Apenas Amigos. escrita por Yang


Capítulo 17
Vingança por nobres mãos.




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Apolo levantou-se. Olhou em volta e viu uma expressão vazia no rosto de Lucas. Olhou pra Gabriela e ela parecia tão apavorada quanto Júlia.

– Dê um copo de água pra ela. – disse Apolo enquanto pedia o favor a Gabriela.

Ela seguiu para a cozinha. Apolo foi em direção a Lucas.

– Onde é essa festa? – perguntou ele.

– É longe daqui. – respondeu.

– Não perguntei isso. Perguntei onde é a porra da festa! – gritou ele.

– Ei ei ei! – exclamou Gabriela. – Olha lá como você fala com meu irmão!

Ela entregou o copo de água para Júlia.

– Onde é a festa? – perguntou Apolo novamente.

Júlia sussurrou para Gabriela: “- Não diga!”. Porém, Gabriela achava necessário que David recebesse uma lição contanto que seu irmão não se machucasse.

– É perto da lapa. Condomínio Graúja. Todos ali conhecem.

– Sei. Você vai comigo! – exclamou Apolo apontando para Lucas que encolheu-se.

– Não, eu não vou. – respondeu ele.

– Você vai me levar até lá. Depois eu me viro!

Todos silenciaram-se.

Júlia fez esforço para levantar-se e foi em direção a Apolo.

– Não faça isso, por favor. – implorou ela.

– Você não sabe o que eu vou fazer. Não vou usar a violência. – disse ele.

Ele segurou as mãos de Júlia e a levou para a poltrona novamente.

Gabriela olhava para Lucas. Tentou acalmar o irmão, mas não adiantou. Tentou convencer Apolo, mas ele já estava na porta do apartamento esperando Lucas levá-lo ao local da festa.

– Cuide dela. – disse Lucas.

– Vou cuidar. – assentiu Gabi.

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– Então, você e Júlia estão... juntos? – perguntou Lucas, hesitando quebrar o silencio constrangedor que se apossava do carro enquanto dirigia pelas ruas na madrugada mais longa que já vivera até então.

– Não sei. – respondeu Apolo. – Você é o novo melhor amigo dela, deveria saber.

– Não sou tudo isso...

– É, você não é tudo isso.

O silêncio perdurou por mais alguns minutos.

– O que você vai fazer cara. Podia simplesmente deixar isso pra lá. – comentou Lucas. – Esse cara ele... Ele não é muito de conversar civilizadamente.

– Nem eu. – disse Apolo.

– Mas... mas você disse a Julia que não iria usar a violência ou coisa do tipo.

– Não importa. Apenas dirija. Eu me resolvo com esse filho da puta quando chegar lá! – exclamou Apolo.

Mais vinte minutos de eterno silêncio.

– É aqui. – disse Lucas enquanto apontava para a entrada de um condomínio residencial.

Apolo surpreendeu-se. Todas as casas ali eram enormes e pareciam casas de novela. O rapaz com certeza era rico.

Ele respirou fundo e saiu do carro. Lucas o acompanhou.

– Vai precisar de ajuda? – sugeriu ironicamente.

– Preciso de alguma autorização pra entrar aí? – perguntou Apolo.

– Usa o meu convite. – Lucas puxou o convite do bolso. Apolo o pegou.

– Obrigada.

– Vou com você, mas não me meta em nenhuma briga. – disse Lucas.

Apolo assentiu. Seguiram para o local onde o som tocava alto. Onde o som cessaria logo.

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Apolo e Lucas entraram no local. Muita gente bêbada e provavelmente drogada estava ali. Lucas parou na entrada. Apolo seguiu pela casa. Viu alguns caras agarrando garotas que o fez lembrar de Júlia. Ele seguiu na direção no DJ da festa.

– Você pode desligar o som por um minuto? Preciso fazer um discurso pro meu amigo David! – gritava Apolo alto para que o DJ ouvisse e acreditasse no que dizia. Por incrível que pareça, funcionou.

O som cessou. Todos da pista de dança olharam para ele. David aproximou-se. Lucas apareceu.

– Ei gente! Com licença. Desculpem incomodar a festa... Tenho um discurso a fazer. – disse Apolo ao microfone.

– Quem é você cara? – perguntou David.

– Você não lembra de mim? De mim? Poxa cara. – Apolo parecia estar bêbado, mas era apenas parte do show.

– Saía daqui! Está estragando a minha festa! – gritou.

– Calma, minha mensagem é curta. – Apolo largou o microfone no chão fazendo um ruído intenso em todo o local. Aproximou-se de David. Estavam frente a frente. Aquilo soava como algo ruim a caminho. – Lembra da garota que você tentou estuprar hoje? – perguntou Apolo.

David cravou uma expressão fria no rosto. Todos o encaravam agora.

– Eu não sei do que você está falando. – respondeu.

– Aah, você sabe sim seu merda! Você sabe sim! Tentou drogar a garota e transar com ela a força. Você tem o que na cabeça? Você me dá nojo! Você me dá NOJO! – gritou Apolo.

David o acertou com um soco no rosto. Todos da festa começaram a gritar:

– BRIGA! BRIGA! BRIGA!

Aquilo parecia o colegial. E eles não estavam mais no ensino médio onde um professor provavelmente apareceria e apartaria a briga. Os dois caíram no chão e começaram a golpear um ao outro. Apolo bateu tanto em David que acabou machucando a si próprio.

– Me larga! – gritava David.

– Não largo não! – Apolo continuava a machucá-lo.

David conseguiu empurrá-lo. Segurou os braços de Apolo e tentou enforcá-lo.

– Presta atenção seu moleque! Eu nem comi a vadiazinha! Ela conseguiu fugir. Mas te garanto que seria ótimo por que vamos combinar, ela é muito gotosinha! É sua putinha? – dizia David.

Apolo não se controlou. Conseguiu soltar-se e empurrou David no chão. Pegou uma garrafa de bebida e jogou na cabeça dele que ainda estava machucada pelo abajur.

Pegou David pela gola da camisa.

– Puta?! Tem certeza que ela é uma puta? Eu só não mato você porque não sou tão desumano assim. Mas se eu souber, imaginar ou suspeitar que você a machucou, não terei pena! – Ele soltou David novamente no chão.

Todos pararam de gritar ao perceber que David sangrava muito.

Apolo seguiu para a saída. Estava muito machucado também.

– Ah! E eu ia esquecendo de lhe desejar um feliz aniversário!

Os olhos de David e de Apolo cruzaram. Surgiu um ódio e um rancor maior do que o já existente. Apolo saiu da casa e Lucas o seguiu. A festa acabara.


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Notas finais do capítulo

perdão pelos erros do capitulo anterior e desculpa a demora



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