O vento soprava forte na beira da praia de Copacabana no Rio de Janeiro. Júlia, Apolo, Gabriela, Lucas e uma moça chamada Fernanda, nova namorada de Lucas contribuíam para encher o cenário do lugar.

Era a véspera de ano novo. Estava acontecendo festas ao redor, e todos estavam ansiosos para a queima de fogos. 2011 viria cheio de surpresas para todos! E Júlia nunca se sentiu tão bem e confiante...

– Nosso primeiro ano novo juntos, certo? – perguntou ela.

– Oficialmente sim. – respondeu ele enquanto a beijava.

Lucas e Fernanda, sentados na areia bebendo alguma coisa, olham um para o outro e aproveitam o momento para beijarem-se também. Gabriela olha para um lado e para o outro, exclamando:

– EI!EI! EI! – grita ela. – Vamos parar com a palhaçada aí porque não sou vela de sétimo dia não!

Todos riem da euforia.

– Calma maninha! Logo você arranja um cara legal. – afirma Júlia.

– Mana, eu não quero um cara legal. Eu cara um cara gostoso poxa! Não vou me amarrar assim, que nem vocês. Sou mais eu! – diz ela ironicamente.

– Ah Gabi, eu pensava assim, e veja agora. – comenta Apolo enquanto olha sorrindo para Júlia.

– Vocês é exceção. Acontece que os caras com quem eu fico só querem saber de sexo. Então acabei acostumando. – replica Gabriela.

– Mas não deveria mana, você merece alguém que te queira mais do que isso. – comenta Lucas.

– Estou tentando encontrar alguém. É um novo ano a partir de amanhã, e talvez algo muito bom aconteça comigo. – comenta ela enquanto abre outra garrafa de bebida.

– Vai começar parando de beber viu? – diz Júlia.

– Ainda estamos em 2010, então posso ser feliz. – Gabriela senta-se ao lado do irmão na areia.

Apolo segura as mãos de Júlia e a leva para um lugar mais afastado dos amigos. Andam pela beira no mar, molhando apenas os pés. Ele a segura pela cintura e começam e se beijar bem ali, enquanto os amigos de longe gritam “AÊEEE” de forma sincronizada.

– Acho que eles nos adoram. – ironizou Apolo.

– Deve ser. – afirmou ela.

– Me resuma esse ano que está passando em uma única palavra... – indaga ele sutilmente para ela enquanto Júlia observa alguns pássaros no céu.

– Em uma única palavra?

– Hum-hum. – diz ele.

Júlia pensa um pouco e olha nos olhos de Apolo:

– Adaptação. – responde ela.

– Porque?

– Por que o ano inteiro tentei me adaptar a nova Júlia. Eu não percebi que estava mudando... E eu quase perdi você por conta disso.

– Mas eu também dei burrada até finalmente crescer. – afirma ele.

– E quando você se deu conta de que estava na hora mudar? – pergunta ela, olhando nos olhos de Apolo.

– Quando você me disse que me amava, e que a única coisa que queria de mim era que eu amasse você de volta. Mas eu já amava você, apenas me iludia dizendo que não. – responde ele.

Júlia sorri timidamente e desvia o olhar para o céu que está escurecendo.

– Mas estamos juntos agora. – continua Apolo. – e assim como no início, seremos eu e você contra o mundo.

– E assim como no início, seremos eu e você apenas amigos... – diz ela.

Ele franze o cenho e logo ela solta uma gargalhada.

– E namorados também seu bobinho! – exclama ela enquanto o beija.

– Você tá ficando muito gaiata sabia? – ironiza ele.

– Mas você me ama mesmo assim, porque eu sou a única garotinha do mundo que consegue controlar você, não é mesmo?

Ele sorri e afirma:

– É a única sim.