Uma chama acesa em meu coração. [One-shot] escrita por Anelise


Capítulo 1
A menina que não pertence ao meu mundo.


Notas iniciais do capítulo

WEE, ESTÁ AÍ, ESPERO QUE GOSTEM!! n_n'



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Já era de noite, mais uma vez.
Mais um dia havia passado neste ''paraíso'' sem fim. Eu observava o túmulo de minha amada Mary, que se foi há muito... muito tempo atrás.
Noir, um morcego falante que vem sendo meu único amigo desde aquele tempo, sempre esteve comigo. Porém, hoje, o mesmo parecia muito inquieto, logo sumira junto a escuridão daquele grande cemitério que ficava á frente de meu castelo.
Acompanhei-o com o olhar até onde não pude mais. Não entendia o motivo de toda aquela ''afoitação'', mas não estava afim de descobrir.
Continuei a olhar o único túmulo bem conservado de todo aquele cemitério, o de minha amada. De certo modo, a tristeza de tê-la perdido pra sempre não havia passado, e nem iria passar, isso era evidente...
Enquanto encarava por mais alguns instantes, senti um perfume diferente. Um perfume feminino, talvez. Diferente de todos que já havia sentido até o momento. Despertava minha sede, todo o tipo de instinto animal guardado há séculos dentro de mim.
Levantei por um instante, e vi uma pessoa... uma pessoa não, uma menina, aparecer ao lado das árvores que deixavam tudo mais escuro ainda.
–O-olá... - Dizia a menina de cabelos castanhos até a cintura, e olhos violetas.
–Agradável a sua presença... não vejo ninguém á anos... - Falei, tentando ser gentil com a menina. Apesar de estar me segurando para não ataca-la.- Você tem um cheiro delicioso.
–O-obrigada...? - A menina demonstrou espanto.
–Desculpe, prometi à minha querida Mary que não beberia mais o sangue de humano nenhum - Murmurei, fitando aqueles grandes olhos violetas que quase me fizeram perder a fala - Mas sua presença está me tirando a concentração... Você poderia se retirar, por favor?
–T-tudo bem... me desculpe. - A garota falou, saindo ''quase'' correndo de lá
Oh... Mary, oque eu faço? Essa menina... oque ela faz aqui? Eu sei meu amor, eu sei que lhe prometi que não atacaria ninguém, mas a presença dela aqui...

#######
Noir voltou e contou que a menina estava arrumando os túmulos, com pequenos buquês de flores, dando assim, mais vida ao local.
Achei uma atitude nobre, digna de uma pessoa da mesma índole de Mary. Então resolvi falar com a menina.
–Olá, novamente. - Falei.
–O-oi... espero não estar causando problemas fazendo isso... - Falou a garota sem jeito.
–Não causa problema nenhum, até gostei da ideia. Se talvez, minha amada estivesse viva, com certeza faria o mesmo. - Falei. - Bem... Acho que Noir já disse meu nome, mas prefiro repeti-lo.
Sou Dimitry, muito prazer.
–P-prazer... Yogumi Nominitsu. - Ela deu um sorriso de canto, tentando ser gentil , assim como eu...
–Que belo nome... - Falei. - Bem, não vou atrapalha-la. Se quiser conversar, vá até o túmulo de minha amada. E bem, eu sinto muito pelo incidente de agora á pouco.
–Tudo bem... - Ela coçou sua nuca, fitando o chão, e completamente corada.

Pude ouvir Noir sussurrar:
–Oh pobre Dimitry, sozinho há tantos anos...
–Oque posso fazer para ajuda-lo? Para deixa-lo mais alegre, talvez? - A voz doce e delicada de Nominitsu fora ouvida também
–Bem... Dimitry se alimenta do sangue dos animais, que tal... você buscar um para ele?
–Boa ideia, vou procurar por um. - Ouvi os passos apressados da menina.
Dei uma pequena risada, ela realmente era como Mary Magdalaine...
Oh Mary... minha querida Mary... você não sabe a falta que me faz...
Ainda mais com essa garota por perto... Ela me lembra tanto você, meu amor.
Pude ouvir um miado, que me tirou dos pensamentos.
–Oh gatinho, fique quieto! M-me perdoe mas... - A mesma voz delicada agora estava mais perto...- Ah, que se dane.
Então vi um gato preto correr desesperadamente para o outro lado. Cheguei atrás da menina, que olhava triste o chão.
–Sei que já lhe disse isso... Mas achei novamente muito nobre sua atitude. - Ela sorriu. - Mary faria a mesma coisa se estivesse viva...
–A-ah... - Ela parecia um pouco envergonhada, mas sorriu.
–Bem, para lhe recompensar pela pequena mudança feita aqui, eu gostaria de lhe presentear com uma coisa. Vou até meu castelo e trago a você!
–Tudo bem.
Peguei as vestes de minha amada e observei cada detalhe, aquilo me fazia ficar um tanto melancólico. O perfume ainda estava lá, tudo perfeitamente como era antes dela morrer.

Lembrei que Nominitsu me esperava, então levei as vestes á mesma.
Nominitsu ficara perfeita dentro daquele vestido! Lembrava ainda mais minha amada Mary.
A menina estava com um grande sorriso estampado nos lábios, tão lindo que eu poderia ficar olhando-a a noite toda... o dia inteiro... a eternidade inteira.
–Eu amei, muito obrigada, Dimitry! - Falou ela.
–Eu que devo lhe agradecer... por fazer meu coração ao menos bater mais uma vez ... - Sorri. - Ei, Yogu...?
–D-Dimitry... - Ela corou.
–Posso lhe pedir uma coisa?
–P-pode...
–Eu... posso... beber um pouco de seu sangue? Eu vou entender se não aceitar. - Falei.
–Eu já vivi tudo isso... e não me vejo dizendo não ...
Antes que ela falasse algo, a empurrei contra o velho muro do cemitério, e cravei meus dentes em seu pescoço. Não me saciei por completo, porque se fizesse isso, ela morreria. Me distanciei um pouco, separando meus lábios de seu pescoço, para fitar, assim, aqueles belos olhos que me fascinaram.
–Nominitsu... viva comigo! Por fav- - Noir me interrompeu, balançando a cabeça de um lado para o outro em sinal de negação.
–Dimitry, você sabe que o lugar dela não é aqui. - Nominitsu olhou-me triste.
–Eu... eu... - Ela foi sumindo aos poucos , enquanto Noir dizia ''adeus''.
Eu tenho quase certeza que não verei-a de novo, ela e Mary... foram as únicas duas mulheres que fizeram-me amar... de verdade. Apesar de tão pouco tempo com Yogumi... eu me apaixonei por ela. Mas... ela não pertence á meu mundo, e eu não pretendo seguir assim pra sempre.


Não há mais sentido pra viver aqui.


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