A Nightmare Becomes True escrita por LilyCarstairs


Capítulo 3
Capítulo 3 - The Prophecy.


Notas iniciais do capítulo

Seilá, boa leitura e obrigada a quem está acompanhando. ♥'



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Na manhã seguinte por onde eu passava as pessoas me olhavam com pena. Qual é, eu não vou morrer, apenas vou para uma missão. Quer dizer, eu espero não morrer.

Não tive tempo de conversar com Nico ou Will sobre isso. Logo após os cinco campistas se apresentarem para a missão o horário de dormiu chegou.

Bom, Quíron chamou os cinco envolvidos para uma “Última Reunião”. Estávamos todos sentados em uma mesa na Casa Grande. Susana e Lívia estavam entretidas em uma conversa. Will não parava de tamborilar os dedos na mesa e Nico olhava discretamente pra mim. Eu olhava para ele e fazíamos piadas silenciosas e ofensivas sobre Susana e Lívia.

Depois de vários minutos assim, Quíron finalmente chegou. Rachel veio em seu encalço. Todos voltaram sua atenção para ele, que por sua vez olhou para cada um de nós durante algum tempo. Ninguém falou nada durante alguns minutos.

– Então... Estamos todos aqui. – Will quebrou o silencio.

– E a profecia? – Nico parecia impaciente agora. – O que diz nela? Diga logo, Quíron.

– Rachel... – ele pediu. A garota ruiva dirigiu-se a frente dele.

Uma fumaça verde nos envolveu e aquela voz assustadora do Oráculo começou a recitar:

Cinco semideuses a deusa perdida terão que achar,

Em meio à névoa um semideus a ocultará,

A mais bela de todos os guiará,

O culpado em silencio desfalecerá,

Uma parte perdida, no final não retornará,

E a verdade vira a tona àquele que menos a desejar.

Rachel piscou várias vezes, como se estivesse voltando a si e olhou apreensiva para Quíron.

– A mais bela de todos? – Lívia falou baixinho. – Essa é a parte que tem a ver com as filhas de Afrodite?

– Claro que sim, garota. – Nico falou. – E a culpa é de um semideus, mas como um semideus ocultaria uma deusa? – ele perguntou a Quíron.

– Alguém a enganou. – ele disse.

– E o culpado não falará nada... – Will tamborilava o dedo enquanto raciocinava.

– Não adianta nada pensarmos sobre essa profecia agora. – Susana o interrompeu. – Estamos aqui e só descobriremos seu real significado quando ela se concretizar. – sua voz estava diferente. Ela parecia tensa.

– Podemos tentar. – Will contra argumentou.

E assim começou uma longa e chata discussão sobre a missão. Simplesmente fiquei ali fingindo escutar, quando na verdade estava tentando cochilar pra ver se aquilo acabava logo.

Não sei quanto tempo depois acabou, mas demorou. Segurei o braço de Will antes que ele pudesse ir. Quando ficamos a sós, perguntei:

– Por que se voluntariou para essa missão, Will?

– Eu não sei... – ele parecia confuso. – Eu simplesmente... Levantei a mão... Quando vi... – sua confusão aumentava à medida que tentava explicar.

– Você não sabe? - Até eu acabei ficando confusa. Ele parecia realmente não saber. – O que importa é que você vai permanecer vivo e bem. Prometa-me isso. – acrescentei. Eu precisava ouvir isso dele. E sei que ele não me desapontaria.

– O que? – ele olhou para mim de sobrancelhas arqueadas. – Está com medo de me perder, Sum? – ele sorriu.

– E se eu estiver? – respondi, levantando o queixo, fingindo estar emburrada. Mas como sempre, Will me deixa sem palavras.

Depois de um beijo, ele separou nossos lábios e ainda muito perto de mim, disse:

– Eu prometo que não deixarei nada de ruim acontecer com você. Não me importa o que aconteça comigo.

– Mais a mim importa. Prometa que vai permanecer bem e vivo! – insisti.

Ele revirou os olhos e sorriu.

– Tá bom. Vou permanecer vivo.

– E bem. – acrescentei. Ele deu uma pequena risada.

Ah, acho que quando você gosta de alguém, você fica bobo assim. Espero que não seja sempre assim, sinto-me um bebezinho quando isso acontece.


