Ouro e Escuridão escrita por Tiucafange


Capítulo 13
Capítulo 13- A despedida do Mapa


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é baseado em texto oficial publicado no antigo Pottermore.



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Sirius

— Agora olha quem não se desgruda- Reclamou Hilly.

Faz uma semana que o Veado e a Lils estão juntos, e num grude ferrenho. E se bem me lembro, AMBOS reclamavam do grude entre mim e Hi, mas eles são muito piores.

—Ah, Cala boca Hundoph- Rebateu o Veado imitando Lily fazendo todos rirem.

—Eu não falo assim- Choramingou Lily em meio as risadas.

 E assim continuamos lá no Salão, onde estávamos juntos tentando fazer os trabalhos de fim de ano. Os professores estão afim de matar a gente de exaustão, só pode. Prongs e Lils se beijavam todos melosos, eu e Hi lado a lado escrevendo e Moony ficava encarando Dorcas. Já falei pro lobo que ele devia namorar a morena, mas ele diz que não, que isso é extremamente perigoso e blá blá blá. Eles combinam: É o Remus sempre se achando inferior a todos e a Dorcas e seus assuntos para baixo. Casal perfeito.

Aliás, ele fala isso, que é perigoso ele se relacionar e tals, mas só está se dirigindo pra enfermaria (na verdade indo com a enfermeira pro Salgueiro Lutador) agora, e se o céu não tivesse tão coberto e ele se transforma-se? Mas claro que ele só me fuzilou quando sussurrei isso pra ele, idiota. Hoje mais tarde nós iremos pra área das aranhas na Floresta Proibida, que é a única parte ainda não extremamente explorada da Floresta. Até porque né, é infestada de aranhas. Como esse ninho surgiu eu não sei, mas não foi uma vez apenas que a gente encontrou uma aranha grande pronta pra devorar humanos (que sorte que a gente era animais naquelas ocasiões). 

Esse vem sendo um grande problema: já não há muita coisa para se explorar em Hogwarts e seu redor. Já vimos quase tudo que poderíamos ver (apesar que eu não sou arrogante o suficiente para achar que já vi o Castelo todo). Mas também, esse não vai ser um problema daqui seis meses, quando deixaremos Hogwarts de vez. O ponto é que daqui seis meses nossos problemas serão maiores e mais importantes do que traquinagem e caos.

Primeiro problema: tenho que arranjar uma casa. Apesar de Charlus e James terem falado que a casa sempre será minha e de Hilly falar que eu posso ficar com ela na casa da frente (o que é tentador por um lado) a verdade é que eu quero o meu espaço. Ter algo pra chamar de meu, um lugar que eu não me sinta atrapalhando ou sendo um fardo. E agora, com o dinheiro que meu tio me deu, eu até posso arranjar alguma coisa nesse sentido. 

Segunda problema, e na minha opinião bem mais grave que o primeiro: carreira. Eu continuo sem ter certeza sobre o que quero para meu futuro. Talvez jogar Quadribol profissionalmente, a McGonnagall falou que poderia conversar com seu antigo time a meu respeito. Ou então ser Auror e lutar na linha de frente na guerra que virar. Não sei, mas a minha sorte nesse caso é ter NOMs suficientes para poder prestar os NIEMs agora necessários para quase toda profissão. 

E em terceiro lugar tem o Voldemort. 

Regulus me informou a dois dias atrás, sendo enviado pela minha mãe a me dizer que ao contrário de mim "Sangue do Sangue mais puro que prefere a escória e ser um traidor de sangue a ser um orgulho pros seus próprios pais" a minha querida prima Bellatrix e seu marido Rodolphus, além de Lucius Malfoy noivo da minha outra prima Narcisa, acabaram de se unir a Voldemort, são agora a segunda geração de Comensais da Morte. E Reg ainda anexou por conta própria que irá se unir a Voldemort quando acabar a escola daqui dois anos e meio.

Bem, primeiro eu o mandei pro Tártaro (Hilly me ensinou esse xingamento) e depois mandei ele falar pra minha mãe que isso não é problema meu, que eu não tenho nada a ver com minhas primas. Mas no final fiquei preocupado, não com as minhas primas, quero que elas se danem. Mas com Regulus. Ele é meu irmão. Pode me odiar, mas ainda é meu irmão, e eu gosto dele, apesar dele ser um cretino. E conheço-o bem o bastante para saber que ele não suporta certas coisas que Voldemort com certeza irá fazer. Eu tentei falar isso para ele, mas ele simplesmente me deixou falando sozinho. Hillian falou para eu dar tempo para ele, que no fim ele verá que estou certo. 

