Prólogo

AMOR. TRAIÇÃO. VINGANÇA. 

Eu escolheria a minha caça ou o meu amor?

Eu fui transformada por Mikael quando tinha apenas 18 anos. Tornei-me vampira por um propósito: Matar seus filhos, os originais. Mikael me estressou com suas regras, mas eu precisava ter sido sua aprendiz. Os originais mataram a minha família e eu iria me vingar. Após a morte de meu mestre, eu fui para Mystic Falls. Era hora de tratar dos assuntos pessoalmente.

Eu tinha que continuar com sua meta.

Eu tinha que cumprir meu destino.

Eu iria matá-los.

A caçada iria começar.

Prazer, Sophia Adams.

Eu sou uma caçadora de vampiros.

Nos primeiros dias que estava em Mystic Falls soube que um dos originais iria, obrigado por Klaus, estudar na escola da cidade. Na mesma hora sorri. Eu iria matar meu primeiro original.

Porém, no meio de minha caçada, algo inesperado aconteceu. Cada vez que eu me aproximava de Kol Mikaelson, a minha caçada era deixada para trás. Eu estava amando um original, mas eu tinha que matá-lo. Afinal, foi para isso que eu fui criada. Mas Kol tinha ligado minha humanidade de volta. Eu escolheria minha caça ou meu amor?

Amar alguém com uma intensidade indescritível teria preços altos, que eu não saberia disser se conseguiria aceitar. “Amar alguém que matou a sua família... Falando assim parece repugnante, mas ele não faz como se parecesse tão ruim.”

Vidas roubadas, sangue derramado, mentiras sem fim... 

A única verdade que eu posso lhe contar agora é essa:

Meu amor foi escrito com sangue.

Com o meu próprio sangue. 

Capítulo I

“Vampiros? Caçadores? Originais?”

Quando eu tinha 18 anos, em 1113, fui transformada por Mikael.

Eu me lembro bem do dia que minha vida mudou.

Eu era filha de um dos homens mais importantes da Europa, naquela época, mais precisamente Itália. Os negócios da família eram segredos para mim.

Eu sempre li muito. Às vezes eu ia à biblioteca e lia livros sobre vampiros. Criaturas da noite sombria. Lógico que minha doce mãe, Louise, não sabia. Ah dios mio! Minha vida era simples e bela. Meus pais estavam negociando um casamento com um dos proprietários mais ricos após minha família.

Mas tudo mudou após aquela tarde.

Usava um vestido verde escuro. Meus cabelos negros caindo sobre minhas costas. Eles estavam presos numa trança rabo de peixe. Meu corpete deixava meu corpo mais esbelto e meus sapatos brancos de salto me davam a postura adequada.

Minha mãe havia pedido para eu ir dar uma volta pelo jardim. Eu amava o ar livre. Caminhei pelos corredores enormes do meu palácio até chegar ao jardim enorme de minha mãe. Fui até a plantação de verbena. Eu tinha um colar que tinha por dentro sua erva. Minha mãe me mandava nunca tirá-lo.

Fui andando até umas árvores que havia ali. A minha favorita era a do carvalho branco. Fui até outra árvore qualquer e peguei uma maça. Senti alguém me puxar. Antes que eu pudesse gritar, um homem tapou a minha boca com sua mão.

–Fica quieta. –ele disse. –Eu vou tirar a mão da sua boca, mas se gritar eu vou te machucar. – ele disse e eu assenti com a cabeça.

–O que você quer? – perguntei assustada.

–Meu nome é Mikael.- disse um homem com idade para ser meu pai.

–Sophia.

–Eu sei seu nome.

–O que você quer de mim?

–Apenas contar o segredo da sua família, Sophia.

–Você sabe? – perguntei curiosa.

–Eu tenho que saber o segredo das pessoas que fazem a mesma coisa do que eu. – ele falou rindo.

–O que é o segredo?

–Sua família inteira é caçadora de vampiros.

Isso explicava os ataques de “animais” que minha família investigava. Como eu sou burra. Como não pude desconfiar o porquê de tantos livros sobre o assunto. Mas se Mikael sabia disso isso só poderia significar que ...

–Você também é um caçador?

–Sophia, mia cara, eu sou um vampiro que caça vampiros.

Quando ele disse que era vampiro eu não tive nenhum pavor. Já tinha lido livros, escondida da minha mãe, que falavam sobre eles. Sabia sobre a verbena, sobre o sol, sobre seus truques, sobre tudo.

Pelo menos era o que eu achava.

–O que você quer comigo? Eu não sou vampira e nem caçadora.

–Ainda.

–O que você quis dizer com isso?

–Você vai virar uma caçadora por mim ou pela sua família.

–Mas eu ...

As palavras não saíram da minha boca. Mikael fez um movimento ficando atrás de mim. Depois disso tudo ficou escuro. A última coisa que eu me lembro foi ter visto sua cara séria.

Acordei numa cama – que não era a do meu quarto- e vi o caçador de vampiros sentado numa poltrona. Flashes curtos passaram na minha cabeça. Ajeitei-me na cama e vi que o quarto era bem luxuoso. Todas as cortinas estavam fechadas. Olhei para mim e vi que ainda estava com as mesmas roupas de ontem.

–O que aconteceu? – perguntei.

–Não se lembra?

–Não, se lembrasse eu não perguntaria.

–Deveria ser mais educada, você é uma dama.

–E...? Fala o que aconteceu.

–Você esta prestes a ser transformada.

–O que? – perguntei confusa e uma mulher entrou no quarto.

–Ela esta pronta. – Mikael falou e saiu do quarto.

