A Nightmare Becomes True escrita por LilyCarstairs


Capítulo 13
Capítulo 13 - In Silence I'll Fall...


Notas iniciais do capítulo

Então aqui está o POV da Susana. A culpada. q
O capítulo deve estar meio (muuuuuito) confuso, e está um drama total! Muito drama mesmo, mds. ç.ç
~
Não sei como uma pessoa de Ares pensa, mas a Susana que eu imagino pensa como coloquei-a na fic.
Se alguma filha de Ares ler e achar muito ruim ou diferente da realidade... Mil desculpas, foi o melhor que consegui com a inspiração do momento. ç..ç
~
E talvez eu demore um pouco para postar o próximo capítulo. Agradeço a quem acompanha e peço que tenham paciência, pois estou atolada de lições do curso que precisam ser feitas. 3
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Boa leitura! o/



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POV Susana

Eu soube que perdi Travis para sempre quando nos encontramos naquele maldito... Lugar? Eu não sei se aquilo era o cômodo de uma casa ou outra coisa. Ele chegou lá e começou a gritar comigo. Chamou-me de traidora e tudo o mais. Acho que fazer essa droga de “parceria divina” foi a pior porcaria que eu poderia pensar em fazer.

Bom, todos devem pensar que sou a maior traidora do mundo e que nada que eu faço/fale é verdade. Quanto mais ele gritava, mais arrependida eu ficava. E mais desejava nunca ter tido um coração partido. Sim, eu já tive um coração partido.

Há alguns anos, eu namorara um garoto, chamado Matthew. Ele simplesmente foi a melhor pessoa que conheci, mas... Ele foi morto pela própria mãe. Sim, ele simplesmente foi morto pela mãe. Ela dizia que tinha distúrbios, mas eu duvido muito. Ainda me lembro do velório de Matt... Foi um dia horrível. Pouco depois descobri que era semideusa, e tudo o que eu queria era me vingar daquela mulher. Simplesmente a matei.

Eu já fiz muitas coisas erradas no meu passado, mas ter matado essa mulher foi a pior. Eu não conseguia pensar direito, durante muito tempo fiz tamanhas tolices de que me arrependo muito. Eu simplesmente não conseguia me recuperar dessa perda. Depois que a matei, uma bela proposta surgiu: Vingar-me de quem me fizera amar alguém. Vingar-me de Afrodite.

Outra maldita decisão errada. Fui até o Acampamento para me voluntariar para a missão e fazê-la dar errado. No começo, eu estava botando fé que conseguiria acabar com todos os que vieram para essa missão e simplesmente esquecê-los. Afinal, eu já teria o que queria: O fim do amor no mundo.

Foi então que tudo desandou e eu me apaixonei de novo. Achei que nunca conseguiria, mas Travis conseguiu fazer com que a merda do meu coração voltasse a disparar por alguém. E então o arrependimento tomou conta de mim, quando todos os que vieram  na missão começaram a ficar próximos de mim e eu – em muito tempo – me lembrei do que é ter amigos.

Tentei explicar para Travis, mas ele não acreditou. E então ouvi a voz de Lívia. Aquela maldita sensação de pavor tomou conta de mim novamente. Ele... Ele não pode tê-la pegado, não é? Eles fugiram quando pedi...

Corri para fora daquele cômodo, e dei de cara com Summer e Will. Não perdi meu tempo fazendo perguntas. Comecei a correr como nunca corri na vida. Eu sabia o que estava acontecendo, mas eu não podia simplesmente deixa-la, não é? Agora ela era minha amiga. Minha melhor amiga. E – aparentemente – a única que entendeu a maldita traição.

Summer, Will e Travis corriam atrás de mim enquanto eu tentava, desesperadamente, chegar naquele lugar. Havia me esquecido como isso era longe. Quando estava praticamente enlouquecendo com os gritos de Lívia, encontrei a maldita porta. Chutei-a e entrei.

Uma boa notícia: Lívia, Nico e Connor estavam vivos. As más notícias: Tinha uma máquina assustadora em cima de Lívia e Connor. Nico estava amarrado longe, mas Lívia e Connor estavam com aquilo apontado para o coração. Saquei minha espada rapidamente e corri para salvá-los. Ninguém tentou me impedir. Lívia parecia desesperada, Connor também, mas tentava acalma-la a todo custo.

