem, uma de cada lado, abraçando-o e consolando-o. Para Darin aquilo seria uma maneira de se aproveitar do prazer de outra forma ousada, mas naquele momento não havia más intenções.
Darin Gray tinha medo.
Medo de que o verdadeiro Dorian de alguma forma retorn
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