A mulher tinha longos cabelos negros que batiam na altura de sua silueta. Usava um vestido longo verde. Ela parecia ser uma bruxa. Ah meu deus, ela era uma bruxa. A bruxa que visitada minha casa quando eu era pequena.

–Tire seu colar. – ela falou.

–Não. – minha mãe me mandava em hipótese nenhuma tirar o colar.

–Tire a verbena do seu colar, irá te machucar. – ela disse e eu tirei a verbena. Não sei por que, mas ela sabia o que estava fazendo.

A mulher começou a falar uma língua estranha e desconhecida, pelo menos, por mim. A cada palavra que ela falava, as velas que estavam no quarto se acendiam. Ela acabou de falar. Ok, aquilo era um feitiço.

Mikael voltou para o quarto com um cálice de prata na mão. Ele me fez beber, a força, o sangue que tinha ali dentro. Logo após isso, ele retirou sua espada e cravou a mesma no meu coração. Ele não foi nem um pouco delicado nisso também.

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Acordei num quarto escuro e lembrei-me do que aconteceu. Eu sentia fome. Abri a porta e vi um guarda passando no corredor que tinha um espelho enorme. Deu-me uma inquietação. Meus olhos ficaram vermelhos ao ver a veia dele pulsar. Antes que eu falasse alguma coisa eu já tinha gravado meus dentes na sua jugular e o matei.

Mikael havia me transformado no monstro que minha família caçava.

O monstro que ele caçava.

Vi o mesmo surgir na minha frente.

–Vamos começar seu treinamento. – ele falou virando de costas para mim. –E isso não vai se repetir mais. Você só pode se alimentar de vampiros. Essa é sua primeira regra.

Sonha que eu obedeço alguma regra.

Fomos saindo daquele andar da casa onde nos encontrávamos. Assim que ele abriu a porta fiquei com medo dos raios de sol e fechei os olhos. Levei minha mão até o raio de sol e nada.

–Vampiros não queimam no sol? – perguntei.

–Queimam, mas você não é qualquer vampira. É uma original.

–Então eu não posso ser morta com estacas de madeira e com verbena?

–Não. Só uma coisa pode te matar.

–O que?

–Carvalho branco, da árvore que sua família tem no jardim.

–Existem outros originais?

–Meus filhos. – ele disse com um olhar distante.

–Me conta a história.

–Vamos até a floresta.

Andamos até uma floresta. Podia ouvir vários barulhos que estavam começando a me irritar. Sentia o cheiro da natureza e de lugares mais distantes. Chegamos à velocidade vampiresca até o meio da floresta onde eu me sentei numa pedra.

–Uma vez por mês minha família ia pra caverna abaixo de nossa vila. Os lobos uivavam pela noite e pela manhã voltávamos para casa. Em uma lua cheia, Klaus e Henrik, meus filhos, foram ver os homens se transformarem em feras, era proibido. Henrik pagou o preço. Esther, minha mulher, queria salvá-lo, mas a bruxa amiga da família disse que os espíritos não permitiam. Foi o inicio do final da paz com nossos vizinhos e um dos últimos momentos da minha família como humanos.

–Por que não fugiram?

–Meu orgulho, Sophia. As emoções aumentam quando se é vampiro. Por isso, cuidado com o que sente.

–Continue a história.

–Se tornar vampiros era uma forma de proteção. Eu queria lutar e ser superior aos lobos. Se mordiam, morderíamos mais forte. Se corriam, correríamos mais rápido. Agilidade, força, sentidos. Tudo podia ser aumentado. Nossa família viveria para sempre. Mas a Ayanna disse que isso haveria conseqüências, que os espíritos iriam se revoltar, ela não faria parte disso. Então sobrou pra Esther proteger a família. Ela é a bruxa original.

–Foi igual ao que aquela bruxa fez comigo?

–Sim. Ela pediu ao sol vida, e ao antigo carvalho branco, imortalidade. Naquela noite, os ofereci vinho com sangue e depois cravei sua espada em seus corações.

–Você matou seus filhos?- perguntei chocada.

–Eu os amava e me arrependo do que fiz. -fiz sinal para que ele continuasse. - O sol se tornou nosso inimigo, flores a base do carvalho branco nos queimavam e impediam a hipnose. Os vizinhos que nos convidavam pras suas casas nos queriam foram. O feitiço então declarou que a arvore que nos deu vida podia tirá-la, então eles a queimaram.

–Você não ficou lá?

–Eu descobri que Esther havia me traído com um dos lobisomens do vilarejo. Niklaus não era meu filho. Ele se tornou um híbrido assim que os transformamos. Esther aprisionou seu lado lobisomem.

–Quais são os nomes dos originais?

–Niklaus, Finn, Elijah, Rebekah e Kol. – ele falou.

–Por que quer matá-los?

–Vampiros não deviam existir.

–Por que me transformou em vampira?

–Caso aconteça algo comigo, você tem que continuar o que eu comecei.

–Mikael ...

–Eu vou te ensinar tudo que eu sei. Basta você aceitar, Sophia.

Pensei por vários minutos e percebi que a resposta era óbvia.

–Eu aceito. – disse confiante.

–Ótimo, vamos começar agora.

–Espera. Minha família não irá querer me caçar?

–Deixei uma carta falando que você tinha se suicidado. Vamos nos mudar para Chicago depois que você estiver totalmente pronta. –assenti com a cabeça.

–Mas Mikael, e a árvore?

–Antes que queimá-la eu cortei seis estacas de madeira. Seis originais. – dito isso começamos o treinamento.

Então não tinha uma estaca para mim? Interessante.

900 anos depois ...