- Lívia... A gente vai sair daqui... Não precisa chorar... Livy... – ele repetia, mas não adiantava. Espera, ele está dando apelidos para ela? Isso é coisa minha!

Tentei puxar as máquinas, tentei chutar e dar golpes com minha espada. Nada funcionou. Como eu poderia lutar com aquilo? Eu deveria saber como derrotar essa merda, não é mesmo?

Depois de alguma ajuda consegui tirar Connor de debaixo da máquina e então conseguimos tirar a Lívia. Olhei para trás procurando pelos outros. Monstros com pedaços metálicos, aqueles mesmo que vem nos seguindo o tempo todo, estavam tapando a boca de todos os outros. As armas de meus amigos formavam uma pilha no chão e seus olhares me matavam de várias maneiras.

- Solte-os... Agora! – gritei para os lados. Eu sabia que ele estava por aqui em algum lugar.

- Ora, ora, ora... – a voz de Adelaide chamou em algum lugar. Ela estava se aproximando pelas sombras. – A traidora está arrependida e trairá a causa? – ela riu com desdém. Eu não suporto essa coisa.

Quando digo coisa, é coisa mesmo. Uma máquina construída para ajudar seu mestre, e ela para minha infelicidade, criou uma própria inteligência. Agora, ela estava aqui para estragar nossa fuga. Não que antes eu não quisesse que todos eles morressem. Ah, já falamos sobre isso.

- Vá embora, sua coisa! – avancei um pouco. Eu poderia destruí-la de algum modo. Talvez arrancando sua cabeça? Eu não sei, mas ela não atrapalharia a fuga.

- Agora quer que eu vá embora? – ela riu novamente e olhou para os monstros. Eles apertaram mais ainda os meus amigos. Não que eles se considerem meus amigos e tudo o mais...

- Pare com isso. – tentei controlar a voz.

Ouvi um barulho vindo de cima de nossas cabeças. Duas batidas. Adelaide abriu ainda mais o sorriso e mandou os monstros pegarem Lívia e Connor. Por que pegariam Connor? O plano inicial era Lívia... Bom, de qualquer modo, eu tenho de impedir isso.

- Fiquem atrás de mim, e quando eu segurar a velha, vocês correm o mais rápido que conseguirem. – pedi. Olhando suplicante para Lívia, prossegui: - É a única chance de vocês.

Ela concordou com a cabeça, seu rosto ainda manchado pelas lágrimas e um arranhão em sua bochecha, mas fora isso, ela parecia perfeitamente normal. Voltei-me para Adelaide e em um rápido movimento cheguei até ela e derrubei-a. Logo, os monstros soltaram meus amigos e vieram para ajudar sua “líder”.

Em poucos segundos me tiraram de cima dela, mas todos os semideuses já haviam corrido para fora de lá. E não voltariam nunca mais. Logo, estavam a salvo. Pelo menos eles conseguiriam sair de lá. Agora eu só precisava salvar Afrodite e...

- MÃE! – ouvi Lívia gritar lá de fora.

Mas por Ares, que merda de vida é essa que não facilita nunca?!

- Lívia, corra, não seja estúpida! – gritei, antes que tapassem minha boca.

Antes que eu pudesse resistir novamente, Adelaide golpeou minha cabeça e eu cai, desacordada.

Acordei pouco tempo depois, não tenho certeza. Mas já estava amarrada e sem poder fazer nada para ajudar meus amigos que estavam pela milionésima vez amarrados nessa missão. Eles estavam em uma fila ao meu lado direito, eu era a primeira da fila de semideuses amarrados. Vergonhoso. Adelaide estava a alguns metros de Lívia, parada e analisando-a. Eu simplesmente não acreditava no que estava vendo: Lívia parada, olhando para cima. Estávamos em um lugar a céu aberto. Ela olhava para a Lua. Ela parecia fora de si. Era a única solta, mas por quê? Ajoelhou-se e disse:

- Lady... Lady Ártemis. Eu me comprometo com a senhora. Dou as costas para a companhia... Dos homens, aceito a virgindade eterna e me junto à Caçada... – ela falou muito rápido. Nada extraordinário aconteceu. De repente, Lívia parecia mais jovem e forte. Como as caçadoras geralmente são. Apenas isso.

Mas o que raios estava acontecendo? Acho que perdi muita coisa enquanto estava desacordada. Talvez eu não tenha ficado tão pouco tempo desacordada. Uma hora talvez? Sei lá.

