A Nightmare Becomes True escrita por LilyCarstairs


Capítulo 11
Capítulo 11 - Wait ... Is that right?


Notas iniciais do capítulo

Bom... Demorei? Espero que não muito. E se demorei, venham arrancar meus olhos, porque sou uma irresponsável! -qs
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Obrigada a Clara Bittencourt que favoritou! Obrigadinha, mesmo. u_u'
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Nesse capítulo prevejo tretas e revelações. Espero que não tenha ficado corrido e previsível. Erros absurdos, me avisem.
Leitores fantasmas, não façam isso comigo, deixem reviews. Não os matará! ç..ç'
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Até lá embaixo e boa leitura! ♥3'



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POV Summer

Não sei o que doeu mais, saber que Nico tentou machucar Will ou saber que fui o motivo. Eu não sabia mais o que fazer, então simplesmente chorei. Fui uma bobona fraca ao chorar e isso me irritou. Mas depois de alguns minutos o carro parou com um tranco, me fazendo parar de chorar e ficar alerta na hora.

- O que aconteceu? – Will perguntou, pegando seu arco e flecha.

- Lá. – Nico, ao volante, apontou para uma enorme casa.

Descemos do carro já armados, esperando qualquer que fosse a armadilha. Olhei para a casa e entendi o porquê de Nico ter parado o carro. Uma fumaça negra tomava conta do lugar. Não qualquer fumaça, era algo diferente, mágico. E ouviam-se gritos do local.

- Que lugar é esse? – perguntei.

- É aqui. – Lívia olhava vidrada para o local.

- Sua mãe, está aqui? – Susana perguntou. Parecia muito assustada, para uma filha de Ares.

Lívia abriu a boca para falar algo, mas Susana a interrompeu, batendo palmas freneticamente perto do rosto de Lívia. Não entendi nada daquilo. Por que ela bateria palmas? Susana virou-se novamente para a amiga e voltou a perguntar:

- Sua mãe está aqui?

- Acho que... Acho que não. – Lívia fechava os olhos e balançava a cabeça como se estivesse confusa.

Olhei novamente para a casa, mas agora parecia totalmente normal. Nada de fumaça ou qualquer coisa assim. O que aconteceu aqui?

- Sumiu. A fumaça sumiu! – Will se pronunciou.

- É. Melhor irmos antes que algo aconteça. – Susana falou, entrando no carro, seguida de Lívia e os outros.

Eu ainda não entendi o que aconteceu. As palmas, a confusão de Lívia, o sumiço da fumaça... O que aquilo significava? Sei que tinha um significado, tinha de haver. Dei de ombros e voltei para o carro. Sentei-me no mesmo lugar.

- Pra onde vamos? – Nico perguntou. Sua voz estava baixa.

Olhei em direção a sua voz e notei que ele olhava para mim pelo espelho retrovisor. Merda. Voltei meu olhar rapidamente para qualquer outro lado. Garoto idiota... E então me lembrei do que ele veio me falar há alguns dias.

- Summer, sabe aquela velha com cheiro de gatos? – perguntou. – Lembra-se do que ela disse? Sobre ainda existir amor entre nós... E lembra... Lembra daquele bilhete rosa? – ele falava muito rápido e olhava para o chão.

- Sei... – concordei. Aquilo estava me deixando constrangida também.

Ele estendeu a mão e me mostrou o bilhete rosa. “Conte para ela!”, era o que dizia. Olhei novamente para Nico e ele estava tão corado que parecia estar ardendo em febre.

- Eu... Gostaria que você... Fosse minha... Não um Raio de Sol como para Will, eu não gosto do Sol, você poderia ser minha... Sombra? Espera, isso não parece algum elogio. – ele deu uma pequena risada constrangida.

Eu não sabia o que dizer. Apenas desviei meus olhos para outro lugar. E adivinhe onde eles foram parar? Sim, em Will. Eu não poderia deixa-lo, mesmo se eu tentasse jamais conseguiria. Voltei meu olhar para onde Nico estava, mas eu estava sozinha agora.  

- Podemos ir para... Para... – Voltei para o mundo real com Lívia tentando falar, mas sua confusão não permitia.

- O que está acontecendo, Lívia? – Connor tocou o rosto da garota com preocupação.

Oh, é isso mesmo? Uma paixão nova? Sim, Connor olhava para ela de um modo tão apaixonado que quase ofereci um babador. Eles trocaram um olhar que, por favor, foi muito fofo! Ah, parei. Estou parecendo uma criança de Afrodite formando um novo casal.

- Voltando ao que interessa... – Will interrompeu constrangido. – Para onde vamos?

Discutimos isso por algum tempo, ninguém sabia para onde ir. Lívia ficava mais confusa a cada instante. Susana parecia preocupada com tudo e ficava olhando para a casa, com medo daquela fumaça voltar.

Quando eu achei que não poderia piorar, começou a chover, tipo forte mesmo. E tivemos que fechar todas as janelas do carro e parar de discutir, pois os trovões encobriam nossas vozes. Estava escurecendo rápido demais e o frio começava a ficar absurdo mesmo dentro do carro.

Não reclamei muito quando Will me abraçou. A pele dele era quentinha, não resolvia todo o problema do meu frio, mas já era o bastante. Fechei meus olhos e tentei pensar em algo que não fosse nele. Continuei aconchegada durante um tempo, até que – como sempre – algo atrapalhou.

Olhei para fora do carro e vi uma velha batendo na janela de vidro. Adelaide! Abri a porta para ela entrar, mas ela ficou do lado de fora. Quase sorri ao vê-la.

- Não temos tempo, a garota de Ares e a guia da missão comigo devem vir. Rápido. – ela fechou a porta do carro e pôs-se a caminhar em direção a casa, onde ainda estávamos parados.

- Acho que vocês deveriam ir... – Travis falou, olhando em direção à Lívia e Susana. – Ela é boa, afinal, não é?

Elas concordaram com a cabeça e saíram de lá. Olhamos pelos vidros embaçados enquanto elas caminhavam e adentravam a casa. Ficamos em silencio, ainda olhando para lá, esperando algo acontecer. Depois de um tempo, comecei a ficar preocupada.

- Por que elas demoram tanto? – perguntei.

- Podemos ir lá ver. – Connor sugeriu, também parecia preocupado.

Combinamos que eu e Connor iríamos lá, Will tentou protestar, mas eu ignorei e saímos de lá. A chuva estava forte e batia em meu rosto como pequenas agulhas afiadas. O chão estava enlameado então tive de segurar no braço de Connor para não cairmos. Ao chegar na casa, pudemos ouvir barulhos... Metal arrastando. Merda.

Abri a porta com um pequeno grampo e entramos o mais silenciosamente possível. Olhei para o lugar em que eu estava: Um enorme galpão cheio de sucatas e coisas cobertas com lonas pretas. Uma escada no meio do lugar, ela se dividia para dois lados, de modo que desse para dois lugares diferentes.

Fui para a da esquerda e Connor pela direita. Foi idiotice termos nos separado. A escada terminava em um corredor com papel de parede amarelo. E quando digo amarelo, é tipo, muito amarelo! Aquele amarelo que machuca os olhos.

Andei apressadamente pelo corredor, abri a ultima porta (que é sempre a que esconde segredos), mas esta deu para uma escada. Respirei fundo e desci a escada. Estava escuro e eu francamente estava com medo, comecei a acelerar o passo até trombar em alguma coisa. Minha adaga caiu da minha mão. Eu não enxerguei o que era, então acertei um chute na coisa.

- Merda, Summer! – ouvi a voz de Connor.

- Conn? – sussurrei, tentando segurar o rosto dele. Acho que pelo barulho que ele fez, acertei o dedo em seu olho.

- Sim, sou eu. – ele segurou meu braço. – Está tudo bem? – perguntou, eu não podia ver o rosto dele. Apenas uma sombra.

- Estou bem, mas não sei como vim parar aqui. – eu falei. – Tem alguma arma? A minha caiu por aqui e não sei onde está. – pedi.

- Estou pisando na sua adaga. – ele informou. Acho que ele se abaixou. – Aqui.  – com um pouco de dificuldade conseguiu entrega-la para mim. Foi bom tê-la de volta.

Ouvimos um barulho vindo de nossa direita. Alguma pessoa caindo no chão, era um barulho inconfundível de gente desmaiando ou sendo lançada. Talvez os dois. Segurei a mão de Connor e caminhamos até uma saída. Saímos em um corredor iluminado demais, o que fez um grande contraste com a escuridão de poucos segundos.

Assim que nossos olhos se acostumaram, continuamos caminhando até o barulho que nós dois vínhamos ouvindo desde aquele lugar escuro, que notei ser um porão. Um barulho estranho, metálico, como correntes, como meus sonhos. Estava vindo da penúltima porta. Grudei minha orelha lá e pude ouvir alguns murmúrios. Susana e Adelaide, eu acho.

- O que ela tem? – Susana perguntava.

- Garota tola, ela está desacordada. – Adelaide agora tinha uma voz estranha. – Quando ela acordar, poderemos dar inicio a tudo.

- Não me chame de tola. – Susana soava autoritária. – Você me prometeu que não a machucaria. A nenhum deles.

- Ora, ora, ora, - Adelaide riu. Aquela risada metálica do sonho. – Você muda de opinião tão fácil, jovem. Antes, queria a morte de todos. Agora, quer que eles saiam intactos. – ela riu novamente. Aquela risada fazia meu coração gelar. – Sabe o que eu acho? Que você gosta deles.

- Cale a boca! – Susana sibilou. – Eu não gosto de nenhum deles. E é por isso que a droga do amor tem que sumir do mundo! – ela gritava. Nunca ouvi sua voz tão alterada.

Depois de alguns segundos, eu notei que não pensava em mais nada, nem ouvia. Susana era a culpada? Ou eu entendi muito errado, ou ela realmente era a culpada. Olhei para Connor e vi que ele também ouviu. Estávamos assustados e nossas expressões faciais não escondiam isso.

O que faríamos? Ele gesticulou para sairmos dali para podermos... Comer? O gesto parecia de pessoas com fome, mas pelo contexto acho que era “conversar”, então saímos o mais silenciosamente que conseguimos. Susana ainda berrava algo sobre o amor.

Quando ficamos longe o bastante, começamos a correr. Para onde? Para fora da casa. Tínhamos de buscar ajuda e avisar os outros. Porque nós achamos a parada final.

Chegamos lá fora aos tropeços. Avançamos até o carro, quer dizer, os outros correram para fora antes. Já estavam armados e prontos para a futura batalha.

- O que aconteceu? Onde elas estão? – Will perguntou.

- Susana... A Culpada... Lívia... Perigo... – Connor conseguiu responder, enquanto tentava recuperar o fôlego.

- Susana? Eu... Não é verdade. – Travis parecia assustado demais para falar qualquer coisa além disso. Segurei sua mão e puxei-o em direção a casa.

Achamos nossa culpada.

Então tudo fez sentido. As palmas... Ela manipulou a névoa... “Em meio à névoa um semideus a ocultará”, era isso o que dizia a profecia. Ela tentou esconder Afrodite, mas não conseguiu. Pensando bem, já era de se desconfiar, pelo modo como ela agia sempre que falávamos da profecia. Mas e Adelaide? O que ela tinha a ver com isso? Eu achei que ela seria algo bom... Mas não é? Isso ainda era confuso.

Antes que eu pudesse pensar mais sobre isso, chegamos a casa. Não havia porque ser discretos, então Connor chutou a porta e entramos, para o nosso possível suicídio. Vulgo missão.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Acho que todos sabiam disso, né?
Opiniões, quero opiniões!!! Reviews!!! q
~
Bom, até o próximo capítulo. o/



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