O sol estava se pondo e hoje era sábado, um dia livre. Exceto que eu tive que arrumar a mochila para amanhã. Nós cinco sairíamos ao por do sol. Encontrei Connor no Anfiteatro e tentei não demonstrar tristeza. Agora que percebi, Connor ficaria sozinho. Conversamos o resto do nosso tempo livre. Nenhum assunto crucial para a existência humana, apenas falávamos sobre bobeiras e como eu morreria tendo de aguentar a Susana. Abracei-o com força e depois fomos roubar alguns campistas, como despedida.

Mal dormi e o sol nasceu, passei a noite quase toda me remexendo na cama, não sei porque eu fiquei ansiosa. Então o dia da missão chegou e eu comecei a ficar preocupada de verdade com o que aconteceria. Sete da manhã, no topo da Colina Meio-Sangue. Estávamos lá recebendo as ultimas “orientações” de Quíron. Lívia é a líder da missão, então ela recebeu as principais, demoradas e chatas instruções. Quíron dava muitas orientações, parecia um papai preocupado na primeira vez que um filho sai sozinho de casa.

Cada um levava uma mochila com pertences pessoais, água e comida. Alguns dracmas de ouro e dinheiro mortal foram acrescentados à mochila. Quíron nos desejou boa sorte e descemos a Colina, saindo da segurança do Acampamento.

Conseguimos um transporte até o aeroporto mais próximo. Susana dirigia, Lívia sentou-se a seu lado, no bando do passageiro. No banco de trás fiquei no meio de Will e Nico.

– Para onde iremos agora, mais bela de todas? – Nico perguntou. Era engraçado ouvi-lo sendo irônico, pois ele era sempre tão sério.

– Eu... Eu não sei... – Lívia fechou os olhos e tentou sentir algo. Acho que pela sua expressão não conseguiu nada.

– Vamos, Lili, daqui a pouco você consegue. – Susana disse. Sim, elas ficaram bem amigas nesses últimos dias. “Lili e Susi”, assim se chamavam.

Will segurava minha mão, e isso me dava segurança. Ele parecia entretido com a paisagem. Olhei para Nico e ele olhava para mim. Sabe aquele momento constrangedor em que os olhares se cruzam e ambos coram? Então... Foi o que aconteceu. Não entendo porque tenho isso, já que namoro Will. Mas creio que dizer que não acho Nico um lindo garoto, seria mentir demais. Sorri para ele e fiz uma pergunta muda. “Você está bem?”, e ele balançou positivamente a cabeça em resposta.

– O que é aquilo?! – Lívia apontou para uma forma escura na estrada.

Susana desviou o carro e acelerou o máximo que pode. A criatura agora corria atrás de nós. Maravilha. Will tirou sabe-se lá de onde um arco e flecha e começou a dispara-las contra a criatura. Uma, duas, três... O monstro só ficava mais irritado. Não sei exatamente o que era aquilo, mas me assustava. Ela corria muito depressa, estava a apenas 10 metros do carro.

Notei que seus olhos eram vermelhos e seu pelo preto e curto, tinha quatro patas e garras muito, muito afiadas. Seu rabo era comum, exceto pela ponta em forma de diamante, que – deduzi – era muito afiado também.

Depois do que pareceu um quilometro a criatura se esvaiu em pó. Susana parou o carro.

– O que foi aquilo? – ela perguntou. Parecia ofegante, mesmo sem ter corrido. Na verdade, todos nós estávamos assim. Provavelmente pelo susto.

– Eu não sei, mas preciso de minhas flechas de volta. – Will desceu do carro e caminhou até o monte de pó.

Eu o segui, assim como todos no carro. Ele pegou suas flechas, limpou-as e guardou na aljava. Eu nem havia notado que ele trazia uma aljava presa às costas.

– Vamos antes que outro daquele apareça. – Nico disse.

E - que maravilha! - olhei para o lado e na beira da estrada outra daquela coisa vinha em nossa direção.

Preparei minha adaga; Will se afastou para melhor atirar suas flechas; Nico pegou sua espada e investiu contra a criatura, assim como Susana fez; Já Lívia, apenas olhava assustada.