- Não, garota tola! – Adelaide gritou. – Não deveria ter feito isso! – ela correu até Lívia e segurou seu pescoço.

Tentei me soltar e ajuda-la, mas não consegui. As cordas estavam fortes demais. Olhei para os lados, e tentei perguntar o que estava acontecendo para qualquer um. Connor me respondeu, sua voz carregada de dor:

- Ela simplesmente foi para a caçada. Assim evitaria o plano, que você sabe muito bem qual é. Pegar o coração de uma filha de Afrodite, que está sempre ligado ao de um garoto... – sua voz falhou. - E usa-lo como parte do processo para destruí-la. – as palavras me acertaram como uma chuva de adagas. Ouvir isso e saber que ajudei fez com que eu me sentisse ainda pior.

Olhei para Connor. Ele e Lívia haviam começado um romance. Ela teve de abrir mão disso por culpa dessa porcaria de missão. Cada coisa que acontecia, só piorava o que eu sentia. Há algum tempo eu teria adorado essa dor nos olhos de Connor e a dor nos olhos de Lívia, eu teria pensado que mesmo essa dor não chegava perto do que senti naquele dia em que Matt me deixou. Mas chega. E eu sou uma maldita imbecil.

– Como pôde ajudar em algo assim, Susana? – a voz de Summer perguntou. Eu estiquei meu pescoço e pude ver seu rosto. Ela desviou o olhar. Lembro-me que desde o começo nunca nos demos bem.

- Eu... Eu vou salvá-la... – sussurrei para mim mesma. Olhei para baixo e me concentrei nas cordas.

Com muito esforço e alguns bons minutos enquanto Lívia lutava pela vida, consegui finalmente me soltar. Avancei desesperadamente em Adelaide. Nesse momento notei que eu não tinha armas e nem um plano. Apenas tirei Lívia de suas mãos e consegui deter aquela coisa sem senso.

- Vá ajudar os outros, Lili. – pedi.

- Sim... Susi. – ela respondeu, e por um momento meu coração voltou a ser feliz.

Empurrei-a contra o chão e subi em cima dela. Sabe aquele sentimento de que tudo vai dar certo? Ele veio por um instante, até ela começar a se levantar. Adelaide apartava meus pulsos com tanta força que eu nem conseguia meche-los. Ela finalmente conseguiu quebrar meu pulso esquerdo. MERDA! Como doeu, mas me ajudou a chuta-la e pegar minha faca reserva de dentro da blusa (longa história), enfie-ia várias vezes em Adelaide e seus olhos perderam um pouco do brilho. Nenhum sangue era derramado, apenas um óleo esquisito. Ela caiu inerte no chão. Comecei a correr para longe.

Nada dá certo para mim, então eu cai por cima do braço. Doeu tanto... Mas eu não tinha tempo para choradeiras de maricas. Levantei e ajudei Lívia a soltar os outros. O que não foi fácil por dois simples motivos: Meu pulso esquerdo foi quebrado e minhas mãos estavam cheias de óleo.

Quando conseguimos sair da lá (estávamos na “varanda” gigante daquele lugar), corremos como loucos pela casa. E finalmente tudo deu certo para nós: Saímos da casa.

Olha, acho que estamos com algum tipo de maldição, porque o próprio culpado (digo, o segundo, fora eu) estava nos esperando lá, com seus ajudantes robóticos.

- Sua traidorazinha de merda... - a sua grave voz disse. Rapidamente apareceu uma espada em sua mão e ele a lançou em mim. - Eu não preciso de gente como você ao meu lado, sua fraca.

Ela simplesmente atravessou minha barriga. A dor foi tanta que eu queria gritar, mas não consegui. Eu simplesmente perdi a vontade de continuar com essa maldição de dor e sofrimento que minha vida vem sendo... Antes de cair me lembrei de um pedaço da profecia: "O culpado em silencio desfalecerá".


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Notas finais do capítulo

Bom, caso não tenham entendido o lance do ex da Susana, na 1ª temporada da fic fala um pouco disso. Se quiserem olhar lá e tentar entender, seilá.(http://fanfiction.com.br/historia/299531/My_Sunshine_/)
~
Acho que o que mais apareceu nesse capítulo foi a palavra "simplesmente", me desculpem pela repetição. Desculpem por todos os erros, sério. SUIDHASUI
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E os comentários e opiniões? Cadê? CADÊ? CADÊÊÊ?! ç.ç q
~
Até o próximo capítulo. ♥



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