Sem falar que isso mostra que Voldemort está com mais poder, ele tem sangue novo afinal. E olha que seus amiguinhos mais velhos já andam causando grandes estragos, imagine agora que a psicótica da minha priminha está com eles.

Sai dos meus devaneios quando Hillian me desejou boa noite com um beijo muito bom e seguiu pro dormitório com as meninas.

—Finalmente! vamos lá- Peter. Eu diria que ele está impaciente, com todo esse climinha romântico. Se bem que ele gosta das meninas, e ele sempre tem a comida do seu lado, caso se sinta só.

—Acho que você precisa de uma garota rato, se não seu mau humor só vai piorar- James revidou.

—Uhng- Ele respondeu. Peter e garotas não combinam. Simples assim.

—______________________________

Acordamos na bela manhã de sábado, cansados, mas felizes por finalmente termos conseguido mapear aquela área da Floresta Proibida sem ter virado comida de aranha.

Hoje de noite iriamos a procura de uma velha lenda, da qual minha família sempre me contou: a Câmara Secreta. Dizem que Salazar Slytherin a fez antes de abandonar Hogwarts e que um monstro vive nela, e que um dia ele iria livrar a escola dos nascidos trouxas (dá pra entender o porque eles gostavam de contar isso para mim e meu irmão quando pequenos né? velhos preconceituosos, nojentos). Nós resolvemos achar a entrada, mas ainda não havíamos nos decididos se iriamos ou não enfrentar o monstro. Se é que esse monstro ainda estiver vivo. Nós sempre combinamos uma aventura no dia seguinte da noite de Lua cheia, porque é uma comemoração que Remus passou por mais uma sem estragos.

De noite, fomos os quatro pra baixo da capa da invisibilidade de James, presente de Charlus, diga-se de passagem: presente muito mais legal de família que o anel que meu pai me deu quando eu tinha 12 anos. Não cabíamos tão bem quanto há três anos atrás, mas demos um jeito. Já que o dormitório da Sonserina fica nas masmorras, resolvemos começar por lá.

Estávamos no corredor perto da saída das masmorras quando Peter tropeçou. Ele caiu e bateu numa armadura que caiu no chão fazendo um estardalhaço. Nem deu tempo de a gente ficar em pé e nos cobrimos novamente com a capa quando aquele Seboso idiota apareceu, mas que droga.

—Uhh olha o que temos aqui, Potter, Black, Lupin e Pettigrew- Ele disse com ódio e desprezo. Fazendo os olhos dele parecerem besouros vivos que iam sair voando. E sua voz quase um sussurro de cobra.

— Vejam o Ranhoso sabe os nossos sobrenomes- Respondi fazendo James cair na gargalhada.

—Vamos ver quem vai rir Potter, Sr Filch!- Ele gritou.

Filch já devia estar a caminho, pois chegou em um segundo aqui. Os olhos dele faiscaram ao nos ver. Ele é o zelador da escola e odeia os alunos. Eu já falei para o diretor a uns anos atrás que Filch não combina com a escola. Ele nem ligou.

— Ora, ora, ora que alunos estão fazendo aqui tão longe de seus dormitórios a essa hora? - Ele perguntou sinistramente, sem esperar por uma resposta continuou:

—Esvaziem os bolsos!!

James retirou o Mapa do bolso mas deixou a capa lá dentro escondida, se Filch sonhasse que ele tinha uma capa da invisibilidade ele daria um jeito de Prongs nunca mais vê-la.

Filch soltou um muxoxo de desapontamento. Mas Ranhoso falou algo em seu ouvido.

—Pois bem, me dê esse pergaminho. AGORA POTTER!- Ele disse. Olhei pro Seboso, ele tinha um sorriso de triunfo no rosto, ele de alguma forma sabia que aquilo era algo importante pra nós.

—Mas não a nada nele Sr.Filch, é só um pedaço de pergaminho.....-James começou.

—AGORA!

James, eu, Remus e Peter lançamos um olhar e com muito pesar o veado passou o Mapa pra Filch.

—Ótimo! Amanhã os quatro terão detenções SEPARADAS COMIGO! Agora pro seus dormitórios, JÁ!- Filch falou, enquanto punha o mapa no seu bolso.

Estávamos indo pro nosso dormitório, tristes. Hoje era a noite depois da Lua Cheia, era a noite especial do mês e o Seboso estragou tudo. Eu ouvi ele rindo, e não me aguentei: Azarei ele. Olhamos para trás e vimos ele cuspindo penas de animais. Caímos na risada. Pelo menos não saímos completamente por baixo dessa.

Eu senti no meu coração que isso era um sinal de mudança em nossas vidas. E não gostei nem um pouco da sensação. 

 

 


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