A criatura rebateu com uma pata Susana. Que voou pouco mais de dois metros. Nico tentava acertar a criatura, mas sua cauda sempre a defendia. Aparentemente a calda era “blindada”.

Investi contra a criatura. Ela tentou rebater-me, como fez com Susana, mas eu desviei. Ela me segurou com a outra pata. Eu nem sabia que patas podiam segurar e apertar com tanta força. Balancei-me e esperneei em vão. A criatura realmente era forte.

– Sum! – ouvi Will gritar. Acho que ele estava investido. Tentei falar para ele não chegar perto, mas não saiam palavras, apenas ganidos.

O aperto ficava cada vez mais forte, até que me faltou ar. Respirei com muita dificuldade. Vi de relance a espada de Nico reluzindo e decepando a pata que me segurava. Cai estatelada no chão. Bati meu rosto, pois a mão do monstro segurava meus braços. Poucos segundos depois a mão dela virou pó e eu pude me soltar.

A criatura continuou lá, sem uma mão, furiosa. Will correu até mim. Nico olhava com ódio para o monstro, nunca vi o semblante dele tão assassino como agora. Nico investiu, acertando o peito do monstro que finalmente virou pó. Todos caminharam em minha direção.

– Está tudo bem? - Nico perguntou.

– Claro que não está tudo bem, Di Angelo! – antes que eu pudesse responder Will o fez. Levantou-se e caminhou em direção ao Nico. – Isso é sua culpa! Garoto de Hades. Você quem chama esses monstros horrendos!

– Eu? – ele soltou uma risada seca. - E quem estragou tudo atacando? Filho de Apolo que só sabe usar arco e flecha. – a voz de Nico era fria.

Levantei-me e fiquei entre os dois, eles não seriam babacas a ponto de se baterem. Susana e Lívia pareciam se divertir com isso e não se moveram para ajudar. Nico olhava inexpressivo, enquanto Will parecia a ponto de explodir.

– Qual é o seu problema, William?! – perguntei rispidamente.

– Ele... Ele quase te matou. – ele disse.

– Nico não é o monstro. E não é culpa dele atrair monstros. – tentei manter a voz calma.

– Ele é filho de um dos Três Grandes, atrai os piores monstros... – ele começou a explicação.

– Você também faz isso! Eu faço isso! Todo semideus atrai monstros! – gritei.

– Tanto faz. – ele disse friamente.

– E o seu problema, Nico, qual é?! – me virei para olhar Nico.

Ele apenas me olhava inexpressivo. Antes que eu desse uns bons chutes nele, sai de lá e voltei para o carro.

– Vamos? – gritei de dentro do carro. Todos concordaram e entraram novamente no carro.

Susana e Lívia conversavam sobre alguma coisa que não pude ouvir, nem me interessava. Apenas tentei dormir e ignorar o clima tenso entre Will e Nico. Cochilei por um tempinho, acordei quando o carro estacionava no aeroporto. Entramos, mas não sabíamos para onde deveríamos voar.

Lívia tentava desesperadamente conseguir alguma coisa, mas aparentemente não sentia nada. Comecei a pensar que ela não era a pessoa da profecia, quando ela finalmente disse:

– Devemos ir para o sudeste, para Kentucky. Lá teremos alguma resposta... Eu... Eu simplesmente sinto isso.

Decidimos que era a melhor opção que tínhamos até agora. Compramos as passagens para lá. O voo sairia daqui a 3 horas.

Esperamos em silencio até o horário do voo. Depois do embarque, notamos que nossos lugares eram separados, mas com esse clima não seria tão ruim. Susana e Lívia ficaram nas poltronas da frente. Will ficou sozinho lá atrás e eu tive de sentar com Nico e uma senhora com cheiro de gatos.

– Então... Boa sorte na missão, Summer. – Nico falou baixinho.

– Sabiam que os gatos vivem em média 12 anos? – a velinha perguntou. Apenas concordamos com a cabeça.

A senhora começou um relato chato sobre a vida dos gatos e eu tive vontade de pular do avião.

Nossa incrível missão começou com uma aula sobre gatos.


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Notas finais do capítulo

Ah, seilá, caso alguém não saiba Kentucky é um dos 50 estados dos EUA. xD'
Nada de leitores fantasmas, deixem reviews. u_u'



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