Oath escrita por charlie


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

"O que você faria se apenas um juramento pudesse mudar toda a sua vida?"



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Paris, Castelo Walhberg.

Cinco anos atrás.

Filha?

Dianna virou a cabeça delicadamente em direção à porta. Sua mãe, Kate, adentrava o quarto.

Andou calmamente até onde a filha estava sentada, no sofá de seu grande quarto.

—Sim? —Dianna perguntou meio cansada.

—Acho que lhe acordei.

—Tudo bem. —Kate puxou Dianna para um abraço.

Hoje era seu aniversário, sua mãe completaria 30 anos. Dianna acabou cochilando enquanto refletia sobre isso. Sua mãe tinha 20 anos quando se casou com seu pai. Sua mão fora prometida para ele quando tinha apenas 18. Isso assustava Dianna. Ela sabia que seus se amavam, mas não sabia se amaria a pessoa a quem fosse prometida.

—Seus primos logo iram chegar! Sei que sente falta de AnnaSophia.

—Eu sinto. —Dianna sorriu.

—Eu vou deixar você se trocar. Nos vemos em uma hora?

—Sim.

Kate sorriu para a filha, dando um tapinha carinhoso em seu nariz e saindo do quarto logo em seguida.

Dianna foi até o closet e pegou o vestido que tinham separado para ela. Era um vestido florido, que fazia um contorno no pescoço e ia até os joelhos. Colocou-o e foi até a cabeceira pentear o cabelo. Sentou na cadeira e esperou Dorotty bater na porta educadamente.

—Pode entrar.

E assim Dorotty o fez.

—Boa noite, menina. —ela sorriu docemente para a menina.

—Boa noite, Dotty. —Dianna retribuiu o sorriso.

Dorotty pegou a escova de suas mãos e começou a pentear seu cabelo. Logo em seguida prendendo-o em um coque simples e bonito.

—Esta lindo Dotty! —Dianna estava encantada com seu reflexo.

—Obrigada. —a mulher estava sem graça. —Vou trazer seu café, tudo bem?

Dianna apenas concordou com a cabeça.

Quando Dotty voltou com a bandeja de café, Dianna a devorou praticamente inteira. Faltavam apenas minutos para ela descer para a festa, mas decidiu ir até a varanda de seu quarto tomar um pouco de ar. Lá embaixo, no grande jardim, tinham muitas pessoas conhecidas. Amigos íntimos, familiares... Por ai vai.

Ela suspirou.

—Di? —a voz de Dorotty tirou-a de seus devaneios.

—Diga.

—Esta na hora. —Dotty sorriu, oferecendo sua mão. Dianna não pensou duas vezes e a pegou.

Dotty era uma das empregadas do Palácio. Foi ela quem cuidou de Dianna desde quando a mesma era apenas um bebe. Por isso a menina tinha um carinho enorme por ela.

Assim que Dianna apontou na escada, Dotty saiu de perto para que a menina descesse sozinha. Todos se viraram para ela, o que a fez corar. Ela odiava quando faziam isso.

Não olhem para mim! Não olhem!

Os degraus pareciam não ter fim. Ela só queria acabar com aquilo. Odiava chamar atenção. Apesar de todos ali pensarem em como ela estava linda e tudo mais, ela só queria correr e se trancar em seu quarto.

Quando finalmente desceu todos os degraus, todos a saudaram. ‘Você esta deslumbrante!’, ‘Kate sua filha é um espetáculo de menina!’, ‘Adorável!’.

E vocês só sabem puxar o saco, pensou.

Dianna foi correndo para a sua única salvação: seu irmão. Nicholas.

Quando finalmente o avistou, foi praticamente correndo.

—Nick! —este, virou-se para ela com um sorriso no rosto.

—Di! —abraçou-a. — Lembra-se de AnnaSophia?

Só agora Dianna havia reparado nas duas pessoas com que Nick conversava.

—Sophy! —Dianna abraçou-a.

—Que saudade! —Sophy chacoalhou-a carinhosamente.

—Você sumiu. —Dianna riu.

—Lembra-se do meu irmão Harry? —ela disse apontando para o menino ao seu lado.

Ele era... Lindo.

—Vagamente. —falou sem graça.

Sophy riu.

—Meio difícil, ele quase nunca vem para essas festas. Tem muito que fazer em Londres.

Ah, claro. A família de Sophy morava em Londres. Elas eram primas, mas moravam em países diferentes, por isso acabavam se vendo pouco. O único contato que tinham era por telefone e internet.

Dianna abraçou o menino, que deu um beijo em sua bochecha.

—Prazer. —Harry falou com um sorriso encantador no rosto.

—O prazer é meu. —ela também sorriu.

A noite foi passando e os quatro só conversavam mais e mais. Depois de comerem o bolo e de conversarem com os familiares, Harry e Dianna resolveram dar uma volta no jardim.

—Nick parece animado para ir para Londres com a gente. —Harry começou.

—É...

—Não esta animada por ele?

—Claro que estou. —Dianna respondeu. —Só não sei se estou pronta para ficar sem ele.

—Eu sei como é. —ele deu um sorrisinho. —Sophy ficou um ano fora e eu praticamente implorei para ela voltar.

Dianna riu.

—Será cinco anos, Harry. Muito tempo.

—Eu sei. —suspirou. —Mas passa rápido.

—Duvido.

—Não duvide de mim.

Ela riu. De novo.

—Me concede esta dança, Princesa? —Harry pediu, estendendo a mão.

—Claro. —pegou em sua mão.

Ela não sabe dizer o que sentiu naquele momento. Mas foi forte. Sentiu-se bem, talvez. Segura. Feliz?

Ele a guiava calmamente, no ritmo da música. Não ligavam se os chamariam de loucos por estarem dançando no meio daquele jardim.

—Quando vocês partiram? —ela sussurrou, apenas para que ele ouvisse.

—De manhã. Quando você acordar já teremos partido.

Ela encostou a cabeça em seu ombro. Não queria ficar sem Nick. Nem sem AnnaSophia e Harry.

A música acabou e eles ficaram se encarando.

—Meia-noite. —Harry falou olhando no relógio.

—Faça um pedido. —Dianna sorriu.

—Quero me lembrar dessa noite. —falou sorrindo de lado.

—Eu também.

Ele se aproximou dela e deu um beijo. Um beijo de verdade, como diria Dianna.

Eles voltaram para dentro do palácio, onde ficaram mais ou menos meia hora. Nick, AnnaSophia, Harry e Dianna foram para os lugares onde os quartos ficavam.

AnnaSophia ficaria no quarto ao lado de Dianna e Harry no do lado de Nick, que era de frente ao de Dianna.

Eles se despediram, Sophy abraçou Dianna o mais forte que conseguiu.

—Vou sentir sua falta. —Di sussurrou.

—Eu te amo. —Sophy deu um beijo em sua bochecha.

Ela também abraçou Harry e se despediu.

Nick deu um abraço nela e logo cada um entrou em um quarto.

Dianna estava deitada na cama olhando para o teto, quando alguém bateu na porta.

—Posso entrar? —Nick perguntou baixo.

—Claro. —ela sorriu.

Ele fechou a porta cuidadosamente e foi até sua cama, entrando debaixo das cobertas.

—O que esta fazendo?

—Pensou que eu iria embora sem me despedir da minha irmã? —Dianna sorriu ao escutar isso. Eles se abraçaram por um longo momento.

—Eu te amo, Nick.

—Eu também te amo, Di. —ele sorriu.

—Não me esquece. —pediu.

—Você é a minha irmã.

—Eu sei.

Ele riu e puxou ela para se deitar.

—Vou dormir com você hoje, pode ser?

—Claro. —concordou com a cabeça.

Dianna sabia que não o encontraria ali quando acordasse. Sabia que quando saísse do quarto não o veria sorrindo com cara de sono, desejando bom dia. Ou cavalgando. Muito menos deitado na sua cama brincando com o ursinho dela. Sabia que não o encontraria no quarto dele, deitado na cama ou mexendo no celular...

—Nick?

—Sim? —sua voz era falha.

—São só cinco anos?

Ele deu uma risadinha.

—Eu vou te ligar todos os dias.

—Promete?

—Prometo.

Ela sorriu e logo pegou no sono.

Remexeu-se na cama, percebendo que o lugar que Nick ocupava estava frio. Respirou fundo e sentou-se, encontrando um bilhete onde ele estava deitando.

Bom dia! Faz um tempo que estou tentando escrever este bilhete, mas não sei bem o que dizer... Nos vemos em breve. Prometo que vou te ligar todos os dias. Eu te amo. Com amor, Nick. 


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