LiDinho - Loved You First escrita por Forever Dinho


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sorry a demora, dia de semana é meio corrido pra mim por causa da escola :D



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Acordei bem tarde. Tinham várias mensagens da Juliana no meu celular, mas apenas olhei de relance e me levantei. Já eram quase duas horas da tarde, e eu estava mofando naquele quarto. Tatá não tinha me acordado, nem minha vó e muito menos a Raquel, por incrível que pareça.

Fui escovar meus dentes, e tomei um banho rápido. Peguei qualquer coisa no armário e saí de casa, que parecia estar vazia. Como a Ju tinha me ligado, eu apenas fui na casa dela para saber o que ela queria.

- Ju, você me deixou várias mensagens, vim aqui te ver. - falei.

- Ah, oi Lia. É que eu queria conversar com você, entra, amiga. - ela falou, de pijama.

Entrei, e nos sentamos no sofá. Ela primeiramente me falou que meus pais (sim, a Raquel e meu pai), Marcela, minha avó, a Tatá, Bruno, Fatinha e os pais dela tinham saído para algum lugar que eu esqueci rapidamente assim que ela disse, mas o que eu não esqueci era que eles não iriam voltar hoje, apenas Domingo.
Depois ela suspirou e falou:

- Você ficou com raiva ontem quando me viu com o Dinho? - falou com naturalidade, mas sua expressão demonstrava nervosismo.

- Um pouco. - disse, sincera. - Ju, você vai magoar o meu melhor amigo, é isso que você quer?

- O qu.. Hã.. Lia? - parecia indignada com o que eu tinha acabado de falar. - Lia, eu não voltei com o Dinho, claro que não! Eu amo o Gil. - ela já estava em pé e parecia fazer questão de se explicar. 

- E ontem, o que foi aquilo? - tentei não demonstrar ciúmes. Peraí, eu estava sentindo ciúmes da minha melhor amiga e do meu ex-namorado? - Vocês pareciam dois namorados. 

- Nada a ver, Lia. Eu e ele saímos como amigos. Eu chamei o Gil pra ir comigo mas ele não quis. Eu ia te chamar, mas você e o Dinho não se falam mais, e você já ia sair com o Vitor. 

- E você e o Gil estão bem?

- Sim, estamos. Lia, eu não amo mais o Dinho, nunca pense isso de mim, por favor. Só há espaço para o Gil no meu coração e eu já superei o Dinho igual a você.

Igual a mim. Igual a mim. Eu tinha superado o Dinho? Sim... Superado. Pensando que ele nunca mais ia voltar. Martelando na minha cabeça que ele ficaria com aquela gringa que havia feito ele me trair. Eu tinha superado o Adriano, e estava com o Vitor. Pelo menos era o que aparentava ser.

- Ah... Menos mal então. Ele te fez tão mal, né? - dei de ombros. - Mas isso já é passado. Por favor, apenas faça o Gil feliz. Ele merece. Vocês dois são incríveis juntos. 

- Fez, Lia, mas como você disse ele é passado e eu pretendo ficar com o Gil, não para sempre, mas até o que a vida nos permitir. - ela sorriu, como uma boba apaixonada. 

Olhei para a mesa do canto e vi um buquê de flores e um envelope branco, um pouco maior do que o normal, cheio de corações de todas as cores. Uma arte do Gil. 

Me senti mais leve depois daquela conversa com a Ju, bem mais leve.  Ficamos conversando até que a campainha tocou, e era o Dinho. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas assim que me viu no sofá, ele ficou calado e me encarou. Correspondi por alguns segundos, mas depois abaixei a cabeça e mordi o lábio, até que finalmente ele falou alguma coisa:

- Ju, eu volto depois. 

E saiu. 

Ju olhou para mim, solidária, tentando decifrar como eu tinha ficado com aquela visita do DInho, mas nada encontrou, pois eu fiquei indiferente logo em seguida.     

Não passou muito tempo até que o Vitor me ligou me perguntando onde eu estava e eu disse que estava na casa da Ju.

- E você vai ficar por aí por muito tempo? - ele perguntou, ansioso.

- Não sei, Vitor. Acho que vou dormir aqui. - eu falei, e Ju olhou para mim animada levantando os polegares com um sinal de aprovação.

- Ah, então não vamos nos ver hoje? - fez uma voz de manhoso.

- Acho que não, mas podemos conversar por mensagem... - falei.

Bom, o Vitor era perfeito. E perfeito até demais. Ele era muito grudento, aquilo me irritava um pouco pois ele não desgrudava de mim, e quando eu ficava um pouco longe ele logo sentia minha falta, mas aquilo não me incomodava muito. Ele me conquistava com suas declarações de várias formas; poemas e mais poemas. Nós quase não brigávamos. Ele era muito calmo, muito pacífico, o oposto do Dinho. 

Meu relacionamento com o Dinho era cheio de altos e baixos. Nós brigávamos muito, mas tudo aquilo acabava com um beijo caloroso e cheio de paixão. Ele me xingava, me irritava, e depois vinha me chamando de marrentinha como sempre fazia, até quando nós não brigávamos. Ele era instável, irritante, e explosivo. Mas também tinha suas qualidades, que preferi esquecer já que os defeitos acabaram com o nosso relacionamento... instável até demais.

- Então tá Lia, vou tomar um banho e te chamo depois, tá certo? - ele falou, animado.

- Tá certo Vitor. Beijos.

- Beijos, namoradinha linda. Eu te amo.

- Eu também te amo, Vitor.

E desliguei. 

Ju me olhou confusa, mas depois deixou aquilo pra lá. Eu sentia falta de passar mais tempo com ela, e eu precisava ficar na companhia da minha melhor amiga. Me sentia muito a vontade com ela.

- E aí Ju, o que você acha da gente beber um pouco? - desafiei. Ju era muito certinha, ela quase não bebia e quando bebia, bebia muito pouco.

- Eu topo! - ela mordeu o lábio, totalmente animada.

No momento ela era a diversão perfeita, já que eu queria curtir, e nada melhor do que curtir junto de uma amiga. Liguei o som e peguei uma garrafa de vodka que havia na cozinha e abri. Comecei a desafiá-la, falei para bebermos dez copos de vodka e quem terminasse primeiro, ganhava.

Eu tomava com facilidade. Quando eu estava no 4º, a Ju ainda estava no 2º e fazia caretas engraçadas quando a bebida passava por sua garganta. Ela engolia aos poucos, bem lentamente. 

Eu terminei e ganhei o desafio,e ela estava chegando no 5º quando eu realizei isso. Sorri, vitoriosa, e um pouco tonta. Puxei-a do sofá e nós duas começamos a dançar. Aumentei o som, e dançamos freneticamente ao som de Britney Spears, uma música totalmente animada e foi a primeira coisa que achei da Ju para colocar no aparelho de som.

Peguei uma garrafa de uísque e bebi aos poucos, já que eu não estava tão acostumada. Mas assim que meu corpo se adaptou a bebida, ficou mais fácil. Eu já me sentia tonta e impotente. Comecei a rir abobalhada e me joguei no sofá. 

A Ju estava mais lúcida e alguém estava batendo na porta, horas depois de que eu e ela já tinhamos começado a beber. Bem, ela tinha parado, eu não. Já estava de noite, pelo  menos pareciam ser umas sete horas. Minha visão, turva, não permitiu que eu reconhecesse a pessoa e eu fiquei piscando para tentar reconhece-la. Parecia ser o Gil, mas depois reconheci, era o Dinho. De novo.

- Lia, você está bêbada? - perguntou com indignação, e foi até aonde eu estava. Ele tocou no meu rosto, e sua mão estava quente, o meu rosto frio. Senti um leve choque, fazendo com que eu piscasse rapidamente. 

- To, o que você tem a ver com isso Dinhooooooo. - eu falei, rindo e atrapalhada. Ele escorregou pra cima de mim e nós ficamos muito próximos. Nossas bocas, quase coladas. Eu sentia sua respiração quente perto de mim, mas ainda não o enxergava direito. Eu me sentia estranha, confusa, e totalmente atrraída por ele naquele momento.

- Desculpa. - ele sorriu, ainda mais atrapalhado que eu e procurou se levantar até que eu puxei pela gola da camisa, para que ele não saísse.

- Me beija, seu frouxo. - o desafiei.

Ele não demorou muito para puxar meu rosto e colar seus lábios nos meus, de um modo até violento, mas eu correspondi. Ele me desejava, eu sabia disso, mas eu o empurrei e sussurei:

- Sai daqui Dinho, eu não quero você, eu te odeio, eu te odeio, eu te odeio muito. Cai fora. - ri, debochada. - Cadê minha bebida? Ah...

Quando eu procurei a garrafa, ela estava no balcão da cozinha e a Ju parecia ter saído pois eu não a encontrava. Dinho foi atrás de mim e tentou me impedir de beber, mas eu já estava com a garrafa na boca, tomando um gole longo. Ele olhou para mim, como se quisesse falar alguma coisa, mas não ousou. Pegou no meu braço e me empurrou contra a parede, tentando me prender. Me debati, mas não sei se foi o efeito da bebida ou outra coisa, mas eu cedi por alguns segundos e ele me deu um beijo rápido, e aproveitou para passar a mão na minha coxa. 

- Lia mas que... - era o Gil que tinha entrado dessa vez, e estava perplexo olhando para nós dois naquela situação. 

Dinho revirou os olhos e suspirou irritado até que preferiu sair dali sem dizer nenhuma palavra. A Ju entrou logo depois que o Gil e não parecia tão surpresa. 

- Lia você embebeda minha namorada e depois fica se agarrando com o seu ex-namorado, traindo o seu atual namorado e... 

- Hã? - olhei para ele confusa, eu tinha certeza que era o Gil falando mas eu o vi como Dinho. - Dinho? Que namora...

Eu me senti mole, completamente mole. Como uma gelatina. Minhas pernas ficaram bambas, e eu caí no chão da sala. Eu tinha desmaiado. Talvez eu tenha exagerado um pouco, só um pouco.


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Notas finais do capítulo

Nada de JuDinho ahuhauahauh